Delírios Insanos escrita por Alana5012


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Legenda:
Narração: (Ponto de Vista dos Personagens - 1a Pessoa) Foi tudo o que me lembro antes de mergulhar num sono profundo, do qual temia jamais despertar.
Mudança de POV - Point of view (Ponto de vista): ●๋..●๋
Diálogos: - Disse que ela é uma das amiguinhas do Potter, Malfoy?
Lembrança: Negrito



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Luna Lovegood

  A figura paterna representa, sem dúvida, um grande papel na vida de uma garota - principalmente quando este encontra-se viúvo, responsável por educar uma filha de nove anos, que acabara de perder a mãe. Prefiro pensar em meu pai como um "visionário", embora alguns considerem-no louco, por este ser possuidor de uma mente demasiada "inventiva", como costumavam murmurar quando estavam cientes de que este não poderia ouví-los; no entanto, "não são as pessoas loucas as melhores"*? E isto é verdade, pois as novas ideias frequentemente são tidas como loucuras de início; porém, bastam surgir argumentos convincentes para que sejam logo interpretadas como verdades universais, como o próprio comentou em certa ocasião. Eu admirava-o muito: acreditava plenamente em suas convicções; por isso, a maioria julga que a influência do mesmo foi o que levou aos estranhos delírios da filha... Haveria eu, Luna Lovegood, perdido a razão?

  Me acham estranha. Sempre fui considerada "esquisita" - motivo pelo qual apelidaram-me "Garota Di-Lua"; isto por meus pensamentos serem tidos como, quando não devaneios surreais, um tanto quanto "originais", compreensíveis apenas aos olhos de alguém "lunático" (e, de fato, eu vivia no "mundo da lua", pois, convenhamos, às vezes, os sonhos nos parecem muito mais interessantes do que a realidade propriamente). Nunca me importei. Afinal, qualquer pessoa que contrarie os costumes de seu ambiente sabe o quão difícil é confiar em si e manter firme a sua visão particular das coisas. Seria isto o que alegam ser insanidade?

  Após a morte de Dumbledore, foi uma questão de tempo para que o Ministério enfrentasse um período de grande decadência: foi quando Dolores Umbridge foi nomeada a líder do Registro de Comissão aos Nascidos-Trouxa e o ex-Professor de Poções, Severo Snape, tornou-se o novo diretor de Hogwarts; eram as consequências que estávamos sofrendo com a ascensão de Lord Voldemort. "O-menino-que-sobreviveu" era a nossa última esperança. Por causa das últimas publicações feitas no Pasquim, apoiando o mesmo, Comensais da Morte raptaram-me e alertaram meu pai de que só viriam a me libertar caso ele entregasse-lhes Harry Potter. Fui levada à Mansão dos Malfoy e permaneci na companhia do Sr. Olivaras por um longo tempo; não sei precisar ao certo o quanto, mas foi o suficiente para que eu e ele nutríssemos um afeto mútuo. Não demorou para que meu amigo viesse ao nosso auxílio; entretanto, fui a única que não foi salva naquela fátida noite de primavera. Bellatrix ficou muito irritada e passou horas me torturando - pareceram-me horas, levando em conta que jamais havia sido atingida pela Maldição Cruciatus antes (os pais de Neville devem ter sido muito corajosos para ter resistido, apesar de tudo). Ainda pude ver a imagem de um Harry distante, se afastando, gritando um "não", quando dera-se conta de que eu havia ficado para trás. Pensei que não fosse aguentar... Foi quando ele chegou: capa negra, cobrindo todo o corpo, o rosto ofídico, olhar escarlate penetrante. A mera presença deste era suficiente para despertar o temor por sua imagem maligna. O Lorde das Trevas estava furioso e, ao tomar conhecimento do que tinha ocorrido através de um Lúcio deliberadamente apreensivo, pude notar, apesar da visão ainda turva, que ele encarava-me com um estranho interesse; o que me fez ficar ainda mais receosa.

  - Disse que ela é uma das amiguinhas do Potter, Malfoy? - Escutei-o indagando ao subordinado, que assentiu, meneando a cabeça repetidamente enquanto balbuciava uma ou outra coisa, que não parecia fazer o menor sentido pra mim naquele momento. Estava caída, semi-consciente, no chão do grande salão da mansão, enquanto Narcisa e seu esposo conversavam a respeito de algo que não entendia com seu "senhor"; o olhar assustado de Draco, seguido de uma gargalhada histérica da senhora Lestrange, que cessara com o feitiço no momento em que seu mestre surgira no recinto: foi tudo o que me lembro antes de mergulhar num sono profundo, do qual temia jamais despertar.

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Notas finais do capítulo

*Alice no País das Maravilhas
Uma fanfic repleta de por ques sem resposta, impulsividade e, sobretudo, insanidade. Irei explorar bastante o Universo da loucura, associando o termo às situações vividas pelos protagonistas e as coisas que nós, pessoas sensatas, consideramos imprudência. Prepare-se para conhecer a mente do mais temido Bruxo das Trevas que já existiu e da loira mais avoada de Hogwarts. Espero que goste! :D