Tom Riddle Is Mine! escrita por RockAndSweet


Capítulo 18
Desculpas


Notas iniciais do capítulo

P.O.V Tayor



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Estava no dormitório brincando com a minha Capa da Invisibilidade quando Valerie entrou irritada e batendo a porta.

- Quem você pensa que é? Quem você pensa que é para magoar o Tom?! Sua Sangue- ruim nojenta!

- Olha, se você não percebeu, eu estou arrependida! E vou lá agora pedir desculpas! – Falei, me irritando.

- Você não vai encostar em nenhum fio de cabelo do Tom! – Gritou ela, enquanto eu batia a porta.

      Saí apressada do dormitório, quase correndo e ouvindo passos atrás de mim. Me virei e fiquei batendo no ar até que toquei o tecido da capa.

- Saia. – Sussurrei, decidida. – Por favor, Harry, volte. Tenho que ir sozinha.

- Mas eu só...

- Não, Harry. Pegue a capa e volte para a porta do dormitório. Por favor.

- Tudo bem. – Ele deu um suspiro, se virou e se cobriu.

- Homenum Revelio – Tentei, pelo visto, estava sozinha.

   Caminhei até uma parte escondida do Salão Comunal.

- Tom? – Chamei. Pigarreei alto. – Tom? – Ele estava ali naquele canto, ajoelhado, um livro aberto em sua frente. Meus olhos se encheram de lágrimas.

- Do que precisa? – Disse ele, muito formal e com a voz arrastada.

- Eu... Eu queria... Você sabe... Ããnh... Pedir desculpas.

-...

- Você me desculpa? Eu não pude evitar, Tom. Você sabe, você sabia.

- Eu sei, eu sei. Mas por que lá? Por que agora?

- Perguntas que nem eu sei responder. – Falei, as lágrimas escorrendo por meus olhos. Ele levantou a cabeça. Os olhos verdes me avaliando. – Sinto Muito.

- Sei que sente. Por um milagre, agora consigo ler seus pensamentos.

- Que hora, não? – Perguntei, a voz estranha.

- Pois é.  E eu te desculpo. – Disse ele.

- Podemos ser amigos? – Perguntei.

- Acho que sim. Se eu aguentar te olhar sem te agarrar.

- Muito engraçado.

- Senta aqui – Disse ele, apontando para o lado. Eu o olhei, sem entender. – Como amiga. Minha melhor amiga.

- Tudo bem. – E ele me abraçou, como um irmão. Ficamos ali um bom tempo, até que eu percebi que tinha que subir.

- Só quero que saiba, Tomy, que a Valerie me mandou não tocar em nenhum fio de cabelo seu. E quero que faça o favor de dizer a ele que eu fiz isso. – E lhe dei um beijo na bochecha e baguncei seus cabelos.

- Pode deixar, e se quiser que eu fale com ela...

- Não é seu dever. Só mande o meu recado. Não arranje brigas por minha causa.

- Ok, então.

- Agora eu tenho que ir. – Falei, deitada em seu ombro.

- Pode ir. Eu vou ficar aqui, solitário e...

- Tom!

- Ok, ok, parei. Tudo bem. Boa noite.

- Boa noite.

   Cheguei ao dormitório puxando Harry com cuidado e de uma forma que eu não ficasse em cima dele, porque estava coberto pela capa.

   Acordei cedo no outro dia, sentindo um vento frio e me levantei para fechar a janela (que eu pensava estar aberta), quando dei de cara com Pirraça, me atravessando e assoprando em meu rosto.

- Droga, Pirraça! – Sussurrei. Ele respondeu com uma risada que foi suficiente para acordar todas as garotas do dormitório e depois saiu saltitando no ar.

   Me arrumei e peguei os livros de Feitiços, que eram os dois primeiros horários.

  Cheguei na aula e tinha uma fila bem grande na porta da sala. O professor (Que eu não lembro o nome) abriu a porta, nos chamando para entrar.

- Bom dia, pessoal. Hoje vamos estudar o Feitiço para Inverter Personalidade. Alguém pode me dizer por que o feitiço é chamado assim?

   Ergui a mão e quase bati no rosto de Dannyela, que estava ao meu lado.

- Sim, Srta. Pattinson?

- Inverte a personalidade da pessoa atingida durante meia hora. Se a pessoa for triste fica alegre, se for mal humorada fica bem humorada, se a pessoa for tímida passa a ser extrovertida e assim por diante.

- E qual é a pronúncia desse feitiço?

