Morphine escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 18
Chapter Seventeen - Puzzle


Notas iniciais do capítulo

Milena: Ei, gente, como vocês estão? Quanto tempo que não posto aqui *-*
Então gente, demorou mais do que eu previa, mas juro que não iremos abandonar a fic mais uma vez, é que a Hoppe tá meio desanimada ultimamente e eu estou totalmente atolada com a faculdade, até a cabeça cheia de provas e trabalhos que meu Deus do céu, me dei uma folga essa noite para conseguir terminar o capítulo (que foi 70% escrito pela Hoppe).
Enfim, chega de tagarelar, né? Queria agradecer muuuuuuuuito pelos comentários, eu nem acreditei quando vi que vocês continuam aqui! Muito obrigada mesmo gente, vocês são incríveis.



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Só retomo a consciência novamente quando sinto meus olhos se abrirem involuntariamente. Dou logo de cara com um par de olhos tempestuosos sobre mim, fitando-me de forma intensa, sem sequer piscar.

Engulo em seco, minha garganta arranhava levemente, e então, comecei a ter consciência também dos outros membros do meu corpo. O que havia acontecido?

– Heartcliff... – sua voz soprou e então um sorriso cínico se abriu em seus lábios.

– Malfoy... – retribui, piscando os olhos olhando ao redor – Onde estou?

– Na minha toca – murmurou ele maliciosamente, mantendo aquele mesmo sorriso. Fitei-o perplexa, e então olhei para o meu próprio corpo, me certifiquei de que minhas roupas ainda estavam onde deveriam estar, e suspirei de alivio. - Seria tão ruim assim se tivesse acontecido algo... a mais? – perguntou ele em falsa indignação.

– Seria péssimo para a minha reputação – respondi-lhe em tom de brincadeira, mesmo que em minha mente houvessem inumeras perguntas a se fazer, que pareciam gritar mais alto o que eu podia suportar. Mas eu não conseguia, era tão diferente estar com ele, mesmo não tendo idéia alguma de como havia chegado ali, em sua cama.

– Ora, Heartcliff... Achei que reputação era algo que você não possuísse mais – murmurou ele, agora sorrindo um sorriso que alcançava seus olhos cinzentos.

– Engano o seu, Malfoy... – ri baixinho temendo que houvesse alguém do outro lado da grossa cortina verde musgo que envolvia toda a cama de Abraxas, embora o quarto estivesse mergulhado no mais absoluto silêncio. Que horas seriam? Há quanto eu estava desacordada?

Seus olhos cinzentos continuavam sobre mim, tempestuosos como sempre, mas havia uma calmaria que não estava ali antes.

– O que houve? Por que estou aqui, Malfoy? – perguntei de uma vez quando as perguntas voltaram a soar mais alto que meus próprios pensamentos.

– Você desmaiou no corredor, talvez tenha sido o efeito das poções que Papoula deu á você – respondeu ele de prontidão. Pisquei algumas vezes tentando fazer meu cérebro funcionar com mais rapidez. Não me lembrava de nada, apenas do...

Corei no momento que tive um vislumbre da minha última lembrança. Voltei a encarar Abraxas, ele percebera o que eu estava pensando pois seus lábios se abriram em um sorriso irônico.

– Lembrou de algo a mais, Heartcliff? – perguntou em um tom cínico.

Levantei meu tronco, apoiando-me em meus cotovelos apenas para lhe dar um soco forte em seu ombro. Ele resmungou de dor e esfregou o local, fazendo uma careta.

– Não me faça de idiota – murmurei, enrugando a testa de frustração – Por que me trouxe justamente aqui? Pra sua cama?

Ele me encarou, abriu e fechou a boca, e tornou a fazer isso mais duas vezes. Antes que pudesse abrir a boca novamente, a porta do dormitório se abriu em um rangido arrastado, passos soaram do lado de fora e eu me encolhi para perto de Abraxas.

– Malfoy dormiu o dia inteiro? – perguntou uma voz seca.

– Acho que sim. Devemos acorda-lo? – a outra voz soou tão perto, que apenas a cortina que envolvia a cama nos separava. Encolhi-me para mais perto de Abraxas, olhei para cima fitando-o apreensiva. Ele colocou o dedo indicador perto de seus lábios, como um sinal de silêncio e eu assenti, engolindo a seco. Uma mão pálida entrou pela cortina e antes que fizesse a menção de puxá-la, a primeira voz soou novamente:

– Deixe-o. Riddle e ele devem ter tido outra conversa – murmurou e eu senti o dono da segunda voz assentir – Deve estar pior que da ultima vez...

Ambos riram maldosamente e as risadas foram se afastando, sendo bloqueadas pela porta que se fechou com força.

