Bloody Mystery escrita por Aunt Naty


Capítulo 4
Uma morte e um aparecimento repentino.


Notas iniciais do capítulo

E ai manolada? Eu tentei deixar esse capítulo o maior possível, quem sabe nos próximos eu consiga aumentar mais ^.^ Só para avisar, vão aparecer mais personagens.



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O dia amanheceu nevando na pequena vila, mas mesmo antes dos primeiros raios de Sol preguiçosos saírem, Ulquiorra já estava acordado.

- Bom dia Sr. Ulquiorra – falou Alfred.

- Bom dia.

- Aconteceu alguma coisa estranha ontem, tirando o faro de Grimmjow ter aparecido?

- Por que a pergunta?

- Encontrei uma pequena gota de sangue no hall de entrada.

- A garota se machucou ontem – Ulquiorra respondeu frio.

- Entendo o senhor vai querer tomar café? Ou posso deixar Grimmjow tomar café sozinho?

- Deixe-o sozinho. Eu disse claramente que ele não teria nenhum tipo de tratamento especial, eu vou dar uma volta – o moreno andou na direção da porta de seu quarto.

- Tudo bem então.

Ulquiorra colocou um terno preto e calças pretas e saiu da mansão. Caminhava calmamente pela rua, deixando cair pequeninhos flocos de neve em suas roupas, mas logo que chegou ao centro da cidade, notou uma estranha aglomeração dos moradores. Aproximou-se o suficiente para ouvir do que se tratava, mas ao mesmo tempo para que ninguém o notasse. Tudo que viu foi um corpo humano caído no meio da branca neve e a pele tinha semelhante cor.

- Ele está morto! Mas como?! – exclamou um homem no meio da multidão.

- Dêem passagem! O médico está aqui! – outro falou.

Ulquiorra viu o homem de roupas brancas examinar o corpo, e vendo sua pulsação, certificou-se de que que estava mesmo morto.

- Mas eu não entendo uma coisa... Não há nenhum vestígio de sangue nesse lugar, nem mesmo parece ter sangue neste corpo, a não ser por essa... Gota. – falou o médico.

Realmente, o corpo não tinha nenhum resquício de sangue, mas ao lado do corpo havia uma gota vermelha que por incrível que pudesse parecer, ainda estava quente e viscosa.

- Então ele foi morto há pouco tempo, não é? – perguntou uma mulher.

- Não. O corpo está muito pálido para que tenha sido a pouco tempo, ele deve ter sido morto durante a noite, e além do mais, com essa baixa temperatura o sangue deveria congelar em minutos, e essa gota ainda estar quente, é algo muito... – o médico foi interrompido.

- Muito estranho? – uma voz feminina falou do meio da multidão.

As pessoas deram passagem para a tal mulher, ou melhor, garota, que deveria ter entorno de uns 15 anos; usava uma roupa de couro branca e um felpudo casaco também branco, tinha cabelos negros e olhos azuis profundos e sérios.

- Quem é a senhorita? – perguntou o médico.

- Meu nome é Melody Edwards, sou especialista em casos como esse.

- “Como esses”?

- Casos em que a causa e motivo da morte são ou desconhecidos, ou improváveis de mais para se acreditar.

- O que quer dizer?! Está dizendo que isso foi feito por algum... – um homem começou a falar.

- Algum monstro? Exatamente. Um ser humano normal não seria capaz de sumir com todo o sangue do corpo de outro e sem deixar nenhum vestígio, vocês acabaram de sair da Lua Nova, estou certa?

- Sim. Mas o que isso tem a ver?

A garota ficou quieta por alguns instantes.

- Hmm... Eu ainda tenho que ter certeza, ainda não posso falar nada concreto. Por enquanto, peço que evitem sair depois da meia-noite, apenas tentem zelar por suas vidas – Melody deu as costas para a multidão e saiu.

Enquanto estava andando na direção contrária da multidão, notou Ulquiorra que observava tudo de longe. Pareceu dar um sorriso de canto, mas continuou seu caminho. Ulquiorra parecia apenas um pouco surpreso com o ocorrido, principalmente com o aparecimento da tal Melody.

