Viagem Ao Adormecer escrita por Deni Rocha, AnnyAlmeida


Capítulo 12
Revelações ( Luali Albuquerque )


Notas iniciais do capítulo

OIEEEE GENTEEEE õ/ Inha Akee ;D
boom... quase q eu ia esquecendo de postar o cap. hj Oo AAAAAAAA mas me lebrei agr qnd vi a aba do Nyah ^^ (y) qlqr coisa a Anny postava kkkkk... aain ja ta terminando T.T
Bom, sem delongas...



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QUEM ele pensa que é?!  Pra chegar assim e falar um monte de coisas sobre mim do nada?! Isso não existe... ELE não devia saber que EU existo! Nem sou fã dele! Na verdade eu o odeio!


                                 Ainda mais por deixar essa sensação... De como se eu tivesse a obrigação de conhecê-lo, que eu estava deixando alguma coisa passar. Que rídiculo! Inventar que alguém tem um dom e viaja pra quarto dele... Que EU tenho esse dom...  Devia ter me levantado antes e ter vindo embora logo... Mas aqueles olhos... Não sei porque, mas olhar nos olhos dele me causou um desconforto, um tremendo incômodo dentro da mente. É isso que você sente quando vê uma pessoa que odeia? Deve ser... E também tem o que aconteceu quando ele me tocou... Como quando você leva um pequeno choque... Mas esse pequeno choque percorreu todo o meu corpo, uma sensação bem desconhecida. Mas não foi ruim... foi como... Como... Como um reconhecimento, duas coisas se encontrando outra vez... E eu já estou delirando!


                                Não vou deixar que ELE me engane! Não depois do que fez, do que ele disse. Me chamar de ALI ! Que atrevimento! Isso foi o último gole de coca! Fala sério! Ninguém sabia disso, apenas minha mãe! Ele não devia ter feito isso...


                                Eu já estava chegando perto das meninas quando percebi que estava soluçando e com o rosto todo molhado. Enxuguei o rosto com as mãos e me acalmei o máximo que pude antes de chegar até elas, apesar de achar que isso não iria fazer diferença alguma, elas perceberiam a raiva e o incômodo que eu estava sentindo. Não me atrevi a olhar pra trás pra saber se ele estava lá. Não me interessava! Só queria saber de nunca mais voltar a vê-lo. Pararia de assistir televisão e ouvir o rádio se fosse preciso. E ele que esperasse a noite inteira amanhã! Esperasse e pensasse no que ele fez! Naten Smith! Lalala! Idiota Smith, isso sim! Garoto mimado que acha que pode fazer o que quiser e na hora que quiser.


                               Tentei esquecer isso tudo e pensar no que eu falaria para as meninas. Eu nunca menti pra elas, mas também não poderia dizer que estava falando com o 'grande' astro idiota teen e que ele me escolheu pra espionar minha vida pra fazer sei lá o que. Primeiro porque elas não acreditariam. E segundo porque se existisse uma possibilidade remota de acreditarem, a Juli me encheria o saco pelo resto de vida. Que legal.


                               Resolvi que não iria mentir. Só omitir.


                               _E aí?! Quem era Lua? O que ele queria pra essa conversa demorar tanto? - Perguntou Lie com cara de preocupada e super protetora.


                               _Era só um garoto que eu conheço... - E eu não estava mentindo. Eu o conheço... De revistas e televisão... E o conheci pessoalmente agora também. Um infeliz momento.


                               _E porque você ta chorando amiga? - Juli me perguntou. Mel e Milla só ficavam me olhando, mas não pareciam preocupadas.


                               _Ah... Isso... Foi por que eu me emocionei com uma coisa que ele falou , nada mais.


                                _O que foi que ele disse? Se ele te magoou eu juro que pago um detetive para procurá-lo e contrato uns garotos pra dar uma lição nele! - Lie quase gritou, olhando pra o local de onde eu vim, procurando-o. Eu ri com a reação dela, que aliás é bem normal pra mim. - Ele tem sorte de já ter ido embora! - Completou.


                               _Não! Não. Ele não me magoou. - Me enfureceu. - Eu é que choro com qualquer coisa. Vocês sabem. - Elas olhavam pra mim esperando que eu contasse mais alguma coisa. Me apressei em falar. - Gente, ele não falou nada de mais, só lembrou algumas coisas e falou umas coisas dele. Eu não posso dizer mais nada. Não agora. Mas posso dizer que ele me pediu pra me ver amanhã, mas fiquem tranquilas, porque eu não vou...


