Por detrás da Rosa escrita por Danda


Capítulo 19
Você se acostuma.


Notas iniciais do capítulo

Entrando numa nova etapa. Espero que gostem^^

Boa leitura.



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Eram meia-noite e quinze quando entraram no pequeno avião particular que os levariam de Athenas a Sicília, mais precisamente a região da Catânia, oriente da ilha italiana. Não seria um voo muito longo, mas sendo a segunda vez que entrava em um avião e, a sensação da decolagem, o tipo de acento, agravado pelo seu medo, não de voar, mas do que havia de fazer quando chegasse ao seu destino, faziam Dora ter vontade de vomitar. Por sorte, sendo que o aparelho pertencia a família Kido, estava sozinha nos acentos que escolhera. Por ser pequeno, haviam dois acentos em cada das duas fileira, com, não mais, de 70 lugares no total.

Afrodite estava mais a frente lendo uma revista desinteressaste. Seu traje mais formal que os de mais, onde tinha uma composição de linho claro e uma camisa branca, lhe davam um ar esquisito, pois tinha a pele deveras branca. Dora estranhara ver aquele homem tão vaidoso vestido de um jeito que o deixava apagado. Voltara a adornar o rosto com sua velha maquiagem, o que fizera a moça fazer uma careta cada vez que se lembrava dele. Não conseguia compreender porque daquele escuso material no belo rosto de Afrodite.

Aioros, dos três era o que estava mais descontraído. Sentado duas cadeiras atrás de Dora, mas na outra fila, tinha uma calça normal de ganga, uma camisa simples branca para fora das calças, e um pouco aberta no peito, bem como uma sapatilha branca, com detalhes negros. Estava agitado, como se tivesse formigas no acento.

– Pare quieto Aioros – Saga, que acabava de sentar ao lado do companheiro recriminou, enquanto colocava o cinto de segurança, como o pequeno ecrã iluminado indicava para fazer – E coloque o cinto.

Aioros suspirou pesadamente. Não se importara com o tom autoritário do geminiano, acalmando-se um pouco e colocando, também ele, o cinto de segurança, enquanto seus olhos fugiam para os acentos mais a frente, podendo apenas ver o topo da cabeça de cabelos castanhos claros. Saga acompanhou o olhar do outro.

– Não se preocupe – Disse calmo – Estaremos sempre de olho...

– Eu sei – Aioros cortou sem tirar os olhos da moça – Apenas não compreendo...ela não tem nenhum treino, pode vir até atrapalhar...

– As ordens do Grande Mestre foram claras – Saga lhe fitou – Shion deve saber o que está fazendo. – Completou fazendo o outro lhe fitar. Aioros iria retrucar algo, mas a voz mecânica alertando a decolagem foi mais rápida e, presto, a má sensação de pressão sobre o corpo foi sentida, desaparecendo gradativamente, ao mesmo tempo que o aparelho voador ia ficando estável no ar.

Aioros deu sorriso desconsolado, fazendo Saga voltar-se para si.

– É estranho – Começou pensativo. Fitava um ponto qualquer no encosto da frente – Eu ainda nem falei com ela...

– E porque não tenta agora – O outro mais uma vez chamou sua atenção. Saga mantinha-se serio e, mais uma vez, parecia não apenas sugerir.

Aioros suspirou fitando a moça lá na frente. Parecia ponderar: E se ela estivesse dormindo?

– O que está a espera? – Saga atropelou seu pensamento, fazendo-o mordiscar o lábio inferior nervosamente e, num rompante, Aioros desapertou o cinto e passou pelo outro que se encontrava entre ele e o estreito corredor.

O grego vencia a distancia com passos incertos e quietos.

Dora não se movia, mas apesar do que o moreno pensava, não estava dormindo. Sua cabeça estava as voltas com todos os recentes acontecimentos, quase que narradas pela voz áspera de Afrodite, lhe recriminando as atitudes que tivera até então.

Ele tinha razão!

