Secret Girl escrita por lubizinha


Capítulo 10
Capítulo 9 - O jantar


Notas iniciais do capítulo

"Podem me matar (ok, não façam isso), eu sei que demorei. Mas vejam bem, eu estava em uma crise criativa além do mais minha semana tá corrida, mas achei um tempinho e aqui está.
Boa leitura.
Secret Girl"



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Era o terceiro vestido que eu vestia e Lisa continuava a dizer a mesma coisa:

– O que você achou? – perguntei.

– Ficou bom. – respondeu ela folheando uma revista.

– O que você tem Lisa? – perguntei logo de uma vez, me sentando ao seu lado na cama.

– Sabe aquela garota da nossa sala, a Jennifer? – perguntou Lisa e eu assenti. – Ela me ligou ontem à noite chorando, estava desesperada. O namorado dela a traiu com uma amiga.

– Que horror! – disse me levantando para pegar meu sapato de salto alto dourado. – Ainda bem que não corro esse risco, a última coisa que o Matt faria comigo é me trair.

– Pois é. – concordou Lisa. – Eu estava pensando se a Secret Girl podia ajudar ela. – arqueei uma sobrancelha. – Por favor.

– Tá legal. – falei. – Mas me ajuda a me arrumar. – ela concordou e correu até mim me ajudando a fazer uma trança no cabelo.

Por fim decidi ir com um vestido branco com a saia rodada um pouco acima dos joelhos. Desci com Lisa, primeiro ia deixá-la em casa antes de ir para a casa do Matt. Meus pais já estavam prontos, meu pai e meu irmão estavam de paletó e minha mãe com um vestido amarelo bem simples, mas muito elegante com mangas curtas.

– Vamos? – perguntou meu pai pegando as chaves, assentimos e saímos de casa em direção à garagem.

Minhas mãos estavam suando, eu estava nervosa. Não pelos pais do Matt, eu já havia os conhecido, mas pelo Paul. Sim, pelo Paul, o garoto que deu em cima de mim e que é irmão mais velho do meu namorado.

– Está nervosa querida? – perguntou mamãe. – Não se preocupe, você é uma boa menina e eles vão lhe adorar. – sorri, mesmo não sendo esse o motivo.

Quando nosso carro parou na frente da casa eu tive certeza que não dava para desistir mais. Fomos até a entrada e apertamos a campanhia. Um casal elegante atendeu, eu já os conhecia: Sr. e Sra. Fander.

– Olá. – disse a Sra. Fander. – Por favor, entrem. Sejam bem-vindos.

Depois dos cumprimentos e apresentações um pouco formais para mim, nós sentamos no sofá da sala.

– Matt e Paul já vão descer. – disse o Sr. Fander para mim.

O barulho dos degraus da escada anunciou a chegada dos dois. Matt vestia uma camisa azul com um blazer preto por cima e calças jeans escuras, já Paul estava com um paletó normal sem a gravata.

– Sr. e Sra. Rollins. – disse Matt os cumprimentando. Paul fez o mesmo e apertou a mão do meu pai. - Amor. – Matt beijou minha bochecha e sentou ao meu lado no sofá.

– Você já deve conhecer o Mark. – falei apontando.

– E ai? – perguntou Mark, os dois apertaram as mãos. Paul ficou num canto da sala me observando, eu tenho que admitir que isso me incomodava principalmente do jeito que ele me olhava.

– Hoje como é um dia especial pedimos a Chris – a mulher que trabalha na casa do Matt. – para preparar uma lasanha. – disse o Sr. Fander.

– Hum... Pelo cheiro que vem da cozinha deve estar deliciosa. – disse.

– Garanto que não tem melhor. – falou a Sra. Fander.

– E você Sra. Fander gosta de cozinhar? – perguntou minha mãe.

– Por favor, chame-me de Lily. – disse a Sra. Fander. – Eu confesso que não sou uma mulher de cozinha.

– Então temos algo em comum. – falou mamãe e elas riram juntas.

Enquanto os adultos conversavam na sala, Matt resolveu mostrar para mim e para o meu irmão sua coleção de álbuns de música. Mark pareceu interessado, mas eu me sentia desconfortável com o olhar de Paul sobre mim. Sabe aquela frase: se olhar matasse eu já estava morta? Pois é.

