The Scariest Reality escrita por Alter_Mann


Capítulo 4
Parte IV - O Hospital




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Com a menção desse nome, Harry sobressaltou-se. Ele ainda não havia percebido, com toda a clareza, a conexão dos nomes. Argus Filch e agora Tom Riddle. Aquilo não fazia sentido algum, e ele estava começando a ficar assustado novamente.

— Tom Riddle? — disse com a voz abafada. Os seus olhos de pavor fitavam os do diretor, cheios de compaixão e condescendência.

— Eu sei que você deve muitas perguntas. — disse o diretor, colocando sua mão no ombro de Harry — E que muitas outras podem parecer sem explicação agora, mas saiba que vamos tornar tudo muito mais fácil para você.

                O diretor falava com uma clareza tão grande, uma segurança, que Harry acabou por se deixar levar. Aquele homem o fazia lembrar muito de Dumbledore, por mais que o verdadeiro estivesse morto há muito tempo.

                Eles ainda olhavam um para o outro, como se conhecessem há muito tempo. Tom se adiantou para Harry, como se lesse seus pensamentos, e perguntou, com um certo tom de camaradagem:

                — O que acha de conversarmos um pouco? Aposto que você ainda tem muito a que saber, e eu também.

                Imaginando que nada poderia acontecer a si mesmo, exceto tornar-se ainda mais confuso, Harry confirmou com a cabeça. Tom inclinou a cabeça para o lado, chamando uma enfermeira eficiente que trouxe uma cadeira de rodas para Harry, que se sentou com o auxílio do diretor, que não parecia, mas era extremamente forte.

                Os tios de Harry foram convidados a participar de um chá para se acalmarem um pouco mais, enquanto Tom conversava com ele. Harry olhou os tios sendo consumidos pela intensa luz branca do hospital até desaparecerem dentro de um elevador.

                As mãos do diretor seguraram sua cadeira e o foram levando pelo chão liso e encerado do hospital, enquanto Harry observava o vazio do corredor se tornar levemente mais movimentado, até se deparar com algo que parecia o centro do Ministério da Magia: haviam pessoas para todos os lados, correndo apressadas, enfermeiras, médicos, internos, pacientes, paramédicos... Uma loucura, mas que parecia bem organizada, eles eram apenas muito eficientes.

                Mas algo mais estranho começou a acontecer. Conforme Tom ia empurrando a cadeira, as conversas paralelas pareciam terminar. Olhares de esguelha e comentários sussurrados, e Harry conseguia perceber. “Oh, meu Deus! É Harry Potter!” — comentou uma enfermeira que quase deixou cair uma bandeja de seringas recém-desinfetadas no chão.

                Todos ali pareciam conhecê-lo, e pareciam o respeitar muito. Por mais que tentasse, Harry não conseguia fazer as conexões, tampouco imaginar o motivo delas estarem tão excitadas, “só de tudo aquilo que sei até agora for verdade” — pensou, com medo

                Passaram por mais um corredor, uma porta alta de vidro alta, e por mais um corredor. O hospital era imenso, parecia não ter mais fim.

                — O senhor é dono disso tudo? — perguntou Harry, com timidez.

                Ele não pode ver o seu rosto, mas sentiu o sorriso na resposta:

                — Sou sim. Este hospital é a coisa da qual eu mais me orgulho na minha vida.

                Harry voltou a ficar em silêncio. Era melhor que sua cabeça não pensasse em mais nada, ou ele voltaria a ficar nervoso e desesperado, e isso não seria bom.

                — Harry — começou o diretor, um pouco hesitante — eu vou te levar para uma pessoa agora, que é uma das mais incríveis que eu conheço. Ele pode ser um pouco... — uma pausa — difícil de lidar, mas seu coração é puro e feito de ouro.

                Pararam em frente a uma porta de vidro translúcida, onde havia uma placa onde dizia: “Severo Snape - Psiquiatria.” Harry não pôde deixar de notar que o corredor claro pela luz do sol estava vazio. As pessoas pareciam evitar aquele lado do hospital.

                — Saiba que eu vou ficar do seu lado, e que toda a reviravolta que eu sei que você passará agora é para o seu próprio bem.

                Soltando a mão da cadeira de Harry, Tom bateu três vezes na porta.


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