Bleeding escrita por caiquedelbuono


Capítulo 2
Apresentações.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/173532/chapter/2

Se orientar pelo internato talvez tenha sido a coisa mais difícil para Logan. Havia uma grande quantidade de corredores espalhados pelo prédio e eles eram sempre úmidos e escuros. Ele chegou a se perguntar se Shavely não havia sido projetado para parecer um castelo sombrio.

Ele desceu alguns lances de escadas e logo percebeu que estava perdido. Ele não fazia ideia de onde poderia ser o refeitório e nem ao menos onde ele estava no momento. Só sabia que ele estava no térreo. Talvez se ele tivesse continuado o passeio com Janeth...

Logan estava passando pelo último corredor o qual ele iria tentar, quando viu uma pessoa saindo de uma porta que tinha ali. Era uma menina, bastante bonita, que tinha os cabelos loiros lindamente escovados e uma pele tão branca quanto a neve. Seus olhos eram de um verde intenso, como se fosse uma folha da mais bela rosa de um jardim. Ela parecia frágil e indefesa e um pequeno sorriso se formou quando olhou para Logan.

— Está perdido? — ela perguntou.

Ele acenou afirmativamente com a cabeça.

— Sou novo aqui. Cheguei hoje mesmo.

A menina se aproximou um pouco de Logan e observou-o atentamente.

— Posso te ajudar a se orientar aqui dentro. Estudo aqui desde que me conheço por gente e não me lembro de ter morado em outro lugar.

Um arrepio percorreu a espinha de Logan. Já era ruim o bastante estar em um internato há menos de duas horas e ele não conseguia imaginar o quão péssimo poderia ser estar há uma vida.

— E você diz isso com a maior naturalidade? Quero dizer, não deve ser muito agradável ficar trancafiado aqui.

— É o que todos dizem quando chegam. Mas, logo quando conhecer as pessoas e se adaptar aos professores, você verá que não é tão ruim assim.

Logan deu de ombros.

— Eu duvido que eu possa gostar disso.

— Tenho certeza que você irá. — a menina segurou na mão de Logan e o puxou com força — Agora venha, já estamos atrasados para o jantar.

Ela deu a meia volta e o levou até ao refeitório. Passaram por dois corredores e logo avistaram uma sala repleta de mesas ao centro. Havia muitos alunos sentados, conversando, comendo e eles faziam isso alto.

A menina se dirigiu até uma mesa que estava quase vazia, exceto pela presença de mais três pessoas: um menino bem magro, com os cabelos negros bagunçados, os olhos negros e penetrantes e um piercing de argola no nariz; uma menina ruiva, com os cabelos levemente ondulados, que estava entretida comendo um pedaço de pão com geléia de morango e outro garoto, esse um pouco mais alto que os outros e uma aparência mais atlética, com músculos definidos sob a camiseta apertada e os cabelos loiros levemente espetados.

— Sophia! — disse a menina ruiva — Até que enfim você chegou. Pensei que ia passar o resto da noite enfiada na biblioteca.

— Eu acabei demorando a achar o livro que eu queria.

Sophia olhou para os próprios braços e percebeu que ainda estava segurando na mão de Logan. Ela a soltou rapidamente e deu um pequeno sorriso para os amigos.

— Está de namorado novo? — perguntou o menino loiro, sem tirar os olhos do seu prato.

Sophia riu.

— Não, claro que não. Esse daqui é o...

— Logan — ele completou completamente enrubescido.

Ele sentou-se à mesa, em frente aos que já estavam acomodados.

— Você não vai comer nada? — perguntou Sophia, que já estava indo em direção ao balcão com alguns quitutes e petiscos.

— Não, eu nunca como no jantar. — ele respondeu.

Ela assentiu e tratou de preparar o seu prato.

Logan olhou nervosamente para as pessoas que estavam à sua frente, que o encaravam como se fosse um estranho. Ele realmente não queria estar ali. Queria sentar-se numa mesa sozinho, não queria se aproximar de ninguém logo no primeiro dia. Ele ainda mal sabia o que estava fazendo naquele internato.

— Se eu fosse você, não chegaria muito perto da Sophia — disse o menino com piercing e logo em seguida apontou para o menino loiro, que pareceu não ter percebido que ele estava se referindo a ele.

— Pare com isso, Tommy. — disse a menina ruiva — Você sabe que o Brian gosta de outra pessoa.

Brian olhou de soslaio para ela.

— Deixem de ser ridículos. — ele olhou para Logan — Estão assustando o garoto.

Logan não sabia o que falar. A coisa que ele mais desejava no momento era estar em sua antiga casa, ao lado dos pais. Como ele sentia falta deles. Se não fosse por causa daquele bandido idiota, ele não teria que estar nesse internato insólito e estranho, com pessoas mais estranhas ainda.

