Fix You escrita por Brountë


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas me desculpem pela demora, não foi minha intenção e como desculpas um capitulo grande que mostra o primeiro beijo delas. abaixo tem uma musica e a tradução.
love is not a fight do cantor Warren Barfield.
pra se interarem sugiro que escutem a musica.



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“Inútil fugir, inútil resistir, inútil tudo”.

“O que você falou?” Beth perguntou depois de contar pra ela tudo o que aconteceu dentro daquele carro. Já tava anoitecendo quando decidi por fim falar.

“Eu falei que tinha que ir pra casa.” Falei com os olhos fechados e a testa na mesa trazendo de novo as imagens que me perturbaram a tarde toda.

“E o que ela disse?”. perguntou sentada na minha frente. Tinha aproveitado que os meus pais saíram e chamei Beth, só ficava trancada no quarto quando meus pais estavam em casa.

“Que nós teríamos outras oportunidades. Depois me deu um beijo no rosto e eu no dela.” Era incrível como o cheiro dela ainda estava impregnado no meu corpo.

“O que você fez?”. Ela me perguntava como se fosse um inquérito.

“Saí de lá praticamente correndo!” Disse sorrindo ao relembrar da cena.

“Por quê?”. arqueou a sobrancelha. Eu odiava esse gesto nela, era como se tivesse me vendo num espelho. Sempre que via meu rosto refletido no espelho era como se meu sonho virasse pesadelo. Ver a pessoa ali viva e sabendo de tudo que ela ta passando é uma das sensações mais estranha. Mais só acontece de você vê esse lado da vida quando a morte esta atrás de você.

“Você sabe por quê.” Respondi me recostando na cadeira.

“Não sei não.” Me lançou um olhar inquiridor.

“Eu não quero ter um relacionamento amoroso nessa fase da minha vida.” Suspirei.

“Eu pensei que era porque ela é uma garota!” disse.

“Nunca tive problema com isso. Pra mim não importa o sexo, o que importa é a pessoa e o que a gente sente.” Ah se isso fosse o meu maior problema.

“Então o que é?!” gritou, parecia que estava assistindo a uma novela mexicana.

“Eu tenho medo.” Era tão difícil falar sobre isso.

“Medo de que criatura!” Beth estava prestes a cair da cadeira.

“Medo de me apaixonar.” Minha voz falhou, sempre era difícil de dizer a verdade.

Beth se levantou ao meu encontro me dando um abraço e disse de uma maneira doce. “Você já se apaixonou Quinn.”

“Mais eu não posso, não por mim mais por ela.” Falei desolada.

“Por que você não deixa esse medo de lado?” Beth me perguntou fazendo um cafuné na minha cabeça.

“Você não entende.” falei.

“Não! Não entendo e nunca irei entender!”. exclamou andando pro outro lado da mesa e ficando de frente pra mim ainda em pé. “Olha a sua volta.” Falou abrindo os braços. “Você tem tudo que uma menina da sua idade poderia querer, tem pais maravilhosos que mesmo com você os tratando mal te ama muito, tem a mim e vários outros amigos que estão do seu lado pro que der vier mesmo você sendo uma vaca e fazendo de tudo pra nos afastar e agora tem a oportunidade de amar e ser amada por uma garota legal, você mais uma vez vai estragar tudo por um medo idiota! Me diz por que isso tudo.” terminou respirando fundo. Claro que fiquei surpresa principalmente quando me chamou de vaca. E mesmo achando que ela estava certa não deixei de ficar com raiva.

“Porque eu vou morrer!” Gritei me levantando da mesa e chorando de raiva. Porque tudo na minha vida tinha que ser complicado, porque eu não poderia ter uma vida normal como qualquer outra adolescente? Essas foram às perguntas mais frequentes que eu me fazia. “Eu vou morrer Beth.” Beth me olhava com compreensão nos olhos. Me abraçou com tanta força que acabamos nos sentando no chão no meio da sala. Eu gritava colocando pra fora todo aquele peso que guardei durante esses dois anos de angustia e aflição. Comecei a viver esperando pelo dia que não acordaria mais ou dormiria pra sempre. Tanto faz. Beth continuava me abraçando com força dizendo palavras de carinho que sempre me acalmava, não dessa vez.

“Vamos sair daqui antes que a sua mãe chegue.” Falou se levantando e me puxando junto. Todo o trajeto ate o quarto foi feito em silencio com Beth quase me carregando. Chegando me puxou se sentando na cama e me fazendo se deitar nas suas pernas.

