Secret Girl escrita por lubizinha


Capítulo 3
Capítulo 3 - Educação Física é um saco


Notas iniciais do capítulo

"Olá minhas queridas leitoras. Estou tão feliz hoje, que resolvi postar um capítulo para vocês. Eu sei que estou acostumando mal vocês com um capítulo quase todo dia, mas fazer o quê não é? Quero agradecer os reviews de:
*Letsmakedirrty
*Tacyelle123
*Mallu_Cullen
*Deana
*Tha_Tha_Grace
Essas são minhas leitoras que até agora não me abandonaram e espero que não abandonem nunca. Sem mais delongas, o capítulo. Boa leitura.
Secret Girl"



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/156425/chapter/3

Ouço o som do despertador tocar, abro meus olhos e me levanto imediatamente. Vou para o banheiro e tomo um banho. Depois abro o meu armário, pego uma bota preta, uma saia de pregas azul, uma blusa cinza com alguns botões, uma jaqueta de couro preta.

Vou até o espelho, penteio os meus cabelos e antes de sair dou uma checada no visual. Pronto, estou pronta para matar. Aliás falta uma coisa. Botei meus óculos escuros e bati a porta com força.

– Nossa! – disse meu irmão a me ver. – E isso é permitido?

– Claro que é, a escola não tem uniforme. – respondi me sentando à mesa.

– Não estava falando da escola. Não deveria ser permitido irmãs mais novas andarem assim por aí. – falou Mark, revirei os olhos. Mal sabia o quanto a irmã era poderosa. Ok, ok, estou muito metida hoje. Mas você também estaria se fosse eu. Todo mundo tem pelo menos um dia no ano que fica metida e nos outros 364 dias se sente uma droga.

– Bom dia. – disse uma voz atrás de mim.

– Ah, bom dia pai. – falei e depois me virei estupefata. – Pai? – pulei em cima dele e dei um monte de beijos em sua bochecha. Ele me colocou no chão enquanto ria. – O que está fazendo aqui? Achei que estaria no seu trabalho.

– Hoje tenho folga. – Finalmente! Estão te explorando demais pai. Espera, por que eu estou pensando isso?

– Finalmente! Estão te explorando demais pai. – falei rindo.

– Bem... Com o salário que eu tenho e com a família que eu tenho, eu não tenho o que reclamar. – disse beijando a minha mãe. Depois se virou pra mim e arregalou os olhos analisando a minha roupa. – Aonde pensa que vai assim mocinha?

– Vamos embora Mark. – falei me distanciando. Uma bela fuga.

– Mas eu ainda vou comer. – disse Mark. Puxei ele e sai de casa o arrastando. Ufa, ainda bem que não precisei responder o meu pai.

O ônibus demorou pra chegar, Mark saciou sua fome com uma barrinha de cereal. Já eu não estava com fome naquela manhã. Bem seria um bom motivo para desmaiar na aula de matemática.

Quando o ônibus chegou subimos e eu me sentei em um lugar vago. Os amigos do Mark me olhavam o tempo todo ao longo do percurso, isso deixou Mark muito irritado teve uma hora que eu achei que ele ia dar um soco no amigo. É, quando eu venho assim pra escola eu deixo de ser invisível. Até parece que eu quero um garoto que só me olhe quando eu tiver toda arrumada. Claro que eu não vou também parecer uma mendiga. Falando em mendigas. A Tiffany me empurrou quando passou perto de mim, minutos depois de eu sair do ônibus.

– Um dia eu mato essa garota. – disse. Lisa, que estava ao meu lado, me olhou com medo e deu um passo para trás. – Modo dizer.

– É claro. – falou ela, senti que estava sendo sarcástica.

Entramos na escola, todos estavam aos cochichos. Dessa vez eu não me preocupei. Eu sabia o porquê. Um garoto no meio do corredor gritava a manchete do jornal da escola, peguei um para ler.

Notícia Urgente: Secret Girl ataca novamente!

A nossa adorável escritora de cartas ataca novamente. Dessa vez, com um dos garotos do segundo ano, Liam Sally. Ele não permitiu que lêssemos a carta, porém um dos meus informantes fez uma cópia dela e está disponível logo abaixo.

“Olá Liam,

Soube que gosta de implicar com pessoas menores do que você ou diferentes, bem eu tenho um recado pra você: Estamos de olho! Se você voltar a implicar com pessoas assim principalmente pessoas que tem o QI mais avançado do que o senhor... Ah, você vai ter sérios problemas. Com muito amor...

Secret Girl”

O que sabemos até agora é que a Secret Girl veio pra ficar e que pretende dar rédeas a essa escola. Mas a pergunta é: Quem será a próxima vítima?”

