Reborn escrita por vickdecullen


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras, começamos mais uma vez um capitulo de Reborn,
qualquer duvida que apresentarem por favor não exitem em perguntar.
Espero que a fic não esteja ocorrendo rapido demais, e se estiver, me avisem
BEIIJINHOS E BOM APROVEITO NA LEITURA
Vick de Cullen



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Silencio.

Ao invés de sonhar com mergulhos em oceanos profundos, ou, voar em montanhas altas, Felipa teve um sonho que era mais parecido com uma lembrança. Mesmo que a jovem, que estava deitada na colina, fosse muito parecida com ela, não tinha como ser Felipa. Os cabelos eram cacheados (os dela eram lisos), os olhos eram bronze (os de Felipa azuis), e a pele era tão clara que chegava a aparecer papel sulfite, e sem tirar o fato de aparentar estar muito mais saudável que ela. Usava um vestido azul claro e estava descalça. Os cabelos ondulavam com as flores silvestres que tinha rodeando a colina. Estava com os olhos fechados, e a boca rosada tinha um sorriso fechado.

Aos poucos se sentou na grama molhada e deixou os cachos caírem sobre o ombro. Riu baixinho e se levantou indo em direção a grandes arvores verdes de troncos vermelhos. A cada uma que passava ela observava maravilhada, escutava o sons de alguns pássaros selvagens, o criquetar dos galhos secos que pisava, da agua se chocando com as pedras. Andou um pouco até chegar em um penhasco alto, na frente tinha um mar negro e liso como um espelho e o sol brilhava na agua.

A garota abriu os braços e deixou o vento norte que passava rodear seu corpo e cabelos, sorriu com a sensação de liberdade e abriu os olhos. Brilhavam muito em contraste do sol, e de repente sem mais, ela puxou impulso para trás e pulou. O vestido subiu com a queda e quando atingiu a gelada agua (que não parecia incomoda-la) a jovem subiu a superfície rindo. Deitou sobre a agua boiando, se empurrava com os braços e sentia cada gotícula da agua salgada percorrer seu corpo. Mal acreditava que tinha pulado o penhasco, se sentia como uma pássaro que voa, um bebê que nasce, uma criança descer uma montanha russa pela primeira vez. Era libertador, inexplicável... Ficou boiando até se dar conta que o por do sol começava a se acomodar. Nadou até a praia e se jogou na areia se pondo a observar aquele maravilhoso fim de tarde, até que escutou uma voz masculina a chamar seu nome:

-Reneesme!

Felipa acordou quando o sol finalmente encontrou o caminho pelas cortinas. A cama estava amassada e Coelho estava em seu pé, pelo que parecia se mexera muito dormindo. Passou as mãos pelos olhos serrados e pesados. Tinha uma dor de cabeça que não sentia a tempos.

Reneesme. Mais uma vez esse nome. Da onde conhecia? Porque sonhava e lembrava dessa garota que nem ao menos conhecia? Mas era tão parecidas que chegava a dar medo. As lembranças da noite passada que tivera de Bella e a criança voltaram a passar como um filme pela cabeça. As duas Reneesmes eram a mesma pessoa isso era certo, não somente pelo fato de serem muito parecidas e o nome ser incomum, mas porque ela sentia ser a mesma pessoa. Mas porque tinha essa sensação?

-Ai- gemeu com a pontada que seu cérebro mandou.

Pensar agora doía muito, mas não conseguia tirar o familiar rosto de seus pensamentos perturbados.

-Ai- mais uma pontada.

Por mais que tentasse não conseguia, o rosto estava gravado em sua cabeça, e perguntas e mais perguntas apareciam. Tentou se levantar e lavar o rosto mais quando saiu da cama caiu com mais uma pontada na cabeça.

-Deus- ofegou- o que esta acontecendo comigo?- se preguntou arfando.

Quando mais uma pontada lhe atingiu, agora tão forte que a fez gritar, Alice e Emmett entraram no quarto correndo.

-O que aconteceu?- pergunta Alice segurando em seu braço magro a fazendo se levantar.

-Minha cabeça- gritou- Está explodindo!- gritou mais uma vez agora não enxergando nada- E-eu n-não vejo.

