The best shit escrita por LadyChase


Capítulo 38
Especial de natal - pt 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, estou "enrolando" de novo. Ta todo mundo puto comigo por que não trago Percy e Annabeth de volta, pois é.
Mas eu tava a muito tempo querendo fazer um especial de natal, vai ser dividido em duas partes, o natal passado e o natal presente, postados respectivamente dia 24 e dia 25. Duvido bastante que eu tenha pelo menos um review nesse capitulo em questão, mas vou postar a segunda parte amanhã mesmo assim.
E não, nenhuma das duas partes segue com a história.
Estou pedindo só mais um pouquinho de paciência, sei que vocês querem que eu siga logo com a história e fazer com que percy e annabeth se encontrem de uma vez.
E isso vai acontecer, no próximo capitulo depois dos especiais. Eu juro por deus que não vão precisar esperar meses por Percabeth.



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1 ano atrás

Annabeth estava deitada por cima das cobertas em seu quarto, ouvia a correria lá em baixo e as vozes altas nos corredores.

Ela sabia bem que a maior parte dos gritos pertenciam a sua mãe.

Athena estava claramente nervosa com alguma coisa.

Annabeth sabia que tinha a ver com aquele ano ser o primeiro em que a festa de natal não seria na mansão deles.

Era uma velha tradição a ceia ser ali, apareciam centenas de pessoas que lotavam o grande salão e as salas de visita. O natal dos Chase era uma festa muito conhecida e privilegiada, todos queriam um lugar, todos queriam comparecer. Era a maior festa que os Chase faziam durante todo o ano, seguida pelo aniversário de casamento de Athena e Frederick.

Mas naquele ano seria diferente, naquele ano os Chase iriam comparecer a festa no rancho de Benedict Gray. Um bilionário que oferecia uma festa de Natal premiada.

Athena entrou pela terceira vez no quarto de Annabeth.

–Annabeth, plumas ou pele de animal? - ela segurava dois casacos caríssimos que havia trazido nas últimas semanas de paris. Ela estava estranhamente inquieta.

Athena usava um vestido azul esplendido, parecia brilhar conforme ela se mexia, formava ondas quando ela andava e caia perfeitamente nela, era cravejado por pedras preciosas no busto, faziam a mãe de Annabeth se parecer com uma rainha de gelo.

Mas não foi o vestido que capturou a atenção da menina, foram os brincos de diamante que ela estava usando.

Ele por si só era um tesouro, valia por um inteiro. Era um brinco conhecido e estimado por qualquer mulher rica que entendesse de joias raras, havia pertencido a uma rainha ou coisa assim. Tinha sido um presente de Frederick de um dos aniversários de casamento deles.

Era a joia mais preciosa de Athena.

–Mãe? Por que você está usando a Imperatriz? - aquele era aparentemente o nome dos brincos.

–Ah... Por que são bonitos. Então, plumas ou pele? - ela desconversou.

Mas Annabeth percebeu.

–É mãe, mas você não usaria eles só por que são bonitos. E nem em uma festa de Natal que nem é sua. E use pele, detesto essas plumas. Te deixam parecida com um pavão.

Athena ignorou ambos os comentários.

–Você ainda pode ir com a gente Annabeth.

Annabeth balançou a cabeça.

–Você não quer que eu vá. Por que eu causo “problemas”.

–Se você não causasse problemas eu e seu pai ficariam muito felizes com sua companhia, como sempre.

–Veja só, que esplendido seria você levar sua família e mostrar sua família perfeita.

–Você quer ir?

–Não.

–Você causaria problemas?

–É claro que eu causaria problemas, quem você acha que eu sou? Sentiria prazer. Agora me diga por que vai usar a joia mais cara da família.

Athena entortou os lábios e jogou o casaco de plumas na cama, se vestindo com o de peles.

–Ela vai estar lá.

Annabeth sabia quem era, só uma pessoa deixava Athena mais irritada que ela.

–Pelo amor de Deus, Athena. Ela é só uma socialite. Como você pode se sentir ameaçada por ela? Não precisa se vestir melhor que todo mundo na festa, vai deixar a sra. Gray desconcertada.

–A sra. Gray é uma mulher adorável de 80 anos que não se importaria que eu usasse brincos de diamante.

