Confiar ou Não escrita por Ana e Mah


Capítulo 6
O clã dos corajosos


Notas iniciais do capítulo

Eai gente! Tudo blz?



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- Desculpe ter acertado sua irmã - disse Ana.

- E então, de clã vocês são? - perguntou Ian, sem tirar os olhos de Ana.

- Eu sou Ekaterina e ela é uma Lucian... - respondeu Clara. - Ei espera um pouco, como sabem que somos Cahill?

- Garota esperta. Gosto de garotas espertas... - disse Lucas chegando mais perto de Clara, mas esta deu um passo para trás.

- Responde Logo! Como sabem?

Lucas gargalhou bem alto e depois falou:

- Que outra pessoa iria ter um grampo capaz de deixar uma menina de doze anos inconsciente? Vocês só poderiam ser Cahills.

- Não se gabe tanto assim, Madrigal. - disse Ana à Lucas. - Somos muito mais espertas do que você pensa.

Lucas ficou espantado ao ouvir a palavra Madrigal. Como elas sabiam?

- Muito mais espertas - completou Clara - Descobrimos coisas sobre você a cada palavra que sai da sua boca. Seu jeito misterioso e ao mesmo tempo doce de falar te denuncia como Madrigal.

Uau! Ele nunca iria conseguir pensar daquela maneira. E ele que se achava esperto...

A conversa estava rolando apenas entre Ana, Clara e Lucas, pois o resto não falava português. Já sem paciência e totalmente confuso com aquele diálogo todo, Dan perguntou:

- Dá para traduzir o que elas disseram?

- É Dan tem razão não consigo entender nada dessa língua. - concordou Nattalie.

- Fuck you! - disse Ana irritada.

- Calma Ana, o português é uma língua muito complexa para nossos amigos americanos - gozou Clara.

- Não é não - retrucou Dan - só acho se o inglês é uma língua universal, deveríamos conversar nela.

- Há! Sabe por que é uma língua universal?

- Porque é fácil!

Todos se calaram. Dan queria retrucar, mas não sabia o que dizer, no fundo ele sabia que o que elas haviam dito era verdade, o inglês era fácil comparado ao português.

- E então, vocês estão na participando da busca? Não me lembro de ter visto vocês na casa da Grace - disse Ian quebrando o silêncio.

- Aquela busca pelas 39 pistas? Não, é claro que não. Aquilo é desumano. Como alguém é capaz de matar seus próprios parentes por dinheiro, fama ou poder? É horrível. Quando brincava de caça ao tesouro com meus primos sempre ríamos muito no final, ninguém acabava morto. Mas com os Cahill é diferente, não sabem o que significa a palavra brincadeira. - falou Clara.

- É, isso tudo é ridículo - disse Ana - Às vezes ajudamos nossos clãs com os enigmas, mas na maioria das vezes preferimos ficar longe.

- Tem razão. - concordou Amy de cabeça baixa - Venho pensado muito isso nas últimas semanas, a lista de competidores está encurtando cada vez mais, os trigêmeos Sterling, Irina... Só continuamos nessa busca porque não temos para onde ir se desistirmos. Não podemos voltar para Boston de jeito nenhum, estamos sendo procurados pelo serviço social lá.

- Ouvimos falar de vocês - falou Ana - A única equipe que joga limpo. Todos do meu clã querem matar vocês.

- Os Ekats também, todos querem aniquilar vocês. É nessas horas que não sinto orgulho algum de meu clã. - disse Clara.

- Sei bem o que é isso. - disse Ian.

- Querem saber, por que não se juntam a nós? - convidou Lucas - Todos vocês. Ana, Natalie e Clara juntem a nós, Madrigais.

- Ei! Você esqueceu-se de me convidar! - protestou Ian.

- Não tenha tanta certeza de que eu esqueci. - disse Lucas dando seu sorriso maroto.

- Tá brincando né? Tipo, os Mandrigais, eles mataram mais gente que todos os outros clãs juntos.

- Ah! Parece que vocês caíram nos boatos que correm entre seus clãs. - disse Lucas revoltado - Foi para isso que o clã Madrigal foi fundado. Um clã onde as pessoas não são trapaceiras e sim honestas, não são violentas e sim misteriosas, um clã onde as pessoas preferem perder ao trapacear. Meu clã foi fundado por pessoas que não agüentavam mais seus clãs, pessoas que queriam vencer honestamente.

Nem Amy nem Dan acreditavam no que ouviam. Durante todo tempo eles pensavam que eram monstros trapaceiros e violentos e ao ouvir as palavras de Lucas foi como se um peso fosse tirado das costas dos dois. Aquilo queria dizer que seus pais não eram assassinos e sim honestos.

- Ok gente! Vamos conseguir essas pistas, vencer essa busca e deixar esses clãs trapaceiros no chinelo! - gritou Ana.

Hamilton estava caminhando sobre a areia fofa de uma das praias do Guarujá enquanto o resto de sua família surfava.

Como ele poderia pensar em surfar com ela morta? Ele não acreditava que depois de tudo o que haviam passado ela havia morrido afogada. Ele nunca havia sentido isso. Seu pai havia dito que um Thomas nunca sentia saudades, mas aquilo não era verdade. Sim, ele sentia falta de Amy, não só falta, muita falta.

Ele olhou para o lado no dia em que a havia salvado dos tubarões e por um instante pensou ter visto Amy conversando com outras 8 pessoas... Peraí, aquilo não era uma ilusão, aquela era Amy conversando com aquelas pessoas e entre elas estavam Ian e Nattalie, que deveriam ter morrido também não é?

Ele gritou para seu pai:

- Papai eu não sabia que as pessoas mortas vinham para o Brasil.

- É claro que não vão filho, elas vão para a Croácia!

- Então por que Amy e o irmão dela estão aqui?

- O que? Como assim? - disse Eisenhorwer chegando mais perto do filho.

- Veja você mesmo - Hamilton apontou o dedo em direção de Amy.

O queixo do Holt caiu. Será possível? Aquelas crianças não morrem não?

- Isabel! - chamou. Isabel logo se virou e levantou seus óculos de sol. - Eles não morreram.

Isabel observou a região que Eisenhorwer apontava. Ela não sabia se ficava aliviada por seus filhos não estarem mortos ou se ficava com raiva por não ter conseguido acabar com os dois Cahill. Aquilo não era hora para sentimentalismo, ela precisava fazer algo.

- Preciso de reforços. Traga quantos homens conseguir, arranjador. E armados - disse ela falando no celular.

Dan avistou homens armados vindo em sua direção, aquilo não poderia significar coisa boa.

- Alerta de Isabel. Corram!

Era tarde demais, quando se deram conta já estavam cercados por homens armados que estavam prestes a atirar, quando Isabel Gritou:

- Parem! Deixem-me dizer algo para meus filhos antes de matarem todos - ela olhou para Ian e para Nattalie - Vocês não precisam morrer. Venham comigo, vamos ser poderosos juntos. Somos Lucian, não se lembram?

Ian e Nattalie poderiam simplesmente se juntar a Isabel e deixar todos os outros morrerem, mas eles não fariam isso porque agora pertenciam ao clã de pessoas corajosas e se tivesse de morrer pelos seus amigos, ele morreria.

- Não mamãe, não somos Lucian, somos Madrigal.

Um dos soldados olhou para a cara de espanto de Isabel e pensou que tivesse permissão para atirar. Uma bala saltou para fora de sua arma e acertou o ombro esquerdo de Amy


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