Sophia chegou logo em seguida, e sentou-se ao lado de Logan.

— Ai, como eu odeio geleia de morango.

— Se odeia, então por que seu prato está com duas embalagens de geleia de morango? — perguntou Tommy.

— Porque era a única que sobrou. — ela lamentou-se — As de uva já acabaram.

Logan, desconfortável, olhou em volta do refeitório e viu a quantidade de gente que estava ali. Tinha rostos de todos os tipos, cabelos de todas as cores e todas as formas imagináveis. Ele imaginou se todas essas pessoas estariam no internato pelo mesmo motivo que ele. Será que todos ali eram pessoas infelizes que não tinham mais a companhia dos pais e foram abandonados por uma tia idiota? Logan imaginou que não. Elas estavam sorrindo, elas tinham motivos para sorrir. Já ele...

— Helena, você poderia me emprestar a sua chapinha no sábado? — perguntou Sophia, olhando para a menina ruiva e passando a mão nos próprios cabelos.

Logan sabia que eles estavam conversando, mas ele havia pegado a conversa pela metade.

— Já vi que você vai querer causar na festa de sábado. — disse Helena.

— Festa? — uma interrogação percorreu a cabeça de Logan. Ele não poderia imaginar que houvesse festas naquele lugar.

Tommy deu uma mordida em um pedaço de torrada e logo em seguida começou a falar com a boca cheia:

— É uma espécie de tradição aqui em Shavely. — alguns farelos saíram da boca dele e foram parar no cabelo de Helena, que soltou uma exclamação incomodada e deu um leve soco no braço dele — No primeiro sábado de todos os meses há uma festa.

— Talvez seja para que os alunos não pensem que Shavely é um internato ruim. — completou Brian — As pessoas falam em internato e todo mundo já pensa em lugares sombrios, repletos de regras rígidas e professores assustadores que botam medo nos alunos e fazem com que eles queiram mais do que tudo mudar de escola.

Era exatamente assim que Logan pensava que estudar em um internato seria. Ele ainda não estava completamente confortável ali. Aquelas paredes de pedra que lembravam um castelo ainda lhe davam arrepios, aquelas pessoas estranhas sentadas à mesa junto com ele, como se fossem seus amigos íntimos. Tudo ainda estava muito embaçado na sua mente e ele gostaria de estar na sua escola antiga.

— Hoje ainda é domingo. — disse Sophia — Ainda tenho praticamente uma semana para me preparar para essa festa.

— Por que faz questão de causar? — perguntou Helena — Você nunca foi chegada em festas e eventos que tenham mais de dez pessoas reunidas.

Sophia olhou para Logan e ele engoliu em seco.

— Agora é diferente.

Logan parou para observar atentamente aquelas pessoas e tentar entender o que ele estava fazendo ali. Observou Sophia dando a última mordida no seu pão com geleia, Tommy já havia terminado de comer e estava olhando distraidamente para o lado, Helena ainda estava imersa no seu mamão com cereal e Brian estava encarando Logan. Ele olhou profundamente para os olhos azuis do menino, que brilhavam na mesma intensidade de um sol de verão, enquanto ele percebia um leve movimento dos rígidos músculos de seu braço.

Logan, nervoso, desviou o olhar e tentou puxar algum assunto.

— Então... o que vocês fazem por aqui?

Eles olharam para ele como se ele tivesse feito a pergunta mais idiota do mundo.

— Temos aulas, — disse Tommy — olha que divertido.

— Não pensou que a gente ensaiasse para apresentações circenses, não? — completou Brian, completamente imerso em gargalhadas.

Por um minuto, Logan preferiu não ter falado nada. Percebeu naquele momento que não se daria bem de jeito nenhum com Brian e que seria motivo de chacota do resto da população de alunos.

As meninas não riram da situação, mas elas olharam seriamente para Brian.

— Ninguém aqui achou a menor graça, Brian. — rosnou Sophia.

— Alguém tinha alguma dúvida de que ela ia defender o aluno novo? Ela sempre baba o ovo de novatos.

— Eu babo o ovo? Do que você está falando?

— Estou falando que se você está pensando que vai ficar amiguinha desse babaca aí, está muito enganada.

Logan considerou responder a esse xingamento, mas ele achou melhor ficar quieto.

— Por um acaso está escrito “propriedade de Brian” na minha testa? — Sophia passou o dedo por debaixo da franja que quase cobria seus olhos.

— Não acredito que vocês estão tendo uma DR no meio do jantar. — reclamou Tommy.

Brian cruzou os braços e encarou Sophia.

— Não tenho culpa se ela é uma idiota.

Sophia ficou de queixo caído.

