Por detrás da Rosa escrita por Danda


Capítulo 25
Ilha Kanon


Notas iniciais do capítulo

Bem, como eu falhei nos dias que tinha que actualizar...serão três capitulos seguidos, no qual o ultimo vai ser na data prevista do fim do mês. ^^ Desculpem a falta.

Boa leitura.



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O quarto escuro não deixava vislumbrar a total devastação em que se encontrava. Apenas a luz da lua cheia que entrava pela fresta da janela, antevia um corpo que era suspenso pelos braços amarrados atrás das costas, não por uma corda, mas por cabos espinhentos, que lhe arrancavam dolorosamente sangue.

– Eu não sei de nada, eu juro – Disse entre lágrimas, em voz já franca, um homem de 30 e poucos anos. Estava já em mal estado, muito mal estado se comparado com os dois homens que o acompanhavam.

– Estou farto de estar aqui – o moreno limpava as mãos em um tecido de cetim branco que encontrara no armário perto da porta fechada, manchando-o de vermelho. – Se, pelo menos pudéssemos fazer as coisas a sério.

– Na verdade nem poderíamos fazer isso Mascara da Morte – Afrodite disse irritado, para a estranheza do outro. Afrodite suspirou fazendo seu cosmo crescer gradualmente, fazendo aquele cabo torturante estreitarem na carne do homem que gemia cada vez mais alto – Você é o director dessa espelunca, sabe muito bem o que está acontecendo. Eu não vou perguntar mais nenhuma vez – Disse se voltando para o homem com desprezo – Para onde levaram as crianças.

– Morte – Saiu finalmente da boca do sujeito - ...no Pacifico...

– Ilha da Rainha da Morte? – Mascara da Morte se aproximou com um pequeno sorriso – Mas afinal para que foi estas voltas todas...

– Temos que ir – Afrodite se preparava para sair.

– Esperem – O homem pareceu reunir forças, chamando a atenção dos dois – Vocês não podem me deixar assim – completou fazendo os dois companheiros se entre-olharem. Afrodite virou as costas saindo assim como Mascara da Morte, que poucos segundos antes de desaparecer jogara seu poder sobre o ramo que prendia o director de Vergie Maria, fazendo este cair de boca no chão.

– Você exagerou – Afrodite repreendeu o italiano sem lhe fitar. Na verdade sua voz era calma e não condizia com aquela frase, e, talvez, portal, Mascara da Morte sorriu, enquanto dobrava as mangas sujas de sangue.

Como era óbvio não utilizara nem um terço de sua força, tentando a todo custo parece um homem comum. Mas agora, com a camisa branca totalmente suja de sangue, tornou-se alvo dos olhos repreensivos daquele que os esperava na porta da cozinha.

Apoiado no alpendre da porta, seu porte altivo enriqueceu ao vislumbrar a silhueta dos dois Cavaleiros no horizonte. Demorou seu olhar no Cavaleiro de Câncer, tentando compreender o que havia se passado.

Na verdade, aqueles dois saíram de manhã, logo após as batidas na porta e, juntos, pareciam ter feito um pacto de silencio. Saíram sem dar satisfações, deixando Saga e Aioros curiosos.

As manchas na camisa de Mascara da Morte eram tão intensas que saga temeu pelo pior.

– Não se preocupe – Afrodite, pareceu ler seus pensamentos, enquanto encurtava a distância – Ele só se divertiu um pouco...

– O que fez?

– Completei nossa missão aqui – Mascara da Morte respondeu sem dar importância a expressão de Saga. Parou diante desse, voltando seu olhar a sua camisa. Ah, estava uma lastima realmente. Quem visse, pensaria que ele tinha estripado alguém – Ele está vivo...

– Então? – A voz de Aioros veio de dentro da casa. Era visivel seu transtorno.

– Foram para a ilha Kanon– Afrodite isso já passando por este, entrando sala a dentro – Temos que partir! – Sentenciou já do meio da escada.

