Como O Sol e A Lua escrita por Rukia


Capítulo 18
Capítulo 17




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- Parabéns, Ichigo, você agora é o maior idiota do mundo. – murmurei para mim mesmo amargamente -
- O que houve?
Eu olhei para o lado e vi Renji encostado na mesa ao meu lado, eu suspirei e apoiei minhas mãos na mesa.
- Eu...não consigo.
Ele ficou em silencio por instantes, eu era uma piada, ele deveria estar se segurando para não rir de mim.
- Não se pressione tanto. – ele falou calmamente – Você conseguirá quando chegar a hora.
- Que hora? – eu ergui a cabeça para encará-lo, ele tinha uma expressão acolhedora – Quando ela cansar de mim? Quando ela vier me apresentar o namorado dela? – eu conseguia sentir a angustia em minha voz –
Eu não conseguia imaginar, na verdade, eu não queria imaginar, Rukia com outro alguém, outro homem sem ser Byakuya a abraçando, aquelas imagens invadiam minha mente e eu lutava para tirá-las de lá.
- Eu não sei...o que fazer... – murmurei voltando a baixar minha cabeça –
Renji colocou uma mão sobre meu ombro.
- Somente esqueça de tudo e deixe que seu coração o guie. – ele sorriu levemente – É um papo meio gay, eu sei. Mas...não se importe com as conseqüências dos seus atos e sim com as conseqüência da falta de atos por sua parte. É melhor você tentar e sofrer do que passar o resto da sua vida se perguntando o que teria acontecido se tivesse tentado.
- Obrigado. – falei –
- Se cuida. – ele falou sorrindo e se afastou -
Eu respirei fundo e após pegar as bebidas, voltei para o local em que Rukia estava.
Faltava pouco tempo pro início da entrega de diplomas dos formandos, Rukia e eu saímos do salão para caminhar um pouco e paramos quando chegamos ao terraço da escola, ficamos observando o céu estrelado através das grades, em silencio.
- Está se divertindo? – eu perguntei cauteloso enquanto ambos segurávamos com ambas as mãos as grades de frente para elas –
- Sim. – ela respondeu simplesmente e não falou mais –

- Sabe, até que não foi tão estranho ver o Byakuya dançar... – eu tentei começar um assunto -

- Ichigo... – eu parei de falar e a olhei – 
- Fala.
- O que...está acontecendo? – ela permanecia olhando através das grades -
- O que quer dizer? – eu indaguei confuso –
- O que há entre nós dois... – ela me olhou – Não é normal.
Eu a encarei um pouco surpreso, não sabia exatamente como devia agir diante daquilo, ela estava se referindo a nós dois ou seria somente de mim? Eu teria deixado tão na cara assim? Ela havia percebido? Ou então descoberto de alguma forma? Minha mente tentava achar uma resposta para alguma dessas perguntas, mas nada aparecia.
Rukia soltou as grades e ficou de frente pra mim, me assustei quando ela deu um passo em minha direção. Uma das minhas mãos soltou a grade enquanto a outra se fechava ainda mais no metal, me impedindo de sair dali feito um doido descontrolado.
- Eu preciso saber... – ela começou – no que está pensando, preciso saber o que se passa com você.
- Rukia...eu... – eu comecei vacilante – 
Ela me olhou atentamente, esperando que eu continuasse, e eu não sabia se dizia a verdade de uma vez por todas ou se ela só estava querendo saber por curiosidade, ou para acabar com minhas esperanças.
Já estávamos perto demais, minha mão escorregou pela grade e ela novamente se aproximou, meu coração batia alucinado em meu peito, como se a qualquer momento ele fosse saltar por minha boca, minha voz sumiu com aquela aproximação e eu novamente não conseguia falar mais nada, não com ela tão próxima a mim. Eu automaticamente coloquei minha mão na face direita dela, enquanto ainda nos olhávamos firmemente, sem conseguir desviar os olhos para qualquer outro lugar.
- Me diga...o que eu tanto quero ouvir... – ela sussurrou pondo uma mão sobre minha face –

Nossos rostos estavam frente a frente e somente alguns centímetros nos separavam, nossos lábios se tocaram e aquele êxtase me invadiu, minha mão livre a envolveu pela cintura ao mesmo tempo em que nós fechávamos os olhos.
Permanecemos alguns segundos daquela maneira, somente nossos lábios colados, as respirações mescladas no ar, os olhos fechados, parecíamos pensar na mesma coisa, na certeza de que ninguém atrapalharia, mentalmente não queríamos começar se não pudessemos terminar, eu estava pensando desse jeito e provavelmente ela estava pensando da mesma maneira.
Depois daqueles poucos segundos de silencio, ninguém apareceu, eu inclinei meu rosto levemente e em seguida nos beijamos, começamos a mover nossos lábios no mesmo instante, eu queria aquilo, eu desejava que ela estivesse junto comigo, eu não queria beijá-la, eu queria que nós nos beijássemos. Quando enfim começamos, eu quase não acreditava no que estava acontecendo, mas eu não tinha tempo pra decidir se aquilo era um sonho ou realidade. O que me importava era que ela estava ali e estávamos nos beijando.
Rukia colocou os braços em volta do meu pescoço e eu a senti me puxar levemente para mais perto, eu a abracei pela cintura enquanto começava a intensificar o beijo, era a melhor sensação que eu já tive, eu não sabia se seria capaz de parar de beijá-la, eu não queria parar. Senti os dedos frios de Rukia afagarem minha nuca e aos poucos enroscarem-se em meus cabelos, eu a apertei mais em meu abraço, a fazendo ficar na ponta dos pés, eu podia sentir o corpo dela junto ao meu, sua pele macia em contato com a minha, eu ouvia as loucas batidas de nossos corações, eu estava finalmente sentindo o gosto daqueles lindos lábios em contato com os meus.

Depois de instantes nos separamos um pouco, buscanco ar pra respirar, eu mantive meus olhos fechados enquanto encostava minha testa á dela, tudo que eu havia imaginado para esse momento acabara de desmoronar, nada mais vinha a minha mente, tudo o que eu imaginei de como seria se eu a beijasse algum dia simplesmente não poderia ser comparado ao que acontecera realmente.
Nos separamos mais ainda e nos olhamos, eu respirei fundo e a encarei seriamente.
- Quer saber o que sinto por você? – eu puxei a respiração novamente e a soltei, preparando-me para confessar a verdade – Rukia....eu...


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