Anjo Negro escrita por GLFeehily


Capítulo 18
Vida por um fio - parte I


Notas iniciais do capítulo

Oieeee!!
Resolvi aparecer novamente e com capítulo novinho em folha... rs
Capítulo dedicado especialmente para a 'Beta' e para o 'yelsewlauten' que deixaram reviews... muito obrigada mesmo... vcs são uns amores... espero que gostem desse capítulo.
Bjoooooooos



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Ethan




Segunda-feira, eu costumava gostar desse dia, mas nos últimos anos ele tem sido meio entediante, embora eu deva confessar que desde que conheci a Nina, eu passei a apreciar um pouco mais a segunda, pois é na segunda-feira que eu a vejo depois de dois dias sem poder olhar naquelas esmeraldas que ela chama de olhos.


Quando ela passou pela porta o seu cheiro invadiu todo o ambiente, um cheiro doce e extremamente sedutor. Os seus ferimentos tinham desaparecido por completo, mas ainda assim era possível observar um certo abatimento em seu rosto, como se ela estivesse sofrendo.


A Nina sentou-se no lugar de sempre e mal olhou para mim, acho que ela ainda está brava por causa do beijo que a Letícia deu em mim. Eu queria explicá-la mais uma vez que não era nada do que ela estava pensando, mas achei melhor deixar as coisas como estavam, talvez fosse melhor assim, afinal, eu não preciso de mais um problema em minha vida.


A Nina passou a aula toda meio dispersa, parecia que somente o corpo dela estava presente. Eu comecei a sentir uma angústia, uma sensação de que algo muito ruim estava por vir e isso deixava-me ainda mais agoniado, pois eu não sabia o que era, mas tinha certeza que não era nada bom. Fiquei mais atento aos mínimos detalhes de tudo o que acontecia ao redor, captando tudo o que acontecia, cada movimento, cada reação. Tinha alguma coisa errada acontecendo e eu precisava saber o que era.


O Daniel olhou-me com um olhar de quem dizia que algo não estava bem, ele também podia sentir que algo grande e ruim estava para acontecer, mas pelo seu olhar confuso eu percebi que ele também não sabia o que era. Isso não é nada bom.


Quando a aula acabou a Nina levantou-se e saiu sem sequer olhar para onde eu estava. Eu a observei sair, os seus movimentos estavam lentos e ela parecia não estar nada bem. Após alguns segundos observando-a sair, peguei as minhas coisas e levantei-me, dirigi-me até a porta a tempo de vê-la tentando segurar-se na parede e em seguida desabando... Eu praticamente voei em sua direção, chegando a tempo de impedi-la de bater com a cabeça no chão duro e frio.


– Nina? Nina acorde.

– O que aconteceu? – Perguntou o Daniel, meio confuso.

– Eu não sei, mas é melhor você chamar a Clarisse... Eu vou levá-la até a enfermaria.

– Ok! – Ele disse e em seguida correu até a sala da Clarisse.

– Nina? Nina fala comigo... Deus, o que está acontecendo com ela. – Há essa hora uma multidão já se formava ao nosso redor.

– O que ela tem? Princesa do deserto, fala comigo... – O Léo a chamava preocupado.

– Eu não sei o que ela tem Léo, quando eu percebi, ela já estava caindo, mas ela esta febril e a sua pulsação está muito lenta.

– Vamos garota, acorde. – A Laura também a chamava, a preocupação estampada em seu rosto.


Eu a peguei no colo enquanto a Laura ajeitava a sua cabeça, encostando-a em meu tórax. Carreguei a Nina até a enfermaria para medir a sua temperatura e aferir a sua pressão arterial, pois ela estava muito quente, quente até demais e a sua respiração estava tão lenta que a impressão que dava era que ela não estava respirando.


Assim que eu a coloquei sobre a maca para a enfermeira verificar os seus sinais vitais, a Clarisse entrou parecendo um furacão.


– Nina! Querida fala comigo, por favor... – Ela virou a cabeça em minha direção e o seu olhar era de súplica. – Por favor, o que ela tem?

– Eu não sei Clarisse, eu realmente não sei.

– Mas...


Eu a levei para um canto da enfermaria e falei baixo para ninguém escutar.


