Alice Jackson Os Heróis Do Olimpo 2 escrita por Cassandra_Liars


Capítulo 18
Capítulo 18 - Empousas Para Todo Lado!


Notas iniciais do capítulo

Espero que esse capítulo esteja bom. Fiz ele de coração.



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Pude ver Art pegar seu arco-e-flecha e
Yasmin respirar fundo, se concentrando. O ônibus tremeu outra vez e eu entendi
que íamos de agir rapidamente. Senti-me uma idiota quando levantei e gritei:



            _Tudo
mundo para a fora do ônibus agora!



            As
pessoas continuaram paradas, se olhando confusas. Mas se bem que eu dou razão a
elas. Por que eu ia fazer o que uma adolescente maluca manda?



            _Vocês
ouviram a garota. – disse Art se levantando. – Tudo mundo para fora do ônibus
se derem valor a vida.



            Foi
só quando as empousas começaram a tentar entrar no ônibus, quebrando as
janelas, foi que as pessoas saíram correndo e gritando.



            Sinceramente,
eu esperava que os humanos ficassem bem.



            Peguei
meu chicote e me concentre em seu poder. Senti a típica ligação entre mim e a
arma; meu sangue fluindo dentro dele como se fosse uma extensão do meu corpo.



            Senti
vontade de lutar. De ferir, de matar. Eu não me importava de morrer lutando,
desde que eu levasse todos aqueles monstros comigo.



            Chicoteei
as janelas e permiti que as criaturas entrassem.



            Uma
delas pulou na cara de Brontes, que a atirou para o lado e a fez explodir em
chamas.



            Observei
isso por breves segundos antes de me virar e me deparou com um dos monstros bem
a minha frente.



            Sem
pensar, agindo só por instinto, brandi o chicote em sua direção e o vi cortar a
empousa em duas.



            _Vem
cá, vampirinha! – exclamou Art ao meu lado, mas eu não prestei atenção a
empousa furiosa que o atacou, eu só queria matar as outras.



            _Yasmin!
Tire os outros daqui! – eu ouvi, mas igualmente ignorei essa voz.



            Percebi
que as empousas pareciam estar aumentando de número. Elas pareciam simplesmente
se multiplicar.



            Isso
me pareceu ótimo e eu deixe que um sorriso tomasse conta dos meus lábios. Mais
monstros para eu matar.



            Soltando
um grito de guerra, me atirei para cima de cinco empousas e as chicoteei com
força. As ouvi gritar com agonia e me senti fortalecer.



            Eu
gostava de matar, percebi de repente. Era muito bom mesmo.



            _Vem,
Alice! Vem! Vem logo!



            Senti
alguém pegar meu pulso e me puxar para longe. Mas eu não queria ir. Eu quero
ficar. Eu queria lutar.



            Tentei
me livrar da mão em meu pulso. Mas a pessoa era forte.



            Sendo
assim, teria que ser do jeito difícil. Levantei o outro braço e chicote a pessoa.



            Uma
marca vermelha apareceu no rosto perfeito dele.



            Deixei
o chicote cair, meu corpo sentiu um choque pela inesperada desconexão com a
arma. Mas eu não liguei para isso, eu apenas encarava o rosto surpreso e
machucado do loiro a minha frente.



            Art.



            Tentei me aproximar, mas ele deu um passo para trás.



            Eu
estava horrorizada com o que eu tinha sido capaz de fazer, onde eu estava com a
cabeça?



            _Art…
- sussurrei seu nome, tentando me desculpar.



            _O
que vocês estão fazendo? Venham! – ouvi uma voz distante dizer.



            Tinha
me desligado do resto do mundo. Todo o que me importava era o loiro a minha
frente.



            _Art,
eu não queria…



            Vi
o medo em seus olhos, mas não entendi o porquê.



            Atrás
dele, uma explosão, tentei me aproximar mais ainda.



            De
repente senti alguma coisa perfurar minhas costas e gritei. Aquilo ardia.



            Vi
uma última vez os olhos azuis de Art antes de mergulhar na escuridão.



***



            Quando
eu acordei de novo, senti uma compressa fria na minha testa e ouvi o barulho de
choro.



            Tentei
me levantar, mas todos os meus músculos gritaram em protesto. Minha cabeça
estava a ponto de explodir.



            Senti
alguém me forçando a voltar a deitar e não resisti, deixando que essa pessoa me
conduzisse de volta para o travesseiro improvisado que tinha virado uma
mochila. Meus olhos estavam fora de foco e eu não podia ver mais do que um
borrão.



            _Vai
ficar tudo bem. – ouvi uma voz familiar. – Apenas relaxe.



            Finalmente
pude ver o rosto de Cristal, os olhos azuis brilhando.



            _O
que aconteceu? – murmurei, me sentindo fraca e tonta.



            _Brontes
morreu. – ela disse. – Yasmin está chorando tanto!



            _Brontes…
- murmurei de novo, com um quê de preocupação na voz.



            _É,
mas ele morreu como um herói. Não precisa se preocupar. No momento nossa
prioridade é você. Você quase morreu. Sabia que o veneno das empousas é fatal?



            _Cris…
O que aconteceu?



