The True Forks (com nova autora) escrita por Tainá Mosch


Capítulo 4
O início do fim.


Notas iniciais do capítulo

O capítulo não ficou enoooorme, mas eu gostei muito de como ficou, apesar de faltar alguns detalhes que o ultimo cap teve. Mas a questão é que como esse capítulo é narrado por um personagem diferente, ele não liga para os detalhes assim como a Cathy liga, se é que me entendem. Bom, vocês vão entender que são "espécies" de personagens completamente diferentes. E por enquanto são estes dois personagens que irão narrar a história. BOA LEITURA!



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NARRAÇÃO DE WILLIAM

Música: Kiss With a Fist - Florence and The Machine

- Onde você esteve? - Emily virou-se para mim.

Permaneci em silencio observando as folhas caídas no chão. As árvores dançavam ao nosso redor. Senti seu olhar fixo em mim.

- Will? - ela chamou minha atenção.

Virei-me para ela.

- O que foi, Emily? - perguntei.

- Estou falando com você, está surdo?

- Fale, agora estou ouvindo. - eu disse.

- Foi você? Por acaso você fez aquilo na noite passada?

- Era domingo, Emily. Eu tenho coisas melhores para fazer.

- E quem pode ter sido se não você e seu desejo incontrolável por sangue?

- Eu não sei. - respondi, ainda pensativo.

- O que há com você? Está diferente.

- Só estou pensando. Não sou vinte quatro horas a mula sem cérebro que você conhece. - eu disse, então saí andando por meio das árvores.

Senti Emily me seguir. Em alguns segundos ela já estava ao meu lado.

- Não vai me contar o que fez na noite passada?

- Você não é minha mãe, Emily. Você é minha irmã. - comecei a me irritar com sua curiosidade.

Eu não havia feito nada, não havia matado aquelas pessoas.

- Mas eu tenho o direito de saber, não acha? - ela me encarava.

- Você acha que fui eu, não é mesmo?

- Se você diz que não, acredito em você.

Olhei em seus olhos.

- Eu só quero saber onde você esteve. - ela disse.

- Estava por ai, andando.

- Andando? - ela apertou o passo para me alcançar. - Estava seguindo alguém, Will?

- Vampiros não podem mais andar que estão seguindo alguém? Qual o seu problema?

Passei rapidamente por meio das árvores chegando à porta do colégio de Forks. Eu e Emily estávamos refazendo o ensino médio pela milésima vez. Até a noite passada, minha vida - se é que posso chamar assim. - se baseou em puro inferno. Mas agora tudo se tornara excitante outra vez.

- Você é um péssimo mentiroso. Conte-me quem você esteve seguindo. - ela o segurou pelo braço.

Meus olhos se perderam ao longe, atrás de Emily. Era ela.

- O que? - Emily perguntou, se virando para trás.

Observei o vento balançar seus longos cabelos castanhos, tampando seus grandes e lindos olhos esverdeados. Sua boca era grossa, linda. Eu não conseguia tirar os olhos dela. Mas o que me atraía não era sua beleza, mas sim o seu... Sangue. Eu desejava seu sangue mais do que qualquer coisa que já desejei em minha existência. Era como se meu corpo gélido queimasse ao sentir seu aroma trazido pelo vento. Seu sangue era como uma droga, um veneno. Mas se eu tivesse de morrer para prová-lo, eu assim faria.

Sai dali sem cerimônias. Corri em direção à floresta e me escondi atrás de uma árvore observando a expressão confusa de Emily.

Brad e Dean estavam com a garota. Eles se aproximaram de Emily, provavelmente para perguntar sobre o ocorrido.

- Onde está William? - eu pude ouvir Brad perguntar.

A garota passou as mãos pelos braços nus, arrepiada, então olhou em volta. Afastei-me um pouco mais.

- Está tudo bem? - Dean perguntou, tentando olhar em seus olhos.
Ela assentiu com a cabeça, mas continuava atenta para todos os lados.

- Eu não sei. Acho que foi buscar alguma coisa. - Emily forçou um sorriso, depois olhou em direção aos dois.

- Você sabe algo sobre o que aconteceu? - Brad perguntou.

- Não há nada que eu saiba.

Brad a puxou distante dos outros com delicadeza.

- Quando vocês irão me explicar o que está acontecendo? - a garota perguntou à Dean.

- Existe uma doença misteriosa em Forks há alguns anos, ninguém sabe exatamente do que se trata. Ela aparece sem avisar.

"O seu filho está com a Doença dos Vampiros, minha senhora.", pensei comigo mesmo. A voz em minha cabeça mais parecia uma imitação ridícula. Bufei, depois deixei soltar um breve riso de gozação. Era como assistir uma série de comédia do Warner Channel.

- Uma doença mortal? - ela perguntou a ele.

Ele assentiu.

- Será mesmo que ela está se espalhando, ou algo assim?

- Ela ataca só algumas pessoas, ninguém conhece os sintomas dela, ou os motivos pelo qual só algumas pessoas são infectadas.

Sintomas: sangue de boa qualidade. Motivos: existência de vampiros.

- Isso é horrível. - ela parecia apavorada. - Mas e se não for uma doença, mas alguém que esteja matando estas pessoas?

Esperta.

- Nunca houve uma hipótese como essa até agora. - Dean disse.

- Essa espécie de serial killer pode estar implantando algo como... Sintomas falsos? Assim tudo parece muito real, como uma verdadeira doença infectuosa. - ela continuou supondo.

Muito esperta, mas aquilo não era bom.

De repente fui arrastado por alguém atrás de mim.

- Will, por favor, jure que não é você que está matando essas pessoas. Foram muitas, muitas pessoas. Matamos discretamente, lembra?

- Não sou eu, Emily! - quase gritei.

- Então quem está fazendo isso, Will? E o que você andou fazendo na noite passada?

- Eu estava seguindo ela. - admiti.

- Ela? Ela quem?

- A garota. - apontei para o nada atrás de mim. - Aquela com o Brad e o Dean.

- No que estava pensando?

- Eu juro que farei isso direito.

- O que? - ela olhou-me confusa.

- Irei matá-la.


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