–Sim, ela não vai sequer os enxergar com aquele olho cego.

–Annabeth. Respeito. Ela é uma mulher adorável.

–Tanto faz, mais alguma coisa que precise de mim?

Athena suspirou.

–Não. Estou saindo. Voltamos em 3 dias. Clarie vai cuidar de você, por favor Annabeth não...

–Já sei, já sei. Não destrua a casa, não bote fogo no bosque e não jogue afogue pessoas na fonte. To sabendo.

Athena e Frederick partiram cedo com o motorista, levando pilhas de malas.

Clarie sorriu para Annabeth e a chamou para a ceia de Natal que teria na casa dos empregados.

Quando era pequena, quando ainda não tinha o apartamento de Thalia para se esconder, a casa do outro lado do lago era sua fortaleza secreta. Era toda feita de pedra e tinha várias sacadas para cada quarto de cada empregado. Parecia um pequeno hotel, mas era só a casa em que moravam as pessoas que os Chase mais confiavam.

A ceia lá tinha mais risos do que na festa que Athena e Frederick sempre faziam.

Seria adorável passar o Natal com Clarie, mas Annabeth tinha outros planos.

[...]

Bianca estava com a cara no travesseiro, bloqueando o barulho que vinha da sala.

Naquele ano só suas duas tias haviam vindo passar o Natal ali, Héstia e Deméter.

Bianca adorava Héstia, era uma mulher jovem e calorosa, não tinha filhos mais amava muito os sobrinhos. Usava sempre vestidos leves floridos e era adorável. Deméter já era um pouco mais diferente, era mais rígida e conseguia enxergar o defeito que os outros escondiam, era vegetariana como sua filha Persefone, então a mãe de Bianca deveria ter cuidado com o que servia para elas.

Não era o som das mulheres conversando lá em baixo que incomodava Bianca, o som das fofocas não a incomodava mais que o violino de seu pai.

Nada doía mais que o lamento silencioso que seu pai produzia com o violino, ninguém entendia a musica como sua filha mais velha. Nem Maria nem Jeremy jamais a entenderam mais que Bianca.

Maria era artista assim como Jeremy, os dois passavam horas trancados no ateliê juntos, pintando o dia todo.

Já Bianca e Hades se sentavam na sala e pegavam seus instrumentos, Bianca no violoncelo e Hades com o violino.

Fora Hades que ensinara Bianca a tocar. Ele era professor na Julliard, Bianca cresceu no meio de mestres da música, e com eles aprendeu a amar o som de cada instrumento.

Por isso, ela o entendia, entendia a música que ele estava tocando, entendia as palavras que ele transmitia sem precisar dize-las.

Todos os Natais, ela e Hades se sentavam perto da lareira e tocavam, ninguém precisava parar para ouvi-los, não era um recital. Mas os dois faziam mesmo assim.

Naquele momento, seu pai tocava sobre o cheiro dos pinheiros e sobre o peru que Maria tirava do forno.

Bianca sabia, ela o ouvia. Ela o ouviu tocar sobre o acidente, sobre Jeremy pequeno correndo pela casa, sobre Jeremy pintando sua primeira tela de verdade, sobre quando ele descobriu que tinha o dom com os pincéis. Sobre seu caçula pintando as paredes de vermelho e laranja, de como ele se sujou inteiro e manchou permanentemente o sofá da sala.

Então ele tocou sobre Bianca, de como ela costumava sorrir, a visão que ele tinha de todas as vezes que ela saia de casa e não voltava. De sua tristeza e de sua dor, das coisas erradas que ela fazia e da dor que ele sentia toda vez que via sua filha.

Ela estava quase se levantando para ir gritar com ele para que ele parasse de tocar aquele maldito instrumento quando seu celular vibrou com a chegada de uma nova mensagem, era de Annabeth.

Aqui em casa, em 2 horas. SE APRESSEM! ATHENA E FREDERICK SAIRAM POR 3 DIAS INTEIRINHOS! Vocês vão dormir aqui hoje. A não ser que o natal de vocês esteja sendo melhor que o meu.

Não, definitivamente não estava sendo bom até agora.

[...]

Só havia uma coisa que deixava o natal terrível na opinião de Thalia, que era misturá-lo com negócios.

