Por detrás da Rosa escrita por Danda


Capítulo 16
Rosa selvagem




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Uma rosa selvagem. Sim, essa era a definição que encontrava para aquela aparição tão fantástica e imponente. Afrodite de peixes, estava diante de si, como uma rosa selvagem, que não tem pretensão de se esconder através do cativar pela beleza, mas como uma beleza natural e destrutiva, pela própria vontade e porque, simplesmente, fora concebida para tal.

Nunca contemplara tal rosto. Não daquela forma como se mostrava agora. Despida de qualquer artefacto que servisse para esconder ou realçar. Por Athena, aquele homem, como o outro que o antecedera na Guerra Santa de a séculos, não precisava de nada...ele não precisava de nada para impressionar, alem de simplesmente existir.

– Grande Mestre?! – O chamado impaciente fizera aquele que sentado no trono o observava atentamente, despertasse.

– Afrodite – Iniciou tentando demonstrar indiferença. Temia não ter conseguido, pois o outro estreitou os olhos claros. A mente de Shion passou a trabalhar rapidamente, em possibilidades que poderiam acalmar o coração inquieto daquele homem a sua frente. Mas de todas as hipóteses que passavam, eram repelidas pela possibilidade da verdade. Aquela verdade tão extraordinária mas que já não tinha lugar, dado as opções involuntárias do destino. Saga escolhera um caminho tão complicado, e arrastara todos consigo.

– Afrodite...

– Mestre – Mais uma vez a ansiedade do Cavaleiro se mostrava irritando o ego do outro, mas Peixes não se intimidara ao ver o homem no trono retirar a mascara mostrando seu olhar estreito em face contraída – Eu tenho sonhado com estes...com Minos – ao pronunciar o ultimo nome, sentiu a voz enfraquecer. A simples menção do Juiz do Submundo trazia atrelado todas as vivas memórias do Hades que lutava para esquecer.

– Minos!? – Shion repetiu, para logo em seguida suspirar sonoramente, enquanto se erguia do trono – Afrodite, o mau caminho já está sendo percorrido, não há mais volta...

– Que mau...

– Saga escolheu seu próprio caminho e mudou a história de vocês – Continuou tentando não dar importância a centenas de duvidas que devia estar suscitando no outro, pelas retorces musculares que Afrodite demonstrava inconscientemente. Shion voltou-se de costas – Dora não deveria ter sido entregue a Saga...mas a você!

– O que está dizendo Mestre?! – Afrodite ergueu-se de rompante, fazendo o outro voltar-se para fitar.

– Essa moça voltou por você. – Pareceu se irritar, alterando a voz - Era com você que ela deveria ficar. – Começou a falar o que lhe passava na alma. Já não importava mais, a verdade já não tinha mais sentido – Mas ela voltou como filha de Aioros em uma época complicada. Saga está tentando recompor as coisas, mas temo que não conseguirá...

– Do que está falando Mestre?

– Que a moça em seus sonhos é Agatha...e ela voltou por você Albafica de Peixes – fora sua vez de disparar seco contra o outro. Afrodite parecia ter sido acertado em cheio, pois ficara atónito. Mexera os lábios algumas vezes, mas as palavras fugiam antes de alcançar a garganta.

Seus olhos inquietos passaram a percorrer o recinto. Mas o que aquele homem estava lhe falando? Porque lhe chamava Albafica? Porque aquela agonia ao ouvir varias vezes que a verdade não importava? Que não haveria mais volta.

Shion vira o Cavaleiro de Peixes, passar todas as expressões faciais possíveis, em uma angustia indescritível. Por momentos pensara que Afrodite teria algo como um colapso e desabaria ali mesmo, no meio do grande salão. Mas tal facto não ocorreu.

– Afrodite... – Não dera tempo de completar, o homem a sua frente, tão transtornado como estava, voltou de costas e rapidamente dirigiu-se para a saída. Shion cogitou chama-lo mais uma vez, mas desistira da ideia, vendo o outro sair. Começara a ter duvidas se a verdade deveria ter sido dita desta forma.

