Meu Querido Professor escrita por JessykC


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oii!
Boa leitura!!!



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Estava me arrumando para ir para a aula, Alice me ligou avisando que ela e Ang passariam aqui em casa para irmos juntas.

Chegando a escola e eu o vi, Edward estava conversando com a diretora na secretaria. Já fiquei super nervosa, eu com certeza daria um jeito de falar com ele. Eu e as meninas fomos nos olhar no espelho do banheiro, como todo o resto das garotas desse colégio, - então, você imagina que quase sufocamos lá dentro!!!

Quando eu consegui sair daquele inferno de meninas gritando e fazendo a maquiagem, eu o vi na porta do auditório, fiquei parada e ele me viu, deu um sorriso torto lindo e acenou. Eu acenei de volta mexendo os lábios num “oi” mudo.

As meninas começaram a me empurrar, só ai eu me dei conta de que estava bloqueando a passagem do banheiro. Saí do caminho.

- O que você ta fazendo? Com quem você tava falando? – perguntou Alice, olhando para os lados.

Eu olhei para a porta do auditório, mas ele já tinha entrado.

- Ninguém!

O sinal tocou e nós fomos para nossa sala.

A aula passava lentamente. Eu estava ficando nervosa, o terceiro período era de inglês, será que ele daria aula pra mim ou não? Ele disse que talvez essa semana, então a professora comentaria se ele viesse na próxima aula. E era só o que eu esperava.

O 2° período finalmente terminou e a professora de inglês chegou deixando a porta aberta, ela colocou seus materiais em cima da mesa e voltou ao centro da sala.

- Galera! – ela chamou, pedindo atenção. – Quero apresentar para vocês o professor Edward Cullen, – ele entrou todo lindo na sala de aula. – ele está estagiando inglês e observará nossas aulas. E também está formando uma classe de musica, ele vai falar um pouquinho sobre isso agora com vocês. - Ela se sentou.

Ele foi até o centro da classe e finalmente seu olhar cruzou com o meu, ele arregalou os olhos e depois abriu aquele sorriso maravilhoso para mim.

Senti a turma me olhando, mas mesmo assim sorri de volta para ele.

- Hmmmm... – ouvi minhas amigas exclamarem baixinho para mim. Obvio que elas já haviam entendido tudo.

Ele começou a explicar para a turma sobre as aulas de musica seus olhos voavam para mim a cada 5 segundos. A professora se intrometeu e disse que ele começaria a observar as aulas de inglês amanha. Meu coração quase pulou do peito, eu fiquei meio nervosa e meu sorriso se desfez enquanto eu mordia os lábios. Olhei para ele e ele me encara com a testa franzida, tentando entender minha reação, imaginei.

Então ele se despediu e disse que se alguém quisesse falar com ele sobre as aulas ele estaria no colégio até o final da aula. Ele olhou sugestivamente para mim e foi embora com um animado “Até mais!” que não me enganou nem um pouquinho. Ele estava nervoso, de novo, e eu não tinha certeza do porque, só tinha algumas teorias em mente.

Teoria numero 1: Ele estava nervoso pois eu estava afim dele e ele não, eu tinha entendido tudo errado, ele só estava sendo gentil, nada mais. E ele era muito cavalheiro para me dizer. – Eu entenderia e aceitaria essa de boa. Afinal ninguém é obrigado a gostar de ninguém, certo?

Teoria numero 2: Ele era um canalha flertando com a primeira aluna que apareceu pela frente! E estava nervoso, pois se descobrissem ele poderia até perder o emprego ou pior, ser preso: Pedofilia! Hello! – Essa... digamos que me assustava um pouco. Então eu passei para a próxima.

Teoria numero 3:  Ele sabia que algo estava rolando entre nos, e achava errado, estava com medo pelo seu trabalho, e por tudo mais que isso poderia representar. – Essa é a que eu mais acreditava. Pois ontem na sala de musica eu me aproximei dele e ele fugiu, mas foi apenas eu sorrir para ele melhorar.

Mas não dava para ter certeza. Ele estava muito estranho... Eu teria que rondar e checar minhas teorias.

