Por detrás da Rosa escrita por Danda


Capítulo 27
Decisões difíceis


Notas iniciais do capítulo

Aqui eu devo um pedido de desculpas, pois havia dado previsão para actualização dessa fic e falhei feio. E está falha foi devido a uma exposição que está programada para daqui poucos meses e eu tenho que arrumar trabalhos para ela. Por isso o tempo está corrido. Mais uma vez me desculpem.

Eu tardo mais não falho vai! ;) E aqui está mais um capitulo...Boa leitura:



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– Ah! uma lastima - O homem misterioso dissera em tom brincalhão - O Santuário também deixa seus lixos soltos pelo mundo - Completou, fazendo o enorme homem estreitar os olhos. - O que você deveria ser? - Indagou pulando de onde estava, parando na frente de seu adversário - Prata? Bronze? Não importa - Completou sorrindo - Eu, Mascara da Morte de Câncer acabarei com a sua miséria...

– O que?

Câncer apontara o indicador na direcção do grande homem e, logo inúmeras luzes azuladas saiam de seus dedos para rodear os presentes.

O outro recuou voltando a segurar os braços da moça hipnotizada, colocando-a em sua frente. Em resposta a este acto tão covarde, Mascara da Morte gargalhou.

– Acha mesmo que me importo? - Indagou alto fazendo o outro arregalar os olhos - SEIKISHIKI MEIKAI HA!

O tempo de um suspiro desesperado, o não controle do próprio corpo daquele a que antes se mostrava tão confiante e, num fechar e abrir de olhos sentia-se emergir em um cenário aterrador. Mesmo parecendo que não havia saído daquele local odioso conhecido como Ilha da Rainha da Morte, poderia se dizer que estava em um local diferente.

A energia carregada que emanava de todos os lados...gemidos e gritos daqueles que ainda sofriam naquele local tão escuro...filas e filas que buscavam saltar pela boca do enorme vulcão...

– Yomotsu - Mascara da Morte sorriu, enquanto o outro lhe buscou com os olhos. Suas enormes mãos soltaram a moça que caíra de joelhos rasgando a pele do joelho no solo rochoso. Parecia finalmente despertar, e seus olhos mostravam o terror que tal paisagem lhe trazia. - Um lugar de onde você não sairá!

– Maldito! - O grande guerreiro disse entre dentes enquanto elevava seu cosmo. Mas não teve tempo para mais, pois um potente chute na face esquerda lhe jogara mais para perto da boca do vulcão, onde almas caiam sem cessar.

Atordoado, o guerreiro apoiou uma mão no solo, enquanto tentava se reerguer. Seus olhos turvos voltaram-se para o local de onde recebera o golpe, vendo um vulto dourado, parado perto da moça ainda de joelhos.

– Não se mova - Mascara da Morte ordenou, olhando de esguelha a pequena moça, que mostrava-se profundamente assustada.

Na verdade nem que Luna quisesse, conseguiria se mover. Desde que saíra do barco que os levaram para ilha, encontrava-se em transe causado pelo seu carrasco e não tinha a mínima noção do que estava acontecendo. Despertara naquele local, onde o já conhecido homem agia com naturalidade diante de tanto horror.

Os olhos azuis de Mascara da Morte tragavam o outro que limpava o sangue que escorria de seu lábio inferior.

– Eu vou te matar...

O italiano gargalhara alto, diante da ameaça.

Rápido, tão rápido que Luna apenas teve tempo de ouvir um grito agudo que desapareceu graduadamente.

Seus olhos aflitos voltaram-se para onde o grande homem deveria estar, mas apenas vira aquele que trajava uma vestimenta dourada, de costas para si.

– Ah...ah... - Ouvir do moreno, que voltava-se na sua direcção - Tão fácil - completara com pesar.

Porém, Luna não teve tempo de discernir o que estava acontecendo. Sentira-se ser sugada e, uma sensação vertiginosa fizera com que fechasse os olhos.

Mascara da Morte sorriu. Estava na hora de voltar. Parte importante da missão estava cumprida. Agora era encontrar a mascara e voltar para o Santuário.

Assim deveria ser, mas mal retornara do Yomotsu, perdera o sorriso.

Os olhos claros estreitaram. Não importava como ou como que atacasse, Dora seria sempre atingida. Por mais cálculos que fizesse, não conseguiria apenas atingir o adversário.

"Droga!" - Perdera o sorriso, fazendo este ser transportado para os lábios do outro. Pelos vistos tinha conseguido um ponto fraco.

Quem diria que o Santuário havia mudado tanto assim. Lembrava muito bem um dos maiores ensinamentos para se ser Cavaleiro de Athena: A Deusa deveria ser a única mulher a povoar os pensamentos dos Cavaleiros, de modo que todas as suas vontades fossem cumpridas ao pormenor, sem nenhuma distracção. Mais importante que qualquer vida pessoal, era a paz na terra e, aqueles que zelam por tal, devem estar inteiramente voltados para esse propósito.

