Lua De Sangue escrita por JhesyAckles


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo realmente foi pequeno, os próximos serão maiores. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/166662/chapter/3

Estava perdida em meio aos meus devaneios quando meu telefone tocou.

Corri para atende-lo na esperança de que fosse Daniel, mas era o Lucas. Que otimo.

 - O que você quer? - eu atendi. 

- Oi, Lana, tudo bem? 

- Tudo otimo, o que você quer? - eu estava sem paciencia para falar com ele. 

- Nada, só queria ouvir sua voz... - ele disse sem graça. 

- Já ouviu. Satisfeito?

- Lana, eu sinto sua falta, muito. 

- Devia ter pensado nisso antes.

- Mas, Lana eu te amo... eu...

- Chega Lucas, não quero mais falar com você.  Não temos mais absolutamente nada para conversar, você me entendeu? Adeus. 

Atirei o telefone longe. 

Que droga, depois de tudo o que ele fez, depois de tudo o que ele disse, ele ainda tem a cara de pau de me ligar? Ele ainda tem a cara de pau de dizer que sente minha falta? Idiota. É isso que ele é. Nunca me amou, se me amasse de verdade não faria o que fez. Se me amasse não teria ficado com todas aquelas mortais enquanto eu estava fora e não teria dito que eu não era o bastante pra satisfaze-lo ...Eu o amava...  Eu o amava muito, mas o que ele fez não tem perdão. Chorei varios dias por causa dele e ele agora quer voltar fingindo que nada aconteceu. Não. Definitivamente, não. Pro diabo ele e seus falsos sentimentos.

O dia passou tedioso.

Eu queria ligar pra ele, queria encontra-lo de noite... Mas não podia. Dessa vez não... Eu já estava começando a ficar fraca, precisava me alimentar, e dessa noite não podia passar. 

Quando a noite chegou fui para a floresta a procura de algum caçador que estivesse caçando fora de epoca. Caçadores, alpinistas e campistas eram as presas mais faceis... O corpo era encontrado mas não haviam muitas investigações, muitos animais habitavam essas matas e não era grande novidade ocorrer um ataque, alguns realmente morriam devido a ataques de animais selvagens, já os outros eram por nossa causa. Não que eu me orgulhasse disso, mas, não havia outra maneira...

Sangue doado não era nada bom, muito frio, e alem disso teriamos que tomar o dobro da quantidade e com mais frequencia... O sangue depois de algum tempo fora do corpo parece enfraquecer, e ficar com um gosto pessimo, ainda mais sangue doado, aquele gosto de plastico, eca... E bem, tentamos sangue de animais, mas é nojento, e não nos satisfaz, a maneira que encontramos de sobreviver e não levantar muitas suspeitas é viver na orla de uma floresta com animais selvagens, homens morrem e eles são culpados, sem muita dor de cabeça. 

Logo que sai já senti o cheiro de alguns caçadores. Não é epoca de caça, assim, estarei fazendo um favor aos animais. Corri o mais rápido que podia, as arvores me pareceram um borrão, fui em direção ao cheiro e me escondi, então os vi. Eram 3. Haviam dois perto do rio e um proximo a uma fogueira, todos estavam distraidos, a presa mais fácil era o jovem perto da fogueira. 

Olhei fixamente para ele e então corri em sua direção.

Dei-lhe uma pancada atras da cabeça e o agarrei desacordado para evitar gritos, então corri com ele para longe dali, isso não levou mais que dois segundos. Quando estavamos a uma  boa distancia de onde o encontrei, eu parei e o coloquei no chão inconciente. 

Eu estava faminta, eu precisava de seu sangue, eu desejava seu sangue. 

O insitinto de predadora foi aflorado em mim, e eu tinha minha presa, tudo estava otimo, conforme ia me aproximando dele eu podia sentir cada canto do meu corpo ansiar por doses generosas de seu sangue vermelho, quente e doce.

Cheguei mais perto de seu pescoço imovel sentindo seu cheiro, e cravei meus dentes em sua garganta sem dificuldades, ele era jovem, sua pele era macia eu pude sentir as gotas daquele liquido começarem a sair e isso era extremamente prazeroso, o sangue esguinchou para dentro de mim, aquele primeiro contato entre seu sangue e minha boca foi uma sensação inexplicavel, foi uma sensação maravilhosa que me fazia esquecer que aquilo poderia ser errado. Naquele momento eu não era alguém com sentimentos, eu era uma predadora se alimentando de sua presa.

O sangue quente e delicioso que corria em suas veias agora jorrava em minha boca e decia por minha garganta, eu podia senti-lo descendo e fortalecendo todo meu corpo enquanto pouco a pouco a vida que ele habitava desaparecia. 

Em poucos minutos eu já o havia secado. Já não havia mais nenhuma gota de sangue em seu corpo agora palido, gelado, sem vida.

Me levantei e limpei com a mão o resto de sangue que havia ficado nos cantos de minha boca e então fui embora, deixando ali seu corpo sem sangue, sem vida. 

Estava me aproximando do lago, então olhei para o relogio, 1:30 da manhã.

Eu ainda tinha a noite pela frente e o lago me chamava, resvolvi então nadar um pouco a luz da lua. Fui até a margem e despi minhas roupas, ficando apenas com minha roupa intima, então mergulhei naquelas aguas calmas e silenciosas. Mergulhei fundo prendendo a respiração por varios minutos e então voltei a superficie e fiquei olhando as estrelas até que ouvi uma voz que fez meu corpo todo estremesser. 

- Mas que otima surpresa... - quando me virei ele sorria pra mim. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não seja um leitor fantasma, comentários são sempre muito bem vindos.