Sentiu a dolorosa verdade de que estava sendo uma tola. Dora poderia gritar, fugir, xingar...nada, absolutamente nada, mudaria a sua história. Tentava racionalizar cada passo de sua história sob a emoção presente que tanto lhe corroía. Tremelicava em relutância aos sentimentos que vinham a cada passar de memória recente, não percebendo que Aioros sentava-se ao seu lado.

Como um gato sorrateiro o Cavaleiro de Sagitário sentara-se fitando sempre em frente. Percebera que a moça estava em um momento só seu e, se questionava se aquela atitude de ir até ali fora em momento apropriado. A batalha interna começara, e ambos, sentados lado a lado, permaneciam em uma estranha solidão, até que uma grande turbulência fizera Dora segurar com força a mão do moreno. Sua intenção era segurar-se no braço da cadeira, mas a mão de Aioros já estava ali pousada.

Com surpresa Dora lhe fitou, mas mais uma sacudidela do aparelho voador fizera com que apertasse ainda mais a mão do rapaz que lhe fitava, também espantando. Aioros a devorava com seus olhos castanhos, mas fora por breves minutos, até compreender que ela estava mais assustada com a turbulência que insistia em balançar o avião do que com aquela situação inesperada.

Sorriu internamente. Sabia que ela queria retirar a mão mas não conseguia.

Com delicadeza se desprendeu da mão aflicta, mas apenas para ajeitar palma com palma, a fim de entrelaçar seus dedos nos dela. Ao ver de Dora a cena discorrera em camera lenta, até que as mãos fortes do moreno lhe seguravam com força. Seus dedos finos corresponderam. Seus olhos castanhos não desviaram das mãos unidas.

– Não gosta de voar, ham!? – Aioros dissera animadamente amável, fazendo a moça lhe fitar. Ele tinha um convidativo sorriso discreto no rosto, enquanto seus olhos lhe fitavam gentilmente.

– Você gosta? – Indagou apreensiva com mais uma pequena turbulência.

Aioros alargou o sorriso.

– Gosto – respondeu simplesmente – É uma questão de se acostumar...

– Não sei se sou capaz...

– Claro que é – Respondeu sentindo sua mão ser agarrada com força – Relaxe...apenas descontraia.

– Falar é fácil... – Disse em tom irritado. Sagitário não se intimidou.

– Feche os olhos – Disse, e a moça lhe fitara com duvida. Ambos se olhavam directamente nos olhos. Castanho com castanho, mediam forças de vontade, na qual Dora descobrira que era mais fraca. Acabou cedendo.

Fechou os olhos e respirou fundo.

Aioros sentiu que Dora já não lhe pressionava a mão, mas não o soltava, mesmo que a turbulência tivesse passado.

– Não é apenas voar que me assusta – Dissera, abrindo rapidamente os olhos e mirando o encosto do banco da frente, não ligando para o rapaz que lhe fitava atentamente – toda essa história...

– Também me assusta – A voz firme do moreno lhe chamou a atenção e novamente os castanhos se cruzaram. Dora não sabia o que responder. – Eu te compreendo – Ele continuou – Provavelmente nos sentimos igual. Me sinto um barco a deriva... – Disse baixo, pensativo.

Dora pareceu ponderar o que ele dizia. De certa forma, se sentiu aliviada por aquelas palavras...se sentiu menos sozinha.

Inconscientemente sorriu.

– Afrodite tinha razão – Deixou escapar. Não era para dizer tal, mas pensara alto.

– Afrodite? - Aioros estranhou lhe fitando com intensidade.

– Não importa como nos sentimos – Disse baixo, como uma confidencia. Tinha, pela primeira vez uma expressão calma e Aioros reparara nisso atentamente – Nada mudará o facto que tenho seu sangue, por mais estranho que pareça. – Completou fazendo Aioros se surpreender. Não teve tempo de formular qualquer tipo de resposta, pois mais uma vez fez-se sentir a turbulência e o sinal vermelho indicava para apertar o cinto, Mas Dora não o vira, ficara apreensiva enquanto segurava a mão de Aioros com força.