Quando bateu o sinal para o recreio eu me levantei com um pulo, peguei meu celular, conectei o fone, coloquei um no ouvido e procurei uma musica que me agradasse. Coisa difícil, pois eu já estava enjoada de quase todas. Mas por fim eu encontrei uma que eu havia baixado na internet há pouco tempo e que eu gostava muito.

Minhas amigas já estavam paradas em frente a minha mesa me esperando com olhos desconfiados. Eu saí da sala quase correndo e com elas em meus calcanhares.

- Porque essa pressa? – Alli perguntou maliciosamente. Eu olhei e ela estava com uma cara cômica de criança inocente.

- Acho que ela está ansiosa para ver o Senhor Tesão! – Disse Ang.

- Você quer dizer o Prof° Gato? Eu nem imaginava! – continuou Alli.

Eu revirei os olhos para as duas e elas deram risada.

Fomos direto para o banheiro, como sempre. Eu me olhei no espelho ajeitei o cabelo, que para minha sorte hoje estava lindo, o que não acontece com frequência, eu sempre odeio o meu cabelo.

As meninas continuavam me olhando, eu me virei e elas cruzaram os braços e começaram a bater o pé. Ok, eu tirei meu fone e desliguei a musica. Eu teria que contar tudo antes que elas ficassem realmente bravas. Mas eu estava com pressa então resolvi fazer um resumo.

- Ok! Ontem eu estava saindo do banheiro e trombei com ele sem querer, eu fiquei meio tonta ele me ajudou e me comprou um refrigerante, agente conversou sobre nada em especial e eu entrei para a aula de musica dele. Fim da historia.

Elas ficaram me olhando com cara de choque.

- Não calma aí! – Disse Alli, quando se recuperou. – Conta direito essa historia! Quero cada palavra!

- É, você falou muito rápido, não entendi nada. – concordou Ang.

- AFF!!! Eu quero falar com ele agora no recreio! Não dá pra eu explicar depois? – Elas me olharam com beicinho. – Eu prometo que conto tudo depois na aula de Educação física! Falo palavra por palavra, prometo!

- Oque você tem de tão importante pra falar com ele que não pode esperar uns minutinhos para você falar com suas melhores amigas? – Perguntou Alli, com tom de traída.

- Ai amigas! Não fiquem bravas... Eu explico tudo depois! Eu só tenho que falar com ele pra tentar entender o que tá acontecendo! Eu estou tão confusa quanto vocês!

Elas se olharam e suspiraram.

- Ok! Vai logo! Mas volte com detalhes! – Disse Alie.

Eu sorri para elas e sai correndo porta a fora. Caminhei rapidamente em direção ao auditório e... Adivinha o que aconteceu? BAM! Eu esbarrei nele de novo!

- Opa! – Ele olhou para mim e começou a rir. – Ah, eu não disse que agente acabaria se esbarrando de novo?

Eu ri com ele.

- Você acha que é o destino? – Ele me perguntou, agora serio e olhando intensamente em meus olhos. Um arrepio me percorreu o corpo.

Eu ouvi umas risadas familiares, virei o rosto e vi minhas amigas nos olhando maliciosamente. Só então eu reparei que ele estava com as mãos em minha cintura e eu segurava seus braços – hoje ele usava uma camiseta que deixava a mostra seus braços musculosos.

Ele rapidamente me soltou e me convidou a entrar todo nervoso.

Ok, eu estava riscando a alternativa 1. Ele com certeza sentia algo por mim, aquele papo de destino confirmava isso. Mas ele estaria só dando em cima de mim ou ele falava a serio? Eu iria descobrir!

Eu entrei no auditório e ele já havia achado alguma coisa para arrumar.

- Ãh... Você... – sua voz tava estranha, então ele deu um pigarro e continuou com a voz um pouco melhor. – Você precisa de alguma coisa?

- Ãh... Não. – eu respondi, na maior cara de pau.

Ele me olhou. E eu sorri para ele.

- Só queria conversar.

Ele continuou me olhando.

- Se eu estiver atrapalhando...

- Não, não!!! – ele se apreçou – Só estou ajeitando algumas coisas...

- Posso ajudar em alguma coisa? – ofereci.