Imagens muito rápidas passavam pelo seu cérebro, todas com Reneesme.

Emmett a segurou pelos braços e a levou para cama a deitando. Ela tremia e convulsava.

-Carlisle!- chamou.

Não demorou um segundo e ele já estava lá com uma siringa e sem aviso aplicando em seu antebraço. Aos poucos foi amolecendo, amolecendo, e amolecendo, até as imagens pararam e de longe escutou um grito alto e fino.

Sentia o corpo arder em febre e tremer frio. Mas não tinha forças para abrir os olhos, então se permitiu a deixa-los fechados. O sangue em suas veias ardiam, e a cabeça latejava (não como antes).

Sentia pessoas ao seu redor, mas estava tão cansada que não queria abrir os olhos.

-Porque só agora?- pergunta Isabella- só depois de dezessete anos! Alice você nunca notou as semelhanças?

-Ela era muito pequena quando a conheci, não tinha como saber! Naquela idade todos são iguais.

-Bom o que sabemos é que ela voltou, como e porque? Não sei, mas vou tratar de pesquisar. Tudo que sabemos é que algo acontece no sistema nervoso dela quando ocorre as lembranças. Enquanto isso é melhor monitora-las , tudo que vier é um caminho para a resposta. Edward quero que fiquei encarregado disso. Qualquer coisa que vier é necessário.

-Creio que ela nos escuta agora- disse- acha que vai lembrar de algo?

-Creio que não- respondeu suspirando- quando se acordam de coma geralmente não lembram.

-Devemos dizer a ela que ficou assim?

-Melhor não, deixe que ela acorde e pense que apenas teve uma enxaqueca muito forte.

-Esta bem.

-Quando ela estiver perto de acordar, tire as agulhas e os equipamentos médicos.

-E o que fazemos em relação ao Jacob?- perguntou Alice.

Todos se entre olharam.

-Não sei o que deve ser feito. Se falarmos para ele, Jacob, vai querer vir vê-la e pode assusta-la. Se não falarmos nada ele ficara muito furioso- diz Carlisle- Todos nos, mas do que ninguém, sabemos o quanto foi difícil para ele. Talvez mais do que para nos para ser sincero. Reneesme era o imprinting dele, foi como se a metade de sua alma fosse arrancada.

-Então seria mais prudente esperar- diz Edward- não sabemos o que tudo isso pode no levar. Se ela for quem pensamos, o imprinting ira se repetir.

-Esta certo- responde Carlisle mais uma vez- Até lá irei para a Italia. Vou pesquisar mais sobre isso. Na Europa é que temos mais clãs, algum deve saber sobre o assunto. Partirei amanhã de manhã.

Carlisle passou braço pelas costas de Esme e a encaminhou para fora, sem antes, sorrirem para seus filhos e filhas.

-Jacob ficará puto quando souber- diz Emmett se jogando na borda da cama.

-Não será para sempre- respondeu Edward.

-Não acho justo escondermos isso dele- diz Bella- Edward, você sabe o quanto ele sofreu e o quanto ele sofre.

-O que importa o que o cachorro pensa- diz Rosalie- temos que nos concentrar em saber o que se passa com essa garota primeiro, depois nos preocuparmos com ele.

-Por que você é tão insensível Rosalie?- pergunta Alice- Eu concordo com Bella! Ele foi, e é, o que mais sente sua falta.

Rosalie bufa e senta no colo de Emmett com as pernas cruzadas.

-Bom mais o que importa é que ela voltou- diz Bella acariciando as bochechas de Felipa e tirando um fio de cabelo dali. Edward a segurou pelos ombros e os beijou.

-É o que importa- repete fazendo Bella sorrir para ele.

-Se as visões continuarem, saberemos mais cedo ou mais tarde o que aconteceu na noite da clareira- diz Jasper com seu tom formal.

-Jasper- suspirou Alice- nos já sabemos o que aconteceu el…

-Alice, não temos como comprovar nada. E até lá, devemos esperar.

A família Cullen ficou mais um tempo ali, se passando segundos, minutos, horas. Felipa ainda estava muito cansada e ter “escutado” toda aquela conversa entre eles a deixou mais esgotada ainda. A dor de cabeça se passava aos poucos, e a cada momento que a dor passava, mas ficava difícil de escutar as conversar, como se fosse ficando ecoadas.