Em que momento os Cavaleiros de Athena esqueceram esse mandamento?

Afrodite não saberia dizer. De facto sempre fora voltado para esse propósito. Seu mestre havia lhe cumprimentado, de forma a que ficasse claro que era o mais talhado para o cargo do que Bjorn. Seu egocentrismo era tanto, que nunca levaria uma vida que não fosse resumida em seus objectivos de Cavaleiro, de forma a ter uma posição respeitosa perante aqueles que se encontravam nas doze casas.

Mas agora...o que estava acontecendo? Aioros quebrara essa regra básica e, assim desvirtuara a todos.

Os olhos claros de Afrodite prenderam-se na imagem da menina desacordada. Ela era a prova que a elite de Athena estava se desvirtuando. E ele, Afrodite de Peixes, caíra no encanto daquela moça, que parecia, segundo constava, uma assombração de seu passado. Um passado que não mais lhe pertencia. Que durante suas noites agitadas desejara possuir. Desejara ser aquele a que todos respeitavam e, que apesar de todas as tentativas de afastar as pessoas, apenas conseguia com que elas lhe amassem mais. Esse era o Cavaleiro que passara almejar em ser. Albafica! Mas sabia perfeitamente que não o era. Sua actual história nunca o permitiria ser.

Então porque ainda insistia nisso? Sempre que nas manhãs acordava, era novamente Afrodite. Com suas mesmas manias, sua mesma arrogância. E ela conseguia ver isso? Claro que conseguia. Notara isso na ultima vez que a vira. Da vez que dera pouco importância para o desaparecimento daquelas crianças e a decepção cobrira os olhos castanhos em sua direcção.

– O que foi Afrodite? - Ouvira Bjorn iniciar com seu irritante fino sorriso - Não irá fazer nada...

Os olhos claros estreitaram. Não importava, onde ou como atacar, sabia perfeitamente que seu inimigo utilizaria Dora de forma que ele a ferisse. E dependendo do golpe, poderia causar sérios danos. Neste ponto de vista, estava de pés e mãos atados.

Como odiava-se por pensar assim. Nunca fora assim. Ali estava aquela criatura que tanto odiara em criança e, que agora percebia que não havia mudado em nada o que sentia, sem poder fazer nada.

Mais uma vez fez menção de atacar no corpo a corpo, mas percebera os arbustos moverem-se antecipando seu movimento.

Não era apenas ele que tinha ligação a elas (as plantas que tanto adorava), mas elas também eram adversárias perigosas, pois estavam ligadas a si.

"maldição" - pensara fitando o céu.

Sim, havia mudado. Já não era o mesmo Afrodite...pelo menos no seu sentido de batalha. Mas aquela era uma missão que precisava ser cumprida a qualquer custo. Sabia muito bem disso.

Se se tratava dos Cavaleiros Negros, essa era uma responsabilidade do Santuário, de forma que deveriam ser travados a todo custo.

Essa era sua missão. E tinha que cumpri-la.

Do solo, arbustos verde-escuro e espinhento começaram a brotar do solo, desabrochando, rapidamente, rosas vermelhas. Estas cercaram Afrodite e se estenderam até metade do caminho, que levava ao adversário. Seu veneno espalhava-se, tomando uma cor carmesim.

– Finalmente se decidiu - Bjorn tentava esconder a surpresa do poderoso cosmo do Cavaleiro.

– Bjorn - Iniciou - Realmente essa moça tem significado. Você não imagina o quanto - Disse entre dentes - E é para provar que nós Cavaleiros de Athena temos que colocar a nossa subjectividade de lado em prol de algo maior que tomo essa decisão - Sua voz quebrara na ultima palavra.

O cosmo do Cavaleiro de Peixes inflamara-se, enquanto uma rosa vermelha surgia em sua mão direita.

Vira o sorriso do outro tremelicar.

– Vamos Afrodite. Vejo que não mudou nada, e mesmo assim segue como Cavaleiro de Athena - O outro gritou.

O que ele sabia, pequeno verme.

Ele havia mudado...sabia que sim. Nem que fosse só um pouco.

Aquele desgraçado, não sabia que ver a filha de Aioros ali, maltratada pelos arbustos espinhentos lhe causavam grande dor. Que seu coração sangrava por ter que fazer o que iria fazer.

Olhou para o céu e deu um fraco sorriso, desconsolado, sentindo lágrimas formarem-se nos olho.

– Me perdoe, Aioros! - Um rápido movimento com a mão na direcção no inimigo e suas rosas voaram como balas a saírem num tiro de fogo.

Um grito agudo tomou o local, enquanto o veneno de suas rosas subiam ao céu tapando qualquer visibilidade.

Continua...


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