– E esse é uma relíquia. – dizia Matt. – Não vende mais, tive que suar muito para encontrar.

– Maneiro. – falou Mark. Parecia que os dois estavam se dando bem e tudo parecia até melhor do que eu imaginava que seria até é claro aquele momento:

– Posso falar com você? – sussurrou Paul. – Em particular. – assenti meio indecisa.

Fomos até a varanda do quarto de Matt e Paul fez questão de fechá-la para que o barulho fosse abafado. Os meninos nem perceberam que distanciamos, estavam tão entretidos.

– Pode me explicar que palhaçada é essa? – perguntou Paul.

– Perdão? – perguntei confusa.

– Numa hora você está numa cama de hospital e na outra namorando o meu irmão? – ele dizia tudo indignado, mas não mais do que eu. – Eu achei que tivéssemos algo.

– Se eu já não te disse vou dizer agora: nós somos muito diferentes. – falei lentamente para ele compreender. – E você nunca foi meu dono então para de falar comigo todo autoritário. Eu não tenho culpa se o Matt é o seu irmão, eu não fiz isso de propósito ok?

– Esse relacionamento não vai durar. – disse Paul dando de ombros.

– Como você pode ter tanta certeza? – perguntei com as mãos nos quadris.

– Porque o Matt é muito criança pra você e você precisa de um homem. – respondeu Paul, depois ele saiu da varanda me deixando sozinha. A raiva subiu em mim, quem ele pensa que é para me dizer essas coisas?

– Amor. – chamou Matt entrando na varanda. Ele pegou em minha mão, eu estava de cabeça baixa na hora. – Você está bem?

– Estou. – respondi depois de um tempo. – Só estou com fome.

– O jantar já deve estar pronto, vamos descer. – disse Matt, assenti e saímos da varanda.

Descemos as escadas, todos já estavam reunidos na grande mesa e nos nós sentamos também, Matt ao meu lado e de frente a mim estava o Paul. Fomos servidos por uma mulher não muito velha, de cabelos castanhos escuros e olhos castanhos claros e roupa simples, mas arrumada.

Estava tudo uma delícia e eu não pude de deixar de comentar, já meu irmão comia tudo esfomeado como se não comece há dias, ou melhor, há anos.

– Então ****** você conheceu o Matt aonde? – perguntou a Sra. Fander.

– Pois é, onde vocês se conheceram? – repetiu a pergunta Paul me lançando um olhar que só eu parecia notar, o ignorei.

– Nos ensaios para o show de talentos da escola desde lá nós ficamos amigos. – contei olhando para a Sra. Fander.

– Eu ganhei o concurso dela. – falou Matt brincando, dei uma leve tapa em seu ombro.

– Teria vencido se a Lisa não tivesse tido um problema com a coreografia. – disse.

– Ou com a dança em si. – falou Paul rindo, mas eu não gostei de seu comentário. Apesar de ser verdade, Lisa continuava sendo minha amiga. Eu não sabia o que o Paul estava sentindo, se era ciúmes ou raiva por ter sido o último ao saber ou por ser seu irmão. – Matt não acha engraçado sua namorada ser da minha sala e eu não saber que vocês eram amigos até pouco tempo? – lançou outro olhar para mim.

– Hilário! – falei forçando uma risada, o fazendo se calar.

– Coincidência. – disse Matt. – A vida é assim. – Uma das coisas que eu gostava do Matt é que ele não via maldade em nada, nem se a maldade estivesse na sua frente pintada de ouro ou nesse caso morando na mesma casa.

O jantar todo meus pais conversavam com os pais de Matt, pelo menos alguém estava se divertindo ali. Então chegou a hora da sobremesa, Mark estava devorando tudo me fazendo passar vergonha. É, eu mereço! Não espera, eu não mereço! Eu sou uma ótima amiga, sou uma ótima filha e uma ótima pessoa, porque raios isso tinha que acontecer logo comigo?