- Personalita Revenire, senhor. – Falei.

- Exatamente. Mais 20 pontos para a Sonserina. Agora quero que pratiquem em seus pares.

   Me senti estranha. Era normal eu ser solta, mas agora eu estava me sentindo envergonhada. Como se estivesse pelada o todos me olhassem. Logo depois o professor fez o contrafeitiço.

- Agora, para o segundo horário, quero que mostrem lembranças da sua infância. Vamos pela ordem da chamada.

    Foram várias pessoas, até que chegou a minha vez.

- Taylor Pattinson!

   A sala inteira caiu por um buraco negro, que foi clareando, clareando, até ficar bem nítido.

   Caímos em uma casa bem arrumada e lá estava eu, com sete anos de idade, dando pulos um tanto altos e quando eu caía, era mais como se flutuasse. O professor disse:

- Que boa época! É quando suas habilidades mágicas começam a aflorar! Formidável!

  Minha mãe entrou na sala.          

- Filha, não faça isso! Sabe que é perigoso! – Falou ela, em um tom tão severo quanto o que a Sra. Weasley usava.

- Mamãe, mamãe! Olha o que eu sei fazer! – E peguei um lápis sem ponta, equilibrando-o na mão. Ele ganhou uma ponta impecável e perfeita.

- Filha!

  Começamos a cair mais fundo, agora eu tinha 11 anos. Meu primeiro ano em Hogwarts.

- Chega! Uma lembrança por vez. Sua mente é bem equilibrada. Consegue organizar lembranças. 10 pontos para Sonserina.

   No fim da aula, fui direto para o dormitório, pegar meu material de Herbologia (estavam todos os livros misturados). Saindo do dormitório, encontrei Tom.

- Oi. – Disse ele, abrindo um sorriso.

- Oi, Melhor Amigo! – Falei, fingindo entusiasmo.

- Engraçadinha – Resmungou ele, o rosto pálido recebendo um tom rosado.

     Segui para as estufas, encontrando os alunos da Corvinal e da Sonserina em filas separadas, as expressões demonstrando profundo nojo.

    Saindo da aula, fui para a biblioteca (Na verdade, eu nem queria ir, agora que não tinha boas lembranças de lá). Mas, quando pensei em não ir, a voz de Hermione falou na minha cabeça em tom severo: “Mas é o seu dever de Poções! Para a aula de amanhã, e é culpa sua que não o tenha feito antes!”

  Mas estava no caminho quando dei de cara com Pirraça, que, assim que me viu, começou a piscar sem parar e cantarolou:

Aí está minha amada!

Minha querida, a Patty Pirada!

Causa confusão

E acelera meu coração! (“Você tem coração?!”) Perguntou um garotinho do primeiro ano. Pirraça ignorou.

E, em caso de caos de confusão,

Chame Pirraça, que ele piora a situação!

   E saiu saltitando, parando apenas para piscar um olho para mim.

- Beleza! Agora vou ter que competir com Riddle e com Pirraça! – Falou uma voz, me causando um sobressalto.

- Que susto! Seu idiota! – Gritei para o Harry, que estava invisível. Várias pessoas pararam para me olhar.

- Magoei – Disse ele teatralmente, com uma falsa voz de mágoa e entortando a boca para baixo.

- Cale a boca. – Murmurei irritada, seguindo para a biblioteca. – E volte para o dormitório!

   Entrei na biblioteca e fui procurar mais sobre o chifre de bicórnio para a redação.

- Caramba! Você bonita até quando se concentra muito.

-... – E soltei um grunhido.

- Ok, ok! Parei! – E ouvi os passos dele no corredor ao lado, contornando.

  Comecei a escrever a redação. Batia os pés no chão com tanta força que o barulho de pena arranhando pergaminho era abafado.

- Eeeeita ferro! A coisa deve estar feia, não? – Escutei a voz de Tom.- Estão pensando que está acontecendo um show de sapateado.

- Não foi nada. – Falei entre os dentes cerrados, mas em tom definitivo.

- Ah, foi sim. Foi aquele garoto, não é?

- Hum... – Ele chegou perto e sentou ao meu lado, abraçando e me balançando, falando coisas que eu não prestava atenção. Na minha cabeça, estavam desconexas, tipo: “Garotinho... insolente... mal sabe... só intriga...”

   Terminei a redação e me levantei. Desejei a ele uma boa noite e voltei para o dormitório. Harry dormia. Apenas me deitei e deixei a mente vagar, até cair no sono.


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