                                _Nem o nome dele ou de onde ele te conhece você pode dizer? - Perguntou Juli. Fiz que não com a cabeça. - Então ta bom... Daqui a alguns dias quando não importar mais você vai contar mesmo. - Juli brincou e ajeitou meu calebo, colocando-o atrás da orelha.


                                _Você me conhece. - Tentei sorrir pra ela, depois me voltei pra todas. - A gente pode ir embora agora?


                                _Vamos... Não vai ter mais show mesmo... Parece que o Naten saiu do palco um tempo depois de a Juli desmaiar. Disseram que ele estava se sentindo mal...  - Respondeu Mel, falando pela primeira vez. É. Ele estava se sentindo tão mal que foi procurar alguém pra compartilhar a 'maldade'.


                                _Deve ter sido de tanta emoção quando por ter olhado direto nos meus olhos. - Falou Juli com os olhos brilhando e euforia na voz. Todas nós rimos.


                                _Deve ter sido mesmo. - Brinquei. - Bom... Lie, é o seu pai que vem nos pegar não é mesmo?


                                _Ja estou ligando. - Falou Lie enquanto pegava o celular.


                                Enquanto o pai da Lie não vinha, as meninas falavam do show, quer dizer, a Juli falava do show. Fiquei feliz por elas não forçarem a barra pra mim falar mais do 'suposto garoto'. Por isso que elas são as melhores amigas do mundo. Elas não forçam nada.


                                Juli continuou falando do show e de como o Naten olhou pra ela  durante todos os vinte minutos em que o pai da Lie demorou pra chegar lá. Isso foi bom, pelo menos eu não tive que falar nada. Entramos no carro e Lie foi na frente com o pai, Mille foi ao meu lado e Mel foi com a Juli mais atrás, ainda falando do show. O pai da Lie era bem legal, bem relaxado pra um grande empresário. Ele iria deixar cada uma em sua casa,começando por Mille, que morava mais perto. Escolhi ir perto de Mille porque ela não falara nem perguntara nada desde a minha conversa. Ela ficava só nos pensamentos dela. Não estranhei porque ela sempre foi assim.


                               Estava com a cara na janela, olhando os prédios que passavam rápido quando de repente Mille me chamou.


                               _Hey, Lua. Preocupada com alguma coisa? - Ela me perguntou se era 'alguma coisa', mas eu sabia que ela estava falando do garoto.


                               _Só bobagens. Nada de mais. - Respondi um pouco demoradamente.


                               _Não precisa se preocupar, apenas faça o que você acha certo. - Mille piscou o olho pra mim. Ela sempre fala essas coisas na hora em que mais precisamos. Sorri pra ela e voltei a olhar pela janela quando percebi que ela não iria falar mais nada.


                               Quando Mille e Juli foram deixadas em casa, Mel veio se sentar ao meu lado. Eu seria a próxima a sair do 'ônibus' e Mel seria a última.  Tive uma sensação de que iria começar um interrogatório subliminar, por causa do jeito que ela me olhava, me estudando. Acho que eu devia estar com uma cara bem aluada mesmo. Mas então Mel suspirou e olhou pra frente.


                                _Posso dizer uma coisa maluquinha? Não vou te interrogar não, relaxe aí. - Falou ela rindo. Não pude deixar de rir também.


                                _Manda ver . - Falei fazendo um sinal de tiro de bala.


                                _Olha Lua, esse garoto da praia deve ter dito uma coisa muito importante pra te deixar assim, mais aluada que de costume. - Ela não fazia idéia. Mel de repente olhou pra mim. - Eu só to dizendo que você deve olhar as coisas por todos os ângulos. Você tem a mente aberta,Lua , não fecha ela agora quando você deve saber mais. - Ela sabia do que estava falando? Se não sabia, tava muito boa em falar do que não sabe. Depois ela completou. - Pensa mais sobre isso, ta legal? Você é boa em tomar conclusões certas. E, além do mais, ele é o maior gato e estiloso, amiga. - Falou ela rindo. Eu sabia que no final ela falaria alguma coisa assim. Mel vai ser sempre Mel.


                              _Vou pensar no seu caso. - Respondi rindo também.                                              



             


                             Quando entrei em casa, minha mãe estava na sala assistindo TV. Dei um beijo nela e depois ela me olhou com curiosidade.


