Secret Girl escrita por lubizinha


Capítulo 2
Capítulo 2 - Fugindo para Tókio


Notas iniciais do capítulo

"Caros leitores, mais um capítulo da vida da ******. Fiquei muito feliz com os reviews recebido então quero agradecer a...*Lena Moscovtz *Letsmakedirrty *Barbarella *Tacyelle123. Obrigada garotas. Enfim podem parar agora de ler isso aqui e ler o capítulo.
Secret Girl"



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Sabe quando você sente que tem algo de errado no ar? Pois é, foi isso que eu senti quando entrei na escola no dia seguinte. Todos aos cochichos, sinal de fofoca no ar. Mas qual? Será que o Sr. Travis havia finalmente revelado que usava peruca?

– Lisa o que está acontecendo? – perguntei enquanto andávamos pelos corredores.

– Não sei, mas não se preocupe. Se for fofoca, nós logo iremos saber. – respondeu Lisa. Assim dito, assim se fez. Todos os alunos foram chamados para o auditório pela diretora. Estava um clima muito estranho, senti um vento percorrer a minha espinha.

Depois de alguns minutos, finalmente a diretora deu a palavra.

– Hoje de manhã um dos nossos professores, o Sr. Hunter, recebeu uma carta muito desagradável de um de nossos alunos. – todos começaram a cochichar. Prendi a respiração, só podia ser coincidência, é isso. – Na carta o aluno, ou melhor, aluna. Assinou com o seguinte pseudônimo: Secret Girl. – os cochichos aumentaram e minha visão embaçou. Ah, só podia ser um pesadelo. É isso, eu estava dormindo. – Seja quem for a responsável por isso iremos descobrir de qualquer jeito então sugiro que a pessoa venha ate nós para evitar maiores problemas. – Sr. Hunter pigarreou logo ao lado da diretora. Como se lembrasse de algo ela continuou: - Se alguém que tiver ajudado ou souber de alguma coisa sobre tal assunto, sugiro que venha direto até mim. Obrigada, agora podem ir para as suas respectivas salas.

Todos se levantaram. Menos eu e Lisa, que parecia preocupada ao meu lado. Ela me fez levantar dizendo que eu precisava tomar um pouco de água que estava pálida. Mas não deu nem tempo de ouvir o resto que ela ia falar e cai no chão desmaiada.

Quando abri os olhos estava na enfermaria, um quarto branco e pequeno, a enfermeira tirou o termômetro do meu braço e Lisa estava no banquinho olhando para mim com a preocupação estampada em seu rosto.

– Ela não está com febre. – disse a enfermeira Dolores balançando o termômetro depois de ter olhado. – Melhor ficar um tempinho aqui antes de ir para a sala. Vou deixá-la descansar. – Dolores saiu, permitindo Lisa ficar.

– Você está bem? – perguntou Lisa se levantando e indo até onde eu estava.

– O que você disse para eles sobre meu desmaio? – perguntei preocupada.

– Que você não havia comido direito no café da manhã. – respondeu Lisa.

– Me leva pra casa, por favor. – pedi. Ela concordou, também achava que eu não aguentaria ficar ali.

Pegamos nossas coisas na sala e a coordenadora nós liberou. Fomos a pé, minha mãe deveria estar com as amigas e meu pai trabalhando, já Mark estava na escola. Ao chegarmos na minha casa nós fomos para o meu quarto. Corri para o lugar onde deixei as cartas, baguncei tudo tentando achar, mas nada, NADA.

– Amiga... – Chamou Lisa. Não encontrei as cartas, uma lágrima começava a descer pelo meu rosto.

– AAAAAAAAAAAAH! – gritei já não aguentando mais.

– Respira, respira! – se desesperou Lisa com a minha reação.

– Respirar? Respirar? A minha vida acabou. – dizia andando de um lado para o outro. Era o fim do mundo. Corri e peguei minha mala, enfiei todas as minhas roupas e coisas dentro. Desesperada jogava tudo sem ligar em amassar ou quebrar. Eu tinha um plano... Iria fugir para Tókio. Assim ninguém me acharia lá.

