Fome Insaciável escrita por Shadow


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Então....faz tempo ner. :)

Eu escrevi esse meio desapaixonada, então não esta legal. O motivo da minha demora é que eu me desiludi com o nyah, e tive um surto de criatividade para 3 fanfics diferentes e depois nada pra nenhuma delas, me senti deprimida por ter sido despejada de casa, estou triste por estar afastada dos amigos entre outras coisas desagradáveis que estão acontecendo com a minha família. Mas eu vou retomar essa fanfic, só espero que vcs tenham paciência e compreendam como é difícil ser criativo qnd se está deprimido.



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POV Livy

Conforme o tempo passava, eu me tornava cada vez mais entediada e nem mesmo matar zumbis tinha graça agora que eles nem ao menos iam atrás de mim, então passei dias sem fim sentada em uma poltrona reclinável tomando refrigerantes e comendo doritos(é claro que eu comia outras coisas, mas doritos é minha comida preferida). É eu sei, era para eu procurar alguém nesse mundo caótico pós-apocalíptico, acredite eu tentei, mas nunca encontrei outra alma viva nem mesmo quando fui à procura de Li, para qualquer lugar que eu olha-se havia apenas pessoas mortas, moribundas, loucas ou apenas seus restos mortais e isso realmente é completamente desanimador.

Hoje era um dos pouquíssimos dias em que eu saia da casa em que eu estava atualmente, quase toda semana eu mudava para cada vez mais longe, infelizmente nesse meio tempo desenvolvi o péssimo habito de conversar (unilateralmente) com os mortos, carência eu acho ou talvez minha pequena crise de loucura passageira. Sempre que isso acontecia eu começava a rir ou tirar sarro do zumbi que era meu alvo (completamente bizarro), às vezes eu atirava latas nas cabeças dos zumbis e começa a gritar por atenção, passa-tempo agradável e completamente normal (revira os olhos), é claro que depois de um tempo atirar latas ficou super chato e agora eu caminhava ao lados dos zumbis e os empurrava e saia correndo rindo histericamente. A única coisa que me tirava desse humor lamentável era quando eu caia ou escorregava em poças de sangue ou vomito nada agradável se posso lhe contar. O pior era que eu de alguma forma fica de mal humor ao chegar perto dos zumbis, acho que sou bipolar ou tri... sei lá.

Quando acordei essa manha tive um pressentimento estranho de que algo estava para acontecer, só espero que seja algo bom.


–Ah! Olá zumbizinho! Oh são vários, sorte a minha. – saltitei alegremente para minha presa, então lembrei que os odeio –O que..Que é? – gritei jogando uma lata em um dos zumbis. – Eu não sou digna ser seu jantar?


(Ver Cap.1, se não se lembra o que acontece apartir dai)

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Depois que a mulher e a criança desapareceram de minha vista com os zumbis em seu encalço sai de meu estupor e fui atrás deles também, a boa noticia era que eles eram fáceis de perseguir a má noticia era que eles eram fáceis de perseguir e tiveram a má sorte de entrar em um beco sem saída. Contorcendo-me entre os corpos malcheirosos dos meus amados mortos vivos tive tempo apenas de ver quando um deles (uma criança com o pé quebrado) mordeu a mulher em sua panturrilha fazendo-a cair com o seu filho. Subi em uma caçamba de lixo para evitar a multidão e tentar alcança-la, mas ainda sim não podia eram muitos mortos e eu estava desarmada, a mulher estava travando uma luta com o zumbi mirim enquanto sua perna jorrava sangue e seu filho se encolhia chorando perto dali entre os engradados e o alambrado. Resolvi fazer algo para ajuda-la, vamos ver... Zumbis são atraídos pelo som, cheiro e tato a visão não é uma das melhores, mas dá para o gasto eu acho... Enfim se eu não posso jogar algo e nem consigo chegar perto, o que fazer? Pensa! Pensa! Pensa! Seu tempo esta acabando! Vamos lá cérebro, funciona!

–Ei bafo de cadáver! – gritei e comecei a pular na caçamba para chamar a atenção, nem tudo saiu como planejado o zumbi em cima da mulher não me deu a mínima atenção que fosse, mas a mulher o fez e foi um erro, admito que quando se está quase para morrer ver uma garota estranha se materializar do nada pular e gritar em cima de uma caçamba de lixo deve ser uma visão e tanto.

–Tire-o daqui! – suplicou ela olhando para o filho. – por favor!

Congelei momentaneamente e então corri, ou melhor, comecei a pisar nos ombros e cabeça dos zumbis para tentar chegar onde o garoto estava e cara como foi difícil, cheguei perto de cair varias vezes e ao botar os pés no chão olhei na direção da mulher mais uma vez, mas os zumbis já havia formado uma roda em sua volta seus gritos os atraiam para lá de modo que eu poderia levar o garoto sem problemas. Algo molhado escorregou pela minha bochecha e não foi ate afastar as caixas e tomar a criança em meus braços que percebi que começara a chover. O menino permaneceu parado olhando fixamente para frente com olhos esbugalhados e embaçados, fazia tempo desde que vi aquela expressão sem ser no meu rosto, eu nem ao menos conseguia chorar mais no momento, apenas me concentrava em carrega-lo e tentar chegar a casa em que eu estava sem os zumbis o perceberem.


