Numb Of Love escrita por Mih Ward


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Musica do capitulo: Break (Three Days Grace) http://letras.mus.br/three-days-grace/1543296/traducao.html



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Scorpius se levantou da mesa da Sonserina assim que viu Rose correr do Salão Principal chorando. Ignorou todos os olhares que recebia e correu atrás da garota.

Porém, antes que chegasse muito longe, foi prensado na parede. Ele bufou impaciente quando reconheceu os primos e o irmão de Rose.

– Por acaso vão me ameaçar? – ele perguntou debochado, sem se intimidar com Fred II, que o segurava pelas vestes - Ou tentarão jogar uma Maldição Imperdoável contra mim?

Ele riu sarcasticamente e Fred o soltou, contudo, deixou a varinha apontada para o loiro.

- Qual vai ser? Crucciatus? – ele continuou – Ou irão apelar logo para a Maldição da Morte?

- Nos diga Malfoy – Thiago se aproximou do garoto, o olhando ameaçadoramente – O que quer com a minha prima?

- O que eu quero? – ele perguntou incrédulo, rindo debochadamente em seguida – Eu acho que é bem óbvio, sou o namorado dela, não sou?

- Você é um Malfoy, uma cobra – Albus o ignorou – Sei que faria qualquer coisa para atingir minha família.

- Foda-se sua família! – o loiro exclamou, irritado – Que meu pai e os de vocês fiquem com essa briga idiota deles, eu não me importo. Agora não é por isso que eu vou deixar de namorar a Rose, não é porquê meu pai odeia o dela que nós temos que nos odiar! – ele dizia ainda mais irritado – Agora o que vocês estão fazendo aqui, enquanto deveriam procurar a Rose, que graças a sua irmã idiota – ele apontou para Fred – e a reação exagerada de vocês, está chorando em algum lugar sozinha!

Scorpius os empurrou, saindo do corredor com as mãos tremendo de raiva, pedindo para bater em alguém.

Os garotos olhavam incrédulos para o lugar onde o loiro explodira e logo perceberam a verdade em suas palavras, eles precisavam encontrar Rose.

Entraram no Salão Comunal da Grifinória e encontraram as garotas nervosas discutindo sobre as possibilidades de derrubarem a porta do quarto, já que Rose não parecia abrir por nada e feitiços eram inúteis.

- Nós tentamos de tudo, mas ela nem nos responde – Molly murmurou angustiada.

- Conseguimos ouvir seus soluços, mas somente isso – Dominique completou, andando de um lado para o outro.

- Sev, Rose sempre foi sua melhor amiga, tente falar com ela – Lilian pediu para o irmão, os olhos brilhando por lágrimas contidas – Eu não consigo ouvir ela assim.

- Eu vou tentar – ele murmurou, subindo as escadas do dormitório feminino e caminhando até o quarto da prima – Rose? – chamou, estranhando não ouvir nada, já que as meninas diziam que ela chorava – Rose abra a porta, quero conversar com você...

            Suspirou quando nenhuma resposta fora ouvida e tentou forçar a maçaneta, que facilmente abriu.

            - Rose, sei que está com medo, mas nós não vam... – ele se interrompeu quando não achou a ruiva em sua cama – Rose?

            Procurou por todo o quarto e quando percebeu que ela não estava em lugar nenhum, gritou seus primos, que subiram correndo para logo pararem estáticos na porta, quando viram Albus sozinho sentado na cama da menina.

  Rose acordou com o sol batendo em seu rosto, irritada por ter esquecido de fechar as cortinas de sua cama, se levantou. Estranhou o fato de não encontrar ninguém no quarto, pois ainda era relativamente cedo, considerando que era um sábado.

Desceu as escadas do dormitório, estranhando novamente o fato de que nenhum de seus primos estivessem no Salão Comunal. Passou pelos poucos alunos que estavam ali, eles a olhavam interrogativamente, já que nunca haviam visto a ruiva antes.

A garota não queria ir para o Salão Principal, já que era onde provavelmente sua família estaria, pois não queria ver seus olhares de reprovação sobre ela. Decidida foi à cozinha, onde os elfos alegremente a ofereceram o mais variado tipo de comida.

Aceitou apenas uma fruta e se encaminhou até a biblioteca, já que nenhum de seus primos costumavam frequenta-la, ainda mais em um sábado.

Assim que chegou, pegou um livro e se sentou em uma mesa afastada, a biblioteca estava vazia, típico. Ela tentava se concentrar na leitura, mas depois de quase meia hora tentando ler a mesma página inutilmente, pois seus pensamentos vagavam até os acontecimentos do dia anterior, desistiu.

