Dear Devil - The Last Hope escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 7
Chapter Thirteen - Dark Cloud - ♔♕♖♗♘♙


Notas iniciais do capítulo

pronto, amores, vcs pediram e eu pus as fotos... nesse talvez vcs passem a gostar mais da Ellie... *-* eu gosto



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O barulho da porta foi ouvido por todo o corredor e eu me encolhi. Não acreditava que realmente estava fazendo aquilo. Mas eu devia, apesar de a honra estar sendo ferida, assim como o orgulho.

Quando adentrei a sala senti seus olhos imediatamente pousarem sobre mim, fuzilando-me. Afastei os meus. Não podia aguentar aquilo, era humilhante demais.

- Ora, ora... – murmurou com a voz rouca, baixa, perigosa. – A princesinha veio...

Meu coração pareceu acelerar mais e mais enquanto ela murmurava as palavras. Eu não me sentia... Confortável. Mas que anjo em sã consciência estaria, perto de um demônio? Mas percebi que era mais do que isto. Minhas mãos soavam, as pernas bambeavam. Eu estava com medo.

Fiz menção de sair. Cheguei a dar o primeiro passo em direção à porta, mas os braços fortes me seguraram. Senti que as lágrimas tendiam escapar, então me dei conta. Eu podia facilmente controlar aquelas malditas emoções.

- Chore, princesinha... – continuava a voz e meu coração que havia muito tempo parara de bater agora estava morto. Os pelos que revestiam minha pele se arrepiavam e eu tentava manter os olhos fechados, mesmo estando de costas para ela.

- Eu vim... Vim... – gaguejei, talvez pelo medo que Derek em vão tentava espantar com um abraço, talvez pelo fato de meu ego ser grande demais para isso. – Vim pedir desculpas.

Eu não vi, mas pude sentir seu sorriso sarcástico quando terminei de pronunciar a última palavra. Por que insistia em ser tão... Má?

- Estive errada... No seu interrogatório e... – continuei, minha voz se mantinha altiva e autoritária, mas ela me interrompeu. Finalmente virei-me de frente, encarando profundamente seus olhos negros que ainda ardiam com um fogo de raiva e de ódio.

- Veio porque pensa que está errada ou porque os outros pensam? – a pergunta me bateu de surpresa e pisquei os olhos, confusa.

Ela se virou de costas, sarcástica com um sorriso de triunfo exibido no rosto, então meus olhos começaram então a analisar a cena. Sua pele era pálida, praticamente branca, transparente, mas haviam vestígios do que um dia fora um perfeito bronzeado. O nó que prendia o espartilho estava mal amarrado, expondo a enorme ferida causada pela perda das asas, além de outros hematomas. Mais abaixo, os pontos que mantinham o corte que eu causara eram mal feitos e o sangue vazava da ferida exposta. Os cabelos que eu já vira belos, macios e brilhantes permaneciam sujos e opacos, sem vida.

A cela estava incrivelmente suja, apesar de que a criatura mantinha a pobre cama e os poucos pertences que permaneciam impecáveis e arrumados. Mas, na parede, havia uma contagem de riscos e um giz improvisado de uma telha estava caído no chão. 7. Deviam ser os dias que ela permanecia ali.

Logo senti que Derek se afastava, pegando a bolsa de pano e atirando em sua direção. Ela, como um animal faminto, agarrou-a, retirando a erva que ali havia.

- Por que acredito que estou errada. – finalmente respondi e seus olhos se levantaram em minha direção. Não sei o motivo exato, acredito que sua persuasão seja o mais provável, mas me aproximei das barras da grade.

E tudo aconteceu como em um segundo. Os passos cada vez mais velozes e silenciosos, o perfume de Folhas de Pimenta, os olhos castanhos. Eu partiria naquela hora, foi o que pensei quando senti o gelo pálido de sua pele encostar na minha. Mas o que vi me surpreendeu ainda mais. Ela me estendia a mão com o mais sincero dos sorrisos no rosto.

- Me chama de Cassie. – foram as únicas palavras que eu ouvi antes que tudo se apagasse e o chão viesse cada vez mais perto...

- Ela desmaiou? – ouvi a voz doce vindo de algum lugar não muito longe dali.

- Acho que sim... – respondeu o rapaz. Deste a voz me era familiar, mas eu ainda não podia distingui-la.

- Pobre anjo... Você acha que ela está bem? – a garota estava preocupada, eu podia notar em seu tom de voz.

- Ela é forte. Apenas se assustou.

Aos poucos a claridade foi invadindo minha realidade. Meu corpo inteiro formigava. Tentava manter os olhos fechados, mas eu parecia ansiar por sair da escuridão.  Não me era agradável. Os cheiros de pimenta e de lavanda invadiram minhas narinas e eu senti um amargo gosto na boca seca. A luz pela qual eu tanto ansiava me foi demais os primeiros momentos, causando certa dor e pouca visibilidade.

Abri os lábios em um pedido desesperado de qualquer coisa que pudesse saciar minha sede.

- Derek, olhe lá! – a garota que me fora tão conhecida exclamou e eu ouvi o ruído de algo caindo no chão. – ela está com sede...

Logo a concha de água foi levada aos meus lábios, saciando-os por completo. E meus olhos se abriram, revelando-me o rapaz que me olhava, preocupado, assim como a garota detrás das barras de ferro. Sorri, levantando-me, apesar dos inúmeros protestos de Derek.

- Prazer. – murmurei enquanto estendia a mão. – Elliana.


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Notas finais do capítulo

no proximo eu atendo a mais pedidos, okk???? vcs querem foto de quem?????



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