The Scariest Reality escrita por Alter_Mann


Capítulo 1
Parte I - A Derradeira Vitória




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Tudo parecia extraordinariamente bem. Voldemort estava derrotado, e ele nunca mais poderia voltar, nunca mesmo. Harry estava explodindo de tanta felicidade, sorria por dentro, contente com seu espírito, feliz consigo mesmo. As palmas dos quadros ainda ecoavam em seus ouvidos.

Ele fitava o gabinete do ex-diretor com uma expressão indefinida no rosto. Tudo havia terminado... parecia irreal. Voldemort, Horcruxes... Agora faziam parte do passado. O pesadelo finalmente tinha acabado.

                Foi quando, em determinado momento, Harry começou a ouvir vozes desconhecidas, que não faziam sentido. Um apito fino e agudo, que oscilava seguidamente. Era desesperador. O medo começou a se apoderar dele como veneno, que se intensifica a cada segundo.

                Harry sentiu uma forte dor no peito, que parecia queimar intensamente, como uma chapa de aço fervente prensada, e tentou se mover, mas não conseguia se mexer, parecia amarrado. Não estava mais na sala de Dumbledore. Parecia que alguém tentava arrancar sua alma à força, o puxava cada vez com mais intensidade, e a dor era insuportável.

                Uma luz branca intensa pairava sob sua visão. Estava borrada. Parecia que não abria os olhos há anos. Suas pálpebras estavam pesadas e secas.

Tudo doía tanto...

                — Oh, meu Deus do céu! Isto não é possível! — gritara um homem que Harry não sabia quem era. Sua visão ainda estava turva, mas era possível ver que o homem se vestia de um branco alvíssimo.

                — O que... — começou Harry, mas parou imediatamente. Aquela voz não era sua.

                Sua visão voltava gradativamente agora. Podia ver onde estava. Parecia um hospital, mas com certeza não era o St. Mungus.

                Era um hospital trouxa.

                Seu coração batia descontroladamente agora. Seus olhos ainda não estavam completamente habituados com a forte luz branca do ambiente, mas ele sabia que nada estava certo. Ele não lembrava de ter colocado aquelas roupas brancas de enfermos. Seu corpo era estranho para ele mesmo, parecia muito mais magro do que de costume. Mais do que tudo, Harry gostaria de saber como fora parar lá. Mas antes... Harry olhou para as próprias mãos. Não as reconheceu. Imaginou ter tomado alguma poção Polissuco, e alguém tê-lo obliviado, mesmo que ele não se recordasse de nada, exceto estar caído na sala de Dumbledore.

                O homem à sua frente parecia estupefato. Parecia havia uma alegria imensa em seus olhos. Harry tentou se levantar. Não foi possível. Suas pernas não se moviam. Por impulso, tentou apanhar a varinha. Seus braços estavam presos por grandes tubos que Harry não fazia ideia para o quê serviam.

                E não havia varinha.

                O terror tomara conta dele. O que estaria acontecendo? Imaginava-se que espécie de feitiço tinha tomado conta dele.

                — Minhas pernas não se movem! O que está acontecendo aqui? — e em um ato de desespero, acrescentou — Rony e Hermione! Onde eles estão? Onde está todo mundo?

                O médico parecia nervoso agora. Muito nervoso.

                — Olhe... acalme-se, eu vou chamar... — começou o enfermeiro.

                — Socorro! — Harry começara a gritar, não havia nada mais a fazer, era necessário pedir ajuda — Alguém, por favor!

                O completo pavor entranhava-se em todos os nervos de Harry. Toda aquela cena, só podia ser mentira, ou algum tipo de feitiço desconhecido. O enfermeiro, porém, ficara mais nervoso.

                — Acalme-se, por favor!

                Harry continuava gritando, com todas as suas forças. Alguém precisava tirá-lo dali, imediatamente.

                — Vou te dar uma coisinha — disse o enfermeiro, abafado pelos gritos de Harry — para você se acalmar. O doutor Markus logo aparecerá, quando eu o chamar.

                Harry, ocupado em gritar, não viu o enfermeiro pegando uma seringa e enchendo-a com um líquido incolor. Tampouco viu quando o enfermeiro a enfiou em seu braço, com uma picada suave.

                — Você logo irá acordar, bem mais tranqüilo...

                Os olhos de Harry foram ficando pesados, a voz do enfermeiro ficava cada vez mais longe, o ambiente claro ficava cada vez mais escuro, e ele perdeu a consciência.


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