Senti braços pequenos rodeando-me no inicio não sabia o que era, mas então percebi que o garoto estava abraçando-me e chorando copiosamente. Um nó se formou em minha garganta, mas nenhuma lagrima caiu. Perder pessoas importantes já era normal para mim e iria se tornar para ele algum dia.


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Mal havia notado o dia passar depois daquele episodio, o garoto não me largara nem enquanto dormia e meu estomago roncava loucamente, ótimo simplesmente ótimo! Eu começara o dia esperando conseguir algo bom o suficiente para ser comestível e o que eu ganho? Um menino que acaba de perder a mãe e o pai em um só dia e que não me soltava de forma alguma.

–Finalmente! – murmurei ao me libertar das garras da criança adormecida. Silenciosamente e nas pontas dos pés sai do quarto, pensei se deveria deixar um bilhete para no caso dele acordar, ponderei rapidamente. – Nah! Vou voltar logo.

Foi difícil encontrar um lugar sem comida podre ou esmagada, mas não totalmente impossível, três pacotes de bolachas agua e sal, um vidro de azeitonas, uma garrafa de agua de dois litros e a ultima barra de chocolate foram as únicas coisas que pude encontrar no mercadinho (ênfase no inho) ate o momento. Havia alguns zumbis lá dentro, fingi que eram apenas clientes normais e cumprimentei cada um com um aceno de cabeça soltando uma gargalhada logo após o fazer. Algo no balcão chamou minha atenção, meus olhos brilharam e corri ate lá largando as sacolas no caminho.


–Pirulito! –ri triunfante.


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Ao abrir a porta do quarto a próxima coisa que eu sabia era que algo pequeno, cabeludo e magro me esmagava.

–Ahhh! Ar eu preciso de ar! – gritei e senti meu pirulito voando de minha boca, ele caiu e se partiu em milhões de pedacinhos – Não! Meu pirulito!

–Desculpa – a voz tímida e chorosa murmurou retirando rapidamente os braços de minha cintura.

–Tudo bem. – disse mal humorada, o gosto de maçã ainda estava em minha boca, larguei as “compras” no chão e encarei o meu “hospede”. – Então... Qual o seu nome?

–Victor e o seu?

–Livy, está com fome? – por algum motivo falar com outra pessoa mesmo uma criança estava deixando-me nervosa, minhas praticas socias não era muito boas antes de tudo isso começar e agora que passei tanto tempo sem falar com alguém que respira e responde estão ainda piores.

–Sim. – o garoto me dava nos nervos, não apenas por estar enferrujada em bate papo, mas por me olhar como se eu fosse evaporar a qualquer momento, era meio assustador de um modo bonitinho.

O silencio constrangedor caiu como uma cortina entre nós, Victor comia e olhava-me de soslaio a todo o momento que cheguei a pensar se ele não ficaria vesgo. Terminamos de comer ainda em silencio e agora sem a comida eu não teria escapatória eu deveria falar com ele, mas sobre o que? Mordi meu lábio inferior...

–Podemos dormir? – perguntou ele.

–Ahn! Ok. – respondi brilhantemente.

Desliguei as luzes, e ambos deitamos no fino colchão, nenhum de nós disse nada, mas ambos estavam acordados.

–Você... – começou ele.

–Sim? – incentivei.

–Nada. – respondeu e virou para o outro lado, senti seu corpo tremer e ouvi seus soluços.

–Fala logo, odeio quando alguém começa a falar e para logo em seguida.

–E que... – ele girou para me encarar no escuro e respirando fundo ele falou tudo depressa como se estivesse com medo de se arrepender – Você acha que meus pais foram para céu?

–Oh! Bem, se eles morreram tentando te salvar, acho que sim. – respondi meio sem jeito.

–Obrigado. – disse ele chorando. Odeio quando alguém chora perto de mim, eu não sei consolar.

–Por favor, não chore. Isso me deixa nervosa, sem saber o que fazer. – ele acenou com a cabeça e se encolheu em posição fetal, ficamos quietos por mais alguns momentos, havia ate pensado que ele estava dormido.

– Er...Posso te abraçar? – perguntou tímido.

–Hum... ok. – Ah cara isso é muito estranho, o moleque está muito carente e... droga faz tempo desde que alguém me abraçou, é bom.

–Você é macia, parece meu urso de pelúcia. – sussurrou antes de adormecer.

Ah que ótimo agora o garoto acho que virei seu ursinho de pelúcia tamanho gigante, era só o que me faltava.


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Notas finais do capítulo

Até o proximo e desculpem os erros, sem força de vontade para corrigir pela 4 vez e sem criatividade para fazer algo legal. :)
Por favor comentem. *__*
Correções e sugestões serão sempre aceitas, mesmo q eu me irrite com algumas. :)



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