– Um dia você se acostuma – Aioros disse novamente.

A moça lhe fitou com um fraco sorriso.

Sim, um dia ela se acostumaria. Como todos se acostumam.

Uma hora e quarenta minutos pareceram pouco para Aioros, mas com esse tempo teve mais do que poderia esperar. Era uma sensação diferente estar ao lado de Dora. Gostava dela e parte disso era porque sabia racionalmente que ela era sua filha, mas nesta viagem começou a perceber que gostaria dela pelo o que ela era. Não poderia estar enganado...ela era uma boa moça.

–Então – Saga o alcançou no corredor de saída do local de embarque.

– Correu melhor que o esperado – Respondeu sem fitar o outro a seu lado, andava rápido, tentando acompanhar os passos de Afrodite e Dora mais a frente.

Foram encontrar Mascara da Morte impaciente no saguão. Olhando em todas as direcções, vestido formalmente de roupas escuras.

Afrodite fora o primeiro a se aproximar. Ambos não se cumprimentaram.

– O que a pirralha faz aqui? – Mascara da Morte indagou com raiva, fazendo o outro voltar-se para a moça que se aproximava.

– Ordem do Grande Mestre – Peixes respondera sem dar importância a má cara do italiano, que retorceu-se em algo doloroso ao avistar Saga e Aioros.

– O Santuário em peso, também, veio?! – Debochou raivosamente da situação. Ao seu ver era ridículo e, se a presença de Afrodite de Peixes era uma afronta a sua capacidade de solucionar aquela missão, Saga e Aioros eram praticamente uma atestado de fraqueza do Cavaleiro de Câncer.

– Fale baixo, Mascara da Morte – Saga recriminou quando já estava próximo.

–Vamos descansar – Aioros pareceu não se importar com um pequeno xingo que saiu da boca de Câncer – Amanhã falaremos melhor.

– Espero que você não tenha escolhido nenhuma espelunca – Afrodite fitava o companheiro pela primeira vez, fazendo o outro sorrir maldosamente.

Não que estivesse de facto numa espelunca, como puderam constatar após 30 minutos na estrada: era uma casa isolada de dois assoalho. Rodeada por oliveiras desordenadas no enorme pátio de terra batida. A porta principal era de madeira pesada e trinca enferrujada. Sem pintura, assim como toda a faixada da casa. Pelo seu estilo, deveria ter sido construída nos anos 50 do século passado e o alpendre era antecedido por três degraus. Este era coberto por uma pequena varanda que não deveria caber mais do que quatro pessoas, ainda que espremidas. Ao passar pela entrada, encontrava-se um pequeno hall ladeado por portas. A frente estava um banheiro composto por azulejos castanhos e ainda albergava uma banheira de louça branca, o que deixava a perceber que fora adornado aos poucos e com o que se pudesse obter. A porta a direita, levava a uma ampla cozinha, onde os utensílios era apenas os básicos. Também era composto por pastilhas de tijolo, lhe dando uma ar rústico. A pia pequena encontrava-se debaixo da janela ampla na parede oposta a entrada. Geladeira na parede lateral esquerda ao lado de uma porta que levaria ao terreno, atrás da casa e, fogão, na parede direita. Uma enorme mesa de madeira escura, acompanhada por dois bancos corridos, nos lados mais compridos, ocupavam uma grade área daquele cómodo. Do lado direito do hall havia a passagem para a sala. Ali um sofá de três lugares em pele castanha, acompanhadas por duas poltronas. Rodeavam a lareira que tinha na frente um tapete de pele já gasto. Ao lado esquerdo do sofá uma mesa redonda com um abajour sem protecção e sem cabo para liga-lo a ficha. Na parede oposta a lareira, mesmo de frente a porta, uma escada em madeira levava ao segundo andar, onde mal gosto parecia não ter fim. Lá em cima, havia um pequeno corredor, também ladeado por três portas – A porta de frente para a escada dava para o quarto de trás, na lateral, mais um quarto se abria...e...dando para frente da casa mais um quarto privilegiado pela dita varanda. Todos iguais: uma cama de casal e um armário de frente para este.

