A Luta escrita por Nan3da


Capítulo 7
Capítulo 7




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Chapter 7:

Dois dias depois Lindsay voltara ao hospital no horário de visita. Lindsay e Greg entraram na sala.

Eles estavam observando Catherine. As pálpebras dela se mexiam como se ela estivesse tendo um pesadelo.

- Tio Greg, será que ela sente dor? – perguntou Lindsay ao ver a mãe daquele jeito.

- Eu não sei – respondeu.

O médico estava lá, só terminado de fazer uma anotação na ficha que tinha em mãos.

- Doutor, ela sente dor?

O médico a encarou.

- É possível. Ela deve estar suportando a dor. Apesar de que não parece dor, parece agonia. Só ela contando mesmo. – respondeu.

-Vamos sair para ir ver o Warrick?

Eles saíram e foram ver o Warrick. Ele também estava mexendo as pálpebras. Só não parecia sentir dor ou agonia, parecia estar tendo um sonho.

- Tio Greg, o que vai acontecer agora? Minha mãe está aqui no hospital e minha vida está uma loucura. São policiais vindo me interrogar, é meu pai me enchendo os picuás, e minha vó insistindo para eu ir à escola...

- Linds, eu realmente não sei. Estão te interrogando sem um responsável?

- Às vezes, minha mãe confia na mãe das minhas amigas e elas estão sendo muito legais comigo, sabe, ficam comigo quando me interrogam. A mãe da Spencer é advogada...

- Hum... Seu pai?

- Quanto mais longe melhor...

XXX

Eles estavam sentados na sala de descanso esperando os outros voltarem. Quando todos estavam na sala quase indo embora o médico que cuidava de Catherine e Warrick apareceu ofegando:

- Ufa, achei vocês. – comemorou o médico passando um lenço na testa

- O que houve? – perguntou Lindsay.

- Bom, eu queria informar vocês sobre a Catherine.

Todos ficaram estáticos, Lindsay prendeu a respiração.

- Bom, estávamos fazendo uns exames na paciente e descobrimos que ela tem um pequeno câncer beníguino na cabeça. É operável. Eu e mais um esquadrão de médicos acharam sensato fazer a operação, pelo menos enquanto for operável. E precisava da autorização de alguém MAIOR de 21 anos para proceder – acrescentou o médico olhando para Lindsay que o olhava com um olhar fuzilador – Gostaria de saber se ela deixou alguém responsável em algum caso como este? Antes que eu me esqueça, se formos operá-la, precisaremos raspar o cabelo.

- Ela nunca deixou claro, mas acredito que minha mãe, deixaria se fosse preciso a vida dela nas mãos do tio Gil. Ela dizia que na mão da vovó ela não colocaria uma mosca. Apesar de me deixar, sempre como último recurso, sob os olhos de vovó. – respondeu Lindsay.

Todos olharam para Grisson, perplexos. Todos sabiam que o câncer ainda dava para ser resolvido. Ainda.

-Pode fazer o que for necessário – respondeu Grisson.

O médico saiu em disparada para algum andar acima das cabeças dele.

- Você vai ficar aonde Lindsay? – perguntou Lily.

Ignorando completamente o comentário da neta. Mesmo que a tenha desagradado.

- Definitivamente não é na sua casa nem na do meu pai.

A adolescente pegou a pequena bolsa - que deixara em cima do sofá para explicar ao doutor sobre em quem a mãe confiaria – e saiu do hospital.

- Ela é sempre assim? – perguntou Nick a Lily.

- Igualzinho a Catherine com 14 anos – respondeu Lily saindo dali.

XXX

Dois dias depois...

Todo o pessoal esperava o médico na sala de espera. O médico apareceu na sala com um sorriso de orelha a orelha.

- Bom, tenho notícias excelentes. Warrick Brow, pelo incrível que pareça, acordou. Pelo estado dele ele acordou bem rápido do coma.

Todos se abraçaram. Lindsay ficou meio feliz, mas tinha algo que a incomodava um pouco.

- E minha mãe? – perguntou receosa.

Todos se desvencilharam do abraço e voltaram suas atenções para o médico.

- Bom, a operação foi um sucesso. Está removido. – todos ficaram por uma fração de segundos felizes - Mas está em coma ainda. – isso diminuiu bastante a felicidade dele.

- Tem previsão para ela acordar? – perguntou Sara.

