Numb Of Love escrita por Mih Ward


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado a linda da Be HAPPY, que recomendou a fic. Muito obrigada dear.
A música do capitulo é Scared ( Three Days Grace): http://letras.mus.br/three-days-grace/74869/traducao.html



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/158432/chapter/5

Rose acordou na Ala Hospitalar, sem entender muito bem o que fazia naquele lugar. Imagens desconexas e confusas apareciam em sua mente, porém não pareciam ter algum sentido. Ela via seus pais e seu tio mais novos, de sua idade, conversando na árvore onde costumava se sentar com seus primos, se lembrava também de um estranho e frio garoto com quem esbarrara, ele parecia tanto com seu namorado... E o que fora que ele disse? 1994, era algum tipo de brincadeira com a ruiva?

 Saiu de seus devaneios quando escutou passos vindo em sua direção. Observou, confusa, o senhor de longos cabelos brancos, com uma barba igualmente longa e branca e atrás dele, o garoto de cabelos platinados que poderia se passar como um Malfoy facilmente, mas a garota sabia que o único Malfoy dessa idade era seu namorado, Scorpius.

- Senhorita? – Albus perguntou, seus olhos brilhando em curiosidade por trás dos óculos meia-lua.

- Rose – ela murmurou confusa, tentando se lembrar de onde havia visto aquele bruxo – Rose Wea...

Ela arregalou os olhos, finalmente ligando sua imagem a um nome. Albus Dumbledore, ex-diretor de Hogwarts, morto um ano antes da Batalha de Hogwarts.

- C-como isso é possível? – ela perguntou assustada, colocando as mãos na cabeça como se sentisse dor.

- Você está bem, querida? – o diretor perguntou, a analisando com seriedade.

 - Eu não entendo... não... – ela balançava a cabeça, tentando sair daquele sonho estranho e acordar em seu dormitório, com as suplicas de seus primos em sua porta, enquanto ela chorava abraçada ao travesseiro.

- Draco, poderia nos deixar a sós? – Albus perguntou para o garoto, que assentiu, parecendo irritado.

- O senhor é Albus Dumbledore? – a garota perguntou receosa, sem querer realmente ouvir a confirmação.

- Sim, e a senhorita? – ele perguntou, os olhos genuínos pareciam ler a alma da ruiva.

Ela o analisou por alguns segundos, mas logo suspirou, precisava de ajuda.

- Rose Weasley – ela disse, fechando os olhos com medo de sua reação.

Porém, ao contrario do que pensava, ele não riu, ou gritou. Assim que retornou a abrir seus olhos ele apenas a observava com curiosidade.

- Suponho que não seja daqui, certo Srta. Weasley? – ele perguntou e a garota assentiu.

- Eu não sei como, eu estava no meu quarto e acabei dormindo – ela balançou a cabeça, tentando pensar com clareza – E quando eu acordei, encontrei meus pais e meu tio com a mesma idade que eu!

- Não usou nenhum vira-tempo? – ele perguntou, parecendo levemente confuso.

- Todos foram destruídos, em 2007 – ela murmurou.

- Em que ano você estava? – ele perguntou, a analisando.

- 2020 – respondeu, suspirando – E o garoto loiro, suponho que um Malfoy, me disse que estávamos em 1994.

- Ele está certo – ele disse brandamente.

- Como isso é possível, senhor? Como eu posso ter voltado a mais de 20 anos sem fazer nada?

- Nunca acreditei em destino, Srta. Weasley – ele começou – E muito menos sei dizer o que aconteceu. Mas talvez, alguém esteja lhe dando uma chance de mudar algo, aqui, no passado.

- Não consigo entender, senhor – ela murmurou, fitando as próprias mãos.

Ele ficou em silêncio por algum tempo, enquanto ela tentava entender tudo que acontecera consigo em tão pouco tempo.

- Vou deixa-la descancar – o professor disse, se afastando da cama – Quando estiver pronta, vá à minha sala.

Ele saiu da sala, sorrindo calmo. Rose voltou a deitar no travesseiro, fechando os olhos e deixando que a inconsciência a levasse para outros lugares.

- Por que eu? – a voz arrastada e gélida de Draco Malfoy fora ouvida, enquanto Rose abria os olhos lentamente.

- Porque não conseguimos encontrar ninguém – uma voz desconhecida para Rose respondeu – Vamos, é só mostrar o castelo para ela.

Draco bufou ao mesmo tempo em que a enfermeira percebera que Rose já havia acordado.

- Oh, vejo que já está acordada – ela sorriu bondosamente e Rose se virou para a janela, onde o sol se punha.

- Eu dormi muito? – ela perguntou, se sentando na cama.

- Oh não, foi uma viajem cansativa – a senhora a respondeu – Ah, sou a enfermeira de Hogwarts, pode me chamar de Madame Pomfrey.

- Viajem? – Rose perguntou enquanto a senhora a entregava uma xícara de chocolate quente.

- Sim! – ela exclamou – Os Estados Unidos são realmente distantes.

- Como...

- Beba querida, irá recuperar suas forças – Madame Pomfrey a interrompeu – Depois Draco irá mostra-la nossa escola.

- Obrigada – a agradeceu, tomando seu chocolate em silêncio.

- Vamos – Draco murmurou gélido assim que percebeu que a garota ficara para trás – Dumbledore me pediu para leva-la em sua sala.

Rose bufou, apressando os passos. Se ele realmente fosse o pai de Scorpius, como a ruiva suspeitava, suas semelhanças seriam meramente físicas, visto que a personalidade de Scorpius era muito mais agradável que a de seu pai, que sempre a apressava, enquanto mostrava o castelo monotonamente, claramente obrigado.

- Será que poderia andar mais rápido? – ele a fitou com desprezo – Tenho coisas mais importantes a fazer do que mostrar o castelo para você.

- Então não mostre! – Rose resmungou irritada – Me deixe aqui, não preciso de sua ajuda.

- Ótimo – ele murmurou, parando em frente a ruiva, a olhando com fúria - Espero que se perca, assim nunca tenho que vê-la novamente.

- Idiota – Rose disse para si mesma, enquanto o garoto sumia de sua vista.

A garota andou, irritada, até a sala da diretora McGonagall, ou no caso, de Albus Dumbledore. Sentia seu rosto em brasa e seus punhos jaziam cerrados. Qual era o problema daquele garoto?

Rose encarou a gárgula em duvida, quando uma voz a surpreendeu.

- Tempo... – Dumbledore murmurou para a gárgula – Ah, que bom que a senhorita chegaste a tempo.

Os dois entraram na sala e Rose observava a tudo em sua volta. A fênix próxima a mesa, os objetos estranhos, até mesmo para ela, que crescera no mundo bruxo, os retratos dos antigos diretores...

- Sente-se, Srta. Weasley – ele indicou uma cadeira em frente à mesa, enquanto se sentava em sua própria, cruzando as mãos sobre a mesa – Creio que o que tenho a dizer não irá agradá-la.

- Algum problema, senhor? – a ruiva perguntou receosa e ele suspirou, assentindo.

- No momento não possuímos recursos para manda-la de volta ao seu tempo – ele começou – E devido a isso, sinto dizer que terá que continuar conosco até que achemos a solução.

- Com continuar conosco, o senhor que dizer que...

- Que a senhorita ficará em Hogwarts, estudando – Dumbledore esclareceu. 

- Oh – Rose murmurou, soltando a respiração que inconscientemente prendera. Seu coração se acelerou e ela fechou os olhos, pressionando a cabeça.

Ela estava ferrada...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!