Secret Girl escrita por lubizinha


Capítulo 17
Capítulo 16 - Mark & Tiffany


Notas iniciais do capítulo

"Nesse capítulo alguém especial vai aparecer.
Secret Girl"



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Lista de coisas que faltam ser feitas:

1 – Convencer meus pais que a mudança não é uma boa ideia. – OK

2 – Dar uma tapa na cara da Tiffany. – OK

3 – Escrever uma carta para o presidente.

4 – Bater em Mark. – Em andamento.

– O que você disse? – perguntei pasma.

– Eu contei para a minha namorada. – respondeu Mark.

– Quer dizer que v-você e a T-tiffany estão n-namorando? – perguntei ficando tonta.

– Como sabe que é com a Tiffany? – perguntou Mark surpreso.

Tudo parecia rodar ao meu redor, minha visão estava ficando embaçada e então do nada eu desmaiei nos braços de Mark.

Quando acordei estava no meu quarto e Gilda, a mulher que como já falei trabalha na minha casa e é como da família para nós, me dava sopa na boca.

– O que aconteceu? – perguntei com a mão na cabeça. Algo dentro de mim mantinha a esperança de tudo não ter passado de um sonho. Quer dizer, pesadelo.

– Você desmaiou. – respondeu Gilda preocupada comigo. – Você anda se alimentando direito mocinha? – Era verdade que eu não estava me alimentando bem nesses últimos dias, mas quem ligava? Acabei de descobrir que meu irmão está namorando a minha inimiga mortal, isso sim era algo traumatizante.

– Onde está o Mark? – perguntei antes de tomar mais uma colher de sopa.

– Saiu com os amigos. – respondeu Gilda. – Agora tome tudo e nem pense em sair dessa cama tão cedo moça. – assenti, já vendo que não havia jeito e tomei a sopa toda.

Fiquei pensando enquanto descansava na minha cama como Mark conheceu a Tiffany? Ok, que eles eram da mesma escola, mas eram de séries diferentes e eram pessoas totalmente diferentes. Tiffany é metida, chata, irritante, calculista, malvada e Mark é distraído, bobo, estranho (às vezes) e até hoje me dava sustos, como essa da namorada dele. E eu nunca, nunca, havia falado da Tiffany para Mark então aparentemente ele não sabia o quanto ela era má.

Alguém bateu na porta, mandei entrar, achando que era Gilda de novo querendo fazer eu comer alguma coisa, mas era Lisa. Ela se sentou ao pé da cama enquanto me observava.

– Você ia se mudar e não ia me contar? – perguntou Lisa para a minha surpresa.

– Claro que não. – respondi. – Eu ia te contar naquele dia, mas não queria estragar a sua felicidade. Mas ia te contar depois além do mais isso não importa agora, temos coisas mais importantes para nós preocupar.

– Como o que? O fato de você ter desmaiado? – perguntou Lisa. Como ela sabia? – Gilda me contou quando abriu a porta para mim. Como pode dar um susto desses, amiga?

– Escuta. – pedi me sentando na cama. – O Mark está namorando a Tiffany. – Lisa começou a ter um ataque de riso, mas eu a encarava séria.

– É brincadeira não é? – perguntou Lisa parando de rir, neguei com a cabeça. – M-mas como?

– Eu não faço ideia. – respondi. – Mas foi o Mark que contou para ela sobre a mudança e ela espalhou para a escola toda sobre isso só para me atingir.

– Nossa! – disse Lisa surpresa. – E quando eu achava que sua vida não tinha mais como me surpreender, você me vem com essa! – cruzei os braços ficando irritada. – Ok, esquece o que eu disse. Mas o que pretende fazer?

– Gilda disse que Mark saiu com os amigos, mas eu acho que ele está com ela. – expliquei. – Preciso ver com os meus próprios olhos. – Lisa assentiu.

– Quer que eu vá com você? – perguntou ela.

– Não, isso é uma coisa que eu tenho que fazer sozinha, se é que você me entende. – ela concordou e eu me levantei da cama para tomar um banho depois trocar de roupa. Botei um short jeans, uma blusa verde e um casaco jeans sobre já que o tempo estava nublado. – Me deseje sorte. – Lisa me abraçou e saímos do quarto. Ela foi para a sua casa e eu não sabendo para onde ir, pensei em ir para o lugar mais óbvio, onde os namorados costumam ir, ao cinema.

