Bloody Mystery escrita por Aunt Naty


Capítulo 6
Conhecendo melhor o outro.


Notas iniciais do capítulo

Olá ~
Esse capítulo vai ser mais tranquilo (o último já teve terror suficiente) E mais um aviso: vou postar de Quinta em Quinta, mas se tiver algum imprevisto, posso demorar mais um pouco.
Aproveitem ~



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O quarto ficou cheio. Nem eram tantas pessoas, apenas os amigos de Orihime, mas da forma com que todos falam juntos e ao mesmo tempo, parecia que tinha uma multidão no lugar...

- Sério que você está bem? – perguntou Uryuu pela milésima vez.

- Estou. Foi só um susto mesmo. Aconteceram muitas coisas hoje, e acho que eu fiquei um pouco preocupada demais e nem tomei o meu café da manhã, deve ter sido isso – respondeu a ruiva calmamente.

- E foi mesmo, sua pressão teve uma súbita queda e fez a senhorita desmaiar, não foi nada sério. Ainda bem que o Sr. Alfred ligou rapidamente para mim – falou o médico que havia entrado um pouco depois no quarto.

- Que bom.

O médico foi embora logo, mas os amigos ficaram conversando até a noite cair. Só se lembraram do tempo quando o relógio-cuco que ficava no quarto, bateu nove horas.

- Já é tão tarde assim?! É melhor te levarmos para casa – falou Ichigo.

- Tem razão – falou Orihime se espreguiçado.

- De onde você conhece o Ulquiorra? – perguntou finalmente Renji.

Orihime sentiu as bochechas queimarem. Ela ainda não tinha tido coragem de contar para seus amigos que tinha conhecido Ulquiorra quando eram crianças, mas agora não tinha mais como fugir disso.

- Eu tinha o conhecido um dia antes de me mudar a dez anos, e só voltei a encontrá-lo quando cheguei de viajem.

Os amigos ficaram com uma cara de espanto, mas quando iriam perguntar mais alguma coisa, o próprio Ulquiorra entrou no quarto.

- Está melhor? – perguntou.

- Sim. Daqui a pouco nós já vamos embora... Não se preocupe – respondeu Orihime coçando a cabeça.

- Melhor você passar a noite aqui. Amanhã cedo seus amigos podem levá-la para casa, já está muito tarde.

Orihime sentiu que seu rosto havia ficado muito vermelho. Olhou para seus amigos que não estavam com uma cara muito boa com relação a isso.

- Está tudo bem – começou – sabem que eu acordo cedo, logo pela manhã vocês já podem vir.

Ichigo ainda não parecia convencido, mas mesmo assim acabou assentindo com a cabeça. Os três andaram calmamente até a porta.

- Até amanhã! – exclamaram os três.

- Até! – respondeu Orihime com um sorriso.

Ulquiorra, que estava ainda parado na porta, encarou os três, eles fizeram o mesmo. Ichigo e os outros deveriam ter alguma coisa para falar, mas deveria ser alguma coisa que Orihime não deveria ouvir, então, logo desviaram o olhar. Alfred apareceu na porta e guiou os garotos até a porta.

- Seus amigos se preocupam muito com você – falou Ulquiorra entrando no quarto.

- Eu sei. Mas eles também estão preocupados com Rukia... Ela não estava nada bem hoje.

O moreno nada disse, mas a ruiva já tinha se acostumado com isso. Ulquiorra era uma pessoa bem calma e enigmática, não mostrava nenhuma emoção praticamente e nunca falava mais do que achava necessário.

- O que aconteceu com seus pais? – Ulquiorra falou primeiro dessa vez.

Orihime se assustou um pouco com a pergunta, porém, não poderia simplesmente falar que eles ainda estavam em Londres, o jeito que Ulquiorra a encarava com aqueles profundos olhos verdes, não a permitia.

- Eles morreram há um ano – as palavras bateram fundo em seu estômago como um soco.

- Interessante.

A ruiva voltou à realidade. Como assim ele achava “interessante” a morte dos pais dela?!

- O que? – as palavras tiveram uma entonação um pouco rude.

- É interessante que você seja órfã de mãe e pai, assim como eu.

Agora ela tinha entendido, lembrou-se de que ele havia dito antes que seu pai havia morrido cinco anos antes, mas ele nunca tinha falado da mãe.

