What do You Got? escrita por Lita Black


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Peço imensas desculpas pela enormeeeee demora mas eu tenho uma explicação!
Tenho tido imensos problemas na escola, e quando eu digo imensos é quando o céu me está a cair em cima! Eu, a minha melhor amiga e outro amiga temos sido ameaçadas de morte por uma lunática que era aluna da turma! A história é delicada e apesar de saber que ela não fará nada, temos que resolver tudo!
Depois de ler o que vinha nas mensagens, ninguém tem paciência para escrever! Espero que possam compreender!
Também estou super atrasada nas minhas leituras mas vou ter que dar um tempo nisso, o tempo é pouco e eu preciso de escrever! Obrigada por todo o apoio que dão! Vocês são maravilhosas!
Espero que gostem!
Boa leitura!



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Os meus lábios moviam-se sobre os seus, fazendo com que borboletas voassem no meu estômago. Mas o que raio é que estava a acontecer comigo!? Eu só estava a beijar Jacob Black, coisa que já fiz várias vezes mas nunca tinha sentido isto antes. Este nervosismo que me consumia por dentro, só por tocar nos seus lábios.

O beijo estava mais que bom, quando…

-CORTA! Excelente cena! Fizeram-na ter um toque bem real. -Jacob olhava-me intensamente, com uma expressão indecifrável. Eu também não conseguia desviar o olhar dos seus olhos negros, que me persigam por todo o lado.

-Estiveste perfeita moranguinho. -Cláudio pulou no meu pescoço, apertando-me num abraço bem característico dele. Jacob aproveitou a deixa para se afastar. Eu segui-o com o meu olhar.

-E o bicho do amor atacou! -Cláudio exclamou de forma dramática. Eu encarei-o confusa.

-O bicho do amor?

-Sim! O bicho do amor atacou Renesmee Carlie Cullen. E Jacob Black…

-Eu não sinto nada pelo Black! Nunca senti. Tu sabes disso.

-Moranguinho os sentimentos mudam de acordo com a forma que vemos as coisas. Tu identificas-te com a Leighton Meester, por ela ter o Tay Tay ao lado. Coincidentemente interpretado pela pessoa por quem tu estás perdidamente apaixonada. -estas teorias que o Cláudio arranjava irritavam-me profundamente.

-Eu NÃO estou apaixonada pelo Jacob Black! Só deixei que a emoção da personagem me dominasse, só isso.

-Então afasta-te da emoção e enfrenta a realidade! Jovens de hoje… Vivem a negar! -exclamou, ajeitando o cabelo. Bufei irritada, ignorei-o e comecei a andar para o meu camarim.

-Eu não me posso ter apaixonado por ele! Não posso!-coloquei as mãos à cabeça e comecei a chorar. Porquê!? Porque é que me fui apaixonar por ele!? Logo por ele! Odeia-me!

Eu sou tão idiota. Nunca devia ter deixado isto acontecer! É proibido ter acontecido. Eu sou Renesmee Carlie Cullen… Black…

-AHHH! QUE RAIVA!-gritei de desespero, atirando o vaso das flores contra o espelho do camarim. As lágrimas não cessavam, pelo contrário, caíam cada vez mais rápido.

-RENESMEE! RENESMEE ABRE A PORTA!

-MENINA CULLEN!

-NESSIE! ABRE A PORTA!

Levantei-me a muito custo e abri a porta. Estava Cláudio, Melissa e alguns produtores, que me olhavam com uma expressão perplexa. Limpei as lágrimas e saí disparada dali, em direcção à sala de produtores.

Entrei de rompante e todos me encararam com os olhos arregalados. A minha expressão devia estar horrenda… Aff!

-Preciso de falar com vocês. -anunciei, respirando fundo.

-Claro senhora Cullen, sente-se. -um dos produtores apontou para a cara à sua frente, onde eu me sentei imediatamente.

-O que se passa? Estamos aqui para o que precisar.

-Preciso de umas férias! -exigi, mexendo as minhas mãos compulsivamente. Eu precisava de me afastar o mais depressa possível de Jacob. A sua presença só me iria incomodar mais.

-Férias? Mas então… E o filme? -perguntaram espantados.

-O filme fica parado! Eu não estou fisicamente apta para o realizar. -optei pelo caminho mais fácil. Não iria dizer que estava com medo de me apaixonar pelo meu marido!