— Você quem é um babaca! Só porque nos beijamos uma única vez, não significa que eu tenha algum tipo de sentimento especial por você. Você e nada são as mesmas coisas para mim.

— Então talvez eu deva me retirar, já que a minha ausência não irá fazer diferença para você.

Brian arrastou a cadeira com uma força estrondosa e um som agudo emanou do chão, enquanto ele deixava a mesa batendo os pés a cada passo que dava em direção à porta de entrada da cantina.

— Ele é assim sempre arrogante? — perguntou Logan.

— Somente quando o orgulho dele é ferido. — respondeu Sophia, que estava claramente borbulhando de ira.

— Você vai ter que se acostumar com isso, Logan — disse Helena, que estava arrumando os pratos de todo mundo em uma pilha única — Esses dois brigam feito cão e gato, mas no fundo eles se amam.

— Eu não amo aquele coração de gelo. — disse Sophia, com um leve tom de tristeza em sua voz.

— Desculpe mudar completamente o rumo da conversa, — começou a dizer Logan — mas eu ficaria eternamente grato se alguém me mostrasse esse internato e me explicasse como as coisas funcionam por aqui.

Sophia, Helena e Tommy olharam para o garoto como se ele fosse uma criança que necessitasse de cuidados especiais. Talvez eles achassem que Logan fosse louco.

— Eu tenho lição de matemática para fazer. — disse Helena.

— E eu... eu tenho que arrumar o meu dormitório. — livrou-se Tommy.

Sophia deu um sorriso e olhou calorosamente para Logan.

— Pelo visto, sobrou para mim. Vai ser bom, treinarei meus dotes de guia turístico.

Aquele sinal que parecia uma sirene de ambulância ecoou das paredes do internato e o ouvido de Logan ficou um pouco entupido quando ele cessou. Todos os alunos se levantaram de suas mesas e foram em direção à porta. Helena e Tommy fizeram o mesmo, e Sophia ficou sozinha ao lado de Logan, que agora estava se sentindo mais desconfortável do que antes.

— Vamos esperar o povo passar. Não quero levar cotoveladas e pisadas nos meus pés.

Logan assentiu e olhou para as pessoas saindo da cantina. Ele estreitou os olhos e percebeu que uma pessoa estava caminhando na direção contrária dos alunos, uma mulher que ele reconheceu como sendo Janeth. Ela estava com um pedaço de papel na mão e parecia ter muita pressa.

— Ah, Logan! — ela veio correndo na direção dele — Que bom que te encontrei.

— Algum problema? — ele perguntou completamente confuso.

— Não, problema algum. — Janeth colocou o papel na mão dele — Apenas vim lhe trazer o seu horário de aulas.

Logan abriu o papel e percebeu que tudo estaria perdido quando notou que teria aulas de manhã e à tarde, todos os dias.

— As aulas começam às 8 da manhã.

— Eu sei. Estou vendo aqui no papel.

Sophia emitiu um ruído com a boca, que talvez indicasse “ei, você não deveria falar assim com a diretora”. Janeth pareceu perceber e olhou para a menina. Logo em seguida, deu um sorriso.

— Fico feliz que tenha feito amizade com Sophia. — disse Janeth — Ela é uma ótima menina.

Mas eu ainda não fiz amizade com ela, Logan pensou. Ele odiava essa mania que as pessoas tinham de achar que cinco minutos de convivência com alguém já significasse amizade. A única coisa que ele sabia sobre Sophia era o seu nome e que já havia dado um beijo em Brian. Nada mais que isso.

— Obrigada! — Sophia respondeu, embora soasse que ela não queria nem sequer olhar para a diretora.

— Voltarei para a minha sala. Preciso arrumar os papéis do outro aluno que chegará amanhã e que inclusive ficará no seu quarto, Logan.

Ela deu um último sorriso e foi em direção à porta, que agora já estava vazia.

Logan havia se esquecido desse outro aluno. Ele odiava a ideia de ter que dividir o quarto com alguém, ainda mais com uma pessoa que ele nunca vira na vida. Ele sempre fora filho único e nunca teve irmãos ou melhores amigos dormindo em sua casa. Logan era acostumado a ter um quarto só seu, com as suas coisas e seus objetos pessoais. Ele esperaria que pelo menos esse aluno fosse diferente das pessoas que ele acabara de conhecer. Talvez ele não fosse tão estranho quanto Tommy e nem tão estressado quanto Brian. Quem sabe ele pudesse se tornar o seu melhor amigo...

Mas seus pensamentos foram interrompidos pela voz aguda de Sophia.

— Vamos começar o nosso tour?



Tinha uma coisa que Logan não poderia negar: Shavely era um lugar bonito e agradável.

