Secret Girl escrita por lubizinha


Capítulo 18
Capítulo 17 - A chegada


Notas iniciais do capítulo

"Desculpe-me se a vingança não ficar muito boa, eu me foquei nesse capítulo em outra coisa. Te vejo lá embaixo.
Secret Girl"
P.S: Ficou beeem grande esse capítulo, na minha opinião. rsrsrsrs'



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Cheguei mais cedo na escola com Lisa, ela segurava o bichinho de estimação do seu tio em seus braços, um rato de cor branca chamado Andy. Eu não gostava muito de ratos, mas isso não importava porque eu sabia que Tiffany também não gostava.

Olhamos para o corredor vazio para ver se vinha alguma pessoa, peguei um grampo de cabelo e abri o armário de Tiffany que é perfumado, ali dentro havia maquiagem, perfume, brincos, uma blusa de reserva rosa, acessórios de cabelo além de fotos da Tiffany no verão passado. Lisa botou Andy dentro que foi para debaixo dos cadernos.

– Tem certeza que ele vai conseguir te encontrar? – perguntei para Lisa enquanto fechava o armário.

– Eu vou estar por perto e com um queijo na mão para pegá-lo. Não precisa se preocupar, meu tio já treinou ele. – respondeu ela. Fechamos o armário. Há sorte é que havia brechas em todos os armários da escola, o que permitiria Andy respirar. – Vamos!

Ficamos no corredor por bastante tempo e nada da Tiffany chegar. Lisa se perguntou se ela viria mesmo ao armário antes das aulas quando a mesma apareceu com suas amigas conversando sobre um novo tipo de creme para pele.

Lisa pegou o queijo e ficou esperando Tiffany abrir o armário. Quando ela abriu, o rato pulou em cima dela, subindo até o seu cabelo.

– Tira! Tira! Tira! – começou a gritar para as amigas. Há essa hora todo mundo do corredor olhava a cena rindo. O rato entrou nas roupas de Tiffany e saiu correndo, enquanto sentia o cheiro de queijo, até Lisa. Mas Tiffany não percebeu e continuou gritando de nojo. – Banheiro, agora! – ela e suas amigas correram para o banheiro.

– Missão comprida. – disse fechando o armário de Tiffany que ela esquecerá aberto.

– Nunca mais vamos fazer isso ok? – perguntou Lisa.

– Ok. – respondi. – Mas valeu a pena não foi? – Lisa começou a rir. – Ela ficou tipo: Tira! Tira! – imitei seu gritinho agudo e Lisa caiu na gargalhada.

Como vingança por ter espalhado que eu ia me mudar, a notícia do dia só era uma: Tiffany e o rato. As pessoas faziam gracinhas quando ela passava, teve um que até se atreveu a jogar uma bola de papel em cima dela dizendo que era um rato, ela gritou, mas depois percebeu que não era e começou a gritar com o menino por causa da brincadeira de mau gosto. Mas para a sorte de Tiffany, havia mais uma novidade naquele dia, a qual as pessoas falariam e até esqueceriam por um breve tempo o mico que ela passou.

Estávamos no meio da aula de história e eu estava me concentrando, mas o professor teve que parar a aula porque a coordenadora tinha um anúncio a fazer importante.

– Como todos sabem todo ano a escola faz um baile para os alunos – antes de a coordenadora continuar as meninas já estavam dando pulinhos de felicidade. – e esse ano não será diferente. O tema do Baile é escolhido por vocês então quem tiver uma ideia, por favor, fale com o conselho do baile. – ela fez uma pausa e eu já via Tiffany conversando com suas amigas. – Vocês podem ajudar com a decoração do baile se escrevendo, qualquer coisa é só falar comigo, mas a lista de inscrição ficará exposta em um mural no corredor A2. Alguém tem alguma pergunta?

– Quando será? – perguntou Tiffany com sua voz irritante.

– Próxima semana, no sábado. – respondeu à coordenadora. – Mas alguma pergunta?

– Vai ter concurso de rainha do baile esse ano? – perguntou uma das amigas de Tiffany.