O barulho de chuva era fraco. A essência da terra molhada entrava em suas narinas a refrescando. Estava frio e se encontrava deitada na cama.

“O que aconteceu?” Se perguntou se mexendo nos lençóis.

Abriu os olhos um pouco e pode ver a chuva escorrer pela porta de vidro que dividia a varanda do quarto. O céu era azul marinho. Se mexeu mais um pouco e virou para o outro lado.

Quando se levantou a porta se abriu, e Alice entrou com uma xícara de chá negro e algumas bolachas.

-Olá querida, sentisse melhor?- perguntou ela com um sorriso maravilhoso.

-O que aconteceu?- perguntou com a voz rouca.

-Oh querida você não se lembra? Teve uma enxaqueca horrível. Talvez pela diferença de altitude, aqui tome um pouco do chá, lhe fará se sentir melhor.

Felipa pegou a xícara quente e tomou um gole de chá. A quentura desceu pela garganta a esquentando por inteira.

-Dormi muito?- perguntou sorrindo de lado para Alice.

-Aham, deixamos você descaçar bem! É compreensível, por tudo que esta passando. Essas mudanças- suspira- deixa qualquer um louco!

-Minha cabeça gira- disse passando as mãos na testa.

-Deve ser pelo remédio que demos, ele é um pouco forte.

-Bom, pelo menos não sinto mais dor.

-É o que importa.

-Sentisse bem para irmos passear ou prefere ficar mais um tempo deitada?- perguntou Alice com um sorriso angelical.

-Quero sair, não gosto de ficar deitada como uma maribunda- respondeu rindo.

-Então vamos- disse se levantando e deixando as bolachas em cima do criado mudo- Tome um banho e se arrume, quando estiver pronta nos podemos sair- beija a sua testa e sai.

Felipa sorri também, termina de tomar seu chá e engole duas bolachas de agua e sal, deixando de lado para levar mais tarde para a cozinha, ela se levanta e vai até sua mala que se encontrava já vazia. Achou estranho pois não se lembrava de ter desarrumado suas coisas. Abriu o armário e lá estava suas roupas, sapatos e bijuterias, todos organizados perfeitamente. Pegou um jeans e uma blusa regata branca. Como fazia frio pegou um casaco e botas escuras. Arrumou a cama e deixou o conjunto em cima dela.

Tirou seu pijama e o dobrou deixando dentro da cesta de carvalho (que provavelmente servia para roupas sujas). Apenas com sua calcinha, Felipa foi até o banheiro e abriu a agua quente, sem antes notar que todas suas maquiagens e utensílios de banheiro como, escovas de cabelo, escova de dentes, etc, estivessem todos arrumados sobre a bancada bege clara.

Entrou no banho depois de tirar todas as ataduras e lavou a cabeça. A agua quente percorria todo o seu corpo como se fosse fogo. Os ferimentos ardiam como sempre e toda a vez que isso acontecia se lembrava da noite do acidente. Desde aquele dia, Felipa, não conseguia mais dirigir. As lagrimas já corriam pelo rosto como se soubessem o caminho de cor. Não queria mais chorar, não tinha mais o que chorar. Era mais doloroso do que o sabão agora em seus machucados. Tinha que começar a praticar isso, então lavou bem o rosto e saiu do banho. O espelho estava embaçado e quando limpou ele com a costa da mão viu seu rosto branco com os olhos vermelhos e azuis claros feito a de uma piscina.

Terminou o que tinha que fazer e trocou de roupa, deixou os cabelos molhados secarem naturalmente e desceu levando os biscoitos e a xícara de chá para a cozinha. Enquanto descia pode ver os inúmeros quadros que tinham presos na parede. Um em especial lhe chamou a atenção a fazendo parar para observar melhor. Era um grande quadro emoldurado branco com muitos chapéus de formatura presos um no outro.

-Como podem ter se formado tantas vezes?- perguntou a si mesma.

-Somos admiradores desses tipos de chapeis- disse Edward fazendo Felipa se assustar.

-Ah... Olá- disse corando.

