Fome Insaciável escrita por Shadow


Capítulo 16
Ferrados?


Notas iniciais do capítulo

Hey, sobrinhos!!!



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P.O.V Livy

Meses Depois

Minha bota fazia um ruído engraçado em contato com seixo, cronk, cronk. Hoje estava bem calmo, mas geralmente era assim em um mundo semimorto, nunca mais tive contato com outras pessoas além é claro de Victor ou Vic como agora eu o chamava. 

Eu estava à procura de remédios para o pirralho, mas a maioria das farmácias ou foram totalmente saqueadas ou queimadas, Yup!!! O garoto ficara doente sem nenhum aviso ou indicio, mas ao menos era apenas uma gripe... Infelizmente era uma gripe extremamente forte o que me levava a sair em busca de remédios específicos. A merda era que ele estava com muita febre então não podíamos ir muito longe, talvez esse fosse um dos fatores que colaborassem em não encontrarmos outros seres vivos.

P.O.V Ian Callahan

Eu dirigia o caminhão lentamente e em silêncio, fazia pouco tempo desde que me juntei ao grupo de Los Angeles como eles se auto denominavam, eu tentava integrar-me ao grupo e fazer amigos, mas não conseguia obrigar-me a sentir-me parte daquele pessoal, não por que eles não eram boas pessoas o problema era que não havia nada pelo que ficar, nenhum motivo me prendia a eles.

Hoje estávamos em um lugar chamado Garden City, não que o nome de qualquer lugar seja importante atualmente, apenas senti algo bom relacionado a esse lugar.

-E então, qual é a nossa missão? – perguntou Camilla, uma garota extremamente irritante que aparentemente havia se “apaixonado” por mim, aham sei.

-Iremos nos separar em dois grupos e cada um vai atrás de algo importante, agua, comida e gasolina ou qualquer coisa útil que acharmos. – respondi secamente.

-E você vai com qual deles? – perguntou fazendo beicinho supostamente sexy (ok ¬¬’).

-Qualquer um. – murmurei entre dentes.

P.O.V Livy

Voltei para a nossa nova casa com algumas poucas coisas que havia encontrado vagando por ai, entrei tentando não fazer muito barulho para não assustar Vic. Ao entrar no quarto a primeira coisa que notei foi que o pirralho estava imóvel bem não necessariamente imóvel ele apenas não havia mudado de posição desde que sai, seu corpo magro tremia em meio às cobertas ensopadas de suor. Não pude deixar de notar seu rosto avermelhado pela febra alta, suspirei baixinho e aproximei-me dele, toquei sua face escaldante e pensei no que aconteceria comigo se perdesse outra pessoa em minha vida sem poder fazer nada a respeito, sinceramente eu achava que não estava pronta para isso, não agora e talvez nunca mais.

-Hey... – sussurrou sua vozinha rouca.

-Shhh! Não faça esforço, você ainda está muito fraco.

É isso que acontece quando uma pessoa não se alimenta direito e não tem medicamentos” – disse uma das minhas consciências.

“ Cala a porra da boca!” – gritei de volta.

-Eu não, estou fraco... Só doente.

-O que é praticamente a mesma merda. – revirei os olhos.

-Não é. – murmurou antes de voltar a dormir.

Olhei para as sacolas meio vazias ou num ponto de vista mais otimista meio cheias, bom eu não sou otimista ainda mais tendo somente uma garrafa d’agua pequena pela metade, uma lata de ervilha e aspirinas.

Se fosse apenas eu, talvez eu não ligasse muito, mas havia também o pequeno duende saltitante que havia me adotando como sua mãe. Estranho eu sei, era para eu o ter “adotado”, mas eu não conseguia pensar em ser mãe com. Sei lá quantos anos eu tenho agora, acho que meu aniversario já passou ou talvez nem tenha chegado, bem foda-se. Idade, religião, crenças, nomes de lugares, dia, mês, ano... seja o que for não é mais importante nesse novo mundo.

P.O.V Ian

Sim, nós estávamos completamente ferrados, como eu sei disso? Bem não sei vocês, mas com uma enorme horda de zumbis famintos cercando o mercadinho em que estávamos era uma dica bem obvia. E como nos metemos nisso? Bem, bem, vejamos... 1º estacionamos o caminhão na parte traseira do mercadinho, ate ai tudo estava bem já que meu grupo iria atrás de agua e comida e 2º Camilla levou um susto com um manequim e atirou fazendo um puto barulho e atraindo todos os zumbis em pelo menos dois quilômetros daqui, tudo bem que nesses tempos nós devemos temer ate nossas sombras, mas cacete dava para ver claramente que era um manequim e para ser mais estranho ele segurava uma plaquinha: “Olá! Meu nome é Jared em que posso ajuda-los? :  )” Sim, completamente sinistro e engraçado.