Sophia o guiou por praticamente o internato inteiro. No andar de baixo, havia uma biblioteca na qual qualquer aluno intelectual se recusaria a passar menos de duas horas. As estantes eram feitas de uma madeira bem clara, quase branca, o que dava um destaque para os livros, quase todos de capas escuras e espessas. Eles estavam separados por categorias: havia os livros didáticos, os livros de entretenimento, os livros avançados e os livros restritos, os quais os alunos estavam terminantemente proibidos de pegar. Quando Sophia ouviu a pergunta de Logan sobre os livros restritos conterem explicações secretas sobre feitiços, poções e macumbas, ela caiu na gargalhada e explicou que eles eram restritos aos professores porque continham exercícios que sempre eram utilizados em provas, trabalhos e coisas similares. Ela também explicou que para manter a segurança deles, havia uma bibliotecária rabugenta, a Sra. Strauss, que estava sempre alerta e tinha cabelos brancos e pêlos no nariz e na orelha.

No térreo também havia uma espécie de sala de estar, onde os alunos poderiam passar o tempo livre quando estavam fora dos períodos de aula. Alguns sofás vermelhos preenchiam o centro da sala, com uma mesinha de centro e um tapete felpudo embaixo dela. Ao fundo da sala, havia alguns computadores alinhados, o que dava um aspecto de lan-house ao ambiente. Tabuleiros de jogos também estavam presentes em uma estante ao lado da porta de entrada. Logan logo percebeu que aquela parte do internato seria perfeita para ele.

Do lado de fora, também havia uma quadra coberta, onde eram realizadas as aulas de educação física. Mais ao fundo, uma piscina dividida por quatro raias e dominando a maior parte externa, um pomar com todos os tipos de árvore frutífera imaginável. Sophia explicou que Janeth quis mostrar que Shavely preza o desenvolvimento psicológico dos alunos, comparando-os aos frutos das árvores que foram plantadas no dia da inauguração do colégio, há mais de trinta anos atrás. Logan achou essa analogia um pouco antiquada, embora ele gostasse da ideia de ter qualquer tipo de fruta ao seu alcance.

Eles voltaram para a parte interna do colégio e subiram o primeiro lance de escadas. Chegaram à parte onde havia as tão temidas salas de aula. Elas eram divididas pelas matérias: havia a sala de matemática, a sala de biologia, a sala de química, e assim por diante. Logan sempre focara seus estudos nas aulas de humanas, tanto pela sua dificuldade de lidar com números, quanto pela sua facilidade de lidar com ideias e palavras. Talvez por isso ele tenha ficado encantado com a sala de história e achasse que ela fosse a única que necessitasse de uma descrição decente: a parede era repleta de mapas de guerras e eventos históricos. Havia uma série de carteiras ao fundo com miniaturas em bronze de grandes líderes revolucionários e também de alguns instrumentos de guerra, tais como canhões, espadas e rifles. Também havia um armário ao lado das carteiras com vários livros empilhados.

Sophia teve que arrastá-lo para fora da sala de aula depois dele ter derramado quase mais de dois litros de baba. As outras salas também eram bonitas, mas não lhe demonstraram tanto interesse.

Eles encontraram mais um lance de escadas e subiram até os dormitórios. Logan já conhecia aquela parte do colégio e não acharia que Sophia fosse entrar de quarto em quarto para mostrá-los.

— E aqui termina o nosso tour! — ela disse — De zero a dez, que nota você me dá como guia turística?

— Será que preciso pensar muito para dizer que você é uma excelente guia?

Sophia deu uma risadinha.

— Acho que não. Eu sei que sou muito experiente nesse ramo.

— Talvez você apenas precise de um pouco de modéstia para ficar perfeita.

— Modéstia é sempre bom, sabia? Se eu não valorizar a mim mesma, quem irá valorizar?

Logan ia responder, mas ele ouviu o clique de uma porta. Ele olhou para trás e viu Brian saindo de um dos dormitórios. Ele estava usando uma camiseta regata e uma bermuda de ginástica. Talvez estivesse indo fazer exercícios ao ar livre.

Ele passou por Logan e Sophia, olhou sombriamente nos olhos da garota e resmungou alguma coisa inaudível. Logan percebeu que ele ainda estava furioso pelo ocorrido na hora do jantar e também percebeu que Sophia havia abaixado a cabeça e estava prestes a chorar.

— Não fique assim. — Logan tentou consolá-la — Você estava com toda a razão na cantina. Não pode deixar que ele domine a sua vida.

Ela fungou.

— Ele não merece que eu derrame uma lágrima sequer.

— Sei que te conheci apenas hoje e que ainda não somos nem amigos, mas...

— Você já é um amigo para mim. — ela interrompeu Logan e foi em direção ao seu dormitório, com um soluço preso à sua garganta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bleeding" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.