–Como foi que encontrou esse lugar? – Afrodite disse furioso enquanto descia as escadas. Já havia ajeitado suas coisas no quarto da frente, sem ao menos, consultar um dos companheiros.

– Ordens do Santuário – Mascara da Morte parecia satisfeito com sua resposta e a careta de nojo que surgiu na face do Cavaleiro de Peixes. Deitara no sofá, sem ligar muito para os que inspeccionavam os cómodos. – Descrição...

– Só há 3 quartos – Aioros surgiu nas escadas, logo atrás de Afrodite, enquanto Saga sentava na poltrona muito serio e Dora surgia na porta da sala. – Como faremos? – Indagou fitando a moça.

– Eu posso dormir na sala... – Saga disse serio. Não olhava os demais, apenas um buraco no canto do tapete – Dora fica com Aioros – Aquilo não era uma sugestão e, tanto Dora como Aioros compreendiam isso.

– Você se importa? – Aioros se aproximou pegando na mala ainda na mão da moça, vendo-a abanar a cabeça negativamente de leve. Sua face corou e não pode deixar de olhar para Afrodite que tinha um leve sorriso no rosto.

Seria uma noite bem estranha. Seria ridículo dizer que estariam todos confortáveis. Saga, por exemplo, munido apenas de uma almofada tirada do andar de cima e uma coberta franzina, agradecia por estarem já no verão. Não custou a pegar no sono, assim como Mascara da Morte, que a parte do que se passou de estranho na distribuição de cómodos, pouco se importou que fosse Aioros e não Saga a dormir no mesmo quarto que a moça. Já a muito tinha percebido que algo se passava entre o Cavaleiros de Peixes e a sua antiga serva, e não estava disposto a se meter nessa confusão. Desta forma, dormia pesadamente no quarto de trás. Afrodite, também, não custou a pegar no sono e resquícios de ter ficado no sol grego naquela tarde lhe importunavam vez ou outra quando deslizava no lençol áspero.

Nenhum som se fazia ouvir na casa toda, nem mesmo no quarto do meio onde na cama de casal dois travesseiros separavam os corpos sobre a cama. Dora e Aioros não dormiam, apenas fitavam a escuridão que os rodeava, apreciando aquele momento constrangedor.

A insólita situação de estar deitada ao lado daquele homem, fazia com que Dora não conseguisse fechar os olhos. Não que sentisse ameaçada mas seu senso comum insistia em perturbar-lhe, relembrando o quão bizarro era a situação.

– E cada vez mais nos encontramos em situações invulgares – A voz baixa de Aioros invadiu o espaço, parecendo ler seus pensamentos.

Ele sabia que Dora encontrava-se bem acordada pelo simples facto de como ela respirava.

– Acho que nos acostumamos com isso também – A voz da moça não mostrava muita convicção.

Aioros sorriu.

– Acho que sim – Também não mostrou muita certeza – Desculpe por ter que ser assim – Voltou o rosto para onde Dora, possivelmente, estava – por você ter que ficar aqui comigo...

– Eu gosto de estar aqui com você... – Disse sem pensar, se surpreendendo com as palavras que acabaram de sair de sua boca. Aioros, meio a escuridão que os rodeava, também, se surpreendeu. Mas era uma agradável surpresa e por tal, caíra sobre ambos o silêncio daquela constatação.

Um silencio que prometia ser duradouro não fosse quebrado pelo ranger da cama ao movimento de Aioros. Dora percebera então que ele estivera sentado na cama o tempo todo e, só agora se ajeitava para dormir.

– É melhor dormimos... – O moreno disse com uma voz muito baixa, mas animada. Mais uma vez parecia ler seus pensamentos.

Mas Dora sabia que não bastaria apenas fechar os olhos.

– Antes vou beber agua – Disse se levantando da cama.

– Quer que eu vá?

– Não é preciso – Respondeu se esgueirando com dificuldade na borda da cama, mas não demorou em encontrar o interruptor perto da porta. Pensou em ligar a luz, mas desistiu da ideia, abrindo a porta, encontrando a luz do corredor acesa.