Ela foi obrigada a se sentar à mesa, ambos seus pais haviam chamado gente do trabalho, e ela os escutava discutir sobre contas e novos negócios.

Já Piper, estava se segurando para não correr de volta pro quarto, se trancar e ignorar todos os parentes Cherekee que estavam ali, todas as suas tias e tios, primos e gente que ela não sabia de que parte da família vinha.

Ela vinha ignorando todas aquelas pessoas por muito tempo, desde que sua mãe havia falecido, havia ignorado todos os pedidos para visitas, que antes que fazia com os pais todos os meses. Não conseguia ver todas aquelas pessoas que saíram do lugar que ela chamava de lar.

Então quando a mensagem de Annabeth chegou, Piper só precisou puxar sua avó para um canto, ficou com medo dela ficar chateada, mas ela sorriu e entregou um pote grande nas mãos de Piper.

–Fiz para vocês 4 de qualquer maneira. Pode ir Piper, não me importarei.

[...]

Piper passou para buscar Bianca e Thalia em suas casas com seu novo recém recebido carro. Tristan havia dado a ela como presente de Natal e aniversário por seus 16 anos.

O porteiro do condomínio sorriu para as 3 e lhe desejou ótimas festas, Piper ficou com medo de se perder dentro do condomínio ou dentro da propriedade dos Chase, ambos confusos, era a primeira vez que ia sozinha até ali, dirigindo. Mas no fim não errou de caminho nenhuma vez, Annabeth esperava por elas do lado de fora, sentada na escadaria da casa.

Piper segurou a vontade de xingá-la, estava nevando, o dia estava um absurdo de frio e Annabeth estava só de suéter e calças na porta da casa.

–Annabeth vá para dentro sua idiota! – gritou Thalia rindo, ajeitando o casaco e tremendo assim que saiu do carro, se arrependeu por não ter trazido luvas ou seu gorro.

Piper usava seu casaco de aviador e por baixo várias blusas compridas, usava um gorro negro e a trança de sempre do lado esquerdo, se virou para jogar as luvas brancas de lã para Bianca, que parecia muito confortável em seu suéter e seu gorro vermelho, a neve a deixava ainda mais branca e seu cabelo preto dava contraste com o branco, também era a mais vermelha das 4, as bochechas e o nariz ardiam de cor por causa do frio.

Annabeth ajudou as amigas a descarregar as coisas do carro e correram todas juntas para dentro da casa, batendo a porta ao entrar.

A lareira da sala principal estava ligada, era a maior lareira que Thalia já tinha visto, toda trabalhada e desenhada.

–A gente não vai ficar aqui, vamos para sala de TV, como consequência ela é mais confortável e é perto da cozinha. – Annabeth as puxou por corredores cheios de obras de arte até uma porta de madeira castanha, era um dos lugares mais conhecidos pelas meninas. Passaram ali muitas tardes da infância.

–Meu deus estou morrendo de fome. – comentou Bianca, largando a mochila e ajeitando o cabelo debaixo do gorro de lã.

–Te tiramos de uma ceia de natal, você não comeu? - perguntou Thalia, descalçando as botas de neve, as outras 3 seguiram seu exemplo e permaneceram de meias.

–Não. Não tive muita coragem para descer e me sentar à mesa. – ela admitiu.

Annabeth fuçava nas almofadas e as jogava no chão, elas nunca assistiam um filme nos sofás, sempre se deitavam no chão.

Piper tirou o pote que sua avó havia lhe dado da bolsa.

–Vamos para cozinha. Vó Mclean mandou uma coisa para gente. – Piper balançou o pote como se fosse ouro. – eu tenho um pote de plástico, eu tenho um pote de plástico, adivinha o que tem dentro. – cantarolou ela fazendo sua melhor imitação de Jack Sparrow.

Os olhos de Thalia brilharam.

–Por favor sejam biscoitos temáticos.

E eram mesmo, Piper abriu o pote e colocou os biscoitos confeitados no balcão.

–Jesus como está gelado aqui.

Bianca ajeitou o suéter e soprou ar quente nas mãos, a cozinha estava sendo o cômodo mais gelado da casa até agora.

–Alguém por favor liga o aquecedor que Bianca vai ter um ataque.

