The best shit escrita por LadyChase


Capítulo 3
O lado delas da vida


Notas iniciais do capítulo

reformando a fic



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Annabeth Chase

Acordei com o sol batendo em meu rosto.

Franzi o cenho e cerrei os olhos com a irritante luminosidade.

–Acorde Annabeth. – ouvi a voz da governanta soar de perto da janela. Na qual ela havia acabado de abrir.

–Ah não. – disse socando a cara no travesseiro e jogando o cobertor por cima.

–Annie querida, hoje tem aula.

–Idai?

E dai que você vai chegar atrasada.

–Não tem problema.

–Annabeth Chase. Você não vai perder as 3 ultimas semanas de aula! – gritou a governanta.

–Não enche, me deixa dormir. – virei pro lado fugindo dos gritos de Clarie, eu não sabia que estava tão perto da ponta, cai de cara no chão levando a coberta enrolada em minhas pernas.

Gemi de dor mas não me levantei.

Ah droga. Clarie voltou cedo de mais de viagem.

–Que bom que acordou.

–É muito ruim ter você de volta Clarie. – disse.

–Também acho. – disse ela rindo.

Levantei-me do chão enrolada nas coberta e a encarei.

–Que horas são?

–Hora de parar de enrolar.

Olhei no meu despertador e soltei um tom estranho de indignação.

–É meia hora antes do horário que eu acordo.

–É. Por isso que você chega atrasada.

–Ta, ta. – disse sacudindo as mãos para que ela saísse do quarto, não larguei dos lençóis quando entrei no banheiro, abri a água da torneira da banheira pelando. Talvez me acorde, teria trabalho com meu cabelo também.

Foda-se.

Depois que sai, desci as escadas mansão dos meus pais.

Sim.

Eles são bilionários.

Eu tento fingir que sou uma garota normal que tem pais normais.

Mais quando esses “pais normais” são donos de um dos maiores bancos de Nova York as coisas ficam complicadas.

Meus pais vivem jogando outros garotos pra cima de mim, eles esperam que eu tenha um bom casamento. Mas sempre vejo suas mães falando com eles “Não perca a filha do banqueiro”

É isso o que eu sou pra todo o mundo.

A filha do banqueiro. Nada mais, não sou Annabeth, a garota com transtorno de bipolaridade.

Não.

Pra eles eu sou a senhorita Chase. A filha do banqueiro Frederick e da linda dama Atena. Aquela vadia não é uma dama.

Sim, eu trato minha mãe assim mesmo.

As empregadas me cercavam a todo lugar da casa me entregando as coisas que faltavam.

–Onde estão meus pais? – perguntei a secretaria da minha mãe.

–Eles já foram pro banco.

–Pra variar. Merda, isso nunca muda.

–Olhe o palavreado mocinha. Você deve calar a boca pra falar dos seus pais garota.

–Até parece. Você é secretaria da minha mãe. Não minha professora de bons modos. Você sabe que eu posso mandar minha mãe de demitir em um minuto e ela mais rápido ainda arranjaria uma substituta. Mamãe quer me ver feliz com todos os empregados da casa, se você não ficar na sua, você sabe que a porta é serventia da casa. – disse passando pela sala me apoiando em um pé só, enquanto o outro eu prensava contra a cocha na tentativa de amarrar meu All Star, eu saltitava como uma idiota sem conseguir manter o equilíbrio.

–Esta me ameaçando?

–Não. É um fato. – disse jogando a mochila nos ombros e passando pela porta.

Já tinham colocado meu carro bem na frente da casa.

Meu carro. Grande merda. De vez em quando eu não queria ter um carro e ir de carona com Thalia.

Atena insistiu quando fiz 16, talvez não confiem em minhas amigas como motoristas, o que é uma sabia decisão. Na verdade, só acho que eles querem mostrar para os outros pais de alunos que sua filha é melhor que todos eles. Queriam me dar um carro muitas vezes melhor do que o meu amado carrinho de segunda mão. Eu escolhi o volvo, é um carro bonito e caro, mas não chama atenção quando o coloca do lado de certo conversível da líder de torcida mais otária da escola.

–Que bom. Me poupa esforço.