Não me lembro de quanto tempo ficamos assim na mesma posição com Beth me fazendo cafuné enquanto eu chorava. Parecia que nunca ia acabar mais também sempre me fiz de forte rejeitando qualquer apoio, evitando chorar na frente das pessoas ou ate mesmo quando estava sozinha. Mais depois de concluir que eu estava realmente apaixonada e que não poderia me envolver tudo que guardei dentro de mim durante anos saiu.

“Quinn, você não pode viver a sua vida em função disso. Ta acabando com você será que não percebe?” Beth falou depois de um longo silencio sendo quebrado pelos meus soluços.

“O que ta acabando comigo é saber que não tenho futuro.” Respondi com a minha voz rouca. “Não vou me formar, nem me casar e muito menos ter filhos. Como posso me relacionar com alguém desse jeito me diz?” falei mais pra mim mesma do que pra ela.

“Será que tudo o que minha mãe te disse não serviu de nada?”. a mãe de Beth era quem cuidava do meu caso desde os primeiros sintomas. É uma ótima médica sempre se dedicando demais ao trabalho o que deixava Beth chateada, pois achava que a mãe não ligava pra ela.

“Me desculpa Beth mais eu não ligo pro que a sua mãe diz e sim pelos resultados. E eles dizem que tudo o que faço não ta surgindo efeito.” Falei se sentando na cama de frente pra ela. Minha cabeça doía sempre que tocava no assunto. “Não quero que a Rachel passe por isso, eu sinto que se ficarmos juntas se tornará algo serio e não vou suportar envolver mais outra pessoa.” Disse olhando fixamente pra ela e vendo pela reação que não gostou muito do que ouviu.

“Ela só ira se envolver se quiser você não vai obriga-la. E esses resultados não são permanentes, tem muita coisa pra você testar, seu caso é reversível Q.” notei um pouco desespero na voz dela. É disso que eu falo, não gosto de ver as pessoas implorando.

“Eu não ligo pro que dizem, só não quero ver ela perdendo um dia no Shopping com as amigas pra ter que me visitar no hospital.” Suspirei cansada, queria que aquela conversa acabasse logo. E Beth entendeu porque a única coisa que ela falou antes de encerrar o assunto foi. “Você pode até fugir hoje mais amanhã irá aparecer outra, e mais outra que fara você sentir tudo de novo, ate que um dia você resolva se da uma chance. Só espero que não seja tarde.” Por um lado eu pensei em dizer que já era tarde, mais fiquei pensei no que ela disse. Eu queria muito me entregar a esse sentimento forte que se instalou dentro de mim, mais o medo por mais que eu tento expulsar se impregnou dentro de mim e parece não querer sair.

E foi divagando que a noite passou rápido despois de ter implorado pra que Beth fosse pra casa já que ela queria ficar pra dormir e eu queria ficar sozinha. E depois de quase ameaça de morte Beth foi embora me fazendo prometer que amanhã ela dormiria comigo. E mesmo com morféu vindo me pegar demorou algum tempo ate conseguir apagar, estava cansada fisicamente e psicologicamente mais mesmo assim sem pressa pra dormir.

Acordei com uma claridade horrível na cara, e mais uma vez com a sensação de que alguém me observava e mais uma vez Beth me assustou com essa mania que ela tinha de entrar no quarto dos outros sem avisar. Ela disse que teve uma intuição e sabia que devia passar aqui antes de ir pra escola, o que na verdade é que eu pretendia ficar em casa e ela sabia e não deixaria. Disse que não era pra eu dá uma de covarde e fugir o que era realmente o meu plano e falou mais um monte de besteiras, no qual eu parei de escutar no momento que ela falou a palavra escola. Mais ela tinha razão eu não poderia fugir pro resto da vida e foi pensando nisso que depois de todo ritual como banho e café com bacon, e ainda ter que ouvir da Beth que eu estava horrível rumei pra escola.

Dessa vez Santana não foi me pegar o que eu achei estranho mais não deixei de agradecer. Não queria ver ninguém conhecido e me deu um alivio quando me lembrei de que não teria Glee. Durante as três primeiras aulas me mantive o mais longe, sorte ou não é o dia que eu não tenho aula nem com Santana ou Rachel. Às vezes a via no corredor ou sozinha ou do lado do Finn e vendo a cena e sentindo o que senti me deixou mais confusa ainda. O intervalo chegou e mesmo minha barriga pedindo atenção não me atreveria ir pro refeitório, sendo assim rumei primeiro lugar que veio na cabeça.

Não era sempre que ia ao auditório, chegando vi que tinha uns instrumentos no palco peguei o que mais me interessava que era o violão e me sentando no palco comecei a dedilhar tocando aleatoriamente. Eu aprendi a tocar violão quando o irmão mais velho da Beth veio passar as férias aqui, ele numa forma de passar mais tempo com ela deu a ideia e ela acabou me chamando pra fazer também. Enquanto voltava no passado o presente se fez presente e mais uma vez uma morena tomou conta dos meus pensamentos. E foi pensando nisso que uma vontade louca de cantar surgiu.

Love is not a place

to come and go as we please

It's a house we enter in

then commit to never leave

So lock the door behind you

Throw away the key

Work it out together

Let it bring us to our knees

Love is a shelter

in a raging storm

Love is peace

in the middle of a war

If we try to leave;

May God send angels to guard the door

No, Love is not a fight

but its something worth fighting for

Some love is a word

that they can fall into.

But when they're falling out

keeping that word is hard to do

Love is a shelter

in a raging storm

Love is peace

in the middle of a war

If we try to leave;

May God send angels to guard the door

No, Love is not a fight

but its something worth fighting for

Enquanto os acordes preenchiam o auditório a vi sentada na minha frente e por incrível que pareça não fiquei com medo ou vergonha, continuei cantando e tocando só que dessa vez a olhando. Queria tanto que ela visse a angustia que eu tinha.

Love will come to save us

If we'll only call

He will ask nothing from us

but demand we give our all

Love is a shelter

in a raging storm

Love is peace

in the middle of a war

If we try to leave;

May God send angels to guard the door

No, Love is not a fight

but its something worth fighting for

Amor Não É Uma Luta

Amor não é um lugar

Para ir e vir quando quisermos

É uma casa que entramos

E nos comprometemos a nunca partir

Então feche a porta atrás de você

Jogue a chave fora

Vamos Resolver isso juntos

Deixe que nos leve a ajoelhar

O amor é proteçao

Em uma feroz tempestade

O amor é paz

No meio de uma guerra

Se nós tentarmos sair

Que Deus envie anjos para guardar a porta

Não, o amor não é uma luta

Mas vale a pena lutar por ele

Para alguns amor é uma palavra

Que eles podem repousar.

Mas quando alguma coisa dá errado

É difícil manter a palavra.

O amor é proteção

Em uma feroz tempestade

O amor é paz

No meio de uma guerra

Se nós tentarmos sair

Que Deus envie anjos para guardar a porta

Não, o amor não é uma luta

Mas vale a pena lutar por ele

O amor nos salvará

Se nós apenas chamarmos

Ele não nos pedirá nada

Mas exige tudo de nós

O amor é proteção

Em uma feroz tempestade

O amor é paz

No meio de uma guerra

Se nós tentarmos sair

Que Deus envie anjos para guardar a porta

Não, o amor não é uma luta

Mas vale a pena lutar por ele

Quando terminei abriu os olhos e vi que ela não estava sentada na minha frente e sim do meu lado. Senti um frio na minha barriga e me arrepiei toda quando a senti perto de mim, ela me olhava com um sorriso lindo e percebi que ela estava com os olhos marejados. Coloquei o violão do meu outro lado e me virei totalmente pra ela que fez questão de segurar minhas mãos na sua nenhuma das duas tinha nada pra falar ate porque o silencio era confortável. Enquanto a olhava pensei no que eu poderia ta perdendo aquela garota poderia transformar a minha vida eu sentia isso, já abri mão de tanta coisa e enquanto vi ela passar o polegar no meu pulso num carinho decidi que não fugiria mais do que sentia. Vinha se aproximando lentamente fazendo com que respirássemos o mesmo ar num resquício de duvida ainda tentei sem êxito parar antes que a acontece algo que eu queria muito.

Nossos narizes se tocaram fazendo um simples carinho percebi sua respiração descompassada e suas mão tremiam, não aguentei mais e tomei a iniciativa a beijando. Primeiro foi só lábios se encostando numa forma de se conhecerem depois ela pediu passagem com a ponta da língua o que aceitei na hora. A melhor sensação da minha curta vida foi quando senti a sua língua abraçar a minha numa dança lenta, nosso beijo era calmo e transbordava acima de tudo amor. Nos beijávamos sem em nenhum momento desviar o olhar uma da outra. Quando o beijo acabou vi que ela chorava, levei a mão livre ao seu rosto absorvendo as lagrimas que descia o que fez com que ela fechasse os olhos, os abrindo em seguida com o sorriso mais lindo que tinha visto ate então. A abracei com sentindo ela me apertar como se quisesse nos unir mais ainda, se tinha alguma duvida essa foi embora no momento que a senti nos meus braços.



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Notas finais do capítulo

espero que gostem e com certeza postarei amanhã.
bjsss.



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