–Mas é séééério!!! –Gritei, Dotachin fingia que nem escutava enquanto estávamos conversando na praça e Walker teve que ir até a loja de mangás.

–É impossível. –Ele cortou frio, nem parecia que estava muito ligando. –Nem na pior das hipóteses os dois teriam um caso. Eles além de se odiarem, são dois homens.

–E é justamente esse o caso!! –Gritei de novo, de vez em quando, uma pessoa passando olhava pra gente. –Eles estão mantendo uma relação secreta, escondida do resto de Ikebukuro por que tem medo da opinião dos outros sobre isso...

–Primeiro, eles não precisam ter medo. Se for o Shizuo, qualquer um que diga alguma coisa provavelmente perde a vida e se for o Izaya, bom, ele nem deve ligar, e se ligar, tem métodos o suficiente pra mandar seja lá quem for pra cadeira elétrica e puxar ele mesmo a alavanca. –Ok, talvez ele tenha razão.

–Mas ainda assim, isso não seria...

–Uma viagem lisérgica causada por horas exposta a mangás yaois? –Ele falou, me cortando de novo. –Nós te encontramos sangrando em um corredor suspirando o nome dos dois, deu um trabalho pra te acordar e depois te levar pro hospital por perda de sangue, tem gente achando que teve um assassinato por ali, sabia?

–Foi um desgaste meu, eu apenas me precipitei em uma ou duas coisas. –Com sorte não, e o que parecia era realmente o que parecia.

–Quer saber, então vamos lá. –Dotachin falou, se levantando. –Eu vou lá na casa do Izaya hoje e esclarecer tudo. Você vai estar convidada a vir.

–Ok, e quando formos, você vai ver que eu sou...

–Uma pirada. –Falou, indo embora.

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Não muito tempo depois, quando a noite chegava, eu passeei sozinha pela cidade, suspirando e pensando nas coisas.

“Nossa, Shizu-chan, é tão grande!”

“Vai te fazer gritar, isso eu prometo”

“Acho que vamos fazer muito barulho hoje a noite”

Ok, essas foram as 3 frases mais estranhas. Pguei um lencinho pra limpar o sangue no meu nariz e depois pensei. O que poderia ser grande, fazer gritar e porque eles fariam muito barulho. Vamos listar as possibilidades mentalmente:

...

.......

...........

Um vibrador.

Que droga!!! Que outra droga podia ser além disso? E que droga o Izaya-san tava levando na mão, porque era tão grande? Nem eu aguento uma coisa daquelas, ele não devia nem estar andando hoje!!

Izaya brincando com um vibrador...

NOSEBLEED!!

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Ok, quer saber, talvez eu só esteja doida e o Dotachin esteja certo, o melhor seria eu ir lá, falar com eles, esclarecer tudo e deixar pra lá daqui a um ou dois dias e esquecer de vez bebendo todas no festival.

Subi o prédio e cheguei àquele corredor. Ainda cheirava à sangue, acho que vou virar algum tipo de lenda como a fantasma ensanguentada do prédio ou coisa do gênero.

–Dotachin, você é muito experiente nisso. –Izaya? Era ele!?! Me escorei na porta de novo.

–O que quer dizer com isso? –Dotachin parecia muito tenso ali.

–Sinceramente, eu achei que íamos ter que te ensinar tudo, mas você parece que fazia isso há séculos, cara. –Shizuo tava na história também. Meu deus! Threesome yaoi!

–É legal reviver os tempos do colégio, né? Afinal, nós todos já fazíamos isso antes. Nossas reuniões intimas foram ficando cada vez mais raras e ai acabaram, mas é bom fazer isso de novo. –Izaya pareceu nostálgico.

–Podemos parar por um tempo, minhas mãos estão doendo e meus braços não aguentam mais. –Dotachin!!!

–Bom, já que é assim, você pode usar a boca. –Shizuo!!

–Hein!?!

–Eu já vi você usar a boca antes, e você foi muito bom nisso.

–Além do mais, você deve ter uma voz ótima quando fizermos, melhor do que a que você já tem.

–Podemos tentar. –Dotachin ta ficando seboso. E eu to sangrando.

–Sabe, realmente senti saudade de fazer isso com os dois ao mesmo tempo. Geralmente vocês não gostavam muito de mim, mas... parece que o prazer pode unir todos.

–Nem me fale. –Shizuo, não me seduza!! –Mas como estão os seus vocais, Dotachin? Vai fazer barulho hoje? Porque eu acho que nós vamos.

–Claro. Minha boca está sempre pronta pra esse tipo de coisa.

Antes que eu desmaiasse de novo, sai correndo dali. Não ia ficar sendo seduzida por eles. Ai meu cérebro. Sai dali correndo, indo direto pro prédio do Shinra e da Celty.

Corri muito rápido, aquelas palavras ainda estavam na minha cabeça. Que tipo de relação eles tem afinal? Assim que cheguei, subi, chegando no apartamento deles e correndo pra dentro assim que o Shinra abriu a porta. Celty estava com as mesmas roupas e sem o capacete, mas eu já tinha visto uma vez, então nem me importo mais.

–Celty, eu te pago 10.000 ienes se você me ajudar. –Cuspi. –Eu tenho um plano, mas preciso da sua ajuda, e um pouco de água e talvez uma boa noite de sono.