– Eu não consigo ver como ela está, é como se alguma coisa estivesse impedindo que eu veja o que a está deixando assim. Nesse momento, você consegue senti-la? – Perguntei e ela arregalou os olhos, a sua preocupação era tanta que ela nem mesmo havia percebido que não podia sentir a Nina, que não podia sentir os seus poderes ou a sua aura, era como se a alma não estivesse ali, era como se o seu corpo estivesse vazio e entrando em combustão...

– Oh Deus! O que vamos fazer?

– Eu não sei, mas eu não gosto disso, estou com um mau pressentimento. Precisamos tirá-la daqui.

– Eu sei, mas para onde podemos levá-la? Para o hospital? – Ela perguntou, mesmo sabendo que essa não era a melhor opção.

– Acho que não, mas um equipamento de UTI poderia ajudar. O Daniel pode conseguir um.

– Tudo bem, eu vou ver o que posso fazer, mas para onde eu devo levar? Alguma coisa me diz que não devemos levá-la para um lugar muito movimentado, quanto mais isolado, melhor.

– Leve para a casa de praia dos meus pais, ninguém nunca vai lá, só vamos no carnaval e a casa fica bem afastada das outras casas da região. – O Léo disse. Ele e a Laura estavam escutando a nossa conversa, só espero que o Léo não tenha ouvido demais, já basta às gêmeas e o padre sabendo demais.

– Acho que pode ser uma boa alternativa. – Respondeu o Daniel.

– Eu também acho. Você pode nos dar a chave e dizer onde fica? – Eu perguntei enquanto olhava para o Léo. Ele fez que não com a cabeça e eu não entendi muito bem o que ele queria dizer. – Léo...

– Eu quero ir junto, quero ter certeza que a nossa princesinha vai ficar bem. – Ele fitava-me com uma expressão séria, nem de longe era possível ver o semblante brincalhão de sempre.

– Léo, é melhor não... As coisas podem ficar meio esquisitas e eu não acho que você esteja preparado para o que está por vir. Acredite em mim, é melhor você ficar por aqui.

– Eu quero ir assim mesmo. – O seu olhar estava cheio de determinação, era óbvio que ele não iria desistir.

– Gente, não é por nada, mas eu acho que essa discussão deveria acabar de uma vez e decidirmos logo para onde vamos levá-la. O quadro clínico dela está piorando.


Eu olhei para o lado e observei que a Nina estava pálida, corremos até onde ela estava e ao tocá-la, eu senti a sua pele totalmente gélida, como se ela estivesse morta, mas ela não estava, ainda não.


– Como isso é possível, ela estava com mais de 40° a menos de cinco minutos?

– Eu não sei, mas isso não é bom. Ela precisa de um médico, urgente. – Disse a enfermeira preocupada.

– Eu conheço uma médica, podemos chamá-la – Daniel respondeu.


Eu o olhei sério, é claro que ele conhece, é possível que ele conheça todos os tipos de profissionais do sexo feminino.


– Ótimo. Ligue para ela e dê o endereço. – Respondi.


Mais uma vez eu peguei a Nina no colo e antes de sair da sala ainda pude ouvir a enfermeira protestando. Ela queria chamar uma ambulância, mas a Clarisse disse que ela era a responsável legal da Nina e por esse motivo ela iria se responsabilizar por sua saúde.


– Você é quem sabe, mas eu ainda acho que deveríamos chamar uma ambulância.

– Não temos tempo para isso, ela precisa de cuidados médicos com urgência.


O Daniel pegou o nosso carro e eu levei a Nina para o carro da Clarisse. Eu a coloquei no banco de trás, junto com a Clarisse e a Laura, o Léo sentou no banco da frente.


– Laura, é melhor você não vir com a gente... Vá para casa cuidar da sua irmã, não sabemos o que vai acontecer, pode ser perigoso.

– A Melissa está bem, em dois dias no máximo ela volta para a escola e eu não tenho medo do que pode acontecer, além do mais, se aquele cara aparecer novamente, vocês irão precisar de alguém para cuidar da Nina enquanto vocês se livram dele. – Ela disse com um olhar determinado.


Eu não tive como argumentar em relação a isso, por isso a deixei ir com a gente, mesmo sabendo que estava colocando a vida dela em risco e que eu poderia me arrepender depois e até mesmo ser punido por colocar a sua vida em risco.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam??
Gente deixem reviews com a opinião de vcs, praticamente nenhum leitor deixa reviews e a cada dia eu fico mais desanimada em continuar postando essa fic... ç.ç
bjoooooooooos



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