-Mas não podemos parar o filme! Seria um escândalo! Pensariam que estávamos a ficar sem dinheiro. Este será o grande êxito do ano! Não que o seu último filme não tenha sido um êxito mas… -fiz um sinal para parar.

-Eu entendo o que quer dizer. -forcei um sorriso. -Só que preciso de um descanso. Tive uma pausa muito pequena do último filme para este e… Estou emocionalmente abalada.

-Emocionalmente abalada? -perguntaram desconfiados.

-Tenho tido problemas familiares e preciso de algum tempo para me dedicar à minha vida pessoal. Só alguns dias e depois voltarei feliz e saudável para continuar. -fiz a minha carinha de cachorro e rezei para eles caírem.

-Muito bem… Pode ter uns dias para descansar. Mas não pode ser mais de uma semana! O filme tem que ser produzido.

-Eu juro! Estou a adorar em poder participar nele e estou a dar o meu máximo. Obrigada pela compreensão. -agradeci e levantei-me, dirigindo-me para fora. Assim que a abri vi Cláudio e Melissa a disfarçarem. Percebi que eles estavam a escutar à porta. Reprimi o riso.

-Vejo que se esqueceram da boa educação que os vossos pais vos deram em casa. -soltei sarcasticamente, rindo em seguida. Eles entreolharam-se e também sorrirão.

-Então… Não pareces bem… -a Melissa começou.

-É porque não estou bem. Podes-me fazer um favor do fundo do coração? -ela assentiu. Arranja-me uma passagem para Seattle. Preciso de visitar os meus avós.

-Eu ouvi bem moranguinho? Vais interromper o filme para visitares os teus avós? -Cláudio perguntou surpreendido.

-Sim. Eu não me estou a sentir bem e preciso de estar próxima das pessoas que amo.

-Obrigada pelo elogio moranguinho… -repreendi Cláudio com um olhar. -Ok… A Melissa trata de tudo. Queres que informe o gostosão do Black?

-Não precisas. Eu mesma trato disso.

-Ui! Se bem o conheço, discussão à vista! -Cláudio alertou, fazendo uma careta engraçada. Sorri com o gesto.

Vi Jacob passar e fui até ele.

-Posso falar contigo em privado? -perguntei, sentindo o meu rosto corar o seu olhar intenso em mim.

-Claro. -deu um pequeno sorriso.

Caminhei para o meu camarim, enquanto Jacob me seguia. Abri a porta e entrámos. O seu olhar fio directamente para o espelho e jarra partidos.

-Passou um furacão por aqui?

-Mais ou menos…

-Hum… O que é que me querias dizer? -perguntou de repente, virando-se de frente para mim.

-Bem… É que… -ele arqueou as sobrancelhas. -Eu tenho que tirar umas férias. -abaixei o olhar, esperando pela discussão.

-Férias? Mas estás bem? -ele veio até mim, colocando a sua mão delicadamente no meu queixo e olhando-me nos olhos. Por momentos fiquei perdida naquele mar negro, que me fazia ficar confusa a cada dia que passava.

-Não… -a minha voz saiu num sussurro. -Eu… Preciso de estar sozinha e sossegada. Só isso!-garanti, fugindo dos seus braços, que eram verdadeiras armadilhas da tentação. 

-Se o dizes… Tens a certeza que não me queres contigo?

-Porque é que haverias de querer estar ao meu lado? Como já dissemos muitas vezes, este casamento é só uma farsa… Ou estou enganada? -às vezes eu gostava de poder bater em mim própria, pelas mentiras que saíam da minha boca. Ele ergueu uma sobrancelha e logo aquela expressão enraivecida e conhecida tomou a sua face espantosamente linda.

-Porque é que eu ainda tento?

-Porque o teu coração te diz para tentar… -disse em alto e bom som, saindo do camarim o mais depressa possível.

-Melissa eu vou estar aí antes de domingo, ok? Só preciso deste tempo para mim.

-Já chegaste?

-Já. Estou a descarregar as minhas malas. Vou para casa dos meus avós e fico lá até sexta. -disse, pegando na última mala.

-Tudo bem… Cuida-te! -ordenou e imaginei logo a cara que fazia do outro lado da linha, sorri.

-Claro mamã. Vemo-nos sábado. Tchau fofa.

