Delírios Insanos escrita por Alana5012


Capítulo 16
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Legenda:
Narração: (Ponto de Vista dos Personagens - 1a Pessoa) Foi tudo o que me lembro antes de mergulhar num sono profundo, do qual temia jamais despertar.
Mudança de POV - Point of view (Ponto de vista): ●๋..●๋
Diálogos: - Disse que ela é uma das amiguinhas do Potter, Malfoy?
Lembrança: Negrito



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●๋•..●๋•

  “Outubro, 1999.

  Como vai, Luna? 

  Ainda é difícil acreditar que minha melhor amiga se casou com Tom Riddle... Quero dizer, Thomas Gaunt. Confesso que fiquei um tanto perplexo ao ler sua última carta, contando a respeito. Rony não exagera quando diz que fiquei desconcertado a ponto de Neville precisar me receitar uma de suas poções (ele continua estudando Herbologia, em breve tornará-se um excelente professor). Se dissesse a alguém que um dia Voldemort arrependeria-se por todas as coisas ruins que fez e fugiria com Luna Lovegood para o Sul da França, certamente a esta altura já estaria internado no quarto andar do St. Mungus... Não que eu duvide que ele realmente mudou, mas precisa concordar: é insanidade.

  Fiquei muito feliz por você ao saber que terá a oportunidade de ser uma renomada estudiosa das ciências naturais do Mundo Mágico. Com certeza será uma brilhante naturalista bruxa e fará descobertas magníficas!

  Bem, as coisas em Londres não mudaram muito desde a sua partida: tenho conversado muito com seu pai, o Pasquim adquiriu grande notoriedade no país desde que você se foi; a professora Minerva assumiu a direção de Hogwarts, Neville decidiu-se por lecionar e Gina formou-se na escola no último semestre (a propósito, ela sempre fala em ter filhos e diz que já está resolvido que o nome de nossa primeira filha será Lílian Luna Potter, em homenagem a sua avó e uma amiga bastante querida por todos nós); os negócios dos gêmeos vão bem (depois do 5º ano, todos já sabíamos que ambos não possuíam muito futuro na carreira acadêmica - nunca esquecerei da expressão de horror nos olhos da Umbridge!), Hermione começou a trabalhar no Departamento de Execução das Leis da Magia (onde tudo indica que será uma voz ativa que determinará o fim das opressivas leis a favor dos bruxos puro-sangue), Rony e eu estudamos para nos formarmos Aurores... É, acho que tudo vai bem. Na verdade, desde que Severo me contou tudo, ficamos um pouco mais próximos. Sabe, sem Sirius ou Dumbledore, me senti um pouco só durante o último ano; e descobrir que Snape viera me ajudando e apoiando por tanto tempo foi, de certa forma, reconfortante. É realmente muito bom tê-lo por perto. Você tem razão em dizer que as pessoas nem sempre são o que demonstram... Acho que isso aplica-se no caso de Tom Riddle.

Meus parabéns pelo casamento, por sua nova carreira, e desejo-lhe felicidades vivendo na França (Fleur, sobre todos, ficou muito contente em saber que se mudou para seu país natal - Gui e ela pretendem visitá-la assim que o bebê nascer). Todos mandam lembranças e votos de prosperidade tanto para você quanto para seu marido albanês, Thomas Gaunt. Estão curiosos para conhecê-lo pessoalmente. Esperamos vê-los logo, na Primavera, quem sabe?

  Sinto sua falta, Luna... Venha me visitar em Londres assim que puder. Aguardo notícias suas.

  Do seu amigo,

  Harry Potter.”

  Harry releu aquela carta diversas vezes, pensando no quanto as coisas tinham mudado nos últimos meses. Não fazia muito tempo desde a época em que ele e os amigos eram considerados fugitivos, sendo perseguidos por Voldemort, motivados pela esperança que Dumbledore dera-lhes para derrotá-lo; nunca imaginaria que em tão pouco tempo as coisas pudessem tomar um rumo tão extraordinário como aquele. Jamais pensou (nem mesmo em seus delírios mais loucos) que encontrar-se-ia em circunstâncias tão favoráveis quanto as atuais. A vida finalmente lhe sorria...

  Neste ponto do percurso, o formato cilíndrico da residência, semelhante a uma torre negra, tornava-se bastante visível. Sorriu ao recordar-se da primeira vez em que estivera ali (não que tivesse sido lá muito agradável...) Parou de caminhar ao deparar-se com os seguintes letreiros:

O Pasquim. Editor: X. Lovegood

Traga seu próprio visgo.

Não se aproxime das ameixas dirigíveis;

  - Harry Potter! - Xenófilo exclamou em ovação ao vê-lo parado diante de sua porta, num gesto no qual ergueu seus braços para o alto - Que bom vê-lo novamente, meu caro... - Saudou com um forte aperto de mãos, notando somente então o papel que o rapaz trazia consigo - Ora, que isso?! Uma carta para minha Luna, suponho?! - Constatou exaltado mediante a confirmação - Pois bem, entre depressa, vamos logo! - Disse o empurrando para dentro da casa - Quer beber alguma coisa? Ou melhor ainda: que tal ouvir sobre as minhas mais recentes descobertas a cerca dos Bufadores de Chifre Enrugado?! - Comentou entusiasmado e, sem esperar reposta por parte do outro, já ia começando a relatar-lhe um trecho do texto no qual trabalhava - Você sabia que essas criaturas...

