Alice Jackson Os Heróis Do Olimpo 2 escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 3
Capítulo 3 - No Boathouse


Notas iniciais do capítulo

Os primeiros monstros apareceram. E eles vão ser um pouco mais perigosos do que parecem e não estão simplesmente ali para uma conversa amigável.



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            Às vezes eu odeio minha vida, uma dessas vezes é quando monstros nos atacam e por isso, não saiu mais sem meu chicote. Onde quer que eu vá, meu chicote está junto, para o que der e vier. Odeio do fundo do coração quando estou querendo parecer uma adolescente normal e vou parar na imprensa como “A Garota que Ataca Velhinhas Inocentes”. O que eles na sabem, é que a “velhinha inocente” era na verdade uma esfinge que ia demorar quem não desse a resposta certa. Eu fiz um favor aquele bando de cabeças-ocas. É que uma coisa chamada Névoa me deixa louca, sabe por quê? Porque distorce a visão dos mortais e faz com que vejam coisas normais. Acho que eles deviam sabe da realidade, que os supostos deuses gregos mitológicos, são reais e habitam nosso mundo.

            Mas, por enquanto, eu tenho que ficar na minha, espere até a próxima reunião dos deuses e eu falo tudo.

            Saímos para almoçar.

            Depois de pegar um táxi até o Central Park, fomos andando até o restaurante.

            _O que?? Uma hora de espera?_Falei.

            _Calma, Alice. Podemos esperar._ disse papai, calmo.

            Bufei.

            _Certo, eu espero.

            Sabe quando você vai realizar um sonho e esse sonho não é exatamente do jeito que você pensou? Foi o que eu senti.

            _Alice, você já viu ali fora os barcos?_disse Peter.

            Certo, os barcos, pensei.

            E olhei para o lago na frente do restaurante. Sim, estava cheio de barquinhos e eu ia andar neles. Custasse o que custasse.

            _Sr Jackson._ disse a balconista.

            _Sim?

            _Houve uma desistência e posso encaixá-lo agora.

            Quase pulei de alegria. Os barquinhos podiam esperar.

            A balconista chamou uma garçonete que nos levou até uma mesa do lado do barco.

            Sentamo-nos e ela nos entregou os cardápios.

            Escolhi, com certeza, uma boa massa, tenho uma estranha paixão por macarrões e espaguetes. Um espaguete com molho de tomate ia me ajudar a ficar calma, enquanto esperava pelo acampamento (pedimos tia Sally passar por ali e nos levar para o acampamento depois do almoço. OBS: os convidamos para o almoço, mas eles não quiseram).

            Comi o aperitivo e uma salada, com calma enquanto esperava o prato principal. Ri do que Peter e papai falavam, conversamos e brincamos uns com os outros como uma família normal.

            O espaguete finalmente chegou e eu o comi tranquilamente, tomando o cuidado de não manchar minha roupa, tinha que estar impecável para o Art.

            Tomei um sorvete de sobremesa, que por acaso estava divino (aposto que os deuses teriam inveja do meu sorvete), papai pagou a conta e então, fomos aos barquinhos.

            Eu e Peter entramos em um e papai ficou nos esperando do lado de fora.

            O barco começou a rodar em círculos. Mas estava me divertindo com o Peter. Rimos enquanto tentávamos encontrar fazer o barco andar. Eu, tinha um forte por canoagem, mas, Peter era péssimo nisso e nós nunca tínhamos dividido o barco com ninguém.

            Não demorei a ouvir gritos.

            O tudo ficou escuro de repente.

            Olhei para cima e vi, uma ave gigante cobria o sol.

            Uma ave gigante? Tão grande a ponto de cobrir o sol?

            Isso, com certeza não é normal.

            Comecei a pensar imediatamente em todos os monstros gregos e entendi.

            Aves do Lago Estinfalo!, pensei.

            Vi que a ave tinha amigos, mas três monstros apareceram.

            Fiquei de pé e puxei meu chicote. Quase cai dentro do lago, mas com um pouco de equilíbrio, me mantive em pé.

            Um das aves, com suas garras e bico de ferro, atacou um mortal. Ele não teve sorte, a ave o devorou, queria saber o que as pessoas iriam dizer agora.

            _EI! AVES FEIOSAS! EU ESTOU AQUI! VENHAM ME PEGAR!

            A segunda ave desceu sobre o barquinho e eu a chicotei. Com um grito, saiu voando, só que ela se aproximará demais e derrubou Peter na água.

            _Peter! Está tudo bem?

            Ele apenas assentiu. Nós estávamos usando colete salva vidas.

            _Volte para a margem e tire os mortais daqui.

            _Vem também!

            _Vou distrair-las, já vou.

            Vi os olhos castanhos de Peter se encheram de lágrimas, qual quer que se a razão.

            _Vai! Vai logo!

            Vi Peter sair nadando e eu voltei-me de novo para os monstros.