                              _Nunca pensei que você choraria pelo Ximiti lá. Trocou de lado Lua? - Perguntou ela rindo, enquanto eu sentava ao lado dela. Chorei sim, mas não pela mesma coisa que ela pensava.


                              _Nunca. Só to com a cara inchada de cansaço... - Omiti.


                              _Então tá...


                             Ela me perguntou do show e eu falei dele pela perspectiva da Juli, sem mencionar o 'garoto da praia' , como Mel dissera. Depois me levantei e fui tomar banho.


                             Por mais que eu tentasse, não conseguia tirar da cabeça toda aquela conversa. Tinha uma coisa que não encaixava. Saí do banheiro e fui pro quarto. Me vesti e depois sentei na cama, abrindo a gaveta do criado-mudo.


                              E  estava lá, exatamente como ele a cantou. Como ele sabia? Eu não a tinha mostrado pra ninguém. Acordei com esse papel na mão e o coloquei na gaveta. Impossível alguém ter visto. Como ele sabia então? E o meu apelido. Como ele sabia do meu apelido? Só se ele estivesse falando a verdade, o que é impossível mesmo porque essa coisa de magia não existe. Mas meu apelido... Só quem sabe é minha mãe... E a letra... Ninguém entrou no meu quarto e pegou. Só quem entra no meu quarto é minha mãe, e muito raramente. Será que...


                             Abri a porta do quarto e minha mãe ainda estava lá, assistindo. Estava com medo de perguntar isso a ela, ela não faz essas coisas, e isso não existe, vale lembrar. Mas eu tinha que perguntar. Não tinha outro jeito. Sentei ao lado dela e ela percebeu de pronto.


                             _Alguma coisa pra falar? - Perguntou ela. Hesitei por um momento.


                             _He... Mãe... A senhora por acaso... mostrou uma letra que estava no meu criado-mudo pra alguém e também falou pra alguém como o papai me chamava? - perguntei rapidamente, as palavras saindo em jorro da minha boca de tanto nevorsismo.


                             Ela olhou pra mim confusa.


                             _Eu nunca falei da 'ALi' pra ninguém, querida. E não sei de letra nenhuma. Há meses que não entro no seu quarto. Nem sei se esta criando fungos lá dentro. - Ela brincou. Mas eu ainda estava séria. - Por que a pergunta?


                             Que legal. Agora confudiu tudo mesmo na minha cabeça! E eu não sabia o que fazer agora! Pensei por um momento se falaria pra ela ou não. Lembrei do que a Mel havia dito. 'Você deve olhar as coisas por todos os ângulos. Você tem a mente aberta,Lua , não fecha ela agora quando você deve saber mais.'. Pensei por um momento e resolvi contar. Se você não confia na sua mãe vai confiar em quem?


                             Comecei a falar, hesitando.


                             _É que... Ah eu vou falar tudo de uma vez! É que depois que a Juli desmaiou agente foi dar uma volta na praia e então chegou um garoto lá e pediu pra falar comigo e eu fui falar com ele, então ele começou a falar da minha pancada na perna e disse que uma semana depois do meu aniversário eu fui pro quarto dele e fiquei indo por uma semana ai ele me beijou então eu não fui mais ai ele fez um monte de coisa lá até me encontrar hoje pra me conquistar direito e agora eu não sei de mais nada! E isso ta me pertubando!


                            Quando terminei de falar, olhei pra ela e ela olhava pra mim surpresa, com a boca aberta. Deduzi que ela não acreditou no que eu disse. Nem eu acreditei no que estava dizendo, era tão ridículo! Então me apressei em falar:


                             _Ah mãe esquece... Nem eu sei o que eu falei...Preciso dormir... - Comecei a me levantar pra ir pro quarto.


                            _Não, não Lua! Espera ai.... - Falou ela. Virei pra ela e me sentei de novo. Esperei que ela continuasse. - Você disse...Ele disse... Ele disse que você apareceu no quarto dele?


                            Eu sabia que ela não iria entender! Ela devia estar pensando que eu fui pro quarto dele como essas garotas por ai... Ai meu Deus do céu!


                            _Não mãe... Não assim como a senhora pensa... Ah, vou dormir.


                            Me levantei de novo, mas ela me puxou pelo braço e me sentou de novo.


                           _Lua, acho que a gente precisa conversar. Acho... Que está na hora de você saber. - E agora essa! O que era pra mim saber? Eu estava tão confusa quanto minha mãe estava embaraçada.