Apesar do incomodo que a claridade lhe dava, seguiu caminho e desceu as escadas. No percurso um intenso perfume de rosas lhe guiava. Já sabia perfeitamente que Afrodite deveria estar no andar de baixo, e não foi com surpresa que vira a luz da cozinha iluminar fracamente o caminho pela sala, onde Saga dormitava.

Discretamente fitou o corpo sobre o sofá. Não sabia dizer se o Cavaleiros de Gémeos realmente dormia, mas não se deu ao trabalho de conferir.

A passos decididos chegou a porta da cozinha. Afrodite estava de costas para a entrada, apoiando com as duas mãos sobre a pia. De cabeça baixa parecia não se dar conta da presença da moça, que continuava a lhe fitar com curiosidade.

Dora fez menção de limpar a garganta para chamar sua atenção, mas não foi preciso. Os olhos claros do Cavaleiro contemplaram a pequena figura pelo reflexo que se fazia na janela a sua frente e, rápido, voltou-se, surpreendendo a moça.

Munido apenas de uma calça leve e clara, era tragado pelos olhos femininos.

Como ele era bonito...incansavelmente bonito!

– Julguei que já estivesse dormindo – A voz de Afordite trouxe a moça a si. Não que não estivesse gostando de ver o estado que deixara a moça, mas passado algum tempo a situação tornava-se no mínimo constrangedora, até mesmo para ele.

– Não – Respondeu abanando a cabeça negativamente e, rápida, se dirigiu ao frigorífico, onde ao abrir sentiu um vazio intenso. Uma manteiga imperava sozinha na primeira prateleira e a garrafa que continha a metade de agua tinha como companheiraa por uma caixa de leite aberta. Dora suspirou desolada, pegando na garrafa de agua – Eu também pensei que estivesse dormindo – Voltou-se deparando com um copo vazio que lhe era estendido.

– Tem pesadelos? – Afrodite indagou. Estava estranhamente calmo...poderia dizer até...quase que...humilde!?

– Tenho pesadelos desde que fui para o Santuário – Dora respondeu aceitando o copo. Puxou o banco que se escondia debaixo da mesa e sentou pensativa. com jeito de serviu com o liquido da garrafa.

Afrodite não soube dizer se ela se referia a sonhos ou aos últimos acontecimentos. Os olhos claros buscaram respostas no rosto cansado da moça que fitava o copo já com agua.

– Eu sei o quanto pesadelos podem ser perturbadores...

– É isso que não o deixa dormir hoje – O fitou séria. Não pode conter a estranheza e curiosidade do rumo da conversa.

Os olhos claros brilharam vitoriosos.

– É – respondeu simplesmente – E no seu caso?

– Hoje não é isso que não me deixa dormir – respondeu fitando-o desafiadoramente. Não sabia o porque daquela conversa, mas no fundo lhe dava uma sensação de alivio cada investida dele.

Afrodite, de pé na cabeça da mesa, fitava a moça de cima, mas seus olhos não mostravam sua habitual arrogância, o que intrigava Dora ao ponto de sentir a pele arrepiar. Vez ou outra aquele olhar lhe era familiar. Estava começando a se agitar por dentro...

– Sobre o que são seus pesadelos, Cavaleiro de Peixes? – Indagou simplesmente. Não queria passar demasiado interesse, mas traia-se com o tom de voz que utilizava. Um erro fatal para ser cometido com alguém como Afrodite, que já se sentia o dominador da situação.

Lentamente se debruçou na frente de Dora e olhou ardentemente no fundo daqueles olhos chocolate.

– Albafica – Disparou num sussurro agressivo.

O nome proferido foi como uma rajada de vento que quase fizera a moça cair do bando, mas as mãos fortes de Afrodite nos baços frágeis a mantiveram no lugar.

– Como...?

– E quem é Albafica? – Uma possante e intimidadora voz invadiu o local surpreendendo a ambos.

Continua...


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