Lua De Sangue escrita por JhesyAckles


Capítulo 4
Capítulo 4




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- Daniel - eu sorri - Oi...

- Oi. - ele não parava de sorrir e me olhar fixamente. - Porque não disse que viria pra cá hoje a noite? 

- Bem, não estava programado, fiquei com vontade nadar um pouco e aqui estou...

- Sabe que tive essa mesma vontade? - ele disse enquanto tirava a camisa. Eu nunca o havia visto daquela forma. Seu corpo era maravilhoso. Eu nunca vira corpo igual aquele. Era perfeito.

- Posso te acompanhar, ou o lago também é seu? - ele perguntou ironicamente enquanto ia tirando os sapatos.

- Claro. O lago é meu, mas eu posso dividi-lo - nós rimos. 

Ele tirou as meias e em seguida a calça, ficando apenas com sua roupa intima e então mergulhou no lago e nadou em minha direção emergindo a poucos centimetros de mim. 

- Como nada rápido - eu disse sem folego com meu rosto a poucos centimetros do dele, minha boca a poucos centimetros da dele.

Ele riu e me olhou nos olhos.

- Fiquei com saudades. - ele disse acariciando meu rosto depois colocando a outra mão envolta do meu pescoço, em seguida suspirou e continuou - Não sei o que você fez, Lana, mas eu não consigo parar de pensar em você. Seus cabelos negros, seus olhos azuis, sua pele tão branca e macia, o sabor do seu beijo... Não consigo pensar em outra coisa, não consigo querer outra coisa.

- Também senti saudades de você. - eu sorri.

Então sua mão que estava no meu rosto foi para minha cintura e me puxou pra mais perto dele.

Ele olhou em meus olhos tão fixamente que eu não conseguia piscar nem respirar.

Então nossos labios se encontraram e ele me beijou, esse beijo foi diferente do primeiro, tão bom ou talvez melhor, mas diferente. Meu coração batia tão rápido que eu sabia que até ouvidos humanos poderiam ouvir, concerteza ele estava ouvindo, e eu ouvia o dele, eu sentia o dele, tão alto e rápido quanto o meu. 

Ficamos ali nos beijando, conversando, acariciando pelo resto da noite, quando saimos da agua e eu olhei a hora já era tarde, muito tarde. Eu não poderia voltar pra casa. Teria que passar o dia na caverna novamente. 

- Droga! - eu exclamei. 

- O que?  O que foi, fiz algo errado?

- Está tarde... - Eu dizia olhando para o céu.

- Tarde? - ele perguntou confuso.

- É, ficamos muito tempo na agua e perdi a noção do tempo - eu dizia enquanto vestia minhas roupas. - Vou ter que ir pra caverna ou... - eu me calei antes que puedesse falar demais.

- Ou?

- Ou vou levar uma bronca...

- Então, vamos pra caverna.  - ele sorriu.

Então começamos a correr em direção a caverna, em direção a nossa caverna. Entramos juntos e fomos para o fundo, onde o sol não chegava. Ligamos algumas lanternas que Daniel levava em sua mochila e deixamos a caverna clara com aquela luz. 

- Bem, aqui estamos nós novamente. - ele disse e sorriu.

- Sim.  - eu sorri  e então ele me olhou estranho.

- Lana, não está com frio? 

- Frio? - Eu confesso que não esperava por aquela pergunta. Eu não me lembro mais o que é sentir frio, vampiros não sentem calor ou frio e eu sou uma vampira há muito muito tempo, tempo o suficiente para esquecer como é sentir algumas coisas... 

- Sim, frio. Você está com a roupa toda molhada. 

- Ah, não, não estou com frio, não costumo sentir frio... E o que me diz de você? Também está todo molhado. - eu tentei distrai-lo para que ele esquecesse isso.

- Também não costumo sentir frio. Sou bastante quente. - nós rimos. 

Sentamos no chão abraçados, encostei minha cabeça em seu ombro e ele colocou a dele sobre a minha enquanto brincava com meus dedos.

- Bem, talvez eu esteja com um pouco de frio afinal - ele riu e me puxou para mais perto dele.

- Agora sim, a temperatura ideal. - eu sorri.

Eu não sentia calor, eu não sentia frio, mas a sensação de ter o corpo dele tão proximo ao meu parecia fazer com que meu sangue corresse mais quente dentro de mim.  

- Tenho uma pergunta... - ele disse de repente. 

- Pergunte.

- Porque me tratou daquele jeito quando nos conhecemos? 

- Ah, isso... Não sei, acho que fiquei assustada... 

- Oh! Assustada? - ele disse fingindo estar ofendido. - Eu sou tão feio assim? 

- Não seu bobo - nós rimos.

- Me assustei com o efeito que você causou em mim... Nunca tinha sentido aquilo, foi muito... forte.