Deixando isso de lado, também continuou a andar. De vez em quando, ele gostava de sair da mansão e ver como a vila vinha crescendo e mantendo sua simplicidade de sempre, mas no caminho, acabou encontrando uma pessoa que não esperava: Orihime, que estava saindo de casa. A ruiva notou sua presença e encarou-o, o moreno notou que ela desviou rapidamente o olhar, mas mesmo assim veio em sua direção.

- B-Bom dia Ulquiorra – falou ela.

- Bom dia.

- Que estranho você por aqui... Não sabia que você vinha até a cidade.

- Venho apenas de vez em quando. Já soube que uma pessoa morreu lá no centro?

Orihime ficou com uma cara de surpresa e medo ao mesmo tempo.

- O QUE?! Como assim alguém morreu?!! Mas... Mas... Como?

- Parece que ela foi atacada por alguma coisa. Não tinha sequer uma gota de sangue no corpo, e só foi encontrada uma pequena gota ainda quente ao lado do corpo.

- Que coisa mais horrível! Já sabem de quem é o corpo?

- Não. Pelo menos ainda não.

- Entendo.

Os dois ficaram em silêncio por alguns minutos, até que Ichigo apareceu.

- Orihime! Você já... – Ichigo estranhou Ulquiorra.

- Ichigo, eu acabei de saber sobre a morte – falou Orihime tentando quebrar o clima.

- Ah. Mas você não deve saber que foi o pai da... Rukia.

- O QUE?! ONDE ELA ESTÁ?

- Em casa. Ela entrou em estado de choque, foi a primeira a ver o corpo.

- Essa não... Eu tenho que ir. Tchau Ulquiorra!

Ulquiorra não se despediu. Antes de seguir Orihime, Ichigo fitou o moreno, mas não teve tempo de falar nada. O de olhos verdes resolveu dar meia-volta, afinal, não era a melhor hora para conversar com Orihime sobre o que havia acontecido.

Na casa de Rukia, estavam apenas os amigos, sua mãe havia ido até a cena da morte.

- Rukia... Eu nem sei o que dizer – falou Orihime.

- E nem precisa. É melhor não dizer nada nesses momentos – falou uma voz masculina.

Todos se viraram assustados. Quando olharam, era um garoto de mais ou menos 18 anos, cabelos loiros chanel, e olhos azuis. Usava uma roupa de couro toda preta e um casaco vermelho.

- QUEM É VOCÊ?!! – Renji exclamou um pouco mais alto do que deveria.

- Sou Mello, assistente da Melody.

- He, como se eles me conhecessem – Melody apareceu – Perdoem os modos de meu assistente. Sou Melody Edwards, perita em casos como esse.

- A amiga de vocês está em um estado de choque depressivo profundo, eu diria que era melhor deixá-la sozinha um pouco – continuou Mello.

- Nada disso!  Como podemos deixá-la sozinha em um momento como esse?! Ela viu o próprio pai morrer! – exclamou Uryuu.

- Por isso mesmo. Não é bom ficar dando desculpas, pêsames, ou seja, lá o que for para tentar confortá-la, é muito mais simples deixar que ela e a mãe absorvam essas informações por si mesmas, ficar pedindo desculpas não vai trazer o pai dela de volta – Mello falou frio.

Os amigos não sabiam mais o que argumentar. Realmente, o tal Mello sabia o que estava falando, mas mesmo assim, eles não queriam deixar Rukia sozinha, queriam ter certeza que ela não faria nada... Precipitado.

- Tudo bem. Vamos deixá-la aqui – finalmente Orihime falou.

- Orihime! – exclamou Uryuu.

- Pessoal, eles tem razão, temos que deixar a Rukia e a mãe dela entenderem isso por si próprias, não podemos nos meter. Imagina se nós mesmos causássemos mais danos emocionais para ela? Nunca poderíamos nos perdoar.

Os outros baixaram as cabeças pensativos. Tudo que Mello, Melody e Orihime haviam dito estava certo, era melhor mesmo deixar Rukia absorver as informações, mesmo sem saber o que ela viria a fazer.

- Muito bem. Vamos embora – Ichigo foi em direção da porta.

- Vamos – falaram os outros dois.

