Morphine escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 19
Chapter Eigthteen - Friends?


Notas iniciais do capítulo

Mih: Olá pessoal, como vão? Tenho que confessar que essa demora foi mais por eu ter ficado um pouco desanimada pela quantidade de reviews que por outra coisa, o capitulo tava semi pronto, mas eu acabei deixando de lado pois estava meio enrolada com faculdade e trabalho e me faltava animo pra terminar os ultimos detalhes... Enfim, sem mais desculpas, aqui vai:

PS: LEIAM AS NOTAS FINAIS



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Suspirei, murmurando a senha do Salão Comunal da Sonserina e entrando nele. Havia procurado Abraxas Malfoy o dia inteiro, não o vira em nenhuma aula e em nenhum canto de toda a Hogwarts.

Eu estava confusa, muito confusa. Sabia que algo de errado estava acontecendo, que alguma coisa não se encaixava, mas não conseguia me lembrar o que era. Lembrar... Sentia que minha mente era um grande buraco escuro que havia consumido todas minhas memórias. E ainda tinha aqueles flashes de algo que eu não conseguia entender inteiramente, imagens distorcidas e confusas, que não se encaixavam em nada sobre o que eu sabia sobre mim mesma.

– Heartcliff - uma voz interrompeu meus pensamentos, era um sextanista que eu não me lembrava o nome - onde está seu amigo?

– Malfoy? - perguntei confusa, pois ele era a única pessoa que provavelmente se encaixaria nessa descrição, apesar de eu não saber se era verdade - Não o vi hoje.

– Ele não, o Riddle - o garoto falou impaciente, parecendo estremecer levemente ao pronunciar o sobrenome do monitor.

– Acho que você está me confundindo com outra pessoa - murmurei, balançando a cabeça - Mal o conheço.

– Qual o seu problema? - ele estava se irritando - Eu preciso entregar algo a ele, não ligo se vocês tiveram alguma discussãozinha idiota e não estejam se falando no momento, preciso saber onde ele está.

– Nós não discutimos - respondi, apesar de lembrar que a última vez que nos vimos eu o tinha dado um tapa que não o deixou nem um pouco feliz - Mal o conheço, já disse.

– Olha, não tenho tempo para seus sentimentos magoados, ou seja lá o que, vejo que isto é inútil, obrigada por nada - e com isso, ele saiu bufando do salão comunal, me deixando, se possível, mais confusa ainda.

Como assim eu e o Riddle amigos? Não havia nada de amigável em seu olhar na noite passada, em como ele estava perto de perder o controle. Contudo, algo me dizia que ele não era alguém que evitava revidar quando atacado, mesmo se fosse por uma garota. Era estranho ele ter se esforçado para se segurar, já que mal nos conhecemos... Outra vez aqueles flashes rápidos demais passaram pela minha cabeça, imagens de Riddle e eu juntos que eu não possuía recordação alguma. Eu estava ficando louca, essa era a única explicação possível.

Ouvi alguém pigarrear atrás de mim e, achando que era novamente aquele arrogante sextanista que não falava nada com nada, me virei bufando.

Não era ele. Abraxas estava logo à entrada do salão e, apesar de não ser o outro garoto, minha irritação não diminuiu.

– Onde você estava? - exigi, sem conseguir me controlar a tempo. Malfoy arqueou uma sobrancelha e a imagem do dia anterior me veio à mente, ele parecia dizer a mesma coisa novamente, aquilo não era da minha conta. - Esquece, não me importo - menti um pouco, não querendo demonstrar que aquilo me incomodava, me levantando do sofá em que estava para ir embora.

– Quer ir a Hogsmeade comigo? - ele perguntou abruptamente, quando eu já estava começando a subir as escadas.

– Está falando comigo? - me virei confusa, o olhando sem entender o convite.

– Não vejo mais ninguém aqui - ele murmurou, impaciente.

– De fato - concordei, sem me deixar abalar por seu tom. Parecia que todos estavam irritados hoje - Mas não vejo motivos para você ter feito isso.

– Se eu convidei é porque tenho - ele respondeu.

– Escuta aqui, Malfoy - me aproximei dele, esquecendo a parte de não deixar me abalar - Não sou uma dessas garotinhas idiotas que ficam atrás de qualquer garoto bonito, implorando por migalhas de atenção... Se você acha que pode ser completamente idiota comigo e logo depois me convidar pra sair que eu aceitarei prontamente, você não me conhece nenhum pouco.

– Quer dizer que me considera bonito? - um sorriso divertido surgiu em sua face, parecendo aliviar um pouco a irritação dele.

– Não tenho tempo para suas gracinhas - bufei, voltando para as escadas.

– Você ainda não respondeu a minha pergunta, Violet - ele murmurou, parecendo mais leve que antes.

– Acho que deixei bem clara a minha resposta.

– Ótimo, te pego amanhã ás 9 então - ele sorriu, malicioso - Nos dois sentidos, de preferência.

E com isso, saiu pela passagem secreta, sem me dar tempo algum para revidar. Ele era bipolar por acaso?