Ri alto, adorei aquilo. Mostrei para Lisa que deu um meio sorriso, ela gostou que eu sei, só tinha medo e eu estava certa:

– E se esse Liam suspeitar de nós? Quer dizer, ontem ele bateu no Harry e a gente foi ajudar e tal... – falou Lisa.

– Em primeiro lugar, ele é burro. Segundo, o Harry não foi o único CDF que ele bateu naquele dia. Como eu sei disso? Bem, ele um valentão então não se contenta com um só. – disse. – E terceiro lugar, ninguém vai descobrir que...

– Você é a Secret Girl. – uma voz atrás de mim. Por favor, não seja a diretora. Por favor, não seja a diretora. Virei-me e dei de cara com Harry, abri a boca em indignação então um CDF descobriu o meu segredo? Que ótimo!

– C-como? – perguntei surpresa.

– A qual é? Duas garotas ontem me salvaram do valentão do Liam e no dia seguinte uma carta da Secret Girl exposta no jornal. A carta é pra quem? Ah é, pro Liam. – Poxa, até que eu não sou tão esperta assim. De repente a minha roupa ficou desconfortável pinicando.

– Por favor, não conta pra ninguém que eu sou a SG. – pedi.

– A o que? – perguntou Harry.

– Secret Girl. – sussurrei. Ele me olhou enquanto fazia biquinho e riu. What? Ninguém ri do meu biquinho!

– Eu não pretendo contar pra ninguém. – O ar de repente ficou tão leve.

– Valeu. – falei dando pulinhos.

– Se...

– Ah não. – parei de pular. Lisa via e ouvia tudo ao meu lado estupefata.

– Se for comigo para o EA...

– Para a empresa do the sims? – perguntei rindo.

– Deixa eu acabar de falar garota! Se for comigo para o EAJX. – continuou Harry.

– Pra o que, meu filho? – perguntei indignada. – Mais respeito comigo!

– Encontro anual de jogadores do X-buk. – explicou Harry. – É uma convenção para os jogadores do jogo X-buk. – eu fiz cara de confusa e ele me olhou sem paciência. – Aquele joguinho que tem os bonequinhos bonitinhos que ficam lutando um com os outros em universos paralelos.

– Ah! Por que não disse logo? – falei. – Não, eu não vou.

– Você não tem escolha. – disse Lisa ao meu lado. Quando abre a boca é pra me ajudar? Não imagina, é pra ajudar o meu inimigo.

– Fechado. – falei. – Mas podia ser chamar EAN. – Harry me olhou confuso. – Encontro anual dos nerds. – Harry bufou e foi embora.

– Não devia deixar ele zangado. Você tá na mão dele agora. – disse Lisa. Antes que eu dissesse qualquer coisa o sinal tocou e tivemos que ir para a sala de aula. Ah, eu descobri que o Harry era da turma ao lado. Infeliz coincidência.

Se eu soubesse que aquele CDF apanhando dos valentões ia me ameaçar futuramente teria o deixado apanhando enquanto ia para uma lanchonete me empanturrar de hambúrguer. Mas nãoooo, eu tinha que ouvir a Lisa. Grande amiga Lisa, grande amiga!

No intervalo eu e a Lisa fomos comer em uma das mesas do refeitório, fiquei em silêncio tentando pensar em algo que me salvasse do Sr. Inteligente, mas nada, nada me pareceu coerente e bom o bastante. Ótimo, por que eu não nasci super dotada?

– Vamos ao banheiro. – disse e Lisa se levantou comigo.

Antes do banheiro das meninas tem o banheiro dos meninos e naquele momento estava com a porta entre aberta. Até ai tudo bem, é claro, algum garoto esqueceu de fechar a porta com força. Só que minha vida não é normal. Quando passamos pelo banheiro ouvimos uns garotos rindo dentro e quando escutei o nome do John rapidamente me posicionei para escutar, Lisa balançou a cabeça com o que eu fiz, mas a puxei para a porta para escutarmos juntas.

– Por que o John não veio com a gente? – perguntou uma voz rouca, parecia à voz de Joshua.

– Não sei. – disse uma voz desconhecida e grossa.

– O John ultimamente anda tão estranho. – disse Lucas.

– Deve ser – Ai meu nariz está coçando! – porque...

– Atchim! – Ah não!

– O que foi isso? – perguntou Lucas. Pude sentir que eles encararam a porta. Eu e Lisa nós levantamos e corremos, uma tropeçando na outra, para entrar no banheiro das meninas. Tive a impressão que alguém conseguiu ver o meu pé antes de entrar, mas antes o pé do que o rosto e no banheiro das meninas estava salva.

– Você é doida. – murmurou Lisa rindo.