–Tem uísque aqui em algum lugar. – Annabeth subiu pelas prateleiras procurando por bebida, ninguém deu atenção a isso. Annabeth praticamente cresceu fazendo isso, escalando as prateleiras, pulando de um lugar pro outro. Fazia muito isso quando era pequena e Athena escondia os doces dela por que ela precisava comer “verde”.

–Não tem na adega? - perguntou Thalia, interessada.

–É claro que tem. Mas vou ter que ir lá fora. Alguém se habilita a ir?

Todas fizeram caretas.

–Achei que não. O que a vó Mclean fez para gente Piper?

–Biscoitos da vovó é claro.

Annabeth desceu das prateleiras e se sentou as outras para admirar que a vó de Piper conseguia fazer com chocolate e farinha.

–Biscoitos com gotas de chocolate. – Piper parecia orgulhosa, como se fosse ela que tinha os feito, alguns tinham a forma de um boneco de neve, outros de arvores de Natal, estrelas, anjinhos e outros de soldadinhos.

–São recheados? - Annabeth perguntou.

–É claro. Quem você acha que é minha avó?

–Nutella ou pasta de amendoim? - a esperança nos olhos de Annabeth foi notada.

–Para você, - Piper examinou um anjinho de biscoito e estregou para Annabeth. – de nutella.

O sorriso de Annabeth pareceu o de uma criança quando ela mordeu o biscoito e sentiu a nutella escorregar para dentro da boca.

–Não é justo! Não gosto de nutella! – Bianca fez biquinho.

Piper revirou os olhos e pegou um dos soldadinhos.

–Toma Bianca, pasta de amendoim.

A mão de Bianca voou e capturou o biscoito.

Thalia franziu a testa.

–Como você sabe qual é qual?

–Por que conheço minha avó. Aqui Thalia, o seu.

Como Annabeth, os olhos de Thalia brilharam.

–É do que eu penso que é?

–Infelizmente. Só você para comer biscoito recheado com polpa de cereja. Sério, quem faz isso? - Piper parou para examinar os biscoitos e concluiu que o de Thalia era a arvore de Natal.

–Não subestime o poder da polpa de cereja.

–É estranho. – Bianca cutucou uma das arvores de natal com o mindinho e recuou rapidamente o dedo como se o biscoite a tivesse mordido.

–Olha só quem fala¿ Quem gosta de pasta de amendoim no biscoito?

–Todo mundo sua tapada.

Thalia quebrou a arvore de natal no meio e a cereja escorreu pelas bordas.

Annabeth fez careta.

–Eca. Cereja.

–Quem por deus não gosta de cereja?! – Thalia parecia incrédula.

–E para mim! – Piper pegou feliz o boneco de neve. – marshmallow!

Piper tinha um pequeno vicio por marshmallow, era seu doce preferido, já que ela e os pais sempre saiam para acampar, Tristan costumava levar vários pacotes na mochila.

–Vamos levar isso para sala e assistir filmes. Mas antes, precisamos de um toque especial. – Annabeth foi até a geladeira e tirou um pote de sorvete médio para cada uma, Thalia olhou feio para ela, como se dissesse “tem uma nevasca lá fora, está frio pra cacete e você quer tomar sorvete” – a sala é tão quentinha que nem vamos ligar que é inverno e tomar sorvete a vontade.

–Eba! Sorvete de rico. – Thalia pegou o seu e o ninou no braço junto com suas arvores de natal de cereja..

–Chocolate quente! – pediu Bianca.

–Achei que você quisesse uísque.

Bia deu de ombros.

–É natal, chocolate quente combina.

Em alguns minutos, Annabeth caçou todos os ingredientes na cozinha, chocolate, creme de leite, pau de canela, chantilly e marshmallow.

Cada uma com sua caneca cheia, levaram todos os doces que encontraram na cozinha e levaram para sala.

Annabeth foi até a estante lotada de filmes e escolheu uma caixa.

–É natal e nós vamos assistir Disney. Quem quiser reclamar que se retire.

–Até seus filmes da Disney são caros para caramba. Olha isso! Edição diamante e blah blah blah. Os meus filmes da Disney ainda são fitas de vídeo VHS muito obrigada.

Depois de examinarem bem todos os filmes cada uma revelou ter uma preferencia em particular.

Annabeth estava cismada com a Bela adormecida, por que insistia em dizer que a princesa Aurora se parecia com ela.