– Mas de que forma contar tal coisa...

Não havia forma de safar. Era isso que Dora pensara quando entrava pela Casa de Peixes. Antes de sair da cama estava decidida ir até a vila, tirar satisfações com seus pais, com Anastacia. Dizer ao seu pai o que estava acontecendo. Mas assim que pusera os pés na entrada do salão vazio de Gémeos, suas pernas passaram a não obedecer esta vontade e, Dora, se viu a subir as escadas como um zombie. Nem se quer respondera ao cumprimento de uma das moças da casa de Virgem.

Quando se deu realmente conta, estava entrando pela porta já conhecida de Peixes, passando o salão vazio e entrando para o interior da casa. E foi como se todos os seus medos fossem varridos e a certeza de que estaria bem, nem que fosse só por aqueles instantes se apossou de sua alma, fazendo-a caminhar segura até o jardim interior que dava para a sala. Passara pela porta aberta e se prostrara ali a olhar as rosas que cresciam abundante no espaço limitado.

O perfume intenso entrava pelas narinas inebriando seus sentidos, não a deixando perceber que havia mais alguém na sala.

Afrodite acabava de chegar fitando as costas da menina em seu jardim.

– Dora! – Chamou de forma suave. Tão suave que tal nem parecia seu, tanto que a moça voltou-se pensando ser alguém desconhecido, mas seus olhos vislumbraram o mesmo homem que a tempos esteve desmaiado a seus cuidados.

Como ele era bonito. Muito mais bonito sem aquelas porcarias que ele passava no rosto.

Afrodite percebera o olhar de espanto desta, apenas não sabia dizer se era por sua imagem, ou pela forma como a chamara, que causara estranheza até mesmo para ele.

Porque ela estava ali? O que ela queria? Seus olhos claros inspeccionaram a menina...sempre frágil. O vestido florido, leve, que lhe cobria o corpo ainda jovial lhe dava um ar ainda mais desprotegido. Era uma menina. Uma simples meninas. Nenhuma mulher estonteantes. Olhos e cabelos castanhos em uma pele...provavelmente macia. Tal pensamento levou ao facto de que ele já era um homem...muito velho se comparado com ela. Ela era filha de um Cavaleiro de Ouro. Um Cavaleiro de Ouro da geração, talvez, de Saga. E Saga a tinha como protegida.

Engoliu a seco e sentira o corpo estremecer, ao cogitar a hipótese que naquela mesma noite...

Abanou a cabeça negativamente.

– O que está fazendo aqui? – Indagou voltando ao seu habitual tom de voz, sempre altivo e snobe.

Dora lhe fitou com mais cuidado. Apesar da pose sempre indiferente. Apesar do egocentrismo sempre tão irritante, aquele homem que conseguia odiar e adorar ao mesmo tempo tinha algo de diferente no olhar. Não!, ele já não a fitava com a mesma frieza. Havia algo ali.

– Responda logo Dora! – Inquiriu.

– Já não me chama de serva?! – Deixou escapar. A surpresa havia lhe passado e a sensação de estar sozinha a merce dos caprichos daquelas pessoas voltava com força, fazendo crescer a raiva. Não esperou pela resposta do homem voltando-se de costas e partindo, rapidamente, para a cozinha.

Era estranho ouvir seu nome da boca dele, principalmente, quando era proposital, sem qualquer tipo de insulto seguido.

Apoiou as mãos na pia respirando com dificuldade. Realmente, o que estava fazendo ali?

– Você não respondeu minha pergunta – A voz de Afrodite encheu o recinto fazendo a moça voltar-se para a porta de onde o Cavaleiro não se deteve, se aproximando mais.

Dora tentou recuar, mas encontrou o mármore frio da pia.

Viu aquele belo homem se aproximar cada vez mais vencendo a curta distancia que ainda os separavam.

Já estivera em situações como aquela com ela, mas desta vez tinha em sua mente algo bem diferente do que magoa-la.