O sinal tocou, esperamos a barra estar limpa para sairmos e fomos para a sala.

A última aula era educação física. Então todas as garotas foram para o vestiário se trocar e eu pude trocar a roupa para um short apertado que era um pouco mais a cima do joelho e uma blusa sem mangas azul igual o short. Coloquei uma toca preta porque como sou invisível não ligo em seguir as regras e quando Lisa já estava pronta fomos juntas para a quadra.

O treinador Travis é um homem muito estranho, ele é musculoso, mas não tem cabelo, mas cisma de botar aquela peruca na cabeça achando que convence a todos. Mas não é isso que faz ele esquisito, digamos que o treinador fala em uma linguagem imprópria para um treinador. Resumindo, ele não presta.

– Façam dois times. – pediu o treinador para as garotas enquanto os garotos estavam sentados na arquibancada. – As garotas gostosas de um lado e as não gostosas de outros. Vamos! – ele apitou. Todas ficamos paradas surpresas com a atitude, menos é claro, a Tiffany que foi para o outro lado para fazer o time das gostosas com as suas amigas. Acho que o professor fez isso de propósito para testarmos se nós achamos ou não gostosas. E uma coisa eu tinha certeza Tiffany era mais metida do que eu imaginava. – Vamos logo. – ele apitou de novo. Todas as garotas foram para o outro lado, menos eu e Lisa. O treinador nós encarou e fez uma pergunta para nós: - Vocês não se acham gostosas?

– Eu não me acho ridícula o suficiente para fazer tudo o que o senhor manda treinador. Eu não vim aqui pra provar nada a ninguém. – disse e com essa resposta, todos os garotos começaram a bater palmas e Lisa começou a rir atrás de mim. É, dei um fora no professor. Vou ser reprovada? Provavelmente. Mas valeu a pena.

– Certo. Paul e James. Façam o time, primeiro escolham as garotas. – falou o treinador tentando se safar do meu fora. Perdeu legal treinador. Sou muito má.

Para a minha total surpresa eu fui a primeira a ser escolhida e logo pelo Paul. Para quem não sabe o Paul é o garoto mais bonito da sala, seria o da escola, mas perde para o John (minha opinião). Ele tem cabelos loiros e olhos azuis, combinação perfeita para a maioria das garotas, mas não para mim. Para mim só existe uma combinação perfeita: ovo e bacon. E que eu me lembre o Paul não é feito de nenhum dos dois.

Pior de tudo é que como eu não sei jogar basquete direito ele teve que ir lá me ajudar. O professor Travis é o único professor que eu conheço que deixa os garotos fazerem o que quiserem com as garotas nas aulas. É tipo... Muito estranho. Mas eu afastei logo o Paul de mim assim que me ensinou, o que eu menos queria agora era confundir os meus sentimentos. Mas se acha que o meu coração me ouve? Claro que não e pelo visto o Paul também não deve me ouvir porque ficou me olhando o tempo todo.

– Vai ter uma festa nesse final de semana. Tá a fim de ir? – perguntou Paul ao final da aula. Eu tipo estava toda suada, parecia que o caminhão de lixo tinha passado por mim, mas o Paul parecia não perceber isso.

Lisa estava logo ao meu lado me cutucando para eu aceitar.

– A Lisa pode ir? – perguntei, ele olhou para ela e a analisou. Fiquei irritada com isso, coisa de garoto eu acho, mas ele disse que podia e me deu o convite pra festa. Para você vê o tipo do Paul, a festa não era nem dele era de um amigo e ele já estava convidando.

Tomei um banho e vesti minha roupa. Enquanto nós trocávamos Lisa ficava me perguntando o que vestiria na festa, eu não fazia ideia. Mas o que provavelmente a Tiffany vestiria eu sabia, era só olhar pra cara dela pra saber. Algo rosa, brilhoso, apertado e curto.

Saímos do vestiário e Lisa decidiu ir para a biblioteca. Eu não a segui, fui até a frente da escola aonde Mark me esperava. Ele estava com um péssimo humor e eu perguntei o motivo.

– Hoje no intervalo vi minha ex-namorada beijando outro cara. – respondeu Mark. Fiquei surpresa, não com o que ele respondeu, mas sim que ele respondeu. Não costumava a conversar muito comigo, ainda mais sobre isso.

– Mas ela é sua ex... – tentei falar, mas ele me interrompeu.

– O cara era o meu amigo. – disse Mark.

– Qual deles? – perguntei.

– Lembra do Jason? – perguntei.

– Claro. – respondi. E como não me lembraria?