            _Bom,
as empousas atacaram o ônibus, lembra? – assenti. – Então você pegou o chicote
e parecia possuída ou alguma coisa do tipo. Seus olhos ficaram vermelhos. Foi
muito estranho.



            _Chicote?



            _É.
Ficamos preocupados, mas não tivemos tempo de ver o que estava acontecendo, já
que mais e mais empousas apareciam do nada. Pareciam decididas a nos matar.
Bom, você saiu do ônibus e ficamos mais preocupados ainda, já que você estaria
sozinha contra todas as empousas. Mas elas pareceram não ligar muito para você.
Só uma ou outra atacavam, não mais do que isso.



            “Na
verdade, a maioria entrou no ônibus e então o Apolo colocou fogo no motor, nós
tínhamos pouco tempo para sair de lá se não quiséssemos vir churrasquinho. Uma
das empousas quase matou a Yasmin, mas o Brontes se atirou na frente e ele
recebeu o golpe. Ele começou a sangrar. Empousas são atraídas por sangue e as
outras todas foram para cima dele.



            “Eu o ouvi gritar. Ele queria que fossemos embora e deixássemos ele alí, que ele ia segurar as empousas para dar tempo de nos fugirmos. Yasmin relutou, mas o Apolo conseguiu afastá-la do ônibus e me deixou cuidando dela enquanto ele ia atrás de você. Que ainda parecia possuída. Bom, pelo que eu entendi, você o chicoteou e depois uma empousa te atingiu nas costas.”



            _Art…
- eu disse e tentei me levantar, mas Cristal não deixou.



            _Ele
está bem. – Me garantiu ela, com um sorriso amável. – Yasmin também, só um
pouco triste, mas nada que não possa ser resolvido.



            Esse
foi um pensamento que me acalmou um pouco. Yasmin, Art e Cristal estavam bem.
Mas e o coitado do Brontes? Se alguém tinha culpa pela morte dele, esse alguém
era eu. Eu quem tinha o incluído nessa missão afinal.



            Pensei
em Yasmin. Ela devia estar arrasada. Afinal de contas, tinha feito uma grande
amizade com o ciclope.



            Olhei
para cima.



            _Onde
estamos? – perguntei, minha voz não mais do que um fio.



            _Não
sei direito. Em algum lugar em Kentucky. Já a barraca, eu não faço ideia de
como veio parar aqui. São “segredinhos de Yasmin”. – disse Cristal, e eu
pudesse perceber a irritação em sua voz.



            Cristal
então enfiou alguma coisa na minha boca, que mais tarde eu percebi ser um
termômetro.



            Depois
de algum tempo, ela tirou-o da minha boca e suspirou ao ver a temperatura.



            _Compramos
em uma farmácia. – ela se limitou a dizer, quando viu meu olhar interrogativo.



            Vi
quando alguém entrou na barraca. Esse alguém era Art.



            Em
seu rosto ainda estava a marca de onde meu chicote tinha pegado. O risco, agora
já branco, cortava seu olho direito.



            Art
trazia frutas nas mãos.



            _Consegui
isso. – ele informou mostrando as frutas para Cristal. – Ela acordou?



            _Acordou.
Diga “olá”, Alice.



            Art
se aproximou, seus olhos azuis arregalados.



            _Alice!
Você está bem!



            _Estou.
– eu deu um sorriso fraco para ele, mas logo esse sorriso se desfez. – Me
desculpe.



            Automaticamente,
a mão de Art que não segurava as frutas voou para a cicatriz que cortava seu
olho.



            _Não
foi nada. Você estava fora de si. Melhor não usar o chicote outra vez. Quando
você o soltou, seus olhos voltaram a ficar cinza…



            Fez-se
um momento de silencio, em que os únicos sons eram da Cristal mexendo em uma
caixa e a chuva caindo lá fora.



            _O
que são? – eu perguntei, apontando para as frutas.



            _Ah,
framboesa. Você quer?



            _Adoraria.



            Mas
antes que Art pudesse pegar uma das frutas e me dar, outra pessoa entrou
correndo na barraca.



            Yasmin
estava encharcada. Seu cabelo caia como uma cortina pelo rosto e a maquiagem
estava borrada, não só pela chuva, mas pelas lágrimas que tinham se misturado
às gotas. Seu rosto estava vermelho e os olhos inchados.



            _Eu
sabia que você voltaria. – disse Art. _ Não podia ter ido muito longe.



            Cristal
atirou uma toalha seca para Yasmin antes de bocejar.



            _A
Yasmin queria ir andando de voltar para o Acampamento. – sussurrou Art para
mim. – Não sei se a Cristal te contou, mas o Brontes…



            _Eu
já sei. – eu disse, fazendo logo em seguida um momento de silencio por ele.



            Em
silencio, Yasmin se sentou em cima de uma mochila e se secou.



            Alguns
minutos se arrastaram, antes de Cristal se virar para Art e perguntar:



            _Apolo,
você conseguiu as passagens?



            _Sim.
– disse ele, tirando do bolso quatro passagens e mostrando para nós. – Quatro
passagens de ônibus de Louisville para Kansas City.


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Notas finais do capítulo

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