            _EI! MONSTRENGOS! OLHEM PARA MIM! OLHEM AQUI! VENHAM BRIGAR COMIGO! NÃO TENHO MEDO DE VOCÊS!

            Outra ave me atacou, eu a feri, mas ela deu o troco.

            Meu ombro. Dilacerado. Deformado. Tanto sangue.

            Quase cai de joelhos, doía muito, penetrava em todo o meu ser e me fazia querer fechar os olhos e dormir.

            Pensando nisso, passei minha força para o chicote em minhas mãos. Apertei-o com força e me concertei. Senti como se meu o chicote se ligasse ao meu corpo, como se eu tivesse estabelecido uma conexão muito forte com ele, era quase como se pudesse sentir o ar na sua ponta. Senti como se uma potente corrente de sangue passasse pelo chicote e retornasse ao meu corpo, mas fraco. Era o meu lado divino.

            Com isso o chicote ganhou força, poder e ficou mais longo. Conseguia acertar as aves mesmo dali, de onde estava.

            Chicoteá-las só as deixou mais furiosas.

            Elas desciam sobre mim com uma intensidade incrível. As repelia com o chicote, mas sabia que era uma questão de tempo até passarem pelo escudo invisível do chicote.

            Isso, de passar a força para o chicote, me deixava um pouco sonsa, só que mais poderosa.

            Ouvia gritos da margem, não sabia quem era.

            O aço das garras e bico das aves, era quase indestrutível. Sentia que já estava lutando a muito tempo, embora soubesse que fazia pouco mais de minutos.

            O barquinho foi acertado por uma pedra e começou a afundar. Não deixei-me distrair por isso e continuei a chicotear as aves.

            Os gritos da margem continuavam cada vez mais irritantes e altos, dando-me dor de cabeça. Com uma fúria esmagadora, soltei um grito de guerra e ataque com mais força as aves, que já começavam a se tornar empecilhos.

            Senti a água nos joelhos, mas minha vontade de lutar era maior. Uma das aves, mas corajosa, tentou penetrar meu campo de segurança e com isso, levou um chicoteada no olho, soltando um estridente grito.

            Com que a água já cobrisse até a altura dos ombros. Voltei nadando a margem e senti uma mão pegar meu pulso, debati-me, queria lutar, queria matar aquelas malditas aves.

            Alguém arrancou o chicote da minha mão, parei.

            _Peter…_Encarei seus olhos castanhos aterrorizados._ O que…?

            Senti quase um choque pela desconexão repentina, mas conseguia agora, raciocinar melhor.

            Ouvia os gritos das pessoas e vi quando as aves entraram nos meio de árvores altas, formando um ninho impenetrável.

Começara a chover.

            _ Vem, Alice. Vamos embora.

            _ E os humanos?

            _Vão ficar bem, as aves já se acomodaram, não se atreveram a chegar muito perto e elas não os atacaram. O único problema talvez seja as plantas, já que essas aves um excremento toxico que as mata.

            Não pude deixar de achar graça por dentro, embora por fora, continuei séria.

            _Vem!_ disse ele me puxando._ Vem logo, papai está nos esperando ali!_disse ele apontado para um homem não muito longe de nós._ Está ligando para tia Sally, vamos agora para o acampamento!

            Peguei meu chicote. Troquei um olhar apreensivo com Peter.

            E saímos correndo. Devo ter tropeçado umas duas vezes, mas isso não tem importância. Alcançamos papai e continuamos correndo, atravessando o Central Park. Segurava na mão suada de Peter e com a outra me agarrava ao chicote.

            Continuamos a correr até chegarmos à rua, Peter quase caiu em cima de uma família que fazia picnic.   

            O carro de tia Sally acabara de estacionar quando pisei na calçada. Entramos os três no carro que saiu em disparada.

            _Alice, Peter, tio James. Está tudo bem?_Era Percy.

            _Agora sim._ meu irmão respondeu por todos nós.

            _Alice! Olha esse corte!_ Observou Annabeth, que segurava Olivia.

            Percy se ajoelhou no banco e pegou alguma coisa no porta malas, sentando-se normal de novo.

            Uma caixa de primeiro socorros.

            Ele molhou um algodão em um álcool e desinfeccionou o corte, enfaixando logo depois.

            Tia Sally corria pelas ruas de Nova York sem se preocupar com o limite de velocidade, desviando dos outros carros, sem duvidas, ela dirigia bem.

            Assim que saímos da cidade e estávamos perto da área rural. Virei-me para Percy, que estava do meu lado e perguntei:

            _Posso dormir no seu ombro?

            _Claro.

            Apoiei nele. Relaxei a cabeça, procurando não pensar em nada e assim, dormi.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram da Alice usando o chicote? Ele parece provocar um efeito colateral sobre a loira, não é verdade? Agora, ela está indo para o acampamento, onde acha (e enfatizo, acha) que estará segura.
OBS: Erro da autora, Boathouse é junto.



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