Segui para a escola.

Pov Bianca

Eu acordei na minha banheira aquela manhã.

Estava com um ursinho sem cabeça na mão, bem, o ursinho não era meu, então dane-se.

Joguei ele longe. Estranho.

Me levantei meio de ressaca, zonza e com dor de cabeça, cambaleei de olhos fechados até a pia e lavei o rosto.

Troquei de roupa bem rápido, a primeira que vi, estava encima de uma pilha de roupas amarrotadas. Tinha sono e dor nas costas por dormir em uma banheira minúscula. Ir até meu guarda-roupa só pra pegar roupa limpa¿ Não. Muito esforço.

Peguei a mochila e desci as escadas meio bamba, em alguns pontos a mochila parecia meio rasgada, provavelmente por que deixei perto de Piper ontem, ela brincava com um estilete, depois de 10 minutos me recordo – as lembranças de ontem são só fumaça de cigarro na minha cabeça – de encontra-la com mechas do cabelo faltando em excesso, papel rasgado, pedaços de madeira e tinta da parede.

Meus pais estavam na mesa do café.

Eles são uma típica família americana.

Não dei muita atenção quando eles olharam pra mim. Sou uma encrenqueira, eles sabem disso. Sabem o que a filhinha premiun se tornou.

Bem. Eu sou uma vadia louca, já dizia Avril Lavigne.

Abri a porta e não a fechei, peguei o carro do meu pai e fui pra escola. Ah sim, ele ia ficar muito bravo. Mas quem liga, não fazia ideia de pra onde meu celular tinha se transportado pra ligar pra qualquer uma das garotas, eu sempre sei onde ficam as chaves dele. Devo estar sóbria o suficiente pra dirigir sem bater, muito.

É assim quase todo o dia desde que...

Bem. Desde que a merda aconteceu.

Jeremy ta morto. Eu matei meu irmão mais novo.

Essas coisas.

Minha vida nunca foi a mesma. Sei que meus pais me culpam pela morte dele. E eu também me culpo. Quem não culparia.

Sei muito bem que eles preferiam que eu tivesse morrido e meu irmão estivesse vivo.

Todo mundo adorava o Jeremy, ele era um menino de ouro. Mas sabia ser um grande filho da puta quando queria. E quando cresceu, ele piorou um pouco.

Mas era notável que ele não era tão certinho assim.

Depois de sua morte, tudo o que minha família construiu perdeu o sentido pra mim.

Eu não queria mais nada com a vida.

Ele estava morto. Não havia nada que eu pudesse fazer contra isso.

Eu sei que pra onde eu fujo pra esquecer é errado.

Todo mundo sabe que ta se metendo em merda quando começa a se drogar.

Minha tristeza me levou a sentir alegria e estaze nesse mundo. Talvez um dia eu pare, mas agora, eu ainda não sei superar.

Pov Thalia

Acordei com o despertador do meu celular tocando.

Não precisava dizer que o toque era irritante pela manhã, mesmo amando essa musica, Blender do The pretty Reckless não era uma boa ideia para começar o dia.

Desliguei o celular, ou talvez eu tenha jogado ele na parede, não sei bem o que faço quando acabo de acordar.

Ao contrario da maioria de minhas amigas, eu não tinha ninguém pra me acordar pela manhã.

Minha mãe estava mais preocupada em transformar a vida do meu pai em um inferno, e meu pai se preocupava em trabalhar, trabalhar e trabalhar.

Resultado, eu me viro sozinha desde os 14 anos.

Prefiro dizer que não tenho pais e moro sozinha.

O que não é uma completa mentira, meus pais praticamente dormem em hotéis para não se encontrarem em casa. Mas a idiotice é que os dois fazem isso. Então a casa fica praticamente vazia.

Como previsto, quando sai do quarto, meu pai já havia saído e minha mãe também.

Mas se quiser saber, eu acho que prefiro o meu pai, ele é bem melhor do que a hipócrita sínica da minha mãe.

Ao contrario dela, acho que eles se separassem ele iria querer ficar com a minha guarda. Mas eu não quero, logo faço 18, então vou levar a minha vida do jeito que eu quiser.