Uma vez Albert Einstein disse que aquele que já não consegue sentir espanto nem surpresa está, por assim dizer, morto; os seus olhos estão apagados. E qual foi minha surpresa ao chegar ao cinema? Encontrar Mark e Tiffany abraçados comendo pipoca enquanto entravam na fila da sessão. Pelo menos, agora eu sei que não estou morta.

Minha vontade era de ir até eles, mas eu simplesmente não tinha mais forças. Mark estava sorrindo, estava feliz ao lado dela. Eu não sabia o que estava sentindo, se era raiva, dor ou tristeza. Mas nenhum dessas coisas me impediu de sair correndo pelo shopping.

Andei sem rumo, sem saber para onde ir ou o que fazer. Quando parei de pensar em Mark, eu olhei ao redor para ver onde estava. Eu não reconhecia o lugar.

Sentei-me em um banco de madeira e comecei a chorar de raiva enquanto a chuva caia. Como Tiffany podia ser tão má? Ele era o meu irmão! Não um brinquedo!

Ouvi o som de passos se aproximando, talvez alguma pessoa curiosa para saber o que uma garota da minha idade fazia sentada em um banco, sozinha a chorar. Mas como se não bastasse de surpresa por um dia, eu escutei a voz do indivíduo.

– ******? – Era uma voz doce, familiar e aconchegante. Olhei para ver quem era e me deparei com o rosto de Matt. Ele usava uma calça jeans, uma camisa preta com um casaco de couro marrom e segurava um guarda-chuva. Ele se sentou ao meu lado secando minhas lágrimas. – Por que está chorando? – Eu olhei para outro lado, tentando evitar seus olhos, mas ele usando a sua mão inclinou minha cabeça para encará-lo. – Me diga.

– O Mark. – foi quase como um sussurro que minha voz saiu.

– O que tem o seu irmão? – perguntou Matt. Encarei o chão enquanto dizia:

– Meu irmão está namorando a Tiffany. – Matt me olhou confuso. – E eu vi! E sinto raiva só de pensar no fato de que ela está brincando com os sentimentos dele. – Um silêncio dominou.

– Não sei o que dizer. – disse Matt. – Mas não pode ficar aqui na chuva, vai adoecer. – ele olhou para os lados. – Vamos para aquela cafeteria. Vamos, se levante. – ele me ajudou a levantar e fomos andando até a cafeteria.

– Matt, que lugar é esse? – perguntei antes de entrarmos na cafeteria.

– Você não percebeu? – perguntou Matt sorrindo. – Está no meu bairro. – Olhei para a janela da cafeteria e vi a casa de Matt a distância.

– Vim parar longe. – falei enquanto sentava.

A garçonete veio nos atender e perguntou o que queríamos. Matt pediu dois chocolates quentes para nós. Depois ele ficou me olhando enquanto eu secava minhas lágrimas.

– Tome. – disse Matt entregando seu casaco. – Se não vai adoecer. – Peguei seu casaco e vesti, o agradecendo. – Então, soube que ia se mudar... – Ai meu deus! Essa historia da mudança havia chegado longe demais, parecia que todos só falavam disso. Mas um motivo de eu ter raiva da Tiffany.

– Não vou. – falei simplesmente encerrando aquele assunto. – Estou com tanta raiva da Tiffany, eu tenho que me vingar dela. – Matt riu. – Do que você está rindo?

– Se vingar? Não é o seu estilo. – disse Matt.

– Também não é o seu estilo se afastar das pessoas. – falei de braços cruzados. Matt parou de rir e pressionou os lábios nervoso.

– Eu sei que não agi muito bem. – disse Matt. – Me desculpa.

– Isso nem importa mais. – falei.

A garçonete chegou à nossa mesa com as xícaras de chocolate e as botou na nossa frente. Eu bebi um pouco da minha apreciando o delicioso chocolate.

– Muito bom. – comentei.

– Eu sei. – concordou Matt. – Eu venho aqui de vez em quando... Para pensar um pouco ou ler alguma coisa.

– Sabe Matt... Eu já superei o que aconteceu. – disse. – Mas não posso superar o fato de você estar tão longe de mim. Digo, somos amigos e eu quero que continuemos sendo.

– Eu também. – falou Matt sorrindo. – Espero que agora possamos ser. – sorri de volta.

