Morphine escrita por Hoppe, Mih Ward


Capítulo 17
Chapter Sixteen - Abraxas


Notas iniciais do capítulo

Eaeee gentee!! Que saudade daqui! E que estranho voltar e estar tudo tão diferente, e melhor!! Eu espero que alguém ainda esteja acompanhando aqui kkkkk nem que seja só uma alma viva, vou ficar feliz ((: Bom, devo explicações certo? Eu quero me desculpar, primeiramente, com a Mih, que apesar de nos falarmos quase todos os dias, sinto que fiquei mt ausente pra ela e simplesmente abandonei a fic toda pra cima dela. Acho que sonhei muito alto, coloquei mts expectativas em uma pessoa e no final, só acabei magoada, desculpem o desabafo. Ainda é dificil voltar a escrever fics, não estou completamente bem, términos de relacionamentos nunca são faceis e peço muitas desculpas á vcs, eu prometo de agora em diante me esforçar e me comprometer um pouco do que restar do meu tempo livre pra atualizar tudo oq me vier á cabeça!
Voltemos á fic... Acho que vcs devem ter esquecido oq estava acontecendo, mas resumindo: Tom confrontou Violet e Abraxas, esse cap é todinho do Ab

A musica do cap: https://www.youtube.com/watch?v=9omSmQYVRSQ



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Pude ver seu corpo frágil ceder e antes que encostasse no chão, eu a segurei firmemente.

Riddle mantinha-se logo a nossa frente, a postura rígida e austera, sempre mostrando-se superior. E era o que ele era.
Ele tinha seus olhos em algo acima de minha cabeça, mas fitava o nada. A expressão de seu rosto era ilegível e senti meu corpo começar a tremer novamente.

Por fim, ele parou de brincar com a varinha entre seus dedos e desceu seus olhos para mim, um meio sorriso de escárnio se abriu em seus lábios.

– Malfoy... - falou em uma risada, e então ficou sério - Por que?

Abri a boca, mas tornei a fechá-la. Me sentia como um adolescente inconsequente dando explicações á mãe. Me sentia patético.
Eu não lhe devia explicações. Mas sabia que aquilo era mentira.

– Eu... - senti minha voz sair em um fio.

– Milorde - Riddle me cortou, um brilho vermelho iluminando seus olhos - Esqueceu dos modos, Malfoy?

– Milorde... - me esforcei em não gaguejar e confirmar minhas suspeitas sobre mim de que eu era um verdadeiro covarde. Abaixei a cabeça e apertei o corpo de Violet contra o meu.

– Por que está fazendo isso? Por que está se permitindo isso, seu tolo? Sabe o motivo pelo qual apaguei a memória dela... - ele disse de uma só vez, mexendo os lábios o mínimo possível - Ela não deve estar relacionada ao nosso círculo, pode por em risco á todos nós! Eu te avisei!

– Eu... Eu ia afastá-la, milorde! - falei, ainda fitando o chão e as mãos pálidas de Violet. Subi meus olhos até seu rosto, agora sereno.

– Beijando-a? - ele murmurou, arqueando uma sobrancelha.

Seus dedos voltaram a girar a varinha e imaginei o momento em que ele a apontaria novamente em minha direção, no entanto, ele virou-se de costas para mim e sua capa negra esvoaçou com o vento.

– Sabe das consequências, Malfoy... - ele tornou a falar, soando como uma ameaça - Sabe o que acontecerá. Não só á você, mas á todos nós.