                            Ela se endireitou no sofá para poder ficar de frente pra mim, então começou a falar.


                             _Eu pensei que nunca mais aconteceria... Que só era o seu pai... Mas acho que me enganei... - Ela falava como se estivesse conversando com ela mesma, ainda sem olhar pra mim.


                              _Mãe, dá pra ser mais clara? Não to entendendo nada. -Falei pra ela. Ela entou olhou pra mim e suspirou, parecendo cansada.


                              _Você lembra que eu te disse um dia que foi muito difícil eu conquistar seu pai?


                              _Lembro. - Ela tinha dito uma vez que passou um perrengue pra poder conquistar meu pai, mas o que tem a ver? - Porque?


                              _Por que querida... - Ela olhou nos meus olhos. - Por que um dia ele me beijou então não voltou mais. Eu que tive que encontrá-lo.


                               Levei uns segundos pra encaixar aquilo na minha cabeça. Ah ta! Agora sim o mundo da imaginção invadiu a Terra! Que legal.


                               _Mãe, A senhora quer dizer que... que o que o garoto contou é verdade? - O nevorsismo ja estava aparecendo de novo.


                               _Filha, eu vou contar do começo ta bem?


                               _Por favor. - Aquilo estava me deixando doida.


                               _Está bem. Querida, - Ela olhou pra mim e segurou minhas mãos para que eu prestasse atenção. - Quando eu e seu pai tínhamos a sua idade, eu morava em São Paulo e ele morava aqui.


                                _Isso eu sei. - Bufei.


                                _Não me imterrompa. - Falou ela, mas não com seriedade, como um pedido. Comprimi a boca numa linha reta. Ela continuou. - Eu sei que você sabe disso. Mas você não sabe como nos encontramos. Ele apareceu no meu quarto dias depois do aniversário dele. - Ela parou para avaliar minha expressão. Eu não disse nada. Não quis pensar em nada até que ela terminasse. - Eu me assustei no começo, mas depois ele me falou que podia viajar para lugares à noite e que não sabia porque.


                                "Os dias foram passando, ele continuava a ir no meu quarto toda noite. Nós conversávamos sobre tudo. Ele me contou onde morava, o que fazia. Me falou sobre o que ele podia fazer. Disse que não sabia que podia fazer isso, não se lembrava de suas viagens, só quando estava lá, viajando. Disse que não se lembrava de mim quando estava no dia-a-dia dele, só sabia de mim quando estava lá, no meu quarto comigo. Eu fiquei um pouco brava com isso, mas depois eu entendi. E depois de alguns dias ele se tornou a pessoa em que eu mais confiava. Mais alguns dias e nos apaixonamos. Ele nunca faltava uma noite, e eu já não conseguia ficar sem vê-lo, até que nos beijamos. Quando ele me beijou, foi embora e nunca mais voltou. Então foi minha vez de ir atrás dele. "


                                  Quando ela falou isso, deu um sorriso cansando, se lembrando. Ela já não estava contando a história só pra mim. Estava contando pra ela também. Procurei não pensar, só escutar.


                                   _Quando eu percebi que ele não vira mais, decidi ir atrás dele. Arrumei minhas coisas e fugi de casa, só ligando pra minha mãe quando estava num avião pra cá.


                                    "Como o seu pai havia me dito onde estudava, fui à escola que ele falou para vê-lo, e ele estava lá, só que quando fui falar com ele, ele não se lembrava de mim. Tive muita sorte de ele não estar com namorada na época. De certo modo foi mais fácil, só que demorou pra mim fazê-lo lembrar como se lembra de mim."


                                   Minha mãe riu e depois olhou pra mim, esperando que eu disesse alguma coisa. Eu não disse nada, esperei pelo resto. Não havia acabado, havia? Então ela falou:


                                   _Você deve querer saber como eu o fiz lembrar, não é mesmo?- Balancei a cabeça positivamente. Ela riu. - Lua, esse dom esta na sua família há anos, quando o seu pai se lembrou de mim o pai dele contou isso a ele. Seu avô acreditava que esse dom servia para encontrar sua alma gêmea que estava muito longe, e que não podiam se encontrar sem uma ajuda. - Ela me fitou. - Lua, como esse poder pulou a geração do seu avô, eu pensei que pularia você também. Mas estava enganada. Esse garoto que você falou, ele está falando a total verdade.