– Sim, assim como o rei será escolhido. – respondeu à coordenadora. – Bom, agora já vou. Não quero mais atrapalhar a aula de vocês. – A coordenadora saiu da sala e os múrmuros aumentaram.

– Muito bem. Sei que vai ser difícil prestarem atenção depois dessa notícia, – falou o professor sarcasticamente. – mas pelo menos tentem ok? – ele se virou e continuou a falar enquanto anotava no quadro.

O sinal tocou depois e todos saíram da sala. Eu fui para frente da escola com Lisa e nós nos sentamos no muro.

– Você vai ao baile? – perguntou Lisa, dei de ombros.

– Você vai? – perguntei.

– Acho que sim. – respondeu Lisa. – O Paul vai querer ir.

– Falando nele... – disse. Paul veio até onde nos estávamos e beijou a Lisa.

– Tudo bem? – perguntou Paul para mim. Se ele achava que eu já havia esquecido de tudo, estava muito enganado. Quero dizer, ele não podia fingir que nada havia acontecido e eu sinceramente não conseguia também fingir que ele não havia me ameaçado, mas por Lisa eu tentaria. Então assenti dando um sorriso forçado.

Eles ficaram conversando sobre o baile, de vez em quando Lisa puxava conversa comigo, mas eu não estava com vontade de falar sobre o baile. Mas parecia que Paul estava mesmo querendo ir e Lisa teria que acompanhá-lo.

Lisa se levantou quando o seu pai chegou de carro e quando o meu ônibus chegou, antes que eu entrasse, Paul me chamou para conversamos em particular.

– Escuta, sei como se sente. – falou Paul. Não, não sabia. – Quero pedir desculpas por tudo. Eu nunca mais vou fazer aquilo de novo com você e com ninguém. – ele esperou eu dizer alguma coisa, mas não disse. – Eu gosto da Lisa, infelizmente só percebi isso agora. Mas se você deixar... Podemos ser amigos.

– Eu sou uma pessoa muito boa Paul, por isso vou te perdoar. – disse e ele sorriu pra mim. – Mas se magoar a Lisa, eu não vou poder te perdoar mais. Então não estrague tudo como fez comigo.

– Pode deixar. – falou Paul. – Obrigado mesmo. – assenti e entrei no ônibus.

Sentei-me ao lado de Mark, já que ele estava sozinho e eu iria ficar só mesmo. Tentei puxar um papo, quem sabe assim o tempo passasse mais rápido e chegássemos logo em casa.

– E ai Mark? Você vai ao baile? – perguntei ao meu irmão, sabendo que iria porque sua namorada iria. Odiava pensar nisso, quase me engasgava em pronunciar essa palavra por causa dela.

– Não sei. – respondeu Mark. – E você? – dei de ombros. Acho que Harry não ia se importa muito em ir a esse baile e eu não estava com a mínima vontade.

Quando chegamos em casa fomos almoçar com mamãe e papai.

– Como foi à escola? – perguntou papai.

– Normal. – respondi. – Nada de mais.

– É, não tem muita coisa pra falar. – disse Mark. – Só que vai ter um baile na próxima semana.

– Que notícia ótima! – falou mamãe entusiasmada. – Temos que comprar seu vestido querida.

– Não sei se vou mãe. – avisei.

– Por que não? – perguntou mamãe, a campanhia tocou e eu corri para atender para me livrar daquela pergunta. Para a minha surpresa era Matt.

– Oi. – disse Matt.

– Oi. – retribui. – Eu fiquei com o seu casaco.

– Eu sei. – falou Matt. Disse que já ia pegar, fui até o meu quarto e peguei o casaco na mochila, havia até esquecido de entregá-lo na escola. Quando voltei, papai estava perguntando para mamãe:

– O que foi querida?

– A bolsa estourou. – respondeu mamãe.

Larguei o casaco no sofá e corri para ajudar mamãe assim como Mark, a se levantar da cadeira. Papai se levantou rápido e gritou que ia pegar a chave do carro enquanto Matt olhava a cena querendo ajudar.

– Como posso ajudar? – perguntou Matt.

– Pega meu celular! – gritei e Matt pegou o meu celular na mesa da sala.

