Pov. Renesmee


Depois que nos despedimos de Nora e das crianças, prometendo não voltar muito tarde nós partimos para a casa do amigo de Jacob que não ficava muito longe da nossa. Quando chegamos avistamos a grande e iluminada casa com muitos carros na frente da mesma. Jacob parou atrás de uma Ferrari prata e desligou o motor, minhas mãos tremiam e meu estomago estava agitado afinal era a primeira vez que eu ia a um evento depois do acidente e todos sabiam o que tinham acontecido comigo.
-Você está bem? – perguntou-me Jake me tirando de meus devaneios.
-Estou um pouco nervosa, é só isso – sorri um pouco e ele alisou meu rosto delicadamente depositando um beijo na ponta do meu nariz.
  Ele saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para mim me ajudando a sair, desci meio incerta pelo salto alto e porque eu ainda não estava tão segura para andar sem as muletas. Jacob abriu a porta para mim e estendeu a mão que eu prontamente aceitei para logo sair do carro e receber um selinho demorado do mesmo.
-Pronta? – perguntou-me o mesmo sorrindo para mim depois que trancou o carro e acionou o alarme.
-Pronta – respirei fundo e caminhei lentamente me apoiando em meu querido marido que sorria lindamente para mim.

  Uma empregada abriu a porta e nos acompanhou até a grande sala onde pessoas com seus trajes formais conversavam distribuídos em grupos de homens e mulheres ou mistas. Respirei fundo e senti Jake apertar minha cintura quando Carlos e Elise, sua mulher, apareceram para nos darem às boas-vindas.
-Jacob Black, meu amigo que bom que veio – disse Carlos apertando a mão de meu marido sorrindo.
-Carlos meu caro, Elise como vai? – perguntou ele apertando a mão de Carlos e Elise logo em seguida – Essa é minha esposa Renesmee Carlie Black.
-OMG, mas ela é simplesmente linda – Elise veio até mim e me abraço de forma simpática.
-Parabéns Jake, sua mulher é realmente muito bela – apertei a mão de Carlos que sorria simpaticamente para mim.
  Ficamos algum tempo conversando e eu gostei bastante do casal amigos do meu marido que conversava com Carlos sobre trabalhos enquanto eu e Elise conversávamos sobre família, descobri que eles tinham um filho de cinco anos chamado Romeu que provavelmente estava brincando por ai com as outras crianças, descobri também que eles estavam fazendo quinze anos de casado e que Carlos era um homem extremamente presente em tudo.
  Quando eu senti minhas pernas doerem por está mais tempo em pé do que me era permitido nós nos sentamos em uma mesa linda no Jardim com um pequeno e singelo arranjo de orquídeas. Estava tudo caminhando perfeitamente bem e todos estavam sendo bastante simpáticos até que uma mulher ruiva e muito bonita se aproximou de nós com um grande sorriso nos lábios.
-Jake querido – disse ela se aproximando dele que estava de pé ao lado de minha cadeira conversando com Marcos.
-Caroline – disse ele sério encarando a mulher.
-Estava com saudades gatinho faz quase um ano que você não me liga mais – ela se jogou em cima do mesmo e senti o meu sangue ferver e Marcos parecer sem graça.
-Caroline, por favor, respeite minha mulher – ele a tirou de cima dele e colocou uma mão em meu ombro.
-MULHER QUE MULHER? – ela começou a gritar e chamar a atenção de todos que estavam ali presente.
-Abaixe sua voz Caroline, agora – meu marido rosnou para ela que revirou os olhos e olhou dele para mim.
-VOCÊ IRÁ TROCAR UMA MULHER GOSTOSA COMO EU POR ESSA INVALIDA? – ela gritou e eu fiquei de pé para logo dar um tapa em seu rosto.
-É melhor se uma invalida do que ser uma vagabunda que sai com o marido dos outros – eu estava com raiva e tremia um pouco, comecei a ficar meio tonta e senti Jacob me segurar e me olhar de forma preocupada.
-Caroline se não for pedir muito pregue a dignidade que você não tem e vá embora porque entre você e minha mulher é mil vezes ela - ela olhou com raiva para o mesmo e saiu correndo por entre as pessoas que olhavam para nossa pequena confusão.
-Você está bem? – sentei-me na cadeira e respirei fundo varias vezes, meu coração batia acelerado e minhas mãos tremiam.
  Marcos que viu toda a cena voltou alguns segundos depois de entrar na casa com um copo de água com açúcar, ele me entregou com um singelo sorriso e eu bebi a água sobre aos olhos nervosos de Jacob sobre mim.
  Todos olhavam para nós e sussurravam algo para seus colegas ou amigos, não que eu ligasse para o que eles achavam, mas saber que eles sabiam que minha vida antes era uma porcaria e eu sempre seria a esposa traída fez meu coração se apertar.
-Jacob será que nós podemos ir embora? – eu perguntei olhando para minhas mãos sem ter coragem de encarar as outras pessoas.
-Claro, Marcos conte o que ocorreu ao Carlos e diz que nós fomos embora certo? – Levantei-me com a ajuda de meu marido e nós caminhamos silenciosamente por entre as pessoas que ainda nos olhavam e cochichavam.
  (...)
  Nossa viajem foi silenciosa e fria, nenhum de nós tinha coragem de comentar o que havia acontecido. Jacob parecia concentrado na estrada e eu não tinha coragem suficiente para puxar algum assunto, nada estava bem e isso nós dois percebíamos. Algum tempo depois Jacob desligou o motor em frente a nossa casa que já estava toda escura devido ao horário, o silencio era quebrado apenas pelos grilos que abitavam o jardim em algum lugar. Recostei a cabeça no vidro e olhei para aquela escuridão.
-Porra será que você pode falar alguma coisa? – ele disse do nada me fazendo pular de susto.
-Quer que eu fale o que? Que não ligo quando suas ex’s amantes gritam que nosso casamento não é como todos pensavam? – olhei para ele e o mesmo olhava para o volante concentrado.
-Pelo menos você estaria falando alguma coisa – ele suspirou – Quer saber? Esquece, porque não vai valer apena isso tudo.
-Está me dizendo que nosso casamento não vale a pena? – eu estava chocada com o que ele estava dizendo.
-Não vale a pena tentar mostrar para você o quanto eu a amo e o quanto eu me odiei por isso, não vale a pena mostrar que eu nunca deixaria você para ficar com ela e se um dia eu cheguei a ficar foi porque estava bêbado e transei com ela desejando que fosse você, não vale a pena porque você nunca iria acreditar – ele me olhou com os olhos marejados e com a dor ali.
   Ele saiu do carro e caminhou até a varanda se sentado na escada com as mãos no rosto. Deus, porque eu estava fazendo aquilo com ele? Comigo? Aquilo tudo tinha sido passado e eu havia jurado que não viveria de passado, sempre iria doer em meu peito quando alguma delas cruzassem com meu caminho, mas era para o meu lado que ele voltou e eu tinha estar feliz, pois o homem que eu amava mais que tudo estava ao meu lado e me amava também.
   Olhei para ele que estava com os cotovelos apoiados no joelho e olhava para sua  aliança com extrema atenção. Uma vozinha em minha cabeça me dizia que eu estava sendo idiota e que nós deveríamos enfrentar aquilo juntos. Sai do carro e caminhei até ele que levantou o rosto e deixou uma lagrima cair fazendo meu peito se contrair e eu arfar.
-Eu juro que se tivesse como eu voltar no tempo e mudar tudo eu ...
-Shiii, não fala nada tá? – coloquei um dedo em seus lábios e o mesmo ficou de pé em minha frente.
  Não pensei duas vezes e o beijei com todo amor e intensidade que eu tinha dentro de mim, eu queria mostrar que NADA podia nos abalar e eu estava disposta a enfrentar aquilo tudo com ele, queria que ele sentisse que eu o amava mais que tudo e que ele era o homem da minha vida e sempre seria. Ele me abraçou pela cintura me erguendo do chão, sorri entro o beijo e circulei seu pescoço com meus braços deixando me levar pela dança de nossas línguas.
-Me desculpe por ficar daquele jeito, odeio brigar com você – eu disse depois que nos separamos e nossas respirações voltaram ao normal.
-Só quero que saiba que eu me arrependo de tudo que fiz para te magoar – ele me apertou mais a ele e eu deitei minha cabeça em seu ombro.
-Eu sei e eu te amo por isso, só que eu fiquei morrendo de ciúmes de saber que você já a tocou da forma que me toca – confessei o que estava dentro de mim e que era uma grande verdade.
-Nunca tocaria nela da forma que eu toco em você, porque EU TE AMO – lentei meu rosto para olhar em seus olhos e ele sorriu para mim me fazendo sorri de volta antes de me girar e me beijar novamente com carinho e leveza.