  - Hã, desculpe-me, Sr. Lovegood. - Cortou-o ligeiro - Eu gostaria mesmo de ouvir sobre isso, mas estão me esperando na Toca. Na verdade, estou visitando os Weasleys e pensei em passar aqui para ver como o senhor estava e pedir que, assim que possível, mande essa carta para a Luna, já que a coruja dela costuma aparecer por aqui normalmente uma ou duas vezes por semana... - Explicou-se pouco constrangido.

  - Óh, claro, eu entendo perfeitamente. - Xenófilo falava meneando a cabeça - Não se preocupe com isso, sei o quanto anda ocupado ultimamente, garoto. Será um prazer enviar notícias suas para minha filha, sabe o quanto ela te adora!

  - Obrigada. - Agradeceu pouco corado com tanta indiscrição - Soube de mais alguma coisa?

  - Não, na verdade não recebi mais nenhuma carta dela desde que contou sobre o casamento... - Aparentava refletir a cerca da indagação - Confesso que gostaria de conhecer melhor o rapaz antes que Luna tomasse uma decisão tão importante quanto esta, mas ela parece realmente feliz, então, isso me alegra também. Thomas me mandou uma carta, se desculpando por não haverem seguido tudo como manda a tradição, mas parece que o “Sr. Gaunt” - Havia uma pontada de ironia e indignação em seu tom - ainda sente certo receio e teme regressar ao país... - Suspirou - Sabe, às vezes me pergunto se minha filha não sofreria do que os trouxas chamam de “Síndrome de Estocolmo”*; isto é, era de se supor que eu ficaria espantado com os fatos recentes. Não via minha filha há semanas e, de repente, Luna me aparece ao lado do Lorde das Trevas anunciando que está noiva...

  - É, Sr. Lovegood, eu me lembro que o senhor não reagiu muito bem... - Harry interrompeu-o, percebendo que o assunto estava estendendo-se mais do que o esperado, tentando encurtar aquela conversa.

  - Sim, sim. - Suspirou com certo pesar, concordando - Talvez eu tenha exagerado desmaiando, mas, se me recordo bem, sua reação também não foi das melhores. Harry assentiu sorrindo, pensando em sua expressão quando o pai da amiga comunicara-lhe sua partida. Já esperava por aquilo, porém, a realidade era ainda mais assustadora.

  - Foi um prazer revê-lo, Sr, Lovegood. - Disse despedindo-se, desistindo de insistir naquilo - Preciso voltar agora. Gostaria de vir comigo?

  - Óh, mas já?! Tão cedo?! - Dizia visivelmente decepcionado com a partida do convidado - Está certo. Bem, ainda preciso terminar o artigo sobre... hum... - Balbuciou interrompendo-se, refletino quanto ao convite que acabara de receber - Ora, posso terminar isso num outro momento! - Concluiu dando de ombros, depositando a carta sobre a mesa. Ao mesmo tempo que acompanhava o garoto até a entrada, ia empurrando-o até a porta, que foi fechada com uma sonora batida provocando um forte estrondo - Vamos, Sr. Potter: é 31 de Outubro, o dia das bruxas e bruxos, feiticeiras e magos, o nosso dia! Ânimo, meu jovem! - Falava exaltado. Enquanto iam se distanciando da residência, Harry pensou ter visto um falcão preto deixar uma correspondência sob a soleira e pousar no telhado irregular da casa, aguardando resposta. Era o mensageiro de Thomas Gaunt. 

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Notas finais do capítulo

* Quando a vítima cria laços afetivos com o sequestrador/ opressor (o que acontece com mulheres que apanham dos maridos e, ainda sim, justificam os atos dos mesmos).
Esta carta é uma homenagem a Dorothy! *----*
Bem, a fanfic chegou ao fim. ^^ Não tenho palavras para expressar minha gratidão a todas as que acompanharam essa minha primeira narrativa na categoria: sobretudo a algumas pessoas já muito queridas (e outras que se tornaram muito queridas por mim ao longo da publicação de Delírios Insanos). São elas Heloisa Cullen (pessoa que conheço há muitoooo tempo, por quem tenho muita consideração pelo carinho), laah2001 (a pessoa que editou a imagem acima, melhor amiga virtual s2), Natália Dias Maldovan (quem conheci enquanto escrevia e que espero fazer um bom trabalho com o seu personagem Jason), Dorothy_Kalil (não deu pra detalhar a reação do Harry, mas espero que tenha gostado da carta ;]), AvadaKedavra (eu ri com seus reviews... rs), Jill (que anda meio sumida ultimamente), Thay_Moony (minha fanática por HP! lol), e também à Janine_Lolly, Sarah e CindyVolturi (especialmente a estas pelas indicações! *--*), di_lua_love, IsaaDora, SuzukiYuri, Emmy, Mellody-Potter, Ana_Dragomir, Snape, yuna201, Leh-chanx3 e FangtheStrange. Desculpem se não dá pra falar particularmente de cada uma, mas o fato é que lembro de cada uma de vocês e sou muita grata pela atenção. Muito obrigada por acompanharem, fico muito feliz com os elogios e críticas que recebi ao longo do percurso. Nos vemos nas próximas! Õ/
http://www.fanfiction.com.br/historia/174707/Doce_Vinganca