The Scariest Reality escrita por Alter_Mann


Capítulo 2
Parte II - Fuga Fracassada




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Quando Harry abriu os olhos, ainda sob o intenso efeito da grande dose de morfina que o enfermeiro havia lhe aplicado, sua mente lenta e preguiçosa, mas assim que se deu conta do que tinha acontecido, seu cérebro ficou a mil por hora. O enfermeiro não estava mais ali. O quarto estava completamente vazio. Nada estava fazendo sentido.

                Ele moveu os braços, e os cintos estavam frouxos. Mas suas pernas ainda não lhe obedeciam. Com medo, ele foi tentando libertar uma mão, para tentar sair dali.

                Era difícil. Muito difícil. Seus braços não eram os mesmos. Pareciam menores e muito mais frágeis. Ainda não sabia lidar com a estranha situação. Com um pouco mais de esforço, conseguiu libertar um braço, que ficou totalmente para fora da cinta que o prendia a cama. Retirou a outra, agora com mais facilidade.

                O que faço agora?

                O leito não era tão alto assim. Ele poderia...

                Sem pensar duas vezes, com muita cautela, e tentando o mais silenciosamente possível, Harry se jogou da cama.

                Caiu com um baque seco, sem muito barulho. Suas costelas ficaram doloridas, mas conseguiu sair do leito. Harry conseguia se mover, se arrastando. Mas não sentia suas pernas. Não era como se elas estivessem sob o efeito de algum feitiço. Era como se ele realmente não tivesse pernas.

                Se é que era possível, Harry ficou ainda mais assustado. Mesmo assim continuou a se arrastar. Chegou do outro lado da sala, e a maçaneta da porta não era tão alta. Com um movimento rápido e preciso, conseguiu girá-la e abrir a porta sem fazer barulho. Deparou-se com um corredor longo que parecia sem fim. Estava vazio.

                Com as mãos espalmadas, Harry conseguia se deslocar para frente, avançando no corredor. Foi quando ouviu vozes longes, que gradativamente foram ficando mais perto.

                — Só pode ser um milagre! — dizia uma voz de mulher. Harry conhecia aquela voz, mas não fazia a menor idéia de quem era... Apenas conhecia.

                Não havia tempo para voltar, e Harry não queria isso. Continuou a se arrastar pelo corredor, enquanto as vozes ficavam cada vez mais próximas...

                Uma mulher alta e magra, com os cabelos negros e molhados caídos sobre o rosto, um garoto franzino de óculos, um homem alto e magro, ambos úmidos como tivessem acabado de sair da chuva, com uma expressão assombrada no rosto e um médico com uma prancheta nas mãos o fitaram, como se não tivessem dado conta do que estava acontecendo. Foi quando a mulher ficou histérica.

                — Harry! — Ela gritou — O quê você está fazendo aqui?

                Ela se agachou e começou a abraçá-lo, soluçando e chorando.

                — Lílian e Tiago me fizeram cuidar de você... Mas eu não pude fazer nada... Você simplesmente...

Harry começou a gritar.

                — Alguém pode me explicar o quê está acontecendo aqui? O que foi que aconteceu comigo? Quem são vocês?

                Foi a vez do médico.

                — Acalme-se, garoto... — Agachou, pegou Harry com as duas mãos e o colocou sentado no banco.

                Harry segurava suas lágrimas o máximo. Não queria dar nenhuma demonstração de fraqueza, por mais que a situação parecesse incrivelmente sem sentido.

                — Escute — disse o médico — meu nome é Argus e eu quero ajudar você. Eu sou psiquiatra, e fui amigo de seus pais, jurei a eles que sempre estaria ao seu lado quando fosse necessário. Quando ouvi que Harry Potter tinha acordado, eu sinceramente não acreditei. Agora, se você quiser, eu vou te contar tudo o que aconteceu.


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