-Desculpe se a assustei- diz sorrindo.

-Não, eu é que estava pensando...

-Parece estranho eu sei- respondeu sua pergunta sem ao menos ter perguntado- É que a formatura é algo fascinante não é mesmo? É a época que fazemos escolhas, como o que seguir, para onde ir... Mas paramos para pensar que a vida é muito curta para termos que fazer escolhas precipitadas e que é a época de cometermos erros, viajar, amar, cantar, comer!- suspirou- sim a formatura é algo que nos encanta. Por isso temos tantos chapéis, cada meta que conquistamos colocamos um chapéu novo.

-Realmente parece fascinante pela maneira como fala- respondeu sorrindo para ele.

Apesar de ser muito bonito, ela não sentia uma atração sexual por ele, mais sim de amor paternal, algo mais forte. Parecia que o conhecia a tempos e com essa pequena conversa que trocaram a fez se sentir, feliz...

-Venha deixe que eu leve para você- disse ele sorrindo e pegando de sua mão o prato de bolacha e a xícara.

-Obrigada- respondeu descendo com ele.

Desceram em silencio. Quando chegaram na cozinha Esme preparava um bolo de frutas vermelhas e Bella a ajudava.

-Bom dia querida- diz Esme- sentisse melhor?

Antes que respondesse Bella se virou para olha-la.

-Sim a dor praticamente desapareceu- respondeu.

-Que maravilha, quando se sentir mal, nos a visse assim podemos lhe medicar novamente. Carlisle teve que ir viajar, e disse para se sentir em casa e que melhore.

-Obrigada.

-Vai sair com Alice hoje?

-Acho que sim....

Nesse momento entra Alice com uma calça preta e botas, usava uma blusa larga na mesma cor e os cabelos estavam ondulados.

-Vamos sim, tenho que mostra-la a cidade- respondeu sorrindo- Esta pronta para irmos?- perguntou sorrindo.

-Claro.

-Então vamos- disse- Mãe voltamos logo.

-Esta bem, divirtam-se- diz para elas.

Felipa se despede de todos (olhando um pouco mais para Isabella) e vai com Alice até a garagem onde entram em um conversível amarelo.

-Então Pipa, posso te chama-la de Pipa certo, ok, então Pipa, o que gosta de fazer em seus tempos livres?

-Gosto de ler- responde tirando a franja de seu rosto- sou uma amante de livros. O cheiro, o áspero das paginas- suspirou- acho que é o que mais gosto de fazer em meus tempos livres.

-É realmente maravilhoso ler. É uma pena que as pessoas então perdendo o gosto por eles, é tão libertador entrar em um mundo diferente, em uma aventura histórica, ou um romance impossível.

-É exatamente o que eu penso- diz se ajeitando no banco e a encarando. Nunca tinha encontrando alguem que pensasse da mesma maneira que a dela.

-Sou uma amante de livros também, é bom para quem não tem muito o que fazer a noite- sorri- então se gosta tanto de livros, vou leva-la a uma livraria daqui de Forks. Sou uma mulher que já viajou muito em minha vida, e de todos os lugares que fui, nunca conheci uma livraria tão linda quando a que temos aqui.

Felipa sorriu. Mais do que amava os livros eram as livrarias. O tempo estava cinzento e o vento era cortante e gelado, mas não chovia. Eram assim que as ruas pouco movimentadas de Forks se encontravam. Alice dirigia com cuidado e de vez em quando olhava para Felipa. Pararam a frente de uma casa feita de madeira desgastada e a pintura na cor verde parecia muito velha, na vitrine de vidro apareciam livros novos e alguns surrados. A cima em letras de ouro levemente descascados, lia-se “Nobel”.

-Chegamos- disse Alice estacionando e siando do carro e Felipa a segue.

A livraria cheirava a laranja e canela, o que muito lembrava ao natal. O lugar não tinha muita iluminação e as estantes de livros eram todas desorganizadas. Nunca em sua vida, não tão longa, tinha entrado em um lugar tão lindo ao seu modo, Alice estava certa.

Ao canto, atras do balcão, um garoto com pirciengs e usando calça jeans com uma camiseta xadrez, lia Harry Potter muito concentrado atras de seus óculos de garrafa. Havia também lá dentro uma cafeteria com cadeiras diferentes umas das outras, umas maiores, outras mais estreitas, e todas de cores diferentes.

