Anjo Negro escrita por GLFeehily


Capítulo 19
Vida por um fio - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Voltei... desculpe a demora, mas eu ando sem tempo... cry... se eu demorar um pouquinho para postar, por favor não me matem... minhas provas começam semana que vem e ainda tenho prova para um estágio no Hospital Copa D'Or no dia 13/06/12... ç.ç
Gostaria de agradecer aos leitores que deixaram reviews e dizer que só não irei desistir da fic por vocês. =)
Também quero agradecer especialmente a 'Tsubaki' e a 'Blair' pelas lindas recomendações... muito obrigada mesmo, eu amei... isso sem falar que me deu ânimo para continuar postando... vcs são uns amores... capítulo dedicado especialmente para vcs. 0______________0
Boa leitura.



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Nina


Ao chegar à escola na segunda-feira eu tentei me manter o mais longe possível do Ethan, nem mesmo dirigi o meu olhar em sua direção. Não queria falar com ele. Estava magoada e triste. Estava decepcionada.


Passei a aula inteira com dor e muito, mas muito frio mesmo, eu estava me sentindo no Pólo Norte. Tentei ao máximo não demonstrar o que estava sentindo e quando a aula finalmente acabou, eu tentei ir para o estacionamento, mas assim que saí da sala tudo ficou preto, as minhas pernas pareciam ter virado gelatina e a dor em meu corpo aumentou de maneira significativa, o frio era tão intenso que eu sentia como se estivessem enfiando milhares de agulhas por todo o meu corpo.


Após alguns segundos de tortura, eu senti como se a minha alma estivesse abandonando o meu corpo. Ouvi vozes me chamando, mas essas ficavam cada vez mais distantes e impossíveis de serem identificadas. Eu estava sendo puxada por alguma força poderosa e sombria, uma força que eu não conhecia, mas que estava deixando-me apavorada. Eu queria gritar, mas a voz parecia não sair, estava me sentindo sufocada e quanto mais eu tentava gritar, mais sufocada eu ficava.


Quando eu estava começando a achar que iria morrer sufocada, o ar começou a entrar pelos meus pulmões, o frio começou a diminuir e transformar em calor, a temperatura aumentando, mais e mais. Senti como se a minha pressão arterial estivesse tão baixa a ponto de levar-me a inconsciência a qualquer momento. A escuridão que tomava conta de cada centímetro a minha volta finalmente dava lugar a uma luz fraca, mas que foi ficando mais forte conforme eu era arrastada até o ponto onde a mesma se encontrava.


Conforme eu ia aproximando-me da luz, mais intenso era o calor. A temperatura estava tão alta que poderia fritar um ovo em questão de segundos. Eu podia sentir o calor intenso, mas por algum motivo não queimava o meu corpo. Era esquisito essa sensação de sentir aquela temperatura com sensação térmica de quase 100° C, mas que não era capaz de queimar-me ou provocar dor alguma. Talvez tenha algo a ver com o fato de meu pai ser o demônio em pessoa.


Quando finalmente cheguei até onde estava a claridade, encontrei a fonte de tanto calor. A sala era envolta de fogo, formando uma espécie de parede. Olhei para o meu lado direito e vi um homem alto, olhos negros e a pele levemente avermelhada... O tal homem levantou-se e veio em minha direção, o seu rosto estampava um sorriso sinistro, capaz de fazer-me arrepiar até o último fio de cabelo.


– Finalmente estou tendo a oportunidade de conhecer a minha filha mais preciosa. Está feliz em conhecer o papai? – Perguntou com um tom irônico na voz, um sorriso ainda mais assustador, mostrando dentes pontudos e desalinhados.

– Eu não sou sua filha. – Respondi com a voz trêmula.

– Está renegando o seu próprio pai? Deveria ser uma pouco mais agradecida, afinal, graças a mim você tem poderes extraordinários.

– Graças a você a minha mãe está morta e eu também quase morri. Não te devo nada. – Eu ainda estava com medo, mas mesmo assim resolvi enfrentá-lo.

– Garota insolente. – Ele gritou enquanto apertava o meu pescoço. – Pense bem antes de falar qualquer coisa, ou eu acabo com você e os seus amigos, além de destruir o seu namoradinho.


Eu senti um medo terrível quando ele disse que iria destruir os meus amigos e o meu “namorado”. Eu não tenho namorado, mas por algum motivo ele pensa que o eu tenho. Será que ele sabe o meu conturbado relacionamento com o Ethan?


– Deixe os meus amigos em paz. Você já conseguiu o que queria.

– Está enganada, eu ainda não consegui o que eu quero.

– Eu não entendi.

– Ao contrário do que você está pensando, você não está morta, ainda.

– Então...

