Pov. Jacob

  Abri a porta da nossa antiga casa e tudo parecia do mesmo modo que nós havíamos deixado. Depois da maldita festa do meu amigo Renesmee e eu resolvemos voltar para nossa antiga casa, nossa antiga vida e eu não tive como negar. Ela estava um pouco distante e nós não fazíamos mais amor toda noite o que me deixava extremamente chateado e cheio de vontade de tocar em minha mulher que me evitava discretamente. Emma  entrou  arrastando seu paninho de dormi e com uma cara de soninho linda enquanto Nora carregava Jack adormecido em seus braços.
-Finalmente em casa – suspirei e me joguei no sofá fechando os olhos. De volta a vida normal e aos problemas de um casamento, de trabalho e etc.
-Eu vou colocar Emma para dormir – Renesmee disse e eu abri os olhos para ver ela com uma muleta e segurando a mãozinha de uma Emma sonolentinha.
-Deixa que eu faço isso vai descansar – fui até minha princesinha e a peguei no colo que envolveu seu pescoço com seus bracinhos.
-Mas você veio dirigindo e deve está cansado – ela estava parada em minha frente e fitava o chão como se não tivesse coragem de me encarar.
-Eu não me importo, e faz um bom tempo que eu não coloco a minha princesa – não dei tempo dela dizer algo apenas beijei sua cabeça e subi as escadas com Emma que já dormia em um sono solto em meu colo.
    Coloquei minha menininha em sua caminha das princesas e liguei o ventilador já que não estava muito quente. Da janela do quarto de Emma dava para ver o crepúsculo anunciando mais um final de dia, era bonito ficar olhando para ele e imaginar a promessa de mais um dia. Uma imensa vontade de chorar me pegou e ali sozinho eu fui corajoso o suficiente para deixar algumas ou muitas lagrimas caírem. Ouvi a porta do quarto abri me pegando desprevenido e mesmo que eu tentasse secar as lágrimas elas cairiam novamente me acusando.
-Jake?  - aquela voz que eu tanto adorava me chamou, mas eu continuei encarando o horizonte.
  Eu senti ela se aproximar e parar um pouco atrás de mim e logo veio a confirmação quando suas  mãos tocaram minhas costas me causando arrepios. Funguei e sequei as lagrimas que molhavam o meu rosto.
-Oh querido você está chorando? – ela veio até a minha frente e encarou meu rosto com carinho para logo me abraçar apertado.
-Eu fico me perguntando se você é feliz Renesmee e saber que talvez você não seja dói demais em mim – a apertei contra mim e respirei fundo em seu pescoço logo reconhecendo o inconfundível cheiro de morangos que só ela tinha e eu amava.
-Ei não diga isso, é claro que eu sou feliz com você – ela se separou um pouco para olhar em meus olhos e sorriu para mim.
-Você tem certeza que quer continuar com esse casamento? Eu só quero que você e nossa filha sejam felizes – alisei seu rosto suavemente e ela balançou a cabeça negativamente segurando o meu entre suas delicadas mãos.
-Eu te amo meu marido lindo, e só porque você errou algumas vezes não quer dizer que você seja o pior homem do mundo, pelo contrario eu te acho o melhor pai, marido, amigo e amante que existe em tudo mundo – seus olhos transmitiam amor e isso pareceu aliviar um pouco a dor em meu peito.
-Não fiquei tão distante eu não aguento ver você me evitando...
   Ela apenas negou com o rosto mais uma vez antes de me beijar.  A abracei mais forte contra meu corpo e seus braços envolveram meu pescoço, nosso beijo era tranquilo e nossas línguas apenas se acariciavam de forma gostosa e intensa. Eu amava aquela mulher mais a mim próprio e eu não tinha duvidas.
-Nunca mais amor da minha vida – disse ela quando separou seus lábios dos meus e sorriu. Sorri para a mesma e voltei a atacar sua boca dessa vez com um beijo faminto e apaixonado.

(...)

