Vampiros De Antigamente, Sedutores escrita por Veneficae
Notas iniciais do capítulo
... Beijo Vampiresco e Pegada Confiante,
Quando voltei ao carro, Jim dormia no banco traseiro e Rick fitava o horizonte.
Suspirei ao sentar.
- Seu irmão é um idiota. - “embora eu goste.” acrescentei mentalmente, mas logo me imaginei batendo a cabeça na parede novamente.
- Eu que sou.
- Não era isso que eu pensava que ia dizer.
- Mas é verdade. Eu devia ter impedido, mas pensei: a vida é dele e eu não vou entrometer. Mas cá estou com uma futura vítima e uma garota sangrando no banco traseiro do meu carro. - bufou. - E o que eu tenho a ver? Não sei, mas preciso fazer alguma coisa, talvez por razões... éticas?
- Se for isso dou a maior força e... aliás, não vou ser a próxima vítima. Isso não vai acontecer.
- Duvido. Todas sempre morrem no final. É até esquisito ele não ter te atacado ou matado ainda.
Charlote 1 x Rick 0
Ele deu a partida e seguiu a estrada invisível dentre a mata.
- Hum... e eu pensava que lobisomens se alimentavam de sangue. - murmurei, embora não tivesse a mínima intenção de prestar atenção na resposta. Meu negócio era vampiros, não bolas peludas como lobisomens.
- Sim, mas só em lua cheia. Na noite da transformação.
- Hummm... - “... flap, flap comigo?” eu relembrava.
Jim resmungou, dormindo.
Logo tinhamos chegado em uma casa.
Rick carregou a garota para fora e eu fui junto.
- Onde é aqui?
- A casa de Jim.
- Como sabe?
- Já tive de impedir Jack de matá-la. Ela era a minha namorada.
Arqueei as sobrancelhas.
- Sua namorada?
- Jack a seduziu. - disse colocando Jim na beira de um lago ali perto, o sangue saiu na hora, mas não de suas roupas.
Jim acordou.
- Meu Deus! - se levantou. - Rick?
- Olá, Jim.
- Onde está Jack?
- Fora do seu alcance. Agora vá para casa, sua mãe deve estar preocupada. Tome – entregou seu casaco. - Para que ela não veja as manchas na sua blusa.
Ela o vestiu.
- Claro. - e saiu.
Tentei ir atrás dela, mas Rick me segurou.
- Aquela idiota! Nem para agradecer! - mas ele me virou e ficou um pouco a observar.
- Dane-se Jim. Ela é e sempre foi uma idiota.
- Então porque a ajuda?
- Pelos velhos tempos e... - olhou para o céu. - A mãe dela é uma boa pessoa e não merece saber que a filha é uma masoquista que ama um usurpador de sangue.
- Que ético. - soltei-me e abri a porta do carro.
- Você não parece uma professora.
- E não sou. Só preciso de dinheiro para pagar minhas contas. - e entrei.
- Quer que eu a leve para casa?
- Pode ser.
No meio do caminho, algo apareceu na frente e parou-o.
Dei um pulo no lugar. Rick estava com o braço segurando-me no banco para que eu não atravessasse o vidro da frente e apertava o volante com a outra mão.
- Você é louco?!
Era Jackson.
- Sai do carro.
Rick saiu.
- Quer nos matar?
- Eu só mataria um.
- Sai da minha frente.
- Sai você.
Jackson mostrou as presas crescidas.
O rosto de Rick se transformou e logo estava com cara de lobisomem, garras e pelos grossos no posterior do braço.
Rosnou com dentes afiados como navalha.
- Vá. Layla vai caçar, se isso resolve esse impasse.
Por um momento pensei que Rick ficaria, mas vacilou e voltou a feição normal.
- Sorte sua.
- Azar seu.
Rick bufou e saiu correndo.
Jackson entrou no carro, deu a partida e acelerou numa guinada violenta para frente.
- Onde vamos?! - quase gritei.
- Ficar sozinhos juntos.
De algum modo eu estava ali com Jackson, na praça Delamari. Jackson tinha comprado um sorvete para mim, o que era óbvio que me fazia sentir uma criança.
Jack passou o dedo indicador no canto da minha boca.
- Estava sujo de sorvete. - e sorriu.
- Está querendo me seduzir?
- Estou conseguindo?
Sustentei um pouco seu olhar.
- Vamos dizer que um pouco.
- Já é alguma coisa.
- Talvez naturalmente, mas com seu poder nunca. Todo banho com óleo de verbana.
- Nua, eu sei.
Revirei os olhos.
- Vem comigo. - pegou minha mão e puxou-me para um beco. Colocou a mão na minha bochecha e sorriu.
Comecei a respirar com muita rapidez.
- Por que está fazendo isso? Me larga... - “não me larga não” contrariei-me.
- Na-na-ni-na-não~ - cantarolou passando seu dedo sobre minha clavícula.
Jogou minha cabeça para trás, encostou a sua boca no meu pescoço, dando mordiscadinhas leves e dando leves sussurradas no meu ouvido. Meu Deus! Eu ia sucumbir, só pode. Minhas pernas tremiam e eu não conseguia encontrar a voz negando na minha mente. O que estava acontecendo comigo, tirando o fato de eu estar sendo agarrada sedutoramente por um vampiro incrivelmente confiante? Jack agarrou minhas coxas e
desceu a boca, sério.
Longe, um homem simples passou pelo beco e deu uma rápida olhadela. Tive quase certeza de que ele disse “Paixão adolescente está cada vez mais decadente.”, o que me despertou.
Empurrei-o, exigindo toda a força de meus músculos.
- Não, Jackson. - mas ele se recusava a tirar as mãos de mim. - Falei chega, Vanderberg.
Quando eu falava seu sobrenome, então era sério.
- O que foi?
- Não está certo.
- E desde quando vampiro tem que fazer o certo?
- Não sou uma vampira.
- Eu estava falando de mim, mas podemos resolver agora esse problema. - disse alongando as presas.
- Não.
- Ok, então. - mas suas presas não voltaram ao normal. Observou um bom tempo as veias do meu pescoço e depois sim voltou ao normal.
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