– Como você pode estar aqui? Simples, quando o Luiz a atacou, ele deixou uma marca em seu pescoço, provavelmente em um lugar onde os seus cabelos possam encobri-la. Essa marca serve como uma espécie de portal, através dessa marca eu possa trazê-la até a minha casa e em breve a sua casa, sempre que eu quiser. Quer dizer, trazer a sua alma, já que o seu corpo nesse momento está frio e pálido, esperando que você volte. – Disse com um sorriso zombeteiro no rosto. – É claro que você pode vir por bem, ou por mal. A escolha é sua.

– Eu nunca irei me juntar a você. Prefiro a morte.

– Escolha errada. Não tem idéia do que a espera, com essa escolha.


Eu apenas o encarei, desafiando-o.


– Você tenta parecer forte e segura, mas no fundo não passa de uma garotinha morrendo de medo. Eu posso sentir o seu medo a quilômetros de distância. Eu farejo o medo à distância, garotinha. É o medo das pessoas que me fortalece.


Eu continuei a encará-lo sem nada dizer. Eu tinha medo de dizer algo e a minha voz sair trêmula. Não iria dar esse gostinho a ele.


– Tem certeza que prefere a morte em vez de se juntar ao seu pai?

– Eu não tenho pai.

– Bem, você fez a sua escolha. Depois não diga que eu não avisei. Não tem idéia da dor que a espera.


Eu estremeci ao ouvi-lo dizer que eu iria sentir dor, sempre fui fraca para dores e por isso sempre tentei evitá-la o máximo possível, mas mesmo odiando sentir dor, mesmo assim eu não irei me juntar a ele, não irei fazer nada do que ele pedir, não importa o que ele faça.


De repente, do nada, eu comecei a sentir uma dor horrível em meu pescoço, parecia estar sendo queimado com ácido ou algo parecido. Eu cai de joelho enquanto levava as mãos ao meu pescoço, tentando de alguma forma fazer aquela dor passar, mas ela não passava. Ouvi uma risada alta e quando olhei em direção do som, vi o quanto aquele monstro que se diz meu pai estava se divertindo. O seu olhar era ainda mais sombrio e o seu sorriso conseguia ficar ainda mais assustador.


– Sabe o que é mais interessante nisso tudo. É que tudo que eu fizer com a sua alma, vai refletir em seu corpo. A dor que você está sentindo em seu pescoço e agora vai sentir em seu corpo, tudo isso está acontecendo simultaneamente em seu corpo. Não é legal?

– Você é um monstro. Eu odeio você. Odeio.

– Isso filhinha. Me odeie a vontade. Quanto mais você me odeia, mais forte eu fico.


E dizendo isso ele estendeu a mão direita e nela apareceu um chicote enorme. Ele olhou direto nos meus olhos e sorriu. Os seus olhos demonstrando o quanto cruel e sádico ele é. Instintivamente eu me encolhi, estava apavorada, não tinha certeza do que ele poderia fazer comigo, mas algo me dizia que eu em breve iria descobrir e não iria gostar nem um pouco da revelação.


– Já está com medo? Eu nem comecei. Vou fazer você sofrer tanto que vai implorar por clemência e pedir de joelhos para que eu a aceite ao meu lado.

– NUNCA. – Eu gritei. – Já disse que prefiro a morte.

– E você acha que vai morrer assim facilmente? – Disse entre gargalhadas. Pelo menos alguém estava se divertindo aqui, pena que esse alguém não era eu. – Eu não lhe darei esse benefício. Você vai sofrer como nunca sofreu em toda a sua vida. – Eu me encolhi um pouco mais. O Meu pescoço ainda doía muito, mas pelo menos agora a dor era menos intensa.


Ele ergueu o chicote e quando eu percebi, ele já estava me atacando, eu senti o chicote queimar a minha pele, fazendo sangrar assim que se separou do meu corpo. Ele voltou a repetir o processo, uma, duas... Dezenas de vezes... Eu gritava de dor enquanto ele se divertia com o meu sofrimento.


– AAAAHH...

– Isso, grite. Peça socorro aos seus amigos. Eu estou louco para acabar com aquela fada irritante e aqueles anjos intrometidos.


Eu tentei me concentrar, precisava fazer alguma coisa, ou iria acabar morrendo, mas a dor era tanta que eu não conseguia pensar em nada. Se continuasse naquele ritmo, logo eu estaria morta. Senti o meu corpo enfraquecer ainda mais a cada chicotada. Eu estava perdendo a consciência... Eu estava morrendo...



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Notas finais do capítulo

Eu sei... o capítulo ficou uma M**** né?!?!? Desculpem... eu dei o máximo de mim... ç.ç
Mesmo o capítulo não tendo ficado grande coisa, por favor, deixem reviews dizendo o que acharam, isso ajuda muito na hora de escrever a história, isso sem falar que dá muito mais ânimo.
Bjos e até o próximo capítulo.



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