– Amor. – chamou Matt. – Vamos. – ele me chamou assim que acabamos de comer a sobremesa e fomos para o jardim da casa, onde estava fazendo frio. – Você quer me contar alguma coisa? – gelei. Contar ou não contar? És a questão.

– Não, por quê? – perguntei por fim.

– Sei lá, você está tão estranha. – respondeu Matt pegando as minhas mãos.

– Foi por isso que me pediu para vim aqui? – perguntei olhando o jardim lindo de sua casa.

– Não. – respondeu Matt. – Eu queria fazer isso. – ele se aproximou e quando estávamos para nos beijar Paul chegou.

– E ai casalzinho? – perguntou Paul, eu ainda mato esse garoto.

– Paul, por que você não vai ficar lá dentro com o Mark? – perguntei irritada, mas não demonstrando apesar de que eu sabia que Paul estava adorando a cena.

– O seu irmão? Ele está devorando a sobremesa lá dentro. – falou Paul. – Além do mais tenho uma piada engraçada para contar para o meu irmão? Fala sobre uma garota, uma festa, uma piscina...

– Vamos entrar. – disse imediatamente. – Estou com frio.

– Eu pego um casaco pra você. – falou Matt entrando.

– De novo a sós. – comentou Paul com um sorriso assim que Matt saiu.

– Escuta aqui se você contar...

– Relaxa. – pediu ele olhando nos meus olhos. – Eu sou muito bonzinho. – respirei aliviada. – Mas tem um “se”. – o encarei.

– Qual? – perguntei.

– Amanhã você vai saber. – respondeu Paul e depois saiu. Por quê? Por que isso está acontecendo comigo? Eu ressuscitei, mas me sinto no inf...

– Aqui. – falou Matt entrando no jardim e colocando um casaco seu em mim.

– Obrigada. – disse o abraçando. Então nossos lábios se tocaram e nos beijamos. O que eu gostava de seus beijos é que eram sempre doces e carinhosos, ele me tratava como se eu fosse uma boneca feita de porcelana, ele cuidava de mim e eu tinha medo de perdê-lo por causa do seu irmão.

– Se tiver algo lhe preocupando, saiba que eu estou aqui. – falou Matt com as mãos no meu rosto olhando nos meus olhos. Era difícil mentir olhando nos olhos dele, então não disse nada apenas o abracei e aproveitei o momento.

Quando chegou a hora de ir embora lhe dei um beijo rápido e me despedi de seus pais e do Paul que me abraçou enquanto sussurrava:

– Amanhã você vai saber. – aquilo me deu um arrepio só de imaginar o que ele queria dizer com aquilo.

Na volta para casa apesar de minha mente estar tão distante dei um sermão para o meu irmão.

– Você me fez passar vergonha, parecia um selvagem comendo. Eles são chiques e elegantes já você parecia mais um porco. – disse com os braços cruzados.

– Desculpe maninha, me esqueci que somos da realeza. – falou sarcasticamente ele. Mamãe também não gostou de seus modos afinal não foram os que ela ensinou, mas com o lance da gravidez preferiu não se estressar.

Cheguei em casa e fui para o meu quarto, uma mensagem na caixa postal do celular. Abri e li:

“Amanhã me conte tudo. – Lisa”.

Amanhã é segunda-feira, as coisas não poderiam melhorar.

No próximo capítulo:

– Se você não fizer isso eu vou contar pra o Matt tudo. – disse Paul me encarando. Parecia que o Paul que eu conheci na festa não estava mais ali, e sim um clone do mal.

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– Eu gosto de você e muito. – Aquilo só piorava mais as coisas.

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– Então é você? – perguntou Tiffany. – Quem diria!

– Do que você está falando? – perguntei.

– Não se faça de tonta garota! – falou Tiffany irritada.

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Eu não poderia me encontrar com ele, porque se fizesse estaria pondo em risco minha identidade secreta. Não eu não sou uma super heroína, mas até poderia ser. Por trás uma garota misteriosa, mas na verdade eu só sou uma garota insegura que está cansada de se surpreender pela vida e suas peças.

Não perca!!!!!!


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Notas finais do capítulo

Eu não gostei muito desse capítulo, mas o próximo será melhor. Minha crise criativa está passando...