– Um brinde a nossa amizade! – disse levantando a xícara, Matt também levantou e brindamos juntos. Bebi o meu chocolate todo e quando a chuva parou, eu não quis voltar para casa. Mas sabia que teria e Matt me acompanhou até lá para a minha segurança. – Boa noite Matt. – beijei sua bochecha e me virei para ir para casa. Entrei com a minha chave. – Cheguei! – gritei.

– Querida, venha jantar conosco. – chamou papai na cozinha, fui até a cozinha e encontrei a família toda comendo inclusive Mark. – Onde você foi filha? Gilda disse que você saiu com a Lisa para passear.

– Fui andar um pouco para pensar na vida. – respondi sentando-me à mesa.

– De quem é esse casaco filha? – perguntou mamãe reparando na minha roupa. Droga! Esqueci de devolver o casaco de Matt. Mas tudo bem, amanhã na escola devolveria.

– De um amigo que me emprestou e me esqueci de devolver. – respondi.

– Então não andou sozinha? – perguntou mamãe sorrindo, neguei. – E você Mark o que fez hoje?

– Sai com uns amigos. – respondeu Mark.

– Ah é mesmo Mark. Quais? – perguntei “inocente”. Mark me encarou como se perguntasse: O que você está fazendo?

– Você não conhece. – respondeu Mark indiferente.

Comi bem naquela noite, mamãe praticamente me obrigou pelo fato de eu ter desmaiado de tarde. Depois fui para o meu quarto, fiz minhas tarefas e fui dormi.

– Oi amor. – disse Tiffany na minha frente para Mark.

– Oi linda. – falou Mark a abraçando.

Ela se virou para mim enquanto sussurrava: - Ele é meu. – Aquilo me deixou com tanta raiva! Minhas mãos se fecharam e o meu rosto esquentou.

– E então mana, quer sair com a gente hoje? Eu pensei que ia ser divertido afinal você e a Tiffany se dão tão bem juntas não é? – falou Mark. Tiffany sorriu para mim enquanto dizia:

– Vai ser um prazer. Adoro sair com a sua irmãzinha. – Vontade de esganar essa ladra de irmãos!

Então Mark se virou para Tiffany sorrindo e pronto para beijá-la.

– Nãooooooooooo! – gritei, acordando.

– O que aconteceu? – perguntou Gilda entrando no meu quarto com a vassoura.

Eu estava suando e com a respiração acelerada, mas consegui dizer:

– Não é nada Gilda. Eu só tive um pesadelo. – E que pesadelo horrível!

– Ah! – disse Gilda saindo do quarto. – Desça para tomar café! – Comecei a pensar que talvez aquele pesadelo fosse real. E se acontecesse de Mark querer me apresentá-la? Se ela acha que vamos ser amiguinhas, ela está enganada! Eu vou me vingar!

Depois de uns dois minutos me recompondo, eu levantei da cama e fui me arrumar. Tomei um banho e vesti uma calça jeans com uma camiseta básica. Peguei minha mochila e botei o casaco de Matt dentro para devolvê-lo e sai do quarto.

Tomei meu café da manhã em silêncio assim como Mark que comia sem nenhuma preocupação.

– É melhor vocês irem, para poder pegar o ônibus. – falou mamãe.

Nós nos levantamos e saímos de casa. Fomos para a parada de ônibus em silêncio para esperar lá. Mas o silêncio foi quebrado.

– O que foi aquilo ontem? – perguntou Mark, o encarei confusa. – No jantar...

– Nada. – respondi. Ele ia dizer mais alguma coisa, mas o ônibus chegou e eu subi.

Como costume Mark se sentou com os amigos e eu com Lisa.

– E então? – perguntou Lisa.

– Nem pergunte. – pedi. – Mas não se preocupe. Tiffany vai pagar caro.

– O que está planejando? – perguntou Lisa preocupada.

– Me vingar com estilo, é isso que estou pensando. – respondi. Quando o ônibus chegou à escola, ninguém se lembrava mais da fofoca da minha mudança e não havia nenhuma fofoca sobre eu ser a Secret Girl para o meu alívio!

– Ela deve estar querendo brincar comigo. – disse para a Lisa enquanto passávamos no corredor. – Mas se ela quer brincar... Tudo bem, eu também sei brincar.


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Notas finais do capítulo

"Gostaram? Mandem reviews com as suas opiniões!
Beijos da SG"