-Então o que acha?- perguntou Alice.

-É perfeita- respondeu sem desviar os olhos das estantes.

-Então vá, desfrute de algum livro, eu vou procurar um que queria muito ler- E desapareceu por entre as inúmeras fileiras de livros que tinha ali.

Felipa não demorou muito para fazer o mesmo, quando foi ver estava sentada em um dos corredores lendo um livro surrado chamado “A Jovem Rainha Victoria”.

Era um livro fascinante e as paginas grossas e amarelas (pelo tempo) tinham cheiro especial. Alice com seu livro na mão procurava por Felipa, até encontra-la muito concentrada em sua historia. Os cabelos longos desciam por um ombro e as pernas longas se cruzavam como as de índio, apoiava a mão fechada em punho no queixo e a outra segurava o livro. Alice ficou a olhando por longos minutos, eram tão parecidas.

Se sentiu culpada por não poder contar a Jacob sobre a volta de seu imprinting . Apesar das diferenças entre eles Alice gostava muito dele, assim como ele (mesmo não admitindo), gostava e considerava ela. Imaginou o que Rosalie falaria se ela dissesse que Jacob é como da família.

Seus pensamentos saíram de foco quando Felipa, percebendo que estava sendo observada, olhou para cima e sorriu tímida para Alice.

-Gostei muito desse livro- disse se levantando e gemendo um pouco de dor por ter feito força em seu braço ruim.

-É sobre o que?

-A rainha Victoria e seu marido Albert- disse fechando o livro e sentindo a capa de coro em suas mãos- mas eles ainda estão se conhecendo na parte que parei.

-Então venha, vamos compra-lo- disse puxando ela pela mão.

-Algo mais?- perguntou o cara dos pirciengs. Olhando mais de perto Felipa pode notar algumas espinhas e seus olhos castanhos brilharem de ansiedade. De rabo de olho viu que estava no quarto livro da saga, e talvez estivesse na parte em que Harry tinha que ir em sua primeira prova do troneio Tribuxo- U$ 2,50.

Pipa se assustou com o preço, era tão barato que chegava a dar pena de pagar somente nisso em um livro nas boas qualidades que estava. Alice pagou pelo livro e as duas saíram da livraria onde o balconista pode voltar ao seu livro.

Andaram por toda a cidade (que não era muito grande) viram o cinema, as poucas lojas de roupas que tinha, as lojas de esportes Newton, a padaria que vira quando chegara em Forks, e pararam depois em uma cafeteria onde, apenas Felipa, desfrutou de uma boa xícara de achocolatado quente e um bolo de banana, canela e açúcar. Mais tarde naquele dia quando voltavam para casa, Felipa pensava enquanto o vento passava por seu rosto, quem a chamara no seu sonho. Aquela voz máscula e rouca era conhecida e quente, fazia seu estomago produzir inúmeras borboletas.

O carro para e as duas pulam porta a fora.

-Chegamos- diz Alice em tom de voz alto.

-Oi- diz Esme saindo da cozinha e limpando as mãos em um pano de louça tão branco que parecia nunca ter sido usado antes- como foi o passei?

-Maravilhoso, Felipa comprou um livro novo, é uma amante de livros- responde eufórica.

-Gosta de livros?- perguntou ela para Pipa.

-Sim eu...

-Ela diz que ama a ideia de poder sair da realidade cotidiana, não com essas palavras, mas resumindo...

-Meu amor respire- diz Jasper indo até sua amada e dando um beijo em seus lábios- Porque não deixe Pipa responder.

-Oh, não me incomodo- responde ela fazendo todos na sala rirem.

-Esta com fome Felipa?- pergunta Esme- fiz carne com batatas.

-Sim, com toda certeza estou com fome.

-Então vamos- respondeu sorrindo e indo as duas para a cozinha.

