Vampiros De Antigamente, Sedutores escrita por Veneficae


Capítulo 6
Dica 4: Não pareça tão desesperada pelo seu...


Notas iniciais do capítulo

... Beijo Vampiresco e Pegada Confiante,



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Quando voltei ao carro, Jim dormia no banco traseiro e Rick fitava o horizonte.

Suspirei ao sentar.

- Seu irmão é um idiota. - “embora eu goste.” acrescentei mentalmente, mas logo me imaginei batendo a cabeça na parede novamente.

- Eu que sou.

- Não era isso que eu pensava que ia dizer.

- Mas é verdade. Eu devia ter impedido, mas pensei: a vida é dele e eu não vou entrometer. Mas cá estou com uma futura vítima e uma garota sangrando no banco traseiro do meu carro. - bufou. - E o que eu tenho a ver? Não sei, mas preciso fazer alguma coisa, talvez por razões... éticas?

- Se for isso dou a maior força e... aliás, não vou ser a próxima vítima. Isso não vai acontecer.

- Duvido. Todas sempre morrem no final. É até esquisito ele não ter te atacado ou matado ainda.

Charlote 1 x Rick 0

Ele deu a partida e seguiu a estrada invisível dentre a mata.

- Hum... e eu pensava que lobisomens se alimentavam de sangue. - murmurei, embora não tivesse a mínima intenção de prestar atenção na resposta. Meu negócio era vampiros, não bolas peludas como lobisomens.

- Sim, mas só em lua cheia. Na noite da transformação.

- Hummm... - “... flap, flap comigo?” eu relembrava.

Jim resmungou, dormindo.

Logo tinhamos chegado em uma casa.

Rick carregou a garota para fora e eu fui junto.

- Onde é aqui?

- A casa de Jim.

- Como sabe?

- Já tive de impedir Jack de matá-la. Ela era a minha namorada.

Arqueei as sobrancelhas.

- Sua namorada?

- Jack a seduziu. - disse colocando Jim na beira de um lago ali perto, o sangue saiu na hora, mas não de suas roupas.

Jim acordou.

- Meu Deus! - se levantou. - Rick?

- Olá, Jim.

- Onde está Jack?

- Fora do seu alcance. Agora vá para casa, sua mãe deve estar preocupada. Tome – entregou seu casaco. - Para que ela não veja as manchas na sua blusa.

Ela o vestiu.

- Claro. - e saiu.

Tentei ir atrás dela, mas Rick me segurou.

- Aquela idiota! Nem para agradecer! - mas ele me virou e ficou um pouco a observar.

- Dane-se Jim. Ela é e sempre foi uma idiota.

- Então porque a ajuda?

- Pelos velhos tempos e... - olhou para o céu. - A mãe dela é uma boa pessoa e não merece saber que a filha é uma masoquista que ama um usurpador de sangue.

- Que ético. - soltei-me e abri a porta do carro.

- Você não parece uma professora.

- E não sou. Só preciso de dinheiro para pagar minhas contas. - e entrei.

- Quer que eu a leve para casa?

- Pode ser.

No meio do caminho, algo apareceu na frente e parou-o.

Dei um pulo no lugar. Rick estava com o braço segurando-me no banco para que eu não atravessasse o vidro da frente e apertava o volante com a outra mão.

- Você é louco?!

Era Jackson.

- Sai do carro.

Rick saiu.

- Quer nos matar?

- Eu só mataria um.

- Sai da minha frente.

- Sai você.

Jackson mostrou as presas crescidas.

O rosto de Rick se transformou e logo estava com cara de lobisomem, garras e pelos grossos no posterior do braço.

Rosnou com dentes afiados como navalha.

- Vá. Layla vai caçar, se isso resolve esse impasse.

Por um momento pensei que Rick ficaria, mas vacilou e voltou a feição normal.

- Sorte sua.

- Azar seu.

Rick bufou e saiu correndo.

Jackson entrou no carro, deu a partida e acelerou numa guinada violenta para frente.

- Onde vamos?! - quase gritei.

- Ficar sozinhos juntos.

De algum modo eu estava ali com Jackson, na praça Delamari. Jackson tinha comprado um sorvete para mim, o que era óbvio que me fazia sentir uma criança.

Jack passou o dedo indicador no canto da minha boca.

- Estava sujo de sorvete. - e sorriu.

- Está querendo me seduzir?

- Estou conseguindo?

Sustentei um pouco seu olhar.

- Vamos dizer que um pouco.

- Já é alguma coisa.

- Talvez naturalmente, mas com seu poder nunca. Todo banho com óleo de verbana.

- Nua, eu sei.

Revirei os olhos.

- Vem comigo. - pegou minha mão e puxou-me para um beco. Colocou a mão na minha bochecha e sorriu.

Comecei a respirar com muita rapidez.

- Por que está fazendo isso? Me larga... - “não me larga não” contrariei-me.

- Na-na-ni-na-não~ - cantarolou passando seu dedo sobre minha clavícula.

Jogou minha cabeça para trás, encostou a sua boca no meu pescoço, dando mordiscadinhas leves e dando leves sussurradas no meu ouvido. Meu Deus! Eu ia sucumbir, só pode. Minhas pernas tremiam e eu não conseguia encontrar a voz negando na minha mente. O que estava acontecendo comigo, tirando o fato de eu estar sendo agarrada sedutoramente por um vampiro incrivelmente confiante? Jack agarrou minhas coxas e 

desceu a boca, sério.

Longe, um homem simples passou pelo beco e deu uma rápida olhadela. Tive quase certeza de que ele disse “Paixão adolescente está cada vez mais decadente.”, o que me despertou.

Empurrei-o, exigindo toda a força de meus músculos.

- Não, Jackson. - mas ele se recusava a tirar as mãos de mim. - Falei chega, Vanderberg.

Quando eu falava seu sobrenome, então era sério.

- O que foi?

- Não está certo.

- E desde quando vampiro tem que fazer o certo?

- Não sou uma vampira.

- Eu estava falando de mim, mas podemos resolver agora esse problema. - disse alongando as presas.

- Não.

- Ok, então. - mas suas presas não voltaram ao normal. Observou um bom tempo as veias do meu pescoço e depois sim voltou ao normal.


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