Tinham mesmo que partir. Algo em seu peito dizia que já haviam perdido tempo de mais. Dora havia sido levada na noite anterior e, se seus cálculos não estivessem errados, eles teriam arrumar um jeito eficiente para conseguir chegar a tempo de que não sucedesse um catástrofe.

Na verdade, o jatinho da Fundação Kido já se encontrava apostos quando chegaram no aeroporto.

O tempo parecia inimigo dos Cavaleiros de Athena, pois ainda estavam no meio do caminho quando os pés de Luna e Dora encontraram o solo vulcânico da Ilha Kanon, mais conhecida como Ilha da Rainha da Morte.

De céu sempre encoberto por grossas nuvens enegrecidas, aquele pedaço de terra meio ao mar calmo do Pacifico, tinha um ar muito abafado e húmido, de forma que os presentes sentiam desconforto, como se seus corpos estivessem pegajosos.

O belo homem que escoltava cuidadosamente Dora fez uma careta em desagrado, enquanto se livrava da camisa molhada, que grudava no belo corpo, ficando em tronco nu.

Dora não pode deixar de mirar aquele corpo masculo com certa admiração, fazendo o sujeito sorrir internamente. Sua face maliciosa voltou-sa para jovem, que percebendo sua falha, enrubesceu, baixando o olhar. Era estranha a semelhança entre aquele homem e Afrodite.

Não eram fisicamente iguais, mas tinham uma beleza que se igualava. Sorriu ao pensar que este homem poderia afrontar o egocêntrico Cavaleiro de Peixes.

– O que está pensando? - O homem tocou Dora no braço com intuito que esta começasse a caminhar. Dora voltou um olhar assustado. Não queria que ele pensasse algo errado.

– Você me lembra o cavaleiro de Peixes - Respondeu correspondendo ao comando silenciosos do homem. Ele a fitou interessado...

Viu a moça fitar a outra que se encontrava extremamente quieta e, não contestava o comando do grande homem que a conduzia para o começo de uma rua de terra acinzentada.

Finalmente Dora dera-se ao trabalho de fitar o ambiente. Entravam por uma rua única, muito larga, rodeada de decréptas casas feitas em pedra e madeira. As poucas pessoas que ali se encontravam, de rompante entravam pelas portas barulhentas, fechando-as em seguida.

– São pessoas tímidas - O grandão disse em tom de escárnio. Trazia nos lábios grossos um sorriso asqueroso, no qual fez Dora perceber que o medo daquelas pessoas não era infundado.

Suspirou pesadamente quando sentiu seu corpo ficar mais quente e o suor lhe escapar pelo poros, molhando a camisola negra que lhe cobria. Seus olhos seguiram mais adiante, podendo vislumbrar o grande monte cuspidor de fogo. Sua garganta secou.

Volto-se para ver Luna, que se arrastava assim como ela.

– Este lugar é horrível - Comentou mais para si mesma.

– Nisso tenho que concordar - seu carrasco passava a mão sobre o cabelo de forma a alinha-lo - Mas um mal necessário - Completou quando passaram a ultima casa. Estancou, fazendo os companheiros pararem para lhe fitarem. - Aqui nos separamos Dunk. Leve a garota - Ordenou.

O outro simplesmente agarrou Luna pelo braço, puxando-a. Dora fez menção de para-lo mas sentou ser presa por dois braços que lhe abraçaram por trás.

– Você não - Ele disse ao pé de seu ouvido, surpreendendo-a - Nós temos que ficar para receber nosso amigo - Continuou sem se importar com o movimento brusco da moça que tentava se libertar.

– Me solta! - Fez vendo o grande homem sumir de vista com Luna - O que lhe vai fazer? - Indagou sentindo os braços afrouxarem. Sentiu uma enorme tontura e caiu sentada no chão.

– Ela ficará bem - O homem disse parado atrás de Dora - Quanto a você... eu já não posso garantir - Completou fazendo-a voltar-se para trás, arregalando os olhos.

"Afrodite"

Continua...


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