–Você também parece com a Cinderela. E com a Rapunzel. E tem aquela Charlotte da princesa e o sapo...

–Thalia eu não sou todas as princesas loiras do mundo.

–Bem, se Annabeth é a Aurora, quem é Piper? - Thalia olhou em volta pensativa.

–Pocahontas.

Bianca e Annabeth disseram ao mesmo tempo, Thalia riu como o diabo.

Piper fez cara feia para elas.

–E eu não sou toda a índia do mundo. Muito bem, Thalia, vamos ver... Estou entre Ursula e Branca de Neve, as duas são brancas tipo morte.

Thalia revirou os olhos.

–Por favor, Bianca é a Branca de Neve. Sou a rainha má. Branca, e a mais bonita de todas.

Piper pegou a caixa de filmes para que entrassem finalmente em um consenso. – E a propósito, eu sou a Bella.

–Certo Mclean. Tendo dado por fim a discussão sobre princesas vamos assistir a espada era a lei.

–Annabeth onde seus pais foram? - perguntou Bianca.

–Pro rancho de Benedict Gray.

–Por que eles foram? - foi THalia que perguntou. – quer dizer, olha o tamanho dessa casa, eles não fazem a festa sempre aqui?

–Minha mãe foi por que a Paris Hilton vai. Ela odeia a Paris Hilton. Thalia, o rancho do Gray tem 3 vezes o tamanho da nossa propriedade. E vale lembrar que eu tenho um bosque.

Thalia assobiou.

–E com isso meninas, aprendemos que por mais que Annabeth seja rica, sempre existe alguém mais rica que ela.

Bianca pareceu horrorizada.

–Sua mãe odeia a Paris Hilton?

–Sua mãe conhece a Paris Hilton? - Piper perguntou surpresa.

–Acho que vocês gostariam de saber que o Johnny Depp já ficou por 27 minutos em uma das nossas festas de natal.

–Você está brincando.

–Sim, na verdade foi Brad e Angelina, gente muito fina eles.

Thalia jogou uma almofada na cabeça de Annabeth.

Os filmes foram postos, o chocolate já havia acabado e as meninas conversavam enquanto os filmes passavam.

–Eu gostei desse ano. Foi divertido. – Piper fechou os olhos e abriu um sorriso, se recostando nas almofadas e colocando a cabeça de baixo dos braços.

–Mas vamos combinar que estamos com uma falta muito grande de homens. – Thalia fez careta e jogou um marshmallow na boca.

–Então, para o próximo ano, machos. Temos um acordo¿

–Credo Piper, você quer mesmo um namorado? - essa foi Annabeth, que não havia tanto tempo assim, terminara com seu ex obsessivo, Rony.

–E por que não? Vamos, que tipo de cara vocês queriam?

–Gostoso. – foi o único comentário de Thalia de olhos fechados, mas de repente os abriu como se tivesse pensando em algo importante. – e de preferência loiro.

–Alguém... doce. Já sou amarga o bastante pra nós dois. – Bianca disse o mais dramática o possível.

Annabeth jogou uma almofada nela.

–Você só é uma megera amarga por que você quer.

E as horas passaram e os risos vieram e morreram, já haviam se esquecido completamente do filme.

–Gente? - chamou Piper.

–Fala índia.

Piper suspirou, ignorando Thalia e sua habilidade para criar apelidos chatos: - me prometam uma coisa?

Thalia levantou a cara do travesseiro e encarou Piper.

–O que foi?

–Prometam que vamos estar todas juntas no próximo Natal.

Annabeth sorriu para ela.

–É claro que estaremos. Onde mais eu poderia estar?

Elas não sabiam, é claro que não tinham como saber.

Que o próximo ano seria uma surpresa, que todas, iam se apaixonar.

Não poderiam adivinhar os sofrimentos e as felicidades que viriam a passar.

Aquelas 4 meninas, rebeldes, insensatas e extremas. Elas estavam no auge da felicidade, na época em que se rebelar era tudo, era a escapatória mais rápida da dor.

Talvez, se elas tivessem mudado antes, quando as coisas ainda não haviam desmoronado, talvez elas estivessem felizes agora.

Mas é tarde demais, não há mais tempo para mudar sem dor.


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