Ainda recebo mesada, um motivo pra não sair correndo.

Havia um pouco de dinheiro sobre a mesa, com um bilhete escrito “Dinheiro pro lanche, papai”

Meus pais e os pais de Bianca adotaram essa mania de deixar dinheiro todo o santo o dia em cima da mesa. Por que se o dinheiro tivesse sumido até o final da tarde, meu pai sabia que eu tinha pegado. O que significa que eu estava bem e que tinha voltado pra casa viva.

Estranho. Eu sei. Mais é o jeito dele mostrar que esta cuidando de mim. Eu acho, ou talvez ele tenha medo que eu o ameace ou se junte a minha mãe pra fuder um pouquinho mais com ele.

Peguei o carro que meu avô deixou pra mim no testamento e fui pra escola.



Pov Piper



–Piper querida, esta na hora de acordar. – ouvi a voz de minha avó soar pela manhã.

–Tudo bem vovó. – cocei os olhos e afastei meu cabelo, tinha dormido de trança de novo.

–O café esta na mesa querida.

Levantei da cama e fui direto pra cozinha, trocaria de roupa mais tarde.

Minha vó tinha deixado um prato de biscoitos caseiros e leite;

–Coma minha linda. Vai precisar de forças hoje na escola. E como você é uma criança especial fiz biscoitos. Daqueles que você gosta. – anuncio vovó.

Sorri pra ela. Minha avó me trata muito bem, como se eu fosse uma criancinha. Acho que gosto disso. Receber atenção. Veja bem, meu pai era ator, o que significa que não tem tempo pra mim.

Mas recentemente ele foi pra uma viajem de 2 anos pra África e eu me neguei a ir. Ele estava produzindo um filme, e esse filme provavelmente seria o auge de sua carreira, e eu não queria ver isso acontecer, por que significava que eu não teria meu pai perto de mim.

Vovó concordou de bom grado me deixar ficar com ela.

Ela é minha avó paterna. E tinha minha irmã, a Silena, ela não é filha do meu pai, foi filha do primeiro casamento da mamãe, Afrodite Mclean.

Silena gosta de brincar de irmã mais velha. Me dando conselhos e tentando mudar meu visual.

Afrodite morreu de câncer há 4 anos. Silena ficou muito isolada, e como meu pai era como o pai dela também, a levou junto na viajem.

Quase toda semana, Silena me manda cartas, dizendo como ela acha o Egito chato demais, e que eles pretender ir pra Ásia.

Cada vez mais longe de mim, a cada duas semanas eles me mandam montanhas de presentes e fotos, meu pai liga toda tarde pra saber como a garotinha dele vai. Eu sinto falta dele, mas não consigo ficar por perto muito tempo.

Ele ficou realmente puto quando eu decidi ficar em Nova York com minha vó, Annabeth Chase era uma velha amiga, nos conhecemos quando ela ia passear com os pais na casa de verão em Los Angeles, passávamos todas as tardes juntas, e nos verões seguintes ela levava sua melhor amiga junto, Thalia. Não via a hora de o verão chegar e Annabeth e Thalia virem nos ver. Eram dias ótimos e éramos crianças, quando disse pra Annie que mudaria pra Nova York ela praticamente me obrigou a me matricular na escola dela. Isso foi a 4 anos. O filme do meu pai que deveria ser de 2 anos tinha previsão de ter longos 5 anos de filmagem.

Seria O filme de Tristan Mclean.

Minha avó não sabe que sou uma péssima aluna e na maioria das vezes falsifico o boletim, que picho os muros das empresas chiques e de lugares da alta sociedade.

Que destruo o patrimônio histórico da cidade, que quebro vidros de joalherias, que roubei um carro.

E outras desses pequenos problemas que me meti.

Vovó não sabe. E também nem quero que saiba. Acho que não suportaria ser renegada por ela, ela é a única que esta sempre ao meu lado, a única que não foi embora.

Depois do café, peguei o carro que meu pai brigou comido pra me dar e dirigi até a Good High School.







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Notas finais do capítulo

Review não mata , mas custa 1 minuto , talvez segundos se você for um ninja. Você é um ninja?



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