- Quando sua mãe morreu?

- Eu não a conheci. Ela morreu quando eu tinha um ano.

- Entendo, mas seu pai era legal?

- Era sim, sempre apoiava minhas decisões. Ele morreu sob circunstâncias desconhecidas. Então, eu herdei tudo.

Novamente, Orihime notou que ele deu ênfase à palavra “desconhecidas”; será que ele realmente não sabia de que se tratava, ou foi alguma coisa como a morte do pai de Rukia? De qualquer forma, ela queria saber mais sobre Ulquiorra, mesmo que isso levasse muito tempo só com curtas conversas.

- É melhor você dormir. Já está tarde e imagino que seus amigos vão querer vir bem cedo para cá – Ulquiorra se levantou.

- Boa idéia. Tudo bem eu ficar aqui? – ela estava um pouco sem graça.

Não houve resposta, o moreno apenas saiu do quarto e fechou a porta. Orihime olhou ao redor para conhecer melhor o quarto: era branco e com vários detalhes pretos no gesso branco que contornava o teto, havia uma escrivaninha de madeira escura e com uma luminária prateada e de frente para a cama, encostado na parede, estava um enorme guarda-roupas também em madeira escura.

É bem bonito...” pensou ela. Quando a ruiva deitou-se no macio travesseiro, sentiu um cheiro doce, mas também um pouco diferente e também estranhamente familiar. Quando reconheceu o cheiro, seu coração acelerou e ainda seu rosto ficou mais vermelho do que um pimentão; aquele era o travesseiro dele, era o quarto dele.

Orihime não tinha a menor idéia do porquê de Ulquiorra ter a deixado dormir em seu quarto, será que realmente não ligava, ou já era muito tarde para trocá-la de quarto? Não sabia, mas no dia seguinte não sabia como iria falar com ele; depois disso, ela se lembrou que da vez do curativo, tinha acontecido a mesma coisa. As mesmas sensações, e também a mesma vergonha meiga por não saber o motivo do que Ulquiorra fazia, também foi nesse momento, que ela novamente se perguntou: “Será que eu estou mesmo apaixonada pelo Ulquiorra?”

O motivo da pergunta era simples: Ulquiorra era uma pessoa totalmente oposta a ela. Enquanto ela não parava de falar, ele, às vezes, nem mesmo falava algo mais do que monossílabos. Orihime demorou a dormir, ficava pensando em seus sentimentos, em seus pesadelos anteriores, em seus amigos, na morte do pai de Rukia, no aparecimento de Melody e dos outros, tudo. E finalmente, quando colocou seus pensamentos em ordem, dormiu.

- Então ela o conhecia. Não faz mal, “antes tarde do que nunca” – falou uma voz que vinha da janela – agora tenho que avisar a Melody sobre isso, mas ela vai se surpreender com a situação que estamos lidando dessa vez...

Mello estava sentado no galho de uma árvore que dava diretamente para a janela do quarto de Ulquiorra e tinha ouvido toda a conversa entre os dois. Pegou seu celular.

- Melody? Você nem imagina em que situação nós estamos!

Do outro lado da linha, Melody estava carregando uma pistola automática com balas especiais e ao ouvir o que o loiro contava, o sorriso de seu rosto crescia mais. Depois de alguns minutos, desligou o telefone.

- Edward – chamou.

O loiro se levantou da poltrona onde estava sentado lendo um livro de Ciências e foi até a varanda onde a morena estava.

- O que foi?

- Precisamos dar um jeito de ir até a casa do tal Ulquiorra, e o mais rápido possível.

- Aff... Como faremos isso?

- Mello me disse que Orihime está na casa dele por ter passado mal hoje mais cedo, então, os amigos dela irão buscá-la amanhã de manhã, tudo que temos de fazer é ir até a casa de um deles e ir com eles até lá. Ulquiorra não vai poder nos impedir de entrar.

- Está bem. Vou preparar tudo.

- Faça isso.

Edward saiu da varanda.

- Agora veremos se ele é ou não o que parece ser... E se for, não terei outra escolha.


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Notas finais do capítulo

OOOH ~ A Melody não era tão simpática quanto parecia né?
Nos próximos vai ter mais explicações, e etc...
Reforçando, o próximo só vai sair na Quinta-Feira que vem e assim por diante XD
Mandem reviews!



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