Mark e papai ajudaram a levar mamãe até o carro e sentá-la na poltrona. Eu pedi ao Matt para vim conosco, nós nos sentamos atrás do carro com Mark e papai ligou o carro.

Liguei para Lisa preocupada:

– Alô? – era Lisa.

– Lisa, corre para o hospital, minha mãe vai ter o bebê agora! – gritei, eu tinha que chamar a minha melhor amiga, ia precisar muito dela ao meu lado. – O hospital perto da minha casa! Sim, aquele mesmo. Ok, tchau!

– Ela vai? – perguntou Matt, assenti.

Chegamos ao hospital e nós andamos pelas pessoas apressados até chegar à recepção, onde uma moça de cabelos ruivos, olhos castanhos escuros por debaixo de uns óculos cor vinho, estava sentada.

– Moça! A minha mãe vai ter o bebê, a bolsa estourou! Precisamos entrar agora! – falava Mark agitado.

– Calma garoto, primeiro tem que preencher a ficha. – disse a recepcionista.

– Eu preencho lá dentro, mas agora a minha mãe precisa de um obstetra agora! – pediu Mark, a recepcionista chamou as enfermeiras que botaram mamãe em uma cadeira de rodinhas. Uma das enfermeiras se virou para nós dizendo:

– Só uma pessoa pode ir.

– Eu vou! – disse papai entrando no quarto com mamãe.

– Vocês podem ficar na sala de espera. – falou a mesma enfermeira entrando também no quarto.

Fomos para a sala de espera que estava vazia menos por nós. Mark estava preocupado e inquieto assim como eu, mas Matt tentava tranquilizar tudo.

– Vai dar tudo certo. – disse Matt. – Sua mãe já fez isso, não é a primeira vez, vai ser mais fácil. Além disso, ela é forte não é? – assenti, mas ainda estava preocupada, quem não estaria? Era bem uma mistura de ansiedade com preocupação.

Logo depois Lisa chegou com Paul acompanhando-a, ela me abraçou e perguntou como eu estava, eu só murmurei que estava bem, mas ela conseguiu ver que eu estava preocupada.

– Vai ficar tudo bem. – falou Lisa sentando-se ao meu lado.

Matt ficou com o irmão, Paul, ao lado de Mark, o ajudando.

Horas se passaram e eu estava ficando mais ansiosa. Mark foi perguntar para uma enfermeira que passou pelo corredor se ia demorar, ela respondeu que não e ele voltou a se sentar.

Com tudo isso eu acabei que esquecendo de ligar para Harry então resolvi ligar naquela hora para avisá-lo.

– Oi Harry. – disse ao celular. – Eu estou no hospital. Não, não, está tudo bem, é só que minha mãe está tendo o bebê agora. Não precisa se preocupar eu vou ficar bem. Não, não precisa vim. Sei que está ocupado.

– Eu já estou indo para ai. – falou Harry desligando.

– Ele vem? – perguntou Lisa, assenti e ela me abraçou como apoio.

Ouvi gritos vindos do quarto que mamãe estava, abracei mais forte Lisa. E então um choro soou, era o choro do bebê. Deixei uma lágrima cair e assim como Mark, me levantei.

– O bebê nasceu, podem entrar agora. – disse a enfermeira.

Fomos até o quarto e quando vi uma coisa tão pequena nos braços de mamãe comecei a chorar de felicidade. Mamãe me deixou segurar um pouco, peguei com cuidado o bebê.

– É uma menina. – disse mamãe. – Parece tanto com você filha. – mamãe começou a chorar de felicidade.

Os olhos dela eram azuis como os meus e eram esbugalhados também. Ela olhava para todos com curiosidade, mas sempre parava para me olhar.

– Ela é linda. – falei emocionada e devolvi ela para mamãe segurar. – Como iremos chamá-la?

– Que tal Rosa Maria? – perguntou mamãe.

– Mãe, é melhor botarmos outro nome pra ela. – sugeriu Mark, papai concordou.

– Alicia. – murmurei.

– O que disse? – perguntou mamãe.