Soltei o ar e olhei para Abraxas novamente, confusa. Que tipo de conversa eles se referiam? Eu não era tão ingênua a ponto de ignorar a leve insinuação, afinal, eu era uma sonserina. Malfoy fitou-me de volta, seus olhos agora vazios. Pude perceber a sombra de um par de olheiras sob seus olhos, parecia cansado, não apenas fisicamente mas mentalmente também.

– Ignore o que ouviu, Heartcliff - ele resmungou sem, no entanto, olhar nos meus olhos.

– O que eles queriam dizer?

– Nada.

– O que houve da última vez? Foi quando me acompanhou até a Ala Hospitalar e disse que tinha sido acertado por um balaço? – insisti, me levantando um pouco mais para ficar a altura de seu rosto e encará-lo diretamente – O que Riddle tem a ver com isso? Vocês se enfrentaram? Pensei que eram colegas! E... Abraxas! Me responda!

Ele respirou fundo, vi seus ombros caírem e ele deitou a cabeça no travesseiro com os olhos fixos em mim.

– Pare de ser enxerida, Heartcliff – murmurou ele com evidente mau-humor, depois de uma longa pausa em que eu prendera a respiração á espera de sua resposta. – Isso não é da sua conta.

Bufei e afastei o cobertor pesado que cobria o meu corpo, o vento gélido típico das masmorras me fazendo arrepiar.

Me levantei da cama, irritada, sentindo uma leve tontura ao fazer isso. Se ele não queria falar, ótimo, mas eu não ficaria mais um minuto ali, perguntaria direto para a fonte.

Malfoy apenas ficou me olhando enquanto eu saía do dormitório, ajeitando minhas vestes amarrotadas, sem nem me importar mais com quem poderia ver.

Minha cabeça começava a latejar e eu sabia que a tendência era só piorar. Ainda estava confusa sobre o que havia acontecido na noite anterior e isso, contribuindo com meu estado de espírito no momento, também não ajudavam em nada.

Bufei, irritada, descendo as escadas do dormitório masculino, no fundo da minha cabeça agradecendo por não ter ninguém.

Foi então, que quase no fim da escadaria o avistei, ele vinha em minha direção, contudo, não parecia ter me notado ainda, absorto em um livro de capa escura que lia.

– Você! - grunhi irritada, chamado sua atenção.

– Heartcliff - Riddle murmurou, franzindo minimamente as sobrancelhas ao notar de onde eu saíra.

Completamente tomada pela raiva que me consumia, sem pensar nas consequências ou no que eu realmente estava fazendo, cheguei até a frente do homem e, em um movimento rápido, bati fortemente em seu rosto.

Uma estranha e rápida imagem passou pela minha mente, uma situação parecida com essa, sendo que no lugar de Riddle estava Malfoy. Porém, antes que eu pudesse tentar desvendar o que fora aquilo, minha atenção se voltou para o homem.

Seus olhos faiscaram e juro que vi um brilho vermelho neles, mas eu estava tão irritada que não me importei com o que ele poderia fazer.

– O que você fez com o Malfoy? - exigi, falando mais alto do que o considerado certo.

Riddle respirou fundo e por um momento temi que ele me machucasse.

– Vá embora, Heartcliff - ele murmurou, sua voz baixa.

– Não sem você me responder! - gritei, esquecendo todo o bom senso e meu sentido de autopreservação.

– Agora, Violet! - arregalei os olhos, era a primeira vez que eu o via parecendo não ter controle de suas atitudes, assim como a primeira vez que ele falava meu nome, não que aquilo tivesse diminuído o comando em sua voz.

– Não tenho medo de você - retruquei, sem saber de onde vinha toda aquela coragem que eu demonstrava.

– Tire a daqui, agora - demorei alguns instantes para perceber que ele não falava comigo.

A garota loira, Lory, pelo que me lembrava, que eu às vezes via com Riddle, havia acabado de entrar no Salão Comunal e, se havia parecido confusa em algum momento, não demonstrou, apenas caminhou até mim resignada.

– Vamos - ela pegou um de meus braços e começou a me puxar em direção ao dormitório feminino.

– Me solta! - tentei inutilmente me soltar de seu aperto, enquanto era arrastada para longe de um Riddle ameaçador.

Lory, eu não me lembrava de seu sobrenome, não me soltou até chegarmos ao meu quarto e, me largando na cama, lançou-me um olhar gélido e severo.

– Seja lá o que você tenha feito, sugiro que não apareça na frente dele tão cedo - ela falou, ríspida - Em uma próxima ele não irá se controlar.

E, virando as costas, saiu do cômodo tão rápido quanto havia aparecido no Salão Comunal.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Qualquer erro avisem gente, no mais, comentem, por favor!



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