Agora estávamos presos e sem rotas de fuga fudidamente encurralados, o que nos separava dos zumbis era uma vidraça enorme na parte frontal do mercadinho, eu me sentia como aqueles bichos de zoológico e tudo o que eu queria era que aquele vidro durasse tempo suficiente para termos um plano.

P.O.V Livy

Meu estomago roncava loucamente, nosso pequeno lanche não havia sido de grande ajuda no máximo nos impedia de morrer mais rápido, estava na hora de sair novamente. Oh felicidade! (¬¬’) Peguei a bike que eu usava ultimamente já que da ultima vez em que tentei usar um carro deu em merda, pedalei loucamente e o mais rápido que minhas pernas permitiam.

Parei em um cruzamento eu não me lembro de já ter passado por ali, e agora? Lado direito ou esquerdo? Foda-se, escolhi aleatoriamente afinal eu tinha esse poder e isso me dava direito de ter um pequeno porem necessário luxo de ter o controle da situação.

Fora uma boa escolha, não entendo com nunca percebi essa rua, entrei em uma loja de artigos esportivos e peguei uma mochila verde néon era a maior que havia lá dentro, um pouco mais a frente havia um bar e ao lado uma pequena farmácia, sorri e pela primeira vez em muito tempo desde que essa merda começou aquele sorriso era normal e verdadeiro.

Completamente abastecida voltei para minha bike e continuei em frente, conforme continuava naquele caminho percebia como eu havia sido cega em não ter ido por ali antes, estávamos a dois quarteirões dali havia três dias talvez tenha sido a preocupação com o pirralho ou só minha lerdeza mesmo. Logo eu estava em uma rua conhecido, era o supermercado que eu passara hoje mais cedo, mas o que no inferno era aquela aglomeração de carne podre na frente das portas de vidro? Minha resposta veio após o vidro se partir, um longo e alto disparo foi ouvido.

P.O.V Ian

Puta que pariu! O vidro, o maldito vidro quebrou! Não, não pode ser! Estamos mortos, vamos ser comidos e depois vomitados ou pior... virar um deles! Não! Não! E não! Por favor, Deus nos ajude!

-Todo mundo se afastando do vidro! – gritou Miguel o primo de Camilla, o cara era um irritante total como a prima (ainda bem que não era gay, se não eu tava ferrado), mas no momento foi o único que pensou em algo.

Fui o primeiro a disparar, já estávamos fudidos mesmo! Havia cinco de nós para vinte deles, se tivéssemos sorte poderíamos sair vivos daquela fossa, mas se realmente tivéssemos sorte não entraríamos naquela merda em primeiro lugar. Donnie o garoto negro era o único entre nós que realmente tinha uma mira aceitável, já que havia acabado de passar na academia de cadetes do exercito antes dessas porras loucas de mortos que não estão realmente mortos acontecerem, estava no meio do nosso grupo estourando cabeças por todo rebanho mal cheiroso de zumbis, problemas com zumbis na sua esquerda o Donnie mata, problemas com zumbis na sua direita o Donnie mata, na sua frente ele mata também. Por mais foda que o cara seja a munição não era eterna, então tínhamos que retirar nossas bundas saborosas de lá.

-Equipe 2, qual a situação? – ouvi a voz de Cameron, o companheiro de armas de Donnie falou pelo walkie talkie, provavelmente ouvindo os disparos através  aparelho.

-Estamos cercados esse é o problema, porra! – berrou Donnie.

A minha munição e a de Donnie havia acabado e ainda restaram alguns zumbis, o foda era que Donnie era o único da nossa equipe (fora a mim mesmo) que carregava uma arma de fogo, podíamos ver mais zumbis chegando e ouvir os que estavam nos fundos vir para frente, santa merda!

-Vou providenciar ajuda, vocês terão que se virar ate lá. - foi a ultima coisa que ouvimos.

-Seu eu sair daqui com vida, assim que encontra-lo vou mata-lo! – gritou Donnie e investiu contra um zumbi com seu pé de cabra. Em meio a nossa “batalha”, Camilla e seu primo haviam se escondido atrás de uma estante, malditos covardes! Havia apenas quatro de nós...espera quatro? 

Foi quando eu vi uma bicicleta voando em nossa direção! 


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Notas finais do capítulo

saudades, sim ou claro? brinks kkk



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