- Confesso que senti o mesmo quanto a você. 

Eu levantei meu rosto e o encarei com um sorriso, então o beijei. Ele mais que depressa retribuiu, mas dessa vez parecia ter mais urgencia, me beijou com mais intensidade, o que me fez perder o folego de uma maneira maravilhosa. 

Nos beijamos mais intensamente do que nunca, suas mãos acariciavam minha nuca e então ele foi descendo acariciando meus braços e parou as mãos em minha cintura.

Sua boca saiu da minha e parou em meu pescoço, isso fez meu corpo todo se arrepiar. Suas mãos percorreram minha cintura e levantaram minha blusa. Nesse momento eu tive a certeza do que viria a seguir, eu não consegui resistir, eu não quis resistir, tudo o que eu queria era ser dele e que ele fosse meu.

Ele tirou minha blusa e eu o ajudei a tirar a dele, então voltamos a nos beijar, minha boca ansiava mais e mais pela dele.

Agora era o corpo dele contra o meu, a pele dele contra a minha, o calor de seu corpo agora era o calor do meu corpo. Tiramos o que sobrou de nossas roupas enquanto nos beijavamos e nos acariciavamos. Sensações que eu jamais poderei esquecer.

Ele me deitou carinhosamente e veio beijando meu pescoço até chegar novamente a minha boca.

Nós nos desejavamos cada vez mais.

Eu estava faminta por seu corpo e ele parecia sentir o mesmo.

Então ele veio para mim e nós nos encaixamos como duas peças unicas de um perfeito quebra-cabeças. Naquele momento tive uma certeza eu fui feita para ele, ele foi feito para mim, nossos corpos foram feitos para se unir. O tempo que ficamos ali eu não sei dizer, mas foram os momentos mais longos e mais curtos de toda a minha vida.   

Eu não conseguia pensar em mais nada, nada mais no mundo parecia existir para mim além dele. 

Aquele foi simplesmente o dia mais perfeito de toda minha vida. Eu não queria que a noite chegasse, eu não queria voltar pra casa.

Eu queria passar o resto da eternidade ali, junto com ele, na nossa caverna, sentindo ele em meus braços...

- Eu te amo. - ele murmurou em meu ouvido. 

- Eu também te amo - murmurei em resposta e dei um beijo rápido em seus lábios. 

- Lana, eu nunca senti isso que estou sentindo agora. Ninguém nunca mexeu tanto comigo como você está mexendo... E em tão pouco tempo...

- Eu sei exatamente o que você quer dizer com isso... Eu sinto a mesma coisa.

- Isso não é normal... - ele me olhava nos olhos. Aqueles olhos verdes que sempre me tiravam o folego. -  Lana, eu espero alguém como você há muito, muito tempo... - ele suspirou. - Em toda a minha vida, eu nunca encontrei ninguém que fizesse meu coração bater dessa maneira. Nunca. Até alguns dias atras eu tinha planos para meu futuro, tinha um caminho traçado... Mas você apareceu e tudo mudou... 

- Daniel... - eu sorri.

- Quando você chegou, eu também me assustei...  eu tive medo, medo disso que está acontecendo agora... Medo de amar você, mas foi inevitavel. 

- A melhor coisa que aconteceu pra mim foi conhecer você. Disso eu não tenho duvidas. - eu disse e ele me beijou. Foi então que algo me ocorreu. 

- Daniel, posso te fazer uma pergunta? 

- Claro que sim.

- O que você faria se tivesse a eternidade para viver? Mas me responda com sinceridade. 

- Honestamente? Se você me perguntasse isso dias atras eu diria, ' dane-se, pra que escolher um coisa já que eu tenho a eternidade e poderei fazer o que quiser?! ' ... Mas essa pergunta me sendo feita hoje, depois de tudo, e aqui com você...  eu não teria outra resposta para te dar... Se a eternidade fosse uma opção para nós dois eu não iria querer passá-la ao lado de mais ninguém a não ser você... 

- Era tudo o que eu queria ouvir. - eu sorri. - Eu te amo. 

- Eu quero ficar com você por toda a eternidade! 

- Eu digo o mesmo. - meu coração estava acelerado.

Nada no mundo se igualava aquilo. Eu pensava que a melhor sensação no mundo era beber aquele liquido delicioso, quente, doce... Mas como estava enganada. Nem mesmo a sensação do sangue em minha boca conseguia superar aquela.

Tudo era perfeito.

Tudo era maravilhoso.

De uma coisa eu tinha certeza. eu ficaria com ele por toda a eternidade. 


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Notas finais do capítulo

Leitores são sempre muito bem vindos, mas por favor, não seja um leitor fantasma, eu preciso da sua opinião.
Boa leitura.