"Shion disse que ela deveria ser minha" – pensou – "Foi por mim que você voltou não por ele" – Olhou os olhos castanhos que lhe fitavam assustada tentando algum escape. Aproximou um pouco mais, pressionando seu corpo contra o dela, fazendo-a olhar para cima enquanto sentia a respiração desta descontrolar. Ignorava aquela voz que lhe pedia para se afastar. Conseguia fazê-lo agora...

– Senhor Afrodite...

– Não foi por Saga que você voltou – Ergueu cuidadosamente as mãos para tirar os fios de cabelo da frente dos olhos castanhos fazendo a moça fechar os olhos com o toque suave da ponta de seus dedos. Não pode deixar de sorrir ao perceber o efeito que provocava. Sabia o efeito que poderia provocar nas pessoas, mas aquele efeito...por ser nela, acelerava seu coração. Shion dissera que ela estava ali por ele.

Apesar de não saber exactamente o que isso queria dizer, fazia com que Afrodite se sentisse com direito sobre ela. Dora era sua, não de Saga. Tão pouco de Aioros, que não se lembrava dela.

Ele era o único que tinha direito sobre ela. Seus dedos voltaram ao rosto, acariciando com a ponta do dedo indicador, parte da testa, nariz, até encontrar os lábios entreabertos que deixavam transparecer as certezas dele.

Com a outra mão, tocou o pescoço da moça, fazendo-a soltar um leve gemido. Não se deteve indo de encontro a nuca. Os dedos que se encontravam nos lábios desceram até a parte inferior do queixo, com intenção de impedir qualquer movimento que ela pudesse fazer.

– Olhe para mim – Ordenou friamente, fazendo a moça abrir os olhos.

Dora mirou os olhos gélidos de Afrodite, sem saber como reagir.

– Saga... – Ele hesitou, mas sua curiosidade...não, seu ciúmes?! Era isso que chamavam ciúmes. Esse sentimento tão ruim que aperta o peito por um simples pensamento. Essa dor que sentia ao pensar que Saga podia... – Ele te tocou?

– O que?!... – Tentou se desenvencilhar sem sucesso.

Mas a sua tentativa irritara o Cavaleiro de Peixes que a pressionou com mais força.

– Sr. Afrodite...

– Saga te tocou?!

– N-não!

Aquela simples resposta, fez como se tivesse tirado das costas um peso excessivo, sentindo os músculos antes tensos, relaxarem.

Seu corpo, muito maior que o da moça , se afastou um pouco, mas sem deixar de segura-la. Não sabia porque, mas tinha certeza que ela estava falando a verdade.

Então era isso?! Saga fizera de tudo para ela ser sua protegida, apenas porque fizera besteira na sua época de Mestre do Santuário. Fizera com que Aioros fosse morto e, sua forma de concertar as coisas era assim. Tolo!

Não pode deixar de sorrir. Se ele não tocou nela até agora, é porque não tinha intenção de fazê-lo...

Seus olhos ainda miravam os olhos castanhos a sua frente. Dora já não se importava com a situação. Estava habituada ao cheiro de rosa, e passava a se acostumar com o toque abrupto daquele homem.

Suas mãos delicadas tocaram no braço de Afrodite e este sentiu a pele arrepiar. Era a primeira vez que sentia as mãos finas dela e se sentia agradado com isso.

Toda aquela arrogância, e prepotência do Cavaleiro abandonara-o, e Dora podia vislumbrar o verdadeiro Afrodite em sua frente. Tão claro quanto a imagem do homem que sonhava. O mesmo olhar. Albafica se materializara neste instante, como se saísse de seus esconderijo, com a graça de quem revê a luz, após longo tempo de escuridão.

Dora sorriu. Inconscientemente sua mão alcançou o rosto de pele alva a sua frente, enquanto o via se aproximar vagarosamente.

O toque dela era tão leve, tão quente, que o fazia ficar cada vez mais agitado. Uma das mãos agarrara no braço de pele macia e apertou-o puxando-a para si. Dora não resistia, deixando-se guiar. Já podia sentir o hálito quente próximo de seus lábios, fechando os olhos levemente.