- Hm – Sado não era de falar muito.

- Boa escolha. Ela vai ficar bem, só precisa passar o susto e ela vai ficar bem novamente – falou Melody sorrindo.

- É o que esperamos.

Os amigos seguiram seu caminho, mas Melody segurou o braço de Orihime.

- O que foi? – perguntou a ruiva.

- Posso conversar um pouco com você? – falou a morena.

- Tudo bem.

- Pode ir passear Mello.

- NÃO ME TRATE COMO UM CACHORRINHO! – gritou o loiro irritado.

Mello foi na direção contrária a das duas meninas (chutando a neve e resmungando).

- O que foi Melody?

- Orihime, eu queria saber se você conhece um garoto alto, moreno e de olhos verdes.

Orihime parou. Ela sabia muito bem quem era: Ulquiorra.

- Nunca vi alguém assim aqui na cidade – mentiu – mas por que a pergunta?

- Nada não, mas eu vi um garoto assim hoje e não entendi porque ele não chegou muito perto da multidão para saber o que tinha acontecido.

- Entendi.

As duas continuaram conversando sobre a vida, até que chegaram ao hotel da cidade. Um garoto que deveria ter uns 16 anos, mas parecia mais baixo, correu na direção delas. Quando ele se aproximou mais um pouco, Orihime viu que ele tinha cabelos loiros, olhos dourados e usava também uma roupa de couro preta, mas tinha uma peça de metal na perna esquerda, e usava um casaco vermelho que era felpudo no capuz.

- MELODY! ONDE É QUE VOCÊ ESTAVA?! – exclamou ele.

- Não enche. Eu estava dando uma volta pela cidade. Ah! Orihime, esse é meu segundo assistente, Edward Elric – falou Melody.

- Olá – falou Orihime ainda um pouco confusa.

- Oi. Mas enfim, ONDE ESTAVA?

- SEU BAIXINHO INVOCADO! JÁ DISSE QUE FUI NA CIDADE!

- QUEM VOCÊ CHAMOU DE MERGULHADOR DE AQUÁRIO?!!!

- QUER BRIGAR? COME AT ME BRO!!

- VOCÊS NÃO VÃO BRIGAR P*RRA NENHUMA! – Mello apareceu e segurou os dois – Aff... Eles brigam a cada dois segundos se eu não estou junto... Bom, eu descobri algumas coisas.

- O que? – Melody se esqueceu completamente da briga.

- Descobri que a anos atrás aconteceram mortes parecidas com essa, exceto pela parte da gota.

- Então... Será mesmo? – Edward também tinha deixado a briga de lado.

- Pode ser. Mas é melhor investigarmos mais, só para ter certeza absoluta.

- Concordo. Orihime acho que teremos que conversar mais outro dia, agora eu vou almoçar.

- Ainda não são nem dez horas! – falou Edward.

- ENTÃO, eu vou tomar meu café da manhã. FELIZ?!!

- Muito.

- Ora seu...

- CHEEEEEEEGA! VAMOS TOMAR CAFÉ E ACABOU!

- Haaaai... – falaram os outros dois.

- Tchau – Mello se despediu por todos.

- Tchau! – Orihime começou a andar de volta para casa.

Quando a menina já estava bem longe, Melody começou:

- Quero que vocês fiquem de olho nela e no garoto que eu vi hoje. Imagino que uma hora ou outra eles irão se encontrar e será ai que teremos a última prova que preciso.

- Pode deixar – falaram.

Orihime chegou rapidamente a sua casa, mas encontrou uma pessoa que não esperava mesmo encontrar.

- Oi – falou Grimmjow.

- O que está fazendo aqui? – perguntou rapidamente.

- Nada. Só vim ver o que é que aqueles três vieram fazer aqui.

A ruiva entendeu que Grimmjow estava se referindo a Melody, Edward e Mello, mas ao mesmo tempo pensou “Como eles se conhecem?”

- Ah... Bom, agora eu vou andando, tchau – Orihime não queria conversar muito com ele.

- Cuidado para não se iludir com rostos bonitos e ações inesperadas, no fundo, é só uma coisa descartável – falou o de olhos azuis dando as costas para ela.