Ele sorriu.

- Hmmm, na verdade pode sim. Primeiro você pode fazer o favor de fechar a porta pra mim?

- Claro! – encostei a porta e depois caminhei para perto dele.

- Agora você se senta nesta cadeira e me diz se o som tá bom.

Ele pegou um violão e se sentou em uma cadeira na minha frente. Ele tocou bem devagar nota por nota, ele parecia nem tocar nas cordas, ele só corria os dedos levemente por elas.

Por um momento eu não disse nada, só fiquei olhando hipnotizada. Depois eu me recuperei e disse:

- Tá ótimo, você toca muito bem! Como você consegue tocar desse jeito?

- Desse jeito como? – ele sorriu.

- É como se você nem tocasse nas cordas, é assim no teclado também... é tão suave é... incrível. – eu estava sem folego, quando eu o ouvia tocando eu me sentia tão leve como se eu estivesse flutuando com as notas.

Ele me olhou nos olhos, depois colocou o violão no chão, pegou minha mão e me puxou para frente do teclado. Nos sentamos e ele passou um braço em minha volta segurando minha mão direita com sua mão direita e a esquerda com a esquerda. E sussurrou em meu ouvido.

- Corra os dedos pelas teclas levemente, como se seus dedos estivessem flutuando sobre elas. – ele deslizou a minha mão de um lado a outro do teclado. Nós ficamos assim um tempo, tocando nota por nota, em alguns minutos eu já comecei a pegar o jeito, meus dedos, - assim como os dele - quase não tocavam o teclado. – Viu? Você consegue. – ele me abraçou por traz, enterrando o rosto em meus cabelos.

Eu estava morrendo de vontade de me virar, mas ele sempre ficava tão nervoso... então decidi deixar como estava eu me recostei nele.

Ele inspirou.

- Seu cabelo tem um cheiro muito gostoso – ele largou uma de minhas mãos e colocou meu cabelo para o lado e sentiu o cheiro do perfume em meu pescoço, eu tremi. – Hmmm... Você tem um cheiro muito gostoso. – Ele deslizou seu nariz pelo meu pescoço e até roçou um pouco os lábios.  Suas mãos se entrelaçavam nas minhas. Um arrepio me percorreu e ele deve ter notado, pois senti um sorriso se formando em seus lábios. E então...

TRINNN!

Nos demos um pulo. Depois ele largou minhas mãos e se levantou. Eu olhei para ele, estava em pé ao lado do banco com as mãos cobrindo o rosto, ele respirou fundo e soltou lentamente o ar – como se estivesse tentando se acalmar.  Ele baixou as mãos e abriu os olhos. Eu o olhava sem saber o que fazer. Porque ele sempre fazia isso? Eu estava começando a ficar brava.

- Hã... Eu acho... acho melhor você ir. – ele respirou fundo mais uma vez. – Não vai querer... se atrasar de novo.

Eu fiquei o encarando por mais alguns segundos, virei a cara, me levantei e sai fumegando pela porta, é claro que eu não perdi a oportunidade de bater a porta com tudo fazendo um barulho danado. Não olhei para trás, entrei direto no banheiro. Me olhei no espelho e eu estava com a cara vermelha de tanta raiva, contei lentamente até dez e respirei fundo. Quando eu me acalmei sai do banheiro ainda caminhando rápido, parei no bebedor e tomei bastante agua, quando acabei eu olhei para trás e o vi ali parado na porta do auditório com uma expressão de desculpas. Eu me virei e fui para minha sala.

Cheguei na sala e o professor ainda não havia chegado, na verdade nem todos os alunos haviam entrado ainda, mas Alli e Ang estavam ali, roendo as unhas de ansiedade. Eu mal me sentei e elas já sussurraram “Conta tudo agora!”.

A ansiedade delas acabou com a minha raiva e eu abri um sorriso imenso, afinal, tirando a parte em que ele me mandou embora nossa “conversa” tinha sido maravilhosa.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?
Se eu receber bastante reviews e posto mais no fim de semana!!!!

Dêem uma olhada na minha outra fic...
http://www.fanfiction.com.br/historia/155078/Meu_Melhor_Amigo

bjssssss