Felipa comeu com gosto e quando provou o primeiro pedaço (que parecida ter sido feito por deuses), Esme mordeu fortemente os lábios com a esperança de estarem bons (e como estavam). Ela e Esme conversaram um pouco também, até chegar na cozinha Emmett e Rosalie, que como Esme não quiseram comer. Os Cullens não pareciam ser muito normais, não comia, tinham chapeis de formaturas pendurados no corredor, e sua beleza era perfeitamente, maravilhosamente sedutora, que chegava parecerem serem moldados em pedra preciosa.

Depois de comer Felipa lavou seu prato e quando saia da cozinha viu na varanda Isabella olhando para a noite estrelada e a floresta agora com barulhos de animais noturnos. Estava perdida em seus pensamentos e quando chegou mais perto para ir falar com ela Edward apareceu e a abraçou beijando seu pescoço.

-Não se inquiete meu amor, logo isso acabara.

-Todas as noites que já passamos, a desses últimos dias vem sido os piores- respondeu.

-Eu sei como se sente e eu sinto a mesma coisa, mas nada podemos fazer, somente esperar.

-Nos sempre esperamos como se fosse uma eternidade- respondeu sorrindo e beijando seus lábios.

Felipa achou melhor sair de perto deles e ir ao seu quarto, passou pela sala e se despediu de todos e depois de se trocar dormiu profundamente. Enquanto isso na sala dos Cullens, eles estavam todos sentados esperando que ela entrasse me sono profundo.

-Esta dormindo- disse Edward segurando Bella pela cintura.

-Não consigo sentir o cheiro dela- diz Alice- por que?

-Eu tão pouco sinto- respondeu Edward.

-E seus sentimentos estão se tornando difíceis de se sentir- disse Jasper, fazendo todos olharem para ele atendo.

-Como assim? Seus poderes falham perto dela?

-Um pouco, parece que são mais fracos- respondeu.

-E seus pensamentos também- disse Edward- são ecos em minha cabeça.

-Ela esta tirando os poderes de vocês- disse Rosalie com sua voz fria de sempre.

-E o que vamos fazer quando ela realmente conseguir deixar todos em silencio*?- diz Alice.

-Carlisle tem que voltar o mais rápido possível, ou sabe Deus o que vai acontecer- respondeu Rosalie.

-As visões também tem que se acelerarem, pois se eu não conseguir mais escuta-la, não saberemos o que aconteceu quando Reneesme foi morta.

-E enquanto Jacob?- perguntou Alice.

-Você ainda quer discutir sobre isso?- perguntou Rosalie mais uma vez.

-Rosalie! Ele pode nos ajudar!

-Ajudar em como? Tendo um imprinting mais uma vez com ela? Já temos problemas demais para nos encarregarmos de mais um!

-Se Felipa confiar nele, quando entrarmos no silencio ele será o único a saber das visões! Ele tem que saber que ela voltou, e não temos muito tempo!

Todos se entre olharam e perceberam talvez pela primeira vez que Alice estava coberta de razão. O silencio logo chegaria, e muito provavelmente as visões continuariam.

-Alice tem razão- diz Esme- não podemos deixar esperar as coisas acontecerem simplesmente, sem falar do nosso egoismo de deixar Jacob sem saber que ela voltou.

-E como faremos ele entender que ela não é mais Reneesme? Vocês sabem o quanto ele é esquentadinho- diz Emmett.

-Taga ele até aqui- respondeu Esme.

-Mãe você enlouqueceu?!- diz Rosalie alterada.

-Rosalie, basta! Ele tem que vê-la enquanto dorme! Quando o imprinting ocorrer ele vai se alterar e vai querer ficar perto dela, e isso não podemos evitar, e o melhor jeito de permitir que ele avance será quando ela dormir, assim não se assustara. Não temos outra opção!- todos olham para Esme surpresos, nunca tinha sido tão dura nas palavras. Geralmente era muito calma e protetora- Emmett, Jasper, quero que vão até La Push e tragam ele aqui. Diga que temos algo de estrema importância a ser tratado, se ele resistir, tragam a força ou apenas digam Reneesme. Agora.

-Já votamos- diz Emmett beijando Rosalie e sussurrando um: Não se preocupe.

Com dois altos estalos os dois desaparecem da sala.

-O que fazemos agora?- perguntou Bella.

-Esperamos, hoje será uma longa noite.

*silencio: quando os poderes de qualquer vampiro desaparece.


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