***

O relógio badalou 9 horas, e eu me apertei contra o grosso cachecol verde e prata em meu pescoço, os fios de cabelo que se soltaram do coque malfeito que fizera mais cedo faziam cócegas contra o meu rosto. Naquele final de semana, o tempo esfriara consideravelmente. Passei pela multidão de alunos que se amontoavam nos corredores.

Avistei Abraxas logo á frente, em meio á neve fofa que se acumulara no chão na noite passada, sua pele pálida contrastava violentamente com as vestes escuras e o cachecol verde e prata. Diminui o passo, apenas para observá-lo com certa admiração. Ele mantinha-se parado, as mãos no bolso da calça e o olhos pregados na neve no chão, alheio á todos os olhares femininos que recebia.

Todas a cobiçavam, como não cobiçar? Ele era um Malfoy, os cabelos dourados quase platinados, o rosto fino e austero, a mandíbula acentuada e os lábios grandes e cheios que se fechavam sobre um sorriso torto deslumbrante. Ele era como um deus grego, da mitologia trouxa da qual eu lera em um livro que acabara por encontrar na sessão reservada. Adônis.

Seus olhos então se elevaram aos meus, ao sentir que algo o fitava fervorosamente. Então, abriu um sorriso torto, do qual eu involuntariamente o acompanhei. Com os olhos ainda vidrados sobre mim, ele caminhou lentamente em minha direção e inclinou-se perto do meu rosto, sussurrou:

– Eu sei que sou bonito, Heathcliff... Mas já está me deixando constrangido e assustado com esse olhar de quem acabou de sair da reabilitação do St. Mungus.

Pisquei várias vezes e senti meu rosto esquentar ouvindo-o soltar uma risada de prata e afastar-se.

– Quanta presunção, Malfoy - suspirei - Você me fez lembrar de uma piada, só estava rindo por dentro.

– Com toda certeza, Heathcliff - ele piscou, balançando a cabeça levemente e começou a caminhar. Acompanhei seus passos, colocando as mãos no bolso do casaco e me apertando contra o cachecol novamente.

***

– Pra onde estamos indo, Malfoy? - perguntei com a voz trêmula, não sabia se era apenas o frio ou também o fato de que eu conhecia aquele caminho e já conseguia ver o começo do terreno da famosa Casa dos Gritos. - Já passamos o Três Vassouras...

Abraxas riu e parou de andar na descida íngreme, tentei parar a tempo no entanto bati contra suas costas. Ele se virou e segurou meus braços mantendo-me perto de seu corpo. Senti meu corpo começar a tremer mais e tudo o que sabia era que desejava continuar ali no calor de Abraxas, até que o inverno acabasse.

– Está tremendo... - constatou ele, deslizando as mãos para as minhas costas e puxando-me para mais perto, quase em um abraço - Está com medo?

Pude sentir o sorriso irônico abrir-se em seus lábios, aquele sorriso que deixava todos os seus dentes á mostra e eu queria me afastar só para observá-lo de perto, mas o conforto que o calor de seus braços me proporcionava era maior que o meu desejo naquela hora.

– Só estou com frio. O que estamos fazendo aqui, afinal? - perguntei aproximando meu rosto de seu peito.

– Uma tradição minha... - falou ele, olhando-me por cima - Contar uma história do que realmente houve ali - então apontou em direção á Casa dos Gritos. Segui com os olhos o lugar que apontava, a neve começava a se intensificar.

– Todos que contam uma nova versão sobre a casa dizem ser a verdadeira história - revirei os olhos, bufando - É besteira.

– Meu pai viveu na época que realmente aconteceu isso - murmurou Abraxas assumindo uma expressão séria - Quer mesmo perder a oportunidade de ouvir a verdadeira versão, vinda de um legítimo Malfoy? Podemos ir para o Três Vassouras e você não saberá a história que todos buscam desesperadamente saber - ele arqueou as sobrancelhas, como se me desafiasse - Ou então... Você pode ser uma das poucas pessoas que sabem da verdade.

– Quem me garante de que está me falando a verdade? - semi-cerrei os olhos, cética.

– O que eu ganharia te contando mais uma versão falsa dessa história embaixo dessa nevasca? - perguntou com presunção. Por fim, me estendeu a mão, gesto do qual fui pega de surpresa. Encarei-a estendida, e por fim, peguei-a.

Nos sentamos embaixo de um dos grandes salgueiros que cercavam o terreno. Seus grandes galhos e folhas a neve que continuava a cair de forma incessante. Fitei Abraxas, seus olhos encaravam o nada, estavam vazios.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Gostaram? Odiaram? Querem mais? Por favor, comentem, eu preciso saber, estou me sentindo sozinha aqui :'(
AVISO: Eu tenho DOIS capítulos PRONTOS aqui, postarei assim que eu receber um feedback de vocês, então COMEEEEENTEM!
Outra coisa: A FIC ESTÁ ACABAAANDO! Pela minha contagem, faltam TRÊS ou QUATRO capitulos para terminar, sem contar o epilogo, então vamos começar a nos despedir da nossa Violet porque está terminando DDD:



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