-Ai papai cosquinha nããão – Emma gargalhava e se contorcia deitada em sua cama enquanto eu fazia cócegas na mesma.
-Esse é meu ataque supersônico de cosquinhaaa – levantei sua blusa e fiz mais cócegas na mesma que chorava de tanto rir.
-Mamãe o papai não que palar, bliga com ele – Renesmee saiu do banheiro com um sorriso no rosto e foi até o grande armário pegando um novo shampoo de camomila.
-Jacob Black para de fazer cosquinhas em nossa filha – ela sorriu entrando mais uma vez no banheiro.
  Parei de fazer cosquinhas em Emma que se recuperou e desceu da cama parando perto da porta do banheiro sorriso travessa para mim.
-Papai num é de Naadaa – ela me deu lingua e soltou um gritinho quando eu corri até ela pegando a mesma no colo e mordendo sua barriga.
-Hora do banho mocinha – Disse Nessie quando eu entrei no banheiro fazendo aviãozinho com Emma que ria atoa e gritava vez o outro.
-Olha mamãe eu sou a mulhe malavilha – Renesmee levantou e pegou Emma sempre com um sorriso colocando a mesma sentadinha no balcão de mármore e tirando sua blusinha cor de rosa com a gatinha Marrie.
-Claro, só que agora a minha super heroina vai tomar banho para depois paparmos – peguei o patinho de borracha que ela adorava o jogando na banheira.
  Fiquei encostado na porta observando minha linda esposa dar banho em nossa menina que ria e brincava com seu patinho no meio de toda aquela espuma. Por falar em espuma fazia bastante tempo que eu não tomava um banho de banheira com direito a espuma e tudo, isso me dava ideias boas de aproveitar como minha mulherzinha me fazendo uma massagem relaxante ou até mesmo trepando um meu membro. Balancei minha cabeça para afastar esses pensamentos impróprios e peguei a toalha de joaninha entregando a mesma para Nessie que sorriu para mim e envolveu nossa pequena na mesma.
-papai quando eu vou votar pala a escolinha? – tirei a tampa do ralo da banheira e voltei para o quarto entregando talquinho para minha pequena que agora já estia Emma com um vestidinho lilás com alguns laços brancos e alguns corações na barra do mesmo.
-Não sei meu amor, por quê? – me sentei ao lado de onde ela estava deitada e alisei seus cabelinhos molhados.
-To cum saudade dus meus abiguinhos – ela sorriu para mim e eu beijei sua testa quando Nessie acabou de arrumar a mesma e sentou para pentear seu cabelo.
-Vai tomar um banho meu amor daqui a pouco eu vou tomar o meu – eu sorri para a mesma e lhe dei um selinho antes de sair do quarto e ir até o meu.
  Entrei no mesmo, tirei minha roupa a jogando em qualquer lugar e coloquei a banheira para encher enquanto pegava uma roupa para botar, optei por uma bermuda azul escura e uma camiseta branca que pareciam bem confortáveis, joguei alguns sais aromáticos dentro da mesma, enchi de espuma e desliguei a luz deixando algumas velas acessas e a melodia de Creed tocando baixinho.
   Entrei na banheira e fechei meus olhos encostando a cabeça na beirada da mesma onde havia uma toalha para apoiar a cabeça. Era gostosa a sensação da agua quente em meu corpo e me deixava cada vez mais relaxado. Senti uma mão fazer cafuné em minha cabeça quando eu estava quase adormecendo e sorri instantaneamente abrindo meus olhos e lá estava ela sentada na beirada da banheira apenas de roupão e com um sorriso lindo.
-Será que tem espaço para mais um? – ela perguntou sorrindo e eu me sentie chegando para frente para que ela sentasse atrás de mim e assim ela fez.
   Ela desamarrou o roupão revelando seu corpo nu e entrou se sentando atrás de mim e me puxando para que eu me encostasse nela, suas mãos foram para meus ombros onde ela começou a fazer uma gostosa massagem me fazendo suspirar. Em certo momento sua boca tomou lugar das mãos me fazendo gemer e ela sorri.
-Sua mãe ligou ainda pouco Jacob... Ela disse que não ligou antes porque estava com medo – eu estava meio encostado em seu peito e suas mãos faziam carinhos em peito e abdômen.
-E o que ela queria? Controlar minha vida de novo? – já fazia um bom tempo que eu não falava direito com minha mãe, ela preferiu ficar do lado do marido a me apoiar.
   Dona Sarah sempre foi a melhor mãe do mundo e disse que sempre me apoiaria, mas na hora da pratica a coisa foi bem diferente e não abaixou a cabeça quando meu pai me expulsou de casa. Foi bem difícil no começo porque eu era muito apegado a mesma, mas parece que com o tempo meu coração foi perdendo o calor e foi ficando frio e mais fácil.
-Para amor, ela é sua mãe e você deveria perdoa-la por isso – sua cabeça estava apoiada em meu ombro e eu fazia carinho em suas pernas – Faça isso pela Emma, vai ser maravilhoso ela ter uma avó, faça porque ela é SUA MÃE e ela te ama demais.
-Você não sabe como me eu me senti quando Billy me expulsou de e ela não se importou se eu tinha ou não lugar para ficar, foi uma dor horrível saber que eu não tinha uma mãe com quem eu poderia contar – Olhei a parede com suas pastilhas pretas e sequei uma lagrima que deixei cair. Eu era um homem que não tinha medo de chorar na frente da minha mulher, eu era forte o suficiente para dividir minhas angustias com ela.
-Você nunca soube a versão dela Jacob, faz anos que nós não a vemos. Em nosso casamento ela estava lá sentada na ultima fila e eu senti tanta pena dela quando ela deveria está lá no altar sendo sua mãe – virei meu corpo me sentando no outro lado da banheira ficando de frente para a mesma.
  Ela veio para os meus braços quando eu abri os mesmos para receber ela e, depositou um beijo em meu peito antes de encostar a cabeça ali e eu a abraçar. Era gostoso dar e receber carinho da única mulher que me entendia e me apoiava em tudo. Suspirei e encostei meu queixo no topo de sua cabeça.
-São tantas magoas e dores que eu nem sei, mas eu tenho que confessar a saudade que eu sinto de abraça-la é grande e eu não quero ser para Emma o pai que Billy foi para mim – ela levantou a cabeça e acariciou do meu pescoço até meu rosto, eu olhei para ela que me encarava com amor e compreensão.
-Você é um homem maravilhoso, um pai maravilhoso, um marido maravilhoso, um amante divino, é lógico que você tem defeitos e eu não vou negar que todos temos, mas é assim que eu te amo e assim que Emma te venera, porque você é maravilho para nós – sorri com sua declaração e ataquei sua boca.
  Passei minha língua em seu lábio inferior e ela mordiscou o meu antes de pedir passagem tornando assim um beijo profundo e companheiro. Abracei seu corpo e sentir ela suas mãos se prenderem em meu cabelo curto puxando levemente.
-Meu homem maravilha – ela rosnou em minha boca me fazendo rir entre o beijo e a sentar em meu colo espalmando minhas mãos em suas costas a segurando assim.
-São vocês que me fazem maravilhas...