Rose sabia que não poderia adiar muito o encontro com os primos e, em uma súbita descarga de coragem, guardou o livro, se encaminhando até a margem do Lago Negro, onde sempre ficava com os primos.

Qual não fora sua surpresa a, ao invés de encontra-los a sombra da árvore, vira três adolescentes desconhecidos. A garota de cabelos cheios e castanhos lia um livro enquanto os dois meninos conversavam. Um possuía chamativos cabelos ruivos, muito parecidos com os de Rose, e o outro cabelos rebeldes, que pareciam apontar para todos os lados.

Rose caminhou até os desconhecidos, iria perguntar o que faziam ali, já que o lugar era considerado como propriedade da sua família, pois desde sempre os ruivos se sentavam naquele lugar, e ninguém era idiota o suficiente para querer se meter com Thiago ou Fred II. Porém, antes que pudesse falar algo, a garota parou, arregalando os olhos. O moreno havia se virado, tinha brilhantes olhos verdes por baixo de óculos redondos e, em sua testa, a cicatriz em forma de raio parecia reluzir.

A ruiva arfou, assustada. E esquecendo completamente os problemas que a preocupavam antes, deu um passo apara trás. O pôr-do-sol já podia ser visto, o que também a assustou, como teria dormido tanto tempo?

Ela deu outro passo para trás, tentando voltar a respirar. Seu coração parecia querer pular de sua boca e um grande nó se formava em sua garganta. Assim que sentiu novamente suas pernas, se virou rapidamente, fazendo com que os brilhantes cabelos ruivos esvoaçassem, e começou a correr, tentando entender o que estava acontecendo.

Quem eram aqueles três garotos que pareciam versões mais jovens de seus pais e seu tio? Onde estavam seus primos? E Scorpius?

Sua respiração estava acelerada e ela não via nada além de borrões, enquanto tentava organizar sua cabeça.

Talvez por isso, não tenha notado que algo estava a sua frente, ou melhor, alguém. O torpor se foi no mesmo momento em que seu corpo colidia com o de outra pessoa, para logo em seguida ir para o chão, sobre o desconhecido.

- Qual o seu problema, garota? – perguntou uma voz arrastada.

Os cabelos platinados do desconhecido a deram a esperança que fosse o namorado, mas logo foi embora quando encarou os olhos acinzentados e hostis do garoto.

- Vai continuar em cima de mim? – ele indagou irritado e a garota se levantou, com lágrimas nos olhos.

Queria que pelo menos Scorpius estivesse naquele sonho maluco. Observou mais atentamente o garoto que desamassava suas vestes, arfando ao perceber as claras semelhanças com seu namorado. Possuía um rosto bonito, pálido e reto, os cabelos sedosos e arrepiados era de um tom quase branco e os olhos cinzas a lembraram nuvens de tempestade.

Ela sentiu sua boca se abrindo e cogitou a ideia de que tudo aquilo não passasse de uma pegadinha de Fred e Louis, que deveriam estar escondidos em algum lugar com a filmadora trouxa que seu avô havia dado a eles no natal.

- Perdeu alguma coisa? – perguntou com desdém, porém a ruiva não conseguiu responder, em choque – Você é muda, por acaso?

Ela piscou várias vezes, tentando formar alguma frase coerente.

– Que dia é hoje? – ela perguntou debilmente.

Ele a fitou estranho, como se achasse que a ruiva era um dos pacientes do St. Mungus que havia fugido e que agora perambulava por Hogwarts assustando os pobres alunos.

Rose chegava a pensar que talvez ele realmente estivesse certo.

- Cinco de agosto – murmurou por fim, fazendo com que Rose arregalasse os olhos. Tinha certeza de que era dia nove de outubro quando dormira.

- De que ano? – ela perguntou hesitante, não muito certa sobre querer ouvir a resposta.

- 1994.

            1994... 1994... A cabeça de Rose começou a girar, sua respiração falhou e ela sentia o sangue deixar sua face. Logo, a escuridão a atingiu e fez com que ela caísse no chão duro e frio.

Aquele simples número fez com que a suposição em minha mente se tornasse a correta. Minha mente girou e o meu coração acelerado se acelerou mais ainda. O ar faltou em meus pulmões e senti meu corpo ceder. A escuridão me atingiu e desmaiei, caindo no chão frio.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, comentem o que estão achando, não cai a mão e me anima, sabia?