Fix You escrita por Brountë


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Postando o cap de novo mais só pra fazer uma pergunta a vocês. Desde o ano passado que eu eu não posto, por isso tenho certeza que deve ter muita gente querendo me esfolar viva, eu só tive uma crise braba de falta de inspiração, tentei muito mais nada saia conforme eu queria e historia precisava alé do que ela é muito importante pra mim pra que eu coloque qualquer coisa. Só que eu não esqueci e por isso estou aqui disposta a continuar com a historia, claro se vocês ainda quiserem ler. E essa é minha pergunta. Continuo?



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“Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre.”

Nossa vida está por um fio sempre e nem temos consciência disso… Não aproveitamos como deveríamos. Ou apenas aproveitamos do modo como achamos que deveríamos aproveitar. Mas nunca é o bastante. Nunca é suficiente o bastante para dizer: “É, agora eu posso ir.” Sempre tem espaço para um: “Só mais cinco minutinhos...” E era o que eu queria, mais cinco minutos.

“Então quer dizer que a senhorita não está com fome?” Beth falou entrando no quarto e me tirando dos meus devaneios.

“E pelo visto esse fato não te impediu de trazer isso de volta.” Falei apontando pra bandeja que ela carregava a mesma que Bree trouxe.

“Eu não ligo para o que você quer e sim do que você precisa”. Disse colocando a bandeja na minha frente ignorando a minha cara raivosa. “E nesse momento você precisa se alimentar... comece.”

“Você sabe que não manda em nada né?”

“Sei disso, mais sei também que posso ser bem irritante quando quero.” Depois dessa era melhor comer do que ter ao seu lado uma Beth desabafando sobre seus problemas, sendo que um era mais ridículo do que o outro.

“Como foi na escola?”

“Normal.” O normal da Beth era muito diferente do meu normal.

“Como você está?” perguntou se sentando do meu lado e me olhando de cima abaixo como se procurasse algum defeito.

“Bem tirando os vômitos.” Só de lembrar a ânsia veio mais a ignorei.

“Minha mãe falou que você tem uma consulta com ela amanhã, quer que eu vá também?”

“Não precisa a Judy já vai comigo.”

“Tá certo. Mais bem que você poderia deixar um pedaço desse pudim pra mim.” Não tive como não rir da cara que ela fez ao olhar pra sobremesa e assim o dia passou entre risadas, enjoos e ansiedade da consulta de amanhã.

&******&

“Bom dia Sarah.” Minha mãe falou assim que entramos na sala da minha médica e tecnicamente tia. “Bom dia doutora.” E mesmo assim nunca consegui chama-la de outro nome a não ser de doutora.

“Bom dia Judy, Quinn. Podem sentar.” Depois de sentar observei como a mãe da Beth continua cada dia mais bonita, nem parece que tem uma filha adolescente até porque quando engravidou era nova assim como eu. O engraçado é que ela sempre diz que quando mais nova se parecia comigo. “Como está se sentindo Quinn.”

“Bem.”

“Não está sentindo nada, enjoo, tontura, qualquer coisa?”

“Não, só estou cansada de ficar em casa.” Tive que mentir porque se dissesse a verdade era capaz de nunca da à alta.

“Pois a partir de agora você está livre pra poder sair contanto que não faça muito esforço.”

“Ok.”

“Então Sarah já saiu os resultados dos últimos exames?” Minha mãe parecia ansiosa, mais eu não a culpava até eu tava um pouco mais não por isso e sim pelo que eu tinha decidido.

“Sim e bom como falei na época esse tratamento seria diferente da quimio e a chance de resultado positivo era mínima...”

“Deu negativo certo?” Perguntei de súbito ganhando uma cara surpresa da minha mãe e um olhar de culpa da doutora.

“Quinn eu quero que você saiba que essa foi só a primeira tentativa.”

“O que aconteceu pra que não desse certo?” Como sempre minha mãe tentava se manter forte mais comigo não funcionava.

“O que nós achamos é que o corpo da Quinn já tinha se acostumado com a quimio e o efeito de troca de tratamento impossibilitou. Mais eu ressalto que isso foi só a primeira tentativa.”

“Você acha que devemos continuar com esse tratamento?” Mais uma vez minha mãe se pronunciou.

“Olha depois dos exames completos eu acho melhor a Quinn continuar com a quimio.”

“Se é assim voltemos pra quimioterapia.” Mais uma vez minha mãe falou como se eu não estivesse ali e como se o corpo não fosse meu.

“Tudo bem pra você Quinn?” A doutora perguntou fazendo minha mãe me notar.

“Não. Não quero mais fazer quimio nem outro tratamento qualquer.”

“Quinn filha do que você tá falando?” Minha mãe perguntou me olhando como se eu tivesse enlouquecido, talvez eu tenha já que o tratamento era a única forma de uma possível recuperação.

“Isso mesmo que você ouviu, não quero mais colocar nada dentro do meu corpo a não ser comida.” Falei dando um sorrisinho irônico.

“Quinn você sabe que essa sua decisão pode acabar com qualquer chance que você tenha não sabe?”

“É claro que ela sabe Sarah. Quinn você não pode está falando serio.” Minha mãe falou, ou melhor, quase gritou.

“Eu conheço meu corpo Doutora e os sinais que ele me dá é de que não aguenta mais tudo isso e não é só ele a minha mente também. Eu já tô nisso a muito tempo e nada, só no começo que deu certo mais depois a cada dia nenhuma melhora.”

“Você tem certeza disso?” Eu sabia que a doutora ficaria do meu lado.

“É claro que ela não tem certeza Sarah, além do mais você não decidi nada ainda é menor de idade e por tanto eu quero que você continue com a quimio.” Minha mãe não via que isso só me fazia mais infeliz.

“Você não pode me obrigar, será que você não percebe que com quimio ou sem eu vou morrer do mesmo jeito?!” Falei me retirando da sala e deixando minha mãe chorando e a doutora mais culpada ainda.

&******&

“Quinn espere!” Judy agarrou a minha mão pra que eu não subisse e se trancasse no quarto. A volta do hospital pra casa foi em total silencio.

“O que eu tinha pra falar eu já falei.” Disse isso ainda tentando me soltar.

“Vem cá.” Me puxou pra sentar no sofá do lado dela. “Quinn essa é a sua única chance que você tem de viver, por favor, não deixa que essa doença me tire uma filha.” Pela primeira vez tive vontade de lutar com todas as minhas forças contra ela, mais não durou muito.

“Por favor, digo eu será que você não percebe que cada resultado negativo é mais uma decepção? Isso tem durado há dois anos e a exato dois anos nenhum exame tem a palavra positivo, NENHUM.”

“Filha não...”

“Mãe no dia que eu soube que eu tinha Leucemia eu vi que a minha vida já tinha acabado ali. Por sorte ela tá durando muito mais não graças à quimio ou outro tratamento, então, por favor, me deixa viver longe do hospital me deixa ter um pouco de paz?” Nesse momento eu já estava chorando.

“Eu só não quero te perder meu amor.” Minha mãe falou me aninhando no seu colo como a tempo não fazia.



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Notas finais do capítulo

E então?



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