Eu não o entendia, eu não entendia suas razões. Eu só entendia que Tom Riddle ia além de tudo que eu conhecia por ambição, entendia que ele deixaria tudo para trás sem pensar duas vezes, pelo poder.
Assim como entendia também que eu era um tolo e covarde, obedecendo ás suas ordens por medo não apenas de Riddle, mas também das expectativas que meu pai colocava sobre mim. Sangue puro, era tudo o que importava para eles, uma linhagem limpa e livre de sangue imundo.
E então, olhei para o corpo frágil desacordado em meus braços. Heartcliff...
Ela ia contra tudo que o meu mundo puro e limpo impunha sobre mim, ela era mestiça mas isso não conseguiu mudar o fato de que toda vez que a olhava sentia-me mais patético do que nunca. Minha atenção sempre fora total e unicamente dela, desde o segundo ano em que Riddle começava a convocar novos seguidores, e eu fui o primeiro da lista, quando vi que me juntando á um círculo secreto com ideais promissores traria orgulho ao meu pai.
Ela tinha minha total atenção, mas eu sempre vira que a sua era de Riddle. Ela pertencia á Riddle, e eu não poderia tentar uma aproximação a menos que quisesse sentir novamente os efeitos de uma Crucciatus. Tom era brilhante, com dois anos de estudo conseguira desenvolver um feitiço que inibisse o rastreamento do Ministério sobre uma Maldição Imperdoável, e só ele tinha a posse desse feitiço. Tom também era cruel, ele usava toda a sua genialidade em prol da maldade, mas eu via toda aquela crueldade se desarmar (ou apenas se esconder) quando ele estava com ela. E então o círculo ficou completo, precisávamos avançar para a próxima etapa. Planos e modos de uma limpeza de sangue imundo; e Tom decidiu afastá-la, com a desculpa de que não poderia colocar o nosso grupo em risco com ela descobrindo aos poucos tudo sobre nós. Sua brilhante ideia foi dizer a ela que eu não o queria por perto dela (uma meia verdade, talvez) e aquilo a trouxe para mim, pela primeira vez, mas não da maneira como eu imaginava. Nosso primeiro contato verdadeiro foi sua mão contra o meu rosto violentamente, um tapa. Ela estava defendendo Riddle, defendendo sua liberdade que, hipoteticamente, eu havia tirado ao ordenar que ele se afastasse dela. Pobre Heartcliff, tão ingênua... Naquele instante senti pena por ela, mas acima de tudo, senti algo próximo de admiração ao vê-la defendendo-o tão fielmente, tão veementemente, tão voraz, de corpo e alma. Ela o amava e isso era tão evidente! Depois do ocorrido, me sentia cada vez mais intrigado por ela, e Riddle percebera isso. Por vezes, eu a seguia pelos corredores e deixava que ela soubesse disso. Me sentia patético por isso, afinal, eu era um Malfoy, como poderia me rebaixar a isso?

Por um tempo tentei esquecê-la, ela continuava a lutar para que Riddle voltasse á "razão", e me surpreendi ao saber que ela aceitara se juntar ao círculo. Ela era tão corajosa... O que fazia na Sonserina?

Foi então que, depois de algum tempo, cedi ás minhas emoções e por obra do destino, no exato momento ela passava por mim no Salão Comunal. Mas aquela não era a Heartcliff que eu conhecia, e minhas suspeitas foram esclarecidas quando eu a chamei e ela não me reconheceu. Nem sequer algum reconhecimento em seus olhos negros e profundos.
O que acontecera? Fora tudo um sonho? Nunca havíamos nos falado e fora tudo imaginação minha?
Naquele mesmo dia, Tom me disse o que havia feito, e a razão. Ela sabia demais, e era um perigo para nosso círculo. Mas eu sabia que não era apenas isso, era algo bem mais fundo. Riddle teria matado-a se fosse esse o real motivo, mas não a matou. E eu senti que não fora por misericórdia, Tom não possuía isso.
Vi a chance perfeita para me aproximar, ela já não lembrava nada sobre mim, para ela eu não era mais o cara que a afastara de seu melhor amigo. Eu era apenas... Eu.
E ela era tão linda, algo que eu não conseguiria nunca admitir em voz alta. Eu ainda estava são? O que estava havendo?
Voltei ao presente, e Tom já não se encontrava mais á nossa frente. Retirara-se silencioso como uma cobra.

Com as pernas trêmulas, me levantei trazendo junto o corpo de Heartcliff em meus braços, comecei a caminhar lentamente em direção ao Salão Comunal.

Subi a escadaria fria que levava ao dormitório masculino, á essa hora ele estava vazio devido ao horário de almoço. O ar aconchegante e quente do quarto envolveu meu corpo e relaxei, colocando Heartcliff sobre minha cama e cobriando-a, deitei sobre o cobertor ao seu lado e com um aceno da varinha fechei a cortina que envolvia a cama.
Fitei seu rosto pálido e sereno, me perguntando o que estaria se passando em sua mente nesse momento. Com um estalo, agarrei a varinha e toquei a ponta em sua têmpora delicadamente.

Obliviate– sussurrei, afastando a varinha vendo fios de lembranças saindo de sua mente. Ela não deveria se lembrar do que ocorrera no corredor, Riddle concordaria comigo.

Guardei a varinha e no mesmo instante, apaguei.


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Notas finais do capítulo

Quem estiver ai ainda, comenteee por favor! Quero muito saber no que preciso melhorar, estou super enferrujada kkkk

Um beijão