(...)

Pov. Jake

  Acordei com minha pequena em meus braços e foi impossível não sorri com a visão da mesma deitada em meu peito e sua mão esquerda com a aliança repousada em meu peito perto do seu rosto. Depois do que aconteceu na festa de Carlos eu me senti o pior dos homens por ter feito aquilo com a minha mulher, mas ai ele se aproximou e mostrou que me amava e me perdoava pelo erro que eu havia cometido, nos beijamos apaixonadamente e acabamos na cama fazendo amor até o amanhecer para depois cairmos na inconsciência cansados e felizes. Sem me mexer muito olhei para o relógio onde marcavam três da tarde, alisei os cabelos loiros da minha mulher e ela se mexeu se aconchegando mais em meu peito.
-Vamos acordar dorminhoca – beijei sua testa e ela abriu um grande sorriso e seus lindos olhos também.
-Olá – ela disse antes de depositar um beijo sobre meu peito nu e outro nos meus lábios. 
-Já passou da hora de levantar dorminhoca – ela sorriu lindamente e se apoiou seu cotovelo deixando seus lindos seios nus –Adorei a visão – passei a língua nos lábios de forma sexy olhando fixamente para seus seios.
-Para seu bobo – ela gargalhou seguindo meu olhar e deu um tapa em meu peito, a puxei para os meus braços e comecei a dar leve mordidas em seu pescoço e ombro fazendo a mesma rir e dar leve gritinhos.
  Ela bom esses momentos assim que eu tinha com ela e eu nunca trocaria isso por nada, ali naquela cama nós éramos os adolescentes que não pudermos ser por causa das responsabilidades, nós éramos os recém-casados que se amam e planejam uma vida juntos. Sorri para ela que estava debaixo de mim e beijei sua boca de forma carinhosa. Talvez eu nunca fosse contar, mas no final é ela que me segura e não ao contrario.