– Afrodite! – Uma voz estridente passou pela porta, enchendo o recinto, fazendo o Cavaleiro de Peixes saltar para trás. Dora susteve a respiração.

Da porta surgiu a figura imponente de Mascara da Morte.

– Afrodite!? – O italiano estranhou a presença da moça. Ela não havia sido escolhida por Saga?

– O que faz aqui?

– Ela veio buscar as coisas dela? – a voz de Afrodite chamou a atenção do moreno, que ainda conservava o semblante de estranheza.

– E-eu tenho que ir – Dora sussurrou, antes de sair rapidamente, vendo que o homem saia de sua frente. Não percebera se havia sido grossa, mas também não se importava. Fizera asneira em ter ido até a Casa de Peixes e agora temia que houvesse consequências.

– E ela vai embora sem levar nada? – Mascara da Morte indagou com um pequeno sorriso.

Afrodite não lhe fitava, havia um ponto qualquer na pia que prendia sua atenção.

– O que faz aqui? – Indagou finalmente, com sua voz fria.

– A pedidos – O italiano começou com ironia – Vim ver o porque faltou ao treino. Mas vejo que não foi por mau motivo...

– Ela veio buscar as coisas dela – Afrodite fitava pela primeira vez o outro, com um sorriso malicioso nos lábios. Era o velho Afrodite retornando.

Mascara da Morte pareceu compreender.

– Claro... – retribuiu o sorriso.

Mentiras por mentiras. Mascara da Morte também não estava ali a pedidos. Seu adversário de treino da vez era Saga e, de certa forma, o desequilibrado de Gémeos estava mais para uma luta a serio que um treino. Então, logo hoje que acordara com pouca disposição, percebera a falta de Peixes e arrumara uma desculpa para sair da arena.

Saga pareceu não se preocupar. Apesar de todas as pancadas a sério que dera no italiano, não tinha a menor disposição de estar ali. Aquele sofá acabara com suas costas e, com uma certa dor sentara no primeiro degrau da arena para apreciar os outros que continuavam seus treinos.

Seus olhos miravam Kanon mais ao fundo com Aldebaran. No corpo a corpo era complicado derrubar o Touro...

– Posso?! – A voz a seu lado dispensava que o mirasse, apenas acenando positivamente.

Aioros aceitou, sentando, voltando seu olhar para a luta ao fundo.

– É...não é fácil desta forma

– Ele é muito grande. Kanon tem que pensar bem onde irá lhe acertar para ter algum efeito.

– Nem parece que passamos por dias conturbados – Aioros pareceu ignorar o assunto.

Saga suspirou sonoramente.

– É verdade! – foi a única coisa que conseguiu dizer, antes que o silencio temido viesse a pairar sobre os dois.

O treino na arena decorria normalmente sem dar conta daquelas duas vitimas da incerteza e do medo da verdade.

–Então... – A voz incerta de Aioros pareceu ferir os ouvidos de Gémeos, pois esse não pose conter uma pequena careta – Aquela moça é filha de Alice?

– ela é sua filha Aioros – A voz fria de Saga chamou o olhar atento do moreno sobre si.

– E você tomou-a como sua... – Disse fazendo o outro voltar-se de modo que encontrou os olhos castanhos o repreendendo.

–Aioros...eu fiz muita coisa errada...

– E pelos vistos continua fazendo – Retorquio fazendo o outro se erguer de rompante mirando os outros que continuavam a treinar.

– Eu não encostei na sua filha...

– E nem vai encostar – Aioria disse simplesmente fazendo Saga se voltar. O moreno pareceu não se importar com a expressão de duvida do companheiro – Você matou Alice, mas eu também tive culpa...

Saga estreitou os olhos.

– Então afinal você se lembra?

– Eu mandei um bilhete a ela – Disse ignorando a indagação – eu desconfiava de você. As regras do Santuário estavam mudando. Estava se tornando insustentável para deixa-la perto daqui. Mas eu só tive a confirmação, quando fui pedir perdão a Athena por estar indo embora...