Orihime não entendeu o que o garoto queria dizer com aquelas palavras, mas sabia que tinha alguma mensagem a mais, só não sabia de verdade, qual. Entrou em casa e se lembrou do curativo que Ulquiorra havia feito.

Ulquiorra.

Será que Grimmjow estava falando de Ulquiorra indiretamente? Realmente os dois não se gostavam, mas por que falar uma coisa dessas e principalmente, por que dizer isso para ela? Orihime se sentou em uma poltrona da sala e parou um momento para pensar. Se Grimmjow realmente estava falando de Ulquiorra, significava que ele poderia fazer um monte de coisas legais, mas mesmo assim elas nunca teriam uma continuação, ou aproximaria os dois, apenas foi uma ação descartável.

Ela já não sabia mais o que sentia, ou o que pensava, ela havia se iludido? Ele a havia iludido? Ou na verdade, Grimmjow só queria provocá-la, dizendo coisas que poderiam feri-la? Não queria mais ter dúvidas. Pegou seu casaco e saiu de casa.

Durante a caminhada até a mansão, ficou pensando no que poderia dizer, perguntar, fazer, mas não encontrava nada que não tivesse que dar rodeios para chegar ao ponto principal. A neve começava a cair, os raios do Sol da manhã os derretiam antes mesmo de tocarem seu casaco, já estava ficando frio, mas ela continuava andando sem se preocupar com isso. Quando chegou, uma coisa a surpreendeu: os portões estavam abertos. Fazia mais ou menos uma hora que tinha encontrado Grimmjow, portanto ele já estaria de volta. Será que eles sabiam que ela viria?

Orihime entrou um pouco cautelosa, mas não havia nada de diferente no enorme jardim da frente da casa. Quando estava no meio do corredor de pedras, a porta se abriu e Ulquiorra apareceu, estava com a expressão de sempre.

- Por que veio? – perguntou frio.

- E-Eu sei que vim sem avisar, mas eu queria conversar com você.

Ele pareceu surpreso por um minuto.

- Pode entrar. Cuidado para não se machucar dessa vez.

Orihime assentiu. Poderia até ser verdade que Ulquiorra fez aquele curativo sem nenhum motivo, ou apenas demonstrou uma emoção descartável, mas mesmo assim ela se sentia bem quando conversava com ele, ou quando estava com ele.

- Então era o pai de sua amiga que morreu – ele falou de repente.

- Ahn?! Oh, sim. Era o pai de Rukia.

A ruiva sentiu um aperto ao falar da amiga. Lembrou-se de como ela estava mal, mas também se lembrou de Melody e que ela havia perguntado se conhecia Ulquiorra.

- Chegou uma nova garota na cidade não é?

- Sim, o nome dela é Melody Edwards. Ela... É perita em situações como essa.

- Soube disso também, mas ela não veio sozinha, não é?

- Não... Ela tem dois assistentes: Mello e Edward.

Ulquiorra parou de andar. Pareceu pensativo por alguns instantes, mas depois se voltou para Orihime.

- Ela perguntou se você me conhecia, não foi?

A garota não sabia responder. Será que ela deveria falar que realmente, Melody havia lhe perguntado sobre ele? Mas ela também sabia que ele perceberia se ela mentisse, por tanto disse:

- Sim. Mas eu disse que não.

- E por que mentiu?

- Bem... Eu... – na verdade, ela não sabia o por que.

- Não faz mal. Pelo menos eu não terei que me preocupar com uma detetive.

- Detetive?

- Sim. Pesquisei sobre ela e descobri que ela é uma detetive que procura resolver os casos mais estranhos.

Orihime notou uma entonação diferente quando ele disse “estranhos”. Será que ele sabia de que se tratava a morte do pai de Rukia? Mas, ela não teve tempo para perguntar, sua visão começou a ficar turva, até que ela finalmente não conseguia mais ver nada, ela havia desmaiado.


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Notas finais do capítulo

OOOPA! O que será que vai acontecer a seguir? Hehe' vou demorar mais dessa vez! Quero que você fiquem um pouco na expectativa ^.^ E também quero saber o que acharam dos personagens que apareceram!
Mandem reviews!



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