-Adeus Nessie. -e desligou. Guardei o telemóvel e fui andando pelo aeroporto, acompanhada pelo meu segurança.

-A senhora Black vai precisar que eu fique perto da casa dos senhores Cullen?

-Não obrigada. Só quero paz durante estes dias. Pode ficar no hotel de Forks. É bastante confortável e eu própria pago-lhe a estadia. -ofereci com um sorriso.

-Não é preciso senhora. Eu tenho… -interrompi-o.

-Eu quero que seja assim. Também pago as visitas que faça pela cidade. Considere uma espécie de férias.

-Muito obrigada pela generosidade senhora Black.

-De nada. -respondi, enquanto ouvia o disparo dos flashes e as perguntas atropeladas dos paparazzi.

-Porque é que está em Forks?

-Chateou-se com o seu marido, Jacob Black?

-Parou as filmagens do filme?

Simplesmente ignorava as perguntas, continuando a andar e tentando encontrar os meus avós. De repente aqueles cabelos castanhos avermelhados apareceram e só havia uma dona de tais cabelos. A minha maravilhosa avó, Esme Cullen.

-Avó! -chamei, vendo-a vir na minha direcção, com aquele sorriso enorme, característico de quando me vê.

-Nessie! Que saudades! -exclamou, abraçando-me com força. Eu retribuí.

-Também tinhas saudades avó.

-Estás tão linda meu amor. Simplesmente perfeita.

-Obrigada. Já tinha tantas saudades. E o avô? -perguntei, sentindo muita vontade de o ver rapidamente.

-Está no hospital a trabalhar. Já o conheces meu amor. Sabes que ele e aquele hospital são inseparáveis. Confesso que às vezes sinto ciúmes. -demos uma gargalhada. A minha avó era a pessoa mais encantadora, engraçada e bondosa que eu conhecia. Eu nunca me aborrecia ao seu lado, era mágica a forma como as suas palavras me entretinham.

-Este é o meu segurança, Sam Uley. A minha avó. -a minha avó sorriu-lhe, enquanto ele assentiu com um sorriso.

-Vamos amor. Quero aproveitar esta semana ao teu lado!

Estes dias em Forks deixaram-me mais feliz comigo própria. Não precisava de representar, só aproveitar as pequenas surpresas que aconteciam a cada dia. Pode-se dizer que eu estava… Feliz. Eu e a minha linda avó passávamos as tardes a passear por Forks e La Push. Conversávamos sem parar e eu sentia que lhe podia contar tudo. Bem… Menos…

-Acredita! De tantos sítios que podíamos ter dado o nosso primeiro beijo, teve que ser na paragem de autocarro, à frente daquela gente toda. O teu avô só me fez passar vergonhas. -ri alto com a história que a minha avó contava.

-O avô sabia como ser romântico. Nada melhor do que o primeiro beijo na paragem de autocarro. -gargalhámos em coro.

-E tu? Como é que vão as coisas com o Jacob? -era a primeira vez naqueles dias que a minha querida avó tocava na palavra “Jacob”.

-Vão… Normais. O casamento é uma farsa e…

-E… -ela incentivou.

-Bem… Eu…

-Estás a gostar mais do Jacob do que devias? -perguntou de rompante, parecendo adivinhar os meus pensamentos.

-Sim… Não te vou esconder. Ele está a mexer com as minhas estruturas. Não sei… Sinto-me estranha ao seu lado. Envergonhada… Confusa… Apaixonada… Ai!

-Estás a amar um homem pela primeira vez!

-Não sei. Só sei que… Ele está a abalar-me e eu tenho uma vontade enorme de estar ao seu lado. -admiti envergonhada.

-E qual é o teu medo?

-Que ele me vá usar. Que ele não me ame da mesma forma que eu o amo.

-Querida, olha para mim. -a minha avó olhou-me nos olhos. -O Jacob é um homem sério e se tu dizes que estás apaixonada por ele, é porque ele está apaixonado por ti. Acredita em mim. Vocês não querem admitir mas foram feitos um para o outro.

If you ain't got someone, you're afraid to lose
Everybody needs just one, someone... to tell them the truth
Maybe I'm a dreamer, but I still believe
I believe in hope, I believe the change can get us off of our knees


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Não sei quando voltarei a postar mas não vou abandonar as minhas fics!
COMENTEM E RECOMENDEM!
Beijos!