– Eu sabia – Saga fechou os olhos com pesar – Quando Shura... – hesitou. Não precisava reviver isso. Engoliu a seco – Eu sabia que você acabaria por morrer. Eu não poderia deixar uma ponta solta – Virou de costas – eu ainda ouço o choro da criança em minha cabeça.

Aioros fez um barulho estranho com a garganta, como que querendo limpa-la de qualquer coisa imprudente que pudesse sair de lá e passar as barreiras dos dentes.

– Eu não sabia o que fazer quando a vi desmaiada naquela tarde, ao lado de Anastacia – Disse resoluto – Só poderia ser ela...

– Ela é parecida com Alice...

–E com você...

– Porque não a matou? – Indagou simplesmente. Qualquer frieza ou duvida que transparecia em sua voz, desaparecia, para estranheza de Saga. Mas este não teve coragem de se voltar. Ao contrario, mirou os dois Cavaleiros que treinavam a poucos metros a sua direita: Shura aplicava um soco, ao qual Aioria facilmente defendeu e revidou.

– Seu irmão – Respondeu – Eu precisava de um garantia para o controlar.

– Mas Anastacia foi mais rápida – Aioros soltou uma risada nervosa – E levou-a para longe.

– hmmm – Saga deu um fino sorriso, mirando o Cavaleiro de Leão, quando sentiu a mão forte lhe envolver o ombro esquerdo.

– O estranho é que não consigo sentir raiva de você – Disse fazendo o outro se afastar e lhe mirar confuso – Nós te perdoamos, porque sabíamos que não era de todo você. Isso continua...

– E-eu...

– O medo também nos faz errar – Aioros disse – Você pensou que eu sentiria raiva. Poderia sentir...mas não sinto – Disse balançando a cabeça negativamente – Mas uma coisa me preocupa.

Saga continuou lhe mirando com estranheza. Um sentimento ruim se apoderava de sua alma. O engano o abraçou e deixou que a frustração cravasse as unhas em seu peito.

– Você foi presa dos caprichos das deusas – Aioros continuou sério – Mandaram o Medo e o Engano para te fazerem seguir esse caminho.

Saga o fitou perturbado.

– Do que está falando?

– Não importa agora – Continuou sem se importar com a expressão do outro – o que importa é que se algo acontecer agora...eu não te perdoarei – Aioros pareceu dar ênfase as ultimas palavras e assim que o disse, levantou-se e saiu de perto de saga, rumo as escadarias que o levariam a seu templo.

Saga não fez menção de mais nenhum gesto, enquanto olhava Aioros se afastar, não se dando conta que o treino era dado por encerrado.

Aioros estava certo. Provavelmente fora alvo do capricho das deusas e neste momento se sentia o ser mais miseravel que caminha sobre a terra. Suspirou sonoramente deixando-se consumir pela raiva enquanto se dirigia a seu templo.

Tudo o que passara até então, desde o temor até a fatidica festa em honra de Athena, tudo parecia, agora uma tolice tão grande, na qual provavelmente servia de risotas aos eternos. Assim eles eram, faziam de suas aflicções um divertimento. Como fora tolo!

Nõa! Não iria deixar-se abater por isso. Se pensavam que iria se martirizar mais do que o necessário, como fizera até então, estavam enganados.

– Saga – A voz de Kanon chamava pela segunda vez – Você está bem?

– Apenas preciso descansar – respondeu frio, penetrando na Casa de Gémeos. Não esperou o irmão para ir directo ao seu quarto.

Não que tivesse esquecido que tal quarto já não lhe pertencia por completo, mas sua ânsia de se deitar e fechar os olhos para tentar se acalmar, fizera com que abrisse de rompante a porta, encontrando a moça diante do espelho com os dedos entre os lábios, não podendo evitar ouvir as palavras que destes saiam: "ele me quer!"

– Quem te quer, Dora? – Disparou rudemente ante a expressão assustada da moça.

Continua...


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