Flashback on – Sexta série – Na praça perto de casa

– I ai ******? – perguntou Jason, olhei pra ele. O Jason não era tão bonito, mas as garotas se apaixonavam pelo jeito dele, por ser engraçado e falar o que pensa. Eu mesmo quando tinha sete anos já me apaixonei por ele, mas isso faz tempo. E eu já cresci. – Agora que o seu irmão coruja foi ali comprar um sorvete vamos ter uma conversa séria. – eu o encarei imaginando o que ele queria dessa vez. – Por acaso você já beijou? – corei com a pergunta.

– E-eu já! Muitas vezes. – Naquela época eu não mentia muito bem.

– Pelo visto não né? – bufei e ele riu. – Já imaginava...

– Por que a pergunta? – perguntei suspeitando.

– O Mark sempre fala que você é uma santa e tal... – Um dia mato aquele guri.

– Ele tem a língua solta. – falei.

– Bote solta nisso. – ele riu. E o encarei o repreendendo. – Foi mal. Mas diz ai, você não quer saber como é que é? – ele me olhou e aos poucos foi se aproximando. Se aproximando. Minha mente dizia não, meu coração dizia não e meus hormônios diziam sim, sim! Maldito hormônio! Quando só restavam centímetros entre nós, o mais maldito ainda do meu irmão chegou.

– Quem quer sorvete? – perguntou ele se sentando no meio. Peguei o meu sorvete. Fiquei um tempão sem falar com o Mark, mas hoje eu agradeço. Acho que teria me arrependido afinal de contas.

Flashback Off

– Olá? – perguntou Mark botando a mão na minha cara, a tirei bufando.

Chegamos em casa. Tivemos um almoço em família e depois meu pai propôs que fossemos ao cinema, assenti. E lá estava eu na frente do cinema enquanto meu pai comprava os ingressos para aquele filme que tem umas criaturinhas azuis. Pois é, eu sou infantil, mas nem chego ao meu pai. E o que você esperava? Ninguém é perfeito! Se você pensar bem isso não é exatamente um defeito.

Sabe quando a última pessoa que você quer que apareça aparece? Pois é, nem pergunte. A Tiffany apareceu no cinema, não devo nada a ela. Mas se ela me visse com meu pai e a me zoar a vida toda. Eu estava sendo tola, e me arrependi por ter sentido vergonha do meu pai ainda mais quando ele chegou todo alegre com a pipoca em uma mão e o refrigerante em outra. Ele estava muito feliz, fazia tempo que não tínhamos um dia só pra nós dois.

– Vamos minha princesa? – perguntou ele, sorri em resposta. Meu pai foi para o outro lado do cinema, mas fiz questão de passar pela Tiffany para ela perceber que eu não tinha vergonha de quem eu era ou do meu pai. Acho que evolui um pouco nesse dia, acho que todo adolescente já passou por isso.

Tivemos uma tarde incrível, só eu e meu pai. O meu melhor amigo, o meu companheiro de aventuras, a minha expiração, o meu herói, o meu salvador, o meu querido pai.

De noite, quando chegamos do cinema ficamos assistindo televisão. Estava passando um filme, só que havia dado comercial, e de repente aparece um comercial que fez meu coração saltar. Era a minha banda preferida, Cartboys. Me levantei no sofá e comecei a pular, do lado do meu pai. Assim que o comercial acabou comecei a gritar de felicidade.

Meu deus! Só pode ser brincadeira! Eu amo os Cartboys, eles são tudo de bom! Pulei em cima do meu pai gritando:

– Deixa, deixa, deixa, deixa. – ele pareceu gostar da situação e ficou lá rindo.

– Com uma condição. – disse meu pai, perguntei qual e ele respondeu: - Que vá com o seu irmão. – bufei revoltada, mas aceitei. Seria pior se eu não fosse não é?

Liguei para a Lisa e ela me atendeu com uma voz cansada, eu comecei a gritar no telefone.

– Cartboys estão vindo pra cá! Meu deus, eu vou morrer! – disse me jogando na cama.

– Então você já sabe do concurso? – perguntou Lisa. Levantei-me na velocidade da luz enquanto perguntava:

– Que concurso?

“Comentários da garota da carta:

Oi gente! Tudo beleza? Minha vida agora ficou um máximo não foi? Os cartboys estão vindo pra cá. Só de lembra eu começo a dançar e a pular. O problema é que eu me lembrei disso uma vez em uma loja e todo mundo me olhou achando que eu era doida. E sou mesmo não é? Doida pelos cartboys! Enfim continuando... Eu adorei esse dia, tudo foi bom apesar de que a ameaça do nerd metido a besta não foi muito boa não. Mas nada é perfeito, nem mesmo minha vida. Beijos de...

Secret Girl"

UMA CARTA PODE MUDAR TUDO – Não perca o próximo capítulo de...

Secret Girl


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?