                                   E agora eu estava totalmente frustrada! Tudo que ele havia me dito era verdade, e eu disse tanta coisa injusta a ele! Onde estava aquela história de não se julgar as pessoas? Ah, você esqueceu Luali! Quer dizer que tudo que ele havia dito, da minha perna, das meninas, o beijo, a música... Era tudo verdade. E o pior de tudo. A depressão dele. 'E então foi ruim pra mim...', ele dissera. Foi por minha causa. A garota da vida dele de quem todos falavam. Eu. E eu não consigo me lembrar. Estava me sentindo tão suja por ter dito aquelas coisas a ele.


                                 De repente percei que os braços da minha mãe estavam à minha volta e que eu não parava de chorar.


                                  _Querida, meu amor, se acalme, está bem? - Falou ela no meu ouvido.


                                 _Mas eu disse tanta coisa feia a ele mãe.


                                 _Não foi culpa sua meu amor. Você não se lembra de nada, então não se culpe.


                                 _Mas ele ... Ele sofreu por minha causa... Toda aquela depressão esse tempo todo... E o primeiro show ser aqui... Eu sou uma pessoa tão má! - Falei entre choros. Nem sabia mais o que falava.


                                 _Você não tem culpa, Lua, não iria adivinhar que faz essas coisas. - De repente ela se endireitou no sofá e pegou meu rosto. - Querida. Depressão? Show? Quem é esse garoto que veio falar com você? - Ela olhava pra mim como se já soubesse a resposta, mas não falou nada.


                                  Tentei me acalmar e limpei o rosto. Estava chorando demais hoje.


                                  _Mãe. É o... Naten. Naten Smith. - Falei quase sussurrando pra ela.


                                   Ela olhou pra mim por um segundo, como se estivesse encaixando tudo na cabeça. Depois começou a rir freneticamente.


                                    _Mãaaaaaae, a senhora fala de viajar à noite e eu acredito. Aí eu falo que é o Naten o garoto e a senhora começa a rir?! Fala sério! Mãaaae eu to choraaando! - Falei pra ela em soluços.


                                   _Desculpa Lua. Não é que eu não acredite, é que eu estou supresa. O Naten Smith. Quem diria que o garoto que você odeia é tua alma gêmea... E , aliás, você foi longe hein buscar ele... - Fiz uma careta pra ela. De repente ela falou mais sério. - E ele veio longe buscar você. Lua, não o perca, querida. A propósito, como você vai vê-lo de novo?


                                   _Ele me pediu pra ir vê-lo amanhã na mesma hora, mas eu praticamente disse que não iria nunca! - Falei começando a chorar mais forte.


                                   _Não se preocupe. Esse Naten parece que fez tudo certo... E você vai amanhã ;Vou te levar.- Que legal. Não respondi nada pra ela, apenas baixei a cabeça. - O que foi, querida?


                                   _É que, você não me falou como eu vou me lembrar.


                                   Ela recomeçou a rir.


                                   _Eu não posso dizer, meu amor. Não foi fácil pra mim e nem pra seus antepassados. E já está sendo muito fácil pra você. O que eu posso adiantar é que é a coisa mais simples do mundo.


                                    _Isso é uma injustiça! Eu sou sua filha, tem que me ensinar tudo! - Rebati pra ela na esperança de que ela me contasse.


                                    _Não se trata de ensinar Lua. E já está sendo extremamente fácil pra você porque eu estou te contando isso tudo e ainda vou te levar amanhã para falar com ele, que aliás eu nem devia fazer! - Ela se levantou e foi até a cozinha pegar alguma coisa, mas continuou falando. - Enxugue o rosto e á dormir. Amanhã é um grande dia.


                                    Me levantei do sofá e fui pro meu quarto dormir. Era muita informação. Precisava endireitar tudo aquilo na minha mente.


                                     Quando eu estava abrindo a porta do quarto, minha mãe perguntou:


                                    _Lua, como você conseguiu falar com ele? Você não fala inglês, e ele não deve falar português, não é?


                                    Pensei um pouco na resposta.


                                    _Google tradutor. - Falei pra ela rindo de certo modo. Entrei no quarto e me deitei escutando as risadas e pensamentos falados da minha mãe.


                                    É. Amanhã será um grande dia.


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Notas finais do capítulo

A mãe da Lua exclareceu mta coisa não foi ? :D Galeera esse é o penúltimo capítulo.... :/
Boom ... a Anny ta me enchendo pra mim fazer a segunda parte... o q q vc's acham?? Sim ou not ? ;P
Reviews ? bjoos



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