– Alicia. – falei mais alto. – Significa verdadeira em grego. – todos me olharam surpresos. – Eu aprendi numa aula de história, se prestassem atenção também iriam aprender.

– Eu gostei. – disse mamãe olhando para o bebê. – Alicia. – Ela riu nos braços de mamãe. – Parece que ela também gostou.

Harry chegou depois quando Alicia já estava no neonatal na incubadora.

– Ocorreu tudo bem? – perguntou Harry, assenti. – Qual é ele?

– Ela. – respondi sorrindo. – Aquela ali! – apontei.

– Nossa! – disse Harry. – Linda como você. – ri com o elogio. - Qual é o nome dela?

– Alicia. – falei. – Significa verdadeira. Algo que eu nunca fui. – Harry me olhou.

– Não diga isso. – pediu Harry. – Se você já mentiu foi por um bem maior.

– Se eu já menti? – perguntei rindo. – Eu vivo uma mentira. – Harry ficou em silêncio. – Mas sinto de alguma forma que com ela – Alicia – aqui, as coisas possam ficar melhores.

– Já estão ficando. – disse Harry me beijando. – Eu gostei do nome, Alicia, é um nome bonito. – sorri e ele beijou minha testa.

Mamãe ficou no hospital com papai enquanto Mark e eu voltamos para casa. Queria ficar, mas mamãe disse que não poderia, tinha aula e precisava descansar. Matt foi com o Paul para casa que acabou que deixando Lisa no caminho e Harry resolveu ficar um pouco comigo.

– Ela vai ficar tão fofa nas roupinhas que mamãe comprou. Como mamãe não sabia se era menina ou menino, ela comprou os dois. – falei para Harry que riu. – Ei Mark! – o chamei, Mark apareceu no pé da escada. – Está feliz por ser uma menina?

– Infelizmente não vou ter um irmão para jogar basquete, mas felizmente terei mais uma irmã para me irritar. – brincou Mark. – Apesar de que acho que ela vai ser muito talentosa como eu. – joguei uma almofada do sofá em Mark, ele desviou e subiu as escadas para o quarto.

– O Mark às vezes é tão bobo. – disse. – Não, às vezes não. Sempre! – rimos. Os olhos de Harry caíram no casaco de Matt no outro sofá.

– O que é aquilo? – perguntou Harry.

– Ah, é mesmo! Com tudo que aconteceu esqueci o casaco do Matt no sofá. – falei, Harry me olhou confuso. – Ele me emprestou uma vez e esqueci-me de devolver. – Harry tirou o braço de trás do meu pescoço. – O que foi?

– Eu não sou ciumento, mas sei que você já namorou o Matt e...

– E? – perguntei surpresa com sua atitude.

– E se você ainda gosta dele, eu preciso saber. – disse Harry me olhando nos olhos.

– O Matt é meu amigo. – falei.

– Ah é? Pois ele chegou ao hospital mais cedo do que eu. – disse Harry.

– Porque ele tinha vindo aqui em casa buscar o casaco, só por isso. – expliquei. – Também quer saber como o Paul chegou lá mais cedo? – perguntei irritada, me levantando.

– Eu confio em você, se não teria lhe perguntado, teria ido até o Matt e tirado satisfações eu mesmo. – disse Harry se levantando.

– Podemos deixar isso para lá. – pedi. – Eu já disse o Matt é só meu amigo e se ele já foi meu namorado e agora é amigo, é uma coisa boa. Significa que nenhum de nós guarda rancor um do outro.

– Eu sei, desculpa. Vamos esquecer essa conversa. – falou Harry, assenti. – E então você vai ao baile?

– Não sei, por quê? Você quer ir? – perguntei.

– Vou se você for. – respondeu Harry. – É melhor eu ir para casa agora. – Harry me deu um beijo e foi embora. Depois que Harry foi eu subi para meu quarto.

Pensei na Tiffany e como ela ainda estava brincando com o Mark, o que me deixava irritada. Mas o que importava agora é que eu havia ganhado uma irmãzinha nova. Uma que eu esperava que fosse mais ajuizada do que eu e que tivesse mais sorte.


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Notas finais do capítulo

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