– Para. – pediu Lisa pegando as minhas mãos para eu não jogar mais nada na mala. – Não é o fim do mundo.

– É sim, eu vou ser expulsa quando descobrirem! – agora não aguentava mais, já estava chorando e soluçando desesperada. – A carta pra Tiffany deve estar com ela e o John... Ai meu deus! O John!

– Eles não sabem que foi você, você não colocou o seu nome. – disse Lisa.

– Mais cedo ou mais tarde...

– Não, não vão descobrir. – repetiu Lisa. Sentei-me na cama tentando me acalmar. – Mas como?

– Eu não sei. – disse. – Ontem estava em cima da mesa e hoje de manhã ainda estava lá antes de eu tomar banho e trocar de roupa, eu acho.

Depois de uma hora pensando não conseguimos chegar a uma conclusão e Lisa precisou ir para casa. Então escutei o som da porta se abrindo no andar de baixo, minha mãe chegou.

– ****** você está ai? – perguntou mamãe entrando no meu quarto. – A escola ligou dizendo que você desmaiou. Fiquei tão preocupada!

– Não precisa se preocupar mãe, ainda mais estando grávida. Eu já estou bem. – falei tentando acalmá-la. A última coisa que eu queria era dar problema a ela e ao bebê.

– Vou mandar a Gilda fazer o almoço. – disse mamãe saindo do quarto. Gilda é nossa empregada, ela é bem legal, cuida de mim principalmente agora que a mamãe está tão ocupada com a gravidez e o papai trabalhando muito.

Ouvi a porta do andar de baixo se fechando, só podia ser meu irmão. Já que papai comia no trabalho. Às vezes tenho pena do meu pai porque trabalha demais. Mas não posso reclamar, minha vida econômica é ótima graças a ele. Já que mamãe deixou de ser professora há alguns anos.

Sai do meu quarto e antes de entrar no quarto de Mark bati na porta, coisa que ele não faz quando entra no meu.

– O que você quer? – perguntou Mark, em seu tom de voz podia sentir o quanto estava preocupado comigo. Revirei os olhos.

– Sim, estou bem. Obrigada por perguntar. – disse e ele me encarou confuso. Que garoto lerdo! – Enfim, queria saber se você viu uns papéis em cima da minha mesa.

– Ah, as cartas? – perguntou Mark. Como ele sabia? Muito suspeito.

– Sim, cadê elas? – perguntei.

– Aonde mais? Eu as enviei. Dããã, são cartas. – disse Mark como se fosse o cara mais esperto do mundo. Meu deus! Eu vou estrangular esse menino.

– O que? – perguntei tentando me controlar, mas através da minha voz podia se perceber que eu ia explodir em qualquer momento. Menos o Mark via isso, ele é lerdo.

– Foi assim...

Flashback on: Mark – Às oito da manhã

– Filho, por favor, você pode botar as cartas no correio? – disse minha mãe, segurando a barriga como se pesasse (e pesava) com um ser pequeno lá dentro.

– Mas é claro mãe. – falou Mark como o bom filho que ele é (Mentira).

Mark foi até o quarto dos nossos pais e pegou as cartas deixadas na mesa de vidro e depois pegou as cartas do seu quarto. Depois foi até o meu conferir se eu tinha cartas, o que era quase raro. Mas como eu estava tomando banho ele resolveu invadir o quarto e bisbilhotar. Viu as cartas em cima da mesa e as pegou.

Depois saiu de casa e botou no correio nem percebendo que acabará de arruinar a vida da própria irmã.

Flashback off

– Você leu? – perguntei ainda calma, ele balançou a cabeça e voltou a ler um dos seus gibis.