(...)

   Vesti uma calça de moletom azul e fiquei sem camisa, sentei na cama esperando Renesmee que depois de quase um século e meio saiu linda com um vestido verde soltinho e bastante perfumada para o meu gosto. Nós ficamos um bom tempo dentro da banheira e só saímos porque a água já estava fria e sem espuma, foi gostoso passar um tempo relaxando com ela antes de voltar à correria do trabalho. Ela veio até mim parando no meio das minhas pernas e eu a olhei segurando sua cintura.
-Vamos jantar? – eu apenas assenti e me levantei a abraçando.
  Descemos as escadas abraçados e vimos Emma que estava sentada no cercadinho cheio de brinquedos assistindo Barney e rindo atoa com o dinossauro rosa, roxo, sei lá que ela tanto adorava. Um dia eu havia parado pra ver se tinha mesmo graça e depois de três minutos eu estava dormindo de tão ruim que era, não conseguia entender como as crianças gostavam de um dinossauro de cor estranha que estava SEMPRE alegre e cantante.
-Nora! – Nessie gritou caminhando até a cozinha onde provavelmente estava dando ordens a nossa nova cozinheira Maria.
  Fui até o cercadinho tirando nossa pequenina de lá e a sentando no sofá junto comigo. Ela balançava as perninhas enquanto não desviava os olhos brilhantes. O telefone começou a tocar e eu levantei indo atender já que o mesmo ficava em um aparador com dois porta-retratos e um jarro de flores.
-Alô...

Pov. Renesmee

  Eu confesso depois do que aconteceu na festa de Carlos amigo de Jacob, eu não sei, fiquei mais distante sem perceber e isso deixou meu Jake triste me deixando muito mal ainda mais quando o vi chorar na minha frente. Jacob era um homem cheio de marcas e feridas que não foram cicatrizadas e como fez coisas erradas no passado ele ficava se culpando todas as vezes que algo acontecia ou eu deixava de falar com ele. Nós finalmente tínhamos voltado para casa depois de meses, finalmente eu poderia voltar a trabalhar e nossa pequena ir para a escolinha rever os amiguinhos. A mãe do meu amor tinha ligado depois de muito tempo e isso pareceu mexer com algumas feridas.
   Depois de ver se o jantar estava pronto voltei para a sala para esperar o mesmo ser servido e encontrei um Jacob ajoelhado no chão abraçado com Emma que de alguma forma tentava consolar o pai. Eu não entendia nada que estava acontecendo e isso me preocupou. Corri até eles me ajoelhando de frente para o Jacob que me olhou chorando e foi impossível não sentir dor naquele momento, gritei por Nora que apareceu na porta e pedi para que ela levasse Emma até a cozinha e assim ela fez prometendo dar algo gostoso a menina.
-Ela...Ela está no hospital, passou mal e foi levada para lá – ele dizia e nada eu entendia, me aproximei do mesmo e o abracei apertado.
-Quem meu amor? – perguntei depois de alguns minutos só o consolando e agora ele já não chorava tanto.
-Minha mãe Nessie, minha mãe – isso seria um grande problema eu já estava até vendo.