- Infelizmente não. Isso vai de paciente para paciente. Estamos quase tirando toda a sedação da paciente.

- Podemos ver Warrick? – perguntou Grisson

- Claro, mas, de um em um, não quero tumulto.

Todos concordaram. Grisson foi o primeiro a visitá-lo.

- Quer matar a equipe de susto? – perguntou Grisson entrando na sala e se sentando em uma cadeira que tinha ao lado da cama de Warrick.

- Como ela está? – perguntou Warrick.

- Achei mesmo que ia perguntar sobre ela. O médico lhe contou algo?

- Não.

- Não acho prudente esconder de você o que houve, mas não acho que agora é o melhor momento para lhe contar, apesar de ter certeza que quer saber.

- Que momento vai se o certo? – perguntou impaciente.

- Assim que tiver respostas. Warrick, não vou lhe contar agora, pois se bem te conheço, você não vai me responder.

- O que quer saber?

- Você pode me contar o que houve?

- Foi culpa minha. Ela estava perto demais. Não consegui me concentrar no trânsito. E daí só me lembro de a Cath berrando e nada. – respondeu o moreno decepcionado consigo mesmo.

- Não Warrick, foi culpa minha. Eu sabia que não podiam ficar sob um mesmo teto sem não deixar de se desconcentrarem, eu persisti em uma coisa errada. Sabia que isso podia acontecer. E para ajudar veio aquele carro. Warrick não se culpe por um erro que não foi seu.

- Tudo bem, não vamos discutir de quem foi a culpa. Aconteceu. Agora, como ela está?

Grisson contou para Warrick como Catherine estava. Por um segundo Grisson pensou ter visto lágrimas nos olhos de Warrick.

- Warrick, ela vai sair dessa. Ela é forte.

- Espero que seja mesmo. – murmurou.

- Tem mais gente querendo vê-lo. Vou indo nessa, vou dar uma espiada em Cath e vou embora.

Warrick assentiu. Enquanto as pessoas visitaram-no Warrick ficava mais absorto em seus pensamentos.

“Catherine não. Ela não. Ela vai ficar bem. Ela TEM que ficar bem. Tenho que dizer a ela que a amo. Eu sou um burro. Não consegui me controlar no carro, poderia ter desviado do acidente. E nós não estaríamos assim.” – pensou Warrick repetias vezes.

XXX

Conforme os dias iam passando Warrick ficava mais ansioso, não via a hora de sair dali. Queria ver Catherine. Depois de cinco dias ele recebeu alta. Ele estava de licença saúde, mas mesmo assim ia para o lab, fazer visitas.

Dez dias depois...

O laboratório recebeu um telefonema informando que Catherine tinha acordado. Grisson avisou a todos, mas o horário de visitas tinha mudado, pois Catherine tinha ido para um quarto. A visita agora era das 6:30 as 7:30. E nem todos puderam sair do lab.

Grisson, Warrick e Sara foram visitar Catherine. Chegando no hospital a enfermeira avisou que Catherine não queria visitas.

- Por quê? – perguntou Warrick.

Flashback

Catherine acordou na hora em que uma enfermeira tinha ido verificá-la.

- Moça, pode me dar um espelho? – pediu Catherine

A enfermeira pegou um espelho portátil de dentro do bolso do jaleco e entregou para Catherine.

-AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!! – gritou Catherine

Quem estava no corredor foi ver o ocorrido, Catherine agora brigava com a enfermeira.

- COMO VOCÊS ME FAZEM ISSO? IDAÍ QUE ERA UM CANCER?! MEUS CABELOS SÓ TIRAM DE MIM QUANDO EU DISSER QUE PODE!

- Senhora, seu chefe que autorizou. – explicou a enfermeira se encolhendo do outro lado da sala.

- ESTOU PARECENDO UM ALLIEN! – esbravejou.

-Calma, ok? Brigue com o médico e não comigo.

A enfermeira ia saindo da sala quando Catherine a chamou de novo.

- Não quero visitas! Tem como me sedar até todo o meu cabelo nascer de novo?

- Não, não tem.

Fim do flashback.

- Oh, isso é bem a cara dela – comentou Sara depois que a enfermeira contou a eles sobre o escândalo.

- Hey, por que não me avisaram? – perguntou Lindsay entrando no hospital. – Ela pode receber visitas?

- Pode, mas não quer – respondeu Sara.

- Posso tentar?


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