Fui para o meu quarto e me joguei na cama, gritei abafando o grito no travesseiro e depois me virei tentando achar um jeito de sair daquela enrascada. Pelo menos, o Mark não havia assimilado as minhas cartas com as cartas que o professor Hunter recebeu. Eu acho que na mente dele é o tipo de coisa que eu nunca faria, o que me leva a achar que ele pensa que eu sou uma covarde.

De repente uma lâmpada acessa apareceu em cima da minha cabeça, metaforicamente é claro. Secret Girl foi a coisa mais emocionante (e perigosa) que aconteceu na minha vida. Além do mais se não fosse isso não teria coragem de dizer o que eu pensava daquelas pessoas. Suspirei aliviada. Lisa tinha razão nunca iam descobrir que havia sido eu. Eu estou fazendo uma tempestade num copo d’água. Nem mesmo o meu irmão percebeu.

Fui até o computador e entrei no blog da escola. Meus olhos brilharam com a notícia grande da Secret Girl no site. Eu cliquei para ler:

Notícia Urgente: Professor Hunter recebe uma carta suspeita.

De acordo com os meus informantes a autora da carta tende com o nome de Secret Girl e não foi só para o Professor Hunter que ela mandou a carta, meus informantes afirmam que mais duas pessoas também receberam a carta: Tiffany Gray e John Baker. Como os dois são muito populares não há como saber quem é próximo aos três que tenha escrito a carta. Embaixo uma foto de longe da carta enviada ao Sr. Hunter.

Embaixo uma foto embaçada do Professor Hunter com a carta na mão parecendo muito irritado, mais do que o usual.

É, não tinha como eles me descobrirem. Ainda bem, eu não havia deixado nenhum rastro.

No outro dia, eu achei que todos já teriam esquecido o lance das cartas ou pelo menos deixado para lá, mas não. Parecia até a fofoca do ano. Todos estavam comentando e eu preferia ignorar até então.

Eu estava com Lisa no banheiro, retocando a maquiagem quando umas garotas entraram e começaram a conversar. Eram três garotas, duas morenas e uma loira. Elas pareciam não ligar para a nossa presença e falavam como se estivessem sozinhas.

– Será que a Secret Girl vai atacar de novo? – perguntou uma das morenas.

– Espero que sim. Eu gostei quando ela mandou a carta para a Tiffany, ela bem que mereceu. Sempre fica se achando a melhor. – disse a segunda morena.

– Se ela voltar a escrever mais cartas, eu vou apoiar ela. Essa garota é muito corajosa. – falou a terceira garota, a loira. – Enviar aquelas cartas podendo ser pega, que coragem!

O sinal tocou anunciando o final do intervalo, as três garotas saíram. Lisa abriu a porta para ir embora, mas eu continuei onde estava. Olhei para o meu rosto e depois me virei para Lisa que me encarava confusa.

– Por que a Secret Girl não ataca de novo? – perguntei e Lisa arregalou os olhos.

Saímos do banheiro e fomos em direção a sala de aula enquanto escutava Lisa me repreendendo.

– Você só pode estar louca. É perigoso! Nem pensar! Não mesmo! – ela falava baixo, mas demonstrava preocupação e um pouco de medo na voz.

– Escuta Lisa. – disse e depois a puxei para um canto do corredor. – A SG – Já tem abreviatura, que chique! – Foi a melhor coisa que me aconteceu. – A pior também. – É o único jeito que esse colégio nota a minha existência, mesmo que de uma forma diferente da que eu esperava. Eu não posso parar agora.

– Mas...

– Eu não vou ser pega. – falei. – Sem rastros, sem provas.

Ela me olhou e pensou um pouco antes de dizer:

– Eu sou sua amiga, sempre vou te apoiar não é? – sorri e a abracei a agradecendo. Voltamos para a sala de aula e eu me senti bem, ou melhor, decidida e vitoriosa. Sensação nova na minha vida.

No final das aulas, eu e Lisa fomos para a biblioteca pensar quem seria a próxima vítima da Secret Girl.

– Tá, mas com uma condição. – falou Lisa.

– Qual? – perguntei fingindo ler um livro.

