Fix You escrita por Brountë


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

mais um. com surpresa no final.



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“Somente quando encontramos o amor, é que descobrimos o que nos faltava na vida.”

Antes de sairmos falei com a minha mãe que estava na cozinha, ela adorou a Rachel até a convidou para almoçar conosco um dia desses. Dizia ela que eu estava precisando fazer novas amizades, mal sabe ela que Rachel e eu somos muito mais que amigas.

“Sua mãe é simpática.” Rachel falou enquanto dirigia a caminho da sua casa.

“É.” Falei querendo encerrar o assunto sobre a minha mãe. “Então, a Santana vai vim?”

“Pois é acabei esquecendo-se de ligar pra ela.” Falou pegando o celular na bolsa e discando um número. Como assim ela tem o número da Santana e não o meu?

“Santana a gente já está chegando... ok tchau.” Essa relação das duas é muita estranha. “Ela tá na casa na Brittany vamos nos encontrar lá em casa.” Falou despois de desligar o telefone. Será que as duas já se conheciam fora do Glee?

“Vocês já se conheciam?” Tive que perguntar pra não ficar com a desconfiança.

“Eu e Santana?”. Perguntou no qual respondi com um aceno de cabeça. “Não.” Fim do assunto pra ela mais não pra mim.

Depois de mais alguns minutos o carro parou em frente a uma casa azul que transmitia aconchego algo que não vejo mais na mansão Fabray. Antes de entrar em casa sentia uma paz plena, agora é como se eu tivesse pressa no meu próprio corpo, lá eu só mostro o meu pior por isso que tem uma energia tão ruim.

“Antes de a gente entrar eu quero te falar uma coisa.” Rachel disse em frente á porta. “A minha família não é igual ás outras.” Como se a minha fosse.

“Nenhuma é igual às outras.” E é a verdade.

“Só que a maioria é composta por um pai uma e mãe.” O assunto era sério mais tive que rir, pelo óbvio. Pela cara que ela fez não gostou muito do meu pequeno deslize.

Antes que ela continuasse a porta se abriu e de lá saiu um homem do tamanho da Rachel, ou seja, mais baixo que eu e que usava óculos e era branco. Tinha um sorriso acolhedor e um brilho paterno nos olhos. Fiquei na duvida do que ele poderia ser da Rachel já que não se parece nem um pouco com ela.

“Querida aconteceu alguma coisa?” Perguntou a Rachel com o sorriso acolhedor pra mim.

“Não papai. Só estava conversando com a Quinn.” Percebi que ela me olhava como se eu fosse a qualquer hora sair correndo dali.

“Ahh, então você é a famosa Quinn? Prazer eu sou Leroy pai da Rachel.” falou estendo a mão. “Ouvi falar de você a semana toda.” Dessa vez foi ela quem ficou com vergonha.

“Bom saber.” Estava adorando deixar ela envergonhada.

Antes que ela pudesse falar alguma coisa ouvimos uma buzina fazendo maior escarcéu. Só podia ser a Santana.

“Estou vendo que teremos a casa cheia hoje. Vou preparar um lanche pra vocês.” O pai da Rachel falando antes de entrar de volta a casa. Enquanto Santana estacionava o carro senti que a Rachel estava querendo falar alguma coisa.

“Oi Q, oi R.” Britty falou nos dando um beijo no rosto de cada.

“Oi.” Respondemos.

“Eu pensei que você não ia fazer a aula. Você não vai dar á aula de dança?” Perguntei.

“Vou, mais só vamos começar a ensaiar na segunda.” Disse.

“Que tal a gente começar logo o que viemos fazer?” Essa foi Santana nada gentil, como sempre.

“Oi Santana.” Falamos eu e Rachel ao mesmo tempo.

4h depois eu já não aguentava mais, a Rachel como professora era a pior do que a Santana nos seus dias de TPM. Só parávamos quando uma das quatro queria ir ao banheiro ou comer alguma coisa.

“Vamos só mais uma vez. ”Rachel falou. Durante as quatro horas essa frase já estava virando um hino.

“Não aguento mais S.” Essa foi Britty praticamente chorando. Se eu não estivesse tão ou mais cansada diria que a situação era engraçada.

“Já chega, não somos máquinas precisamos descansar.” Falou se sentando no sofá da sala com Britty do seu lado e a cabeça no ombro.

“Vocês tem muito que fazer se querem melhorar a voz.” Rachel que estava sentada em frente ao piano se levantou e ficou do meu lado. O que eu mais queria era poder esticar as minhas pernas mais a cara da Rachel me dava medo.

“Só que não vamos conseguir em um único dia. Você é pior do que a Sue.” Santana falou com uma cara tão seria que depois dessa não pude conter o riso que parou no segundo depois quando vi a cara que a Rachel lançou pra mim.

“Ok. Você tem razão, mais segunda eu não vou ter pena.” Depois dessa frase ela voltou a ser a Rachel de quatro horas atrás. “O que vamos fazer agora?” falou indo sentar no sofá menor e puxando pra sentar do seu lado.

