Como O Sol e A Lua escrita por Rukia


Capítulo 17
Capítulo 16




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Muitos já dançavam ao som da banda contratada para tocar, aos poucos mais pessoas chegavam, Byakuya e Unohana chegaram e também se juntaram a nós.
Já havia passado mais de uma hora e eu simplesmente não conseguia chamar Rukia pra dançar, motivos...Byakuya e eu. Eu não sabia dançar e Byakuya me mataria se eu convidasse Rukia. Mas afinal, nós viemos juntos pra que? Pra ficarmos olhando pra pista de dança como dois idiotas? Quer dizer, só eu como idiota, já que Rukia não tinha culpa por eu ser tão medroso. Eu respirei fundo e me preparei para enfrentar Byakuya, quando algo facilitou, Byakuya e Unohana se olharam e após ela sorrir, ambos se levantaram de mãos dadas e foram pra pista, eu quase não acreditei, Byakuya ia dançar? Caracas, e eu pensando que já havia visto de tudo e...Ah, esquece ele, Ichigo, seu idiota. Eu olhei pra Rukia.
- Rukia...
- Fala.
- Q-quer...d-dan...quer...er... – eu forcei minha garganta a funcionar de maneira correta – Quer dançar? – eu falei rapidamente –
Ela sorriu.
- Claro.
Eu sorri feliz e aliviado, me levantei e estendi a mão para ela que aceitou em seguida, e juntos seguimos para a pista.
Eu não sabia bem o que fazer, paramos um em frente ao outro e ficamos nos olhando, Rukia sorriu e estendeu as mãos pra mim, eu lentamente entrelacei meus dedos aos dela e senti uma inexplicável alegria me invadir. Depois de poucos minutos uma música mais lenta começou a tocar, Rukia colocou as mãos em meus ombros enquanto eu coloquei minhas mãos em sua cintura, nos balançamos no ritmo do toque, nos olhando intensa e firmemente, eu admirei seus olhos azuis, que pareciam me convidar a mergulhar neles, os mais belos olhos que eu já vi em toda a minha vida.

Era entorpecedor e extasiante poder ficar admirando-a sem precisar disfarçar, pois ela também me olhava diretamente e não conseguíamos quebrar aquele contato visual. Eu perdi a noção do tempo naquele instante, Rukia encostou a testa em meu ombro e eu suspirei ao sentir o cheiro dela mais próximo a mim, eu fechei os olhos, aproveitando que não havia maneira de ela ver e a abracei mais pela cintura, tentando não demonstrar que a queria mais como amiga, e ao mesmo tempo tentando mostra-la que eu a amava mais do que tudo. “Rukia, eu te amo”, minha mente gritava, meu corpo implorava, mas da minha boca nenhum som foi ouvido. Como eu imaginei...eu sou só um covarde com medo de sofrer mais ainda, com medo de perde-la, sendo que eu nem mesmo a tenho. Eu não a mereço. Ela é meu sol e eu sou uma pequena estrela no imenso universo, e pior do que uma pequena estrela, eu sou uma pequena estrela apagada que tem medo de brilhar ao menos um pouco para conseguir ser notada.
“Rukia, eu te amo”.
Será que algum dia essas palavras seriam ouvidas por ela, sendo as palavras pronunciadas por mim?
- O que te angustia?
Eu voltei á realidade com a doce voz de Rukia me despertando, ela permanecia encostada em meu ombro, seus braços envolviam meu pescoço, seu corpo junto ao meu.
- Como? – murmurei –
- Está tenso. Algo errado?
- Não. Está tudo bem.
- O que te faz ficar triste?
- Nada, já disse que estou bem.
- Não. Essa é uma pergunta geral, quero dizer, na sua vida, o que te deixa triste?
Eu fiquei em silencio, eu já tinha uma resposta, mas era covarde demais para falar.
“Perder você”.

- Ficar longe da minha família. – respondi –
- E o que te faz sorrir?
- Você. – falei sem pensar –
Ela ergue o rosto para mim e me fitou, eu acabara de perceber o que falei e espanquei a mim mesmo mentalmente, droga.
- Quer dizer...não você...é só que...você...bem...eu.... – eu tentei consertar, não estava dando certo -
Ela voltou a encostar-se em meu ombro.
- Tudo bem. Eu entendi.
Essa é a hora, fale Ichigo, fale, mova-se, faça alguma coisa seu idiota imbecil. Diga a ela o que quer dizer, diga a ela que a ama.
- Rukia...
- Sim?
- Eu...
Por que eu hesito? Por que é tão difícil? Por que eu não consigo?
- Vou pegar algo pra beber, quer que eu lhe traga alguma coisa? – murmurei quase em um fio de voz –
- Água, obrigada.
Eu concordei e me afastei dela, caminhei cabisbaixo até o outro lado do salão e alcancei a mesa de bebidas.
- Parabéns, Ichigo, você agora é o maior idiota do mundo. – murmurei para mim mesmo amargamente –


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