– Tem quer ser por uma boa ação. Tipo a SG – Oi? Levantei a cabeça. – tem que dar um jeito nas pessoas que fazem coisas erradas tipo... – Ela ficou em silêncio pensando. De repente ouvimos um grito vindo de fora da biblioteca. Arregalamos os olhos e saímos quase correndo da biblioteca fazendo a bibliotecária soltar fumaça pelos ouvidos. Fomos até o jardim do colégio (que está precisando de cuidados), um CDF apanhava de um grupo de garotos altos e musculosos. – Tipo isso. – balancei a cabeça. – Temos que fazer alguma coisa. Eles estão espancando o menino.

– Vou chamar a coordenadora. – disse.

– Não dá tempo. – falou Lisa e realmente não dava.

Pois é, ser a Secret Girl é difícil ou você acha que é só glamour e mistério. Fomos até lá, enchi meu peito de ar com superioridade e disse:

– Parem com isso. – botei minhas mãos na cintura. Os garotos olharam pra mim cada um com uma expressão macabra, minhas pernas começaram a tremer. Malditas pernas!

– E quem é você para nós dizer o que fazer? – perguntou o garoto mais alto.

– Eu... – ri alto. – Meu filho, você não sabe quem eu? Vê se pode amiga.

– Pois é. – disse Lisa entrando no meu jogo sem entender muito bem.

– Pra sua informação. – falei levantando o dedo. – Eu sou filha da diretora. – Lisa me encarou tentando não ri. – E é só eu estalar a mão que vocês morrem, quer dizer, vão para a detenção. Vocês me entenderam.

– Boa jogada. – disse o garoto loiro. – Mas a diretora não tem filhos. – engoli em seco. Nem eu sabia dessa.

Em um segundo estávamos ali paradas enquanto eu contava a pior mentira do mundo e no outro estávamos correndo de três valentões. Nunca pensei que corria tão rápido. Subimos em uma árvore e os valentões desistiram de nós, mas disseram que íamos todos nós nos arrepender. Engoli em seco enquanto agradecia a deus estar viva.

– Obrigado. – disse o CDF até que ele era bonitinho. Cabelos castanhos escuros lisos e olhos azuis escuros com alguns sinais no rosto.

– Mas não fizemos nada. – falou Lisa, senti uma indireta naquilo.

– Mesmo assim. – disse o garoto. – Eu sou o Harry.

– Prazer. Essa é a minha amiga Lisa e eu sou a *****. – falei.

– Que belo nome. – disse Harry sorrindo.

– Ah obrigada. – Agradeci. Lisa revirou os olhos, bati no pé dela e ela fez uma careta tentando não cair da árvore.

– Tenho que ir, a gente se vê por ai. – falou Harry indo embora.

– É, parece que já temos outra vítima. – disse Lisa cruzando os braços enquanto sorria descaradamente.

Naquela noite fiquei horas repassando a nova carta da Secret Girl. E quando finalmente ficou pronta, eu adormeci na mesa de estudos. Um erro porque no outro dia acordei com torce coligo. Mas fazer o que ninguém disse que ia ser fácil ser a SG.

“Comentários da SG:

Bem, quando a vida te dá um limão faça uma limonada não é mesmo? Foi o que eu fiz. Me sinto uma estrela, a qual ninguém sabe quem é, mas conhece. E eu concordo com o Harry meu nome é mesmo lindo, vocês não acham que ****** é um nome lindo? Hehehehe.

Beijos da... Secret Girl”

No próximo capítulo...

Secret Girl ataca novamente!

Botei meus óculos escuros e bati a porta com força.

– O John ultimamente anda tão estranho. – disse Lucas.

– Atchim! – Ah não!

– O que foi isso? – perguntou Lucas.

Meu deus! Só pode ser brincadeira! Eu amo os Cartboys, eles são tudo de bom!

UMA CARTA PODE MUDAR TUDO – Não perca o próximo capítulo de... *-*

Secret Girl


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Notas finais do capítulo

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