“Vocês eu não sei mais se eu não sair agora eu vou ficar mais irritada, e ficando irritada vou descontar na Britty e ai nos vamos brigar e no final vai acabar sobrando pra vocês.” Falou tudo isso se levantando e puxando a Britty junto. “E ai vão?”

Rachel olhou pra mim e discretamente não sei por que fiz que não. Não estava com clima pra sair.

“Não, vamos ficar quer dizer se a Quinn quiser.” Rachel disse me olhando esperando a minha resposta.

“Eu fico.” Disse.

“Tudo bem, então nos vemos segunda eu acho.” Santana já estava indo em direção a porta quando Britty falou.

“Vamos pro cinema amanhã?”

“Cinema eu topo.” Rachel falou e eu acompanhei com um aceno. Nossa eu realmente estava cansada nem falar direito eu conseguia.

“Tá certo, eu ligo pra vocês pra combinar o horário agora será que da pra abrir a porta antes, por favor.” E dizendo isso saiu depressa puxando a Britty com medo de começarmos um novo diálogo.

“O que você quer fazer?” Rachel perguntou depois de levar as meninas até a porta e sentando do meu lado.

“Não sei, o que você quer fazer?”. Respondi pegando na sua mão e fazendo um leve carinho no seu pulso.

“Vem comigo.” Me puxou pela mão me levando para uma porta que tinha na cozinha. Quando ela abriu eu vi que tinha um jardim cheio de bichos de cerâmica na grama e uma árvore que tinha quase nos fundos e embaixo um balanço onde ela me levou. Ficamos alguns minutos em silencio cada qual com seus pensamentos.

Tudo aconteceu tão rápido, as amizades novas que eu fiz e velhas que refiz e um sentimento novo. Eu não entendo como tudo isso surgiu sendo que eu fugia. Como um sentimento tão forte pode aparecer tão rápido?

“Eu tenho dois pais gays.” Ela soltou depois de um tempo. Eu já sabia depois que vi os porta-retratos que continha ela mais dois homens um deles sendo o Leroy.

“Eu sei.” Ela me lançou uma cara de surpresa. “Eu vi as fotos e depois de você me dizer que a sua família era diferente tudo se encaixou.”

“Nenhum problema pra você?”. me perguntou sem olhar pra mim.

“Eu seria hipócrita se dissesse que sim, já que as minhas melhores amigas são.” Disse.

“Então eu tenho uma chance?” Não acredito que ela teve coragem de ser tão direta. Confesso que isso me assustou um pouco. “Quinn desde a primeira vez que ti vi eu senti algo que nunca senti antes.” Falou pegando na minha mão e me olhando com tanta intensidade que eu podia jurar que ela conseguia ver através de mim.

“Nem por Finn?” Eu sei que tocar no nome dele agora não tem nada haver, mais eu precisava saber.

“Por ninguém. Finn foi fogo de palha, uma coisa passageira.”

“E como você pode ter certeza de que conosco vai ser diferente?” Eu ainda não estava totalmente segura. Por um lado eu queria ficar com ela mais por outro vinha à sensação do muro que construí.

“Eu não sei, mais eu sinto do mesmo modo que você.” Não deixei terminar a puxei mais perto e dei um beijo que há tempo queria, com língua, saliva, dente suas mãos voaram pro meu pescoço e as minhas pra sua cintura. Depois dos nossos pulmões pedirem socorro paramos arfante com os olhos fechados mais o sorriso aberto. Foi quando o meu pesadelo começou só que não percebi, falta de ar, cansaço repentino, dor de cabeça. Se eu tivesse com o meu muro tinha percebido.

“toc toc.” Escutamos assim que as nossas respirações voltaram ao normal. Era o outro pai da Rachel, ele era alto da pele escura e um sorriso de com os dentes mais brancos que vi.

“Desculpe atrapalhar mais eu queria conhecer nossa visita especial.” Falou se aproximando de onde estávamos. A Rachel que estava do meu lado pegou a minha mão entrelaçando na minha. “Prazer Hiram e você é Quinn Fabray.” Disse estendo a mão no qual apertei e ainda ganhando um abraço caloroso sem soltar a mão da Rachel.


“Prazer senhor Hiram.” Falei saindo do abraço.

“Só Hiram querida. Bom já que atrapalhei gostaria de convida-la a jantar conosco.” Percebi que ele olhou pra nossas mãos entrelaçadas e o sorriso aumentou mais ainda.

“Bem que eu gostaria mais não posso. Fica pra próxima.” Eu não queria que os pais da Rachel pensasse que temos algo serio.

“Tudo bem, mais eu vou cobrar.” Dito isso saiu.

“Eu tenho que ir Rachel. Hoje minha mãe quer a família reunida.” Claro que é mentira mais eu não podia dizer tudo o que eu estava pensando.

“Eu gostaria que você ficasse mais se é assim tudo bem eu te levo.” Disse isso me levando de volta pra dentro.

“Não precisa eu ligo pra minha mãe e ela vem me buscar.”

“Mais eu quero.” Falou com um bico que não resisti e desfiz com um selinho que se transformou. De novo a dor de cabeça veio e acabei me afastando. Percebi que ela me olhou confusa mais antes que falasse qualquer coisa a chamei.

“Vamos?” Depois de me despedir dos pais da Rachel e ainda prometer que jantaria com eles qualquer dia desses saímos. O caminho foi num silencio desconfortável, senti que ela queria perguntar alguma coisa mais toda vez que ela ameaçava eu a cortava com outra pergunta.

“Amanhã eu te ligo pra dizer que horas vou te pegar. Dessa vez eu quero dirigir” falei recendo um sorriso em troca. Depois de mais um longo beijo sai do carro e antes que abrisse a porta a ouvi dizer. “Até amanhã.”

Mais o amanhã não veio do jeito que planejamos.

Acordei com os raios do sol no meu rosto, não precisa abrir os olhos pra perceber que não estava bem. A dor de cabeça piorou, não conseguia sequer me levantar mais eu ainda fiz só que não consegui ir muito longe à única coisa que vi antes de cair e apagar completamente foi a imagem da Rachel vindo à minha direção.

Pi, pi, pi, pi. O barulho do meu nojo me acordou e de cara já sabia onde estava mesmo sonolenta pude ver uma cabeleira loira me olhando com os olhos mais azul que já vi.

“Oi Beth.” Falei com a voz falha que nem eu mesma escutei.

“Que bom que acordou Q.” falou pegando na minha mão com tanto carinho que sabia que ela tinha medo de me machucar.

“Tô no hospital né?”. Eu praticamente sussurrava.

“Sim. a sua mãe foi te chamar e como você não respondeu ela decidiu entrar no quarto ai viu você apagada no chão.”

“Cadê ela?” Queria muito dormir mais a curiosidade era mais forte.

“Foi pra casa descansar e comer alguma coisa. Durante esses três dias ela não saiu do teu lado então minha mãe praticamente a obrigou.” Beth falou sem perceber do erro.

“Três dias?” Perguntei sentindo minha boca seca. “Alguém mais sabe que eu tô aqui?”

“Se você quer saber se a Rachel ficou sabendo a resposta é não mais a Santana sabe. Ela teve aqui só que você ainda estava dormindo.”

“Santana?” Perguntei.

“Sim, eu tenho que admitir ela é uma boa amiga melhor do que eu claro que não até por que não existe mais ela se preocupa com você. Só faltou bater na enfermeira que não queria que ela entrasse, foi uma zona.” Rir da cena que se formou.

“Promete que. não.vai.falar.pra Rachel?” Falei com dificuldade.

“Prometo e a Santana disse que não ia falar pra todos os efeitos você ta com um resfriado.”

“Obrigada.” Eu não queria apagar mais era mais forte.

“Agora vê se dorme mais um pouco, sua mãe chega já e eu também não vou sair daqui.” Disse.

“Te amo.” Eu queria que ela soubesse.

“Eu também te amo.” Foi à última coisa que ouvi antes de apagar.

– Beth-

Sai daquele quarto com os olhos ardendo, desde que a vi naquele estado desacordada a primeira vez, a vontade de chorar foi muito grande, mais eu não podia. Eu tinha que ser forte, mais agora depois de vê ela com dificuldade até pra falar eu não aguentei me estendi nas cadeiras em frente ao quarto e chorei tudo o que tinha segurado durante esses três dias. Aumentou ainda mais quando senti dois braços me envolverem.

“Por favor, me diz que vai ficar tudo bem!” Falei depois de algum tempo saindo dos seus braços e a olhando de frente pelo reflexo dos óculos que usava vi que ainda caia algumas lágrimas. “Fala que ela vai se curar!”

“Vai ficar tudo bem minha querida. Mais eu não posso mentir.” Ela falou com todo cuidado.

“Mãe eu preciso acreditar.” Mais lágrimas “Eu preciso passar confiança, mais eu não vou conseguir se souber que não existe uma chance.” Falei a apertando com força sabendo e temendo a resposta.

“Todo mundo tem uma chance. Não podemos perder a esperança mais não se preocupe que farei o possível e impossível pra que as chances dela sejam mais de uma. Eu prometo.” Me apertou mais forte selando a promessa, nessa meu celular tocou.

“Já vou qualquer coisa tô no meu consultório.” E saiu após o beijo na testa.

“Alô.”

“Sou eu Beth, te liguei pra saber se ela já acordou.”

“Acordou agora a pouco mais voltou a dormir por causa dos remédios.”

“E como ela estava?” Pela voz percebi que ela estava chorando.

“Cansada, mais quando acordar vai estar bem melhor.”

“Obrigada Beth por me manter informada. Queria tanto estar ai com ela.” Suspiro.

“Eu sei. Olha quando ela for pra casa eu dou um jeito de você ir visitar ela.”

“Tá, agora eu tenho que ir mais uma vez obrigada Beth.”

“De nada Rachel.” Falei desligando. Se a